sábado, março 20, 2004

Lê é nome de craque

O jogador Leandro, do Belenenses, é um jogador com nome feito no Brasil e ex-internacional pelas camadas jovens Brasileiras. E como as suas exibições têm indicado, é um jogador de qualidade que merece ser aposta como titular. No Flamengo, no Brasil, Leandro era conhecido como Lê. O jornal "O Jogo" de hoje publica um artigo sobre o reforço de Inverno azul, Leandro.

Artigo publicado pelo jornal "O Jogo" da autoria de Francisco Frederico.

"No plantel dos azuis há um jogador com uma folha de serviço impressionante que tem passado despercebido. Chegou esta época à Europa, proveniente das terras do samba, e parece estar finalmente a mostrar credenciais.

Pouca gente terá reparado, mas o Belenenses possui nas suas fileiras um ex-internacional sub-17 e sub-20 brasileiro, que contabiliza ainda, no currículo, 12 anos ao serviço de um dos mais prestigiados clubes do "país irmão", o Flamengo, pelo qual conquistou diversos títulos. Será que o leitor já adivinhou quem é? Nós damos uma pista: foi um dos reforços de Inverno do clube do Restelo. Mas atenção, durante o período áureo, o craque respondia pelo diminutivo de "Lê". Duas letrinhas apenas bastavam para fazer estragos nas defesas adversárias. Quem é ele? Leandro, pois claro!

O jovem brasileiro tem vindo a conquistar paulatinamente o seu espaço no Belenenses de Inácio e sente que pode ser ainda mais útil à equipa. "Penso que estou a dar alguma continuidade ao meu trabalho. Acho que estive bem no jogo com o Boavista e também frente ao Benfica", reconhece o médio ofensivo dos azuis, para quem a lesão de Neca ou o castigo de Verona (na próxima jornada) não podem ser vistos como a única explicação para o sua aparição na equipa titular: "Não creio que isso tenha influência. Para mim, o treinador tem-me dado oportunidades por via daquilo que tenho feito nos treinos e nos jogos."

A verdade é que Leandro não esconde a sua predilecção pelo posto de "número 10" e aponta o facto de ter ocupado esse lugar frente aos encarnados para justificar a subida de rendimento. "É claro que, conversando, tudo se arranja, mas o que eu gosto mesmo é de jogar nas costas do ponta-de-lança e poder municiar os extremos." Outra das especialidades de "Lê" são os lances de bola parada, principalmente os livres directos.

O mau tempo na Madeira, onde vestiu as cores do Nacional, já lá vai (Mior "teimava" em fazê-lo jogar como extremo-esquerdo), e agora, no Restelo, o antigo internacional "canarinho" só quer ajudar o clube, nesta fase melindrosa, e mostrar que não desaprendeu: "O grupo é bom, o ambiente está bom, os ordenados estão em dia. O quê que falta? As vitórias! Temos de ir buscar forças ao fundo de nós e aproveitar essa benesse única da nossa profissão que é podermos ter oportunidades, domingo a domingo. Então, vamos agarrar já a próxima. Nós é que pusemos o clube onde está, agora temos de ser nós a tirá-lo de lá."

Para trás ficaram muitas estórias, dos tempos em que alinhava lado a lado com o "baixinho" Romário: "Uma vez, quando estávamos numa fase má, a torcida resolveu invadir o treino para nos dar porrada e tivemos de fugir para os balneários. Havia até jogadores que tinham segurança particular!""

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