segunda-feira, maio 31, 2004

Formação Vs Manjedoura



Começo hoje a minha crónica semanal, sobre as minhas dissertações, inquietações, perguntas e talvez algumas respostas.
Antes de mais começo por me apresentar. Meu nome é José Lameira, tenho 24 anos, sou simpatizante do Clube de Futebol “Os Belenenses”, e fui convidado pelo meu amigo Luciano Rodrigues a escrever uma pequena crónica semanal. Estou certo que alguns já me conhecem dos meus comments diários aos posts colocados no Blog.
Os artigos por mim escritos são antes de mais um convite à reflexão e por sua vez á utilização deste Blog como um espaço de debate.

Hoje começo por questionar a dicotomia, existente no futebol, entre a formação e compra ao desbarato de jogadores inflacionados pelos agentes do futebol.
Começemos com um exemplo de nível mundial, o Ajax. O objectivo das escolas do Ajax é formar miúdos, para fazer deles profissionais de futebol e um dia chegarem á equipa principal.
Pelo menos nos últimos 20 anos temos visto sair do Ajax jogadores fabulosos, tais como: Van Basten, Bergkamp, Davids, Rikjaard, Seedorf, Kluivert, ... e uma lista interminavél de jogadores. Ainda no Euro 2004, vamos ter a oportunidade de ver duas das mais recentes e promissoras estrelas “fabricadas” nas suas escolas, estou a falar de R. Van Der Vaart e Van Der Meyde.

Esta pequena introdução serve para abrir alguns pontos de discussão relativamente ao futebol português em geral, e ao Belenenses em particular.
As nossas selecções mais jovens, estão “sempre” a disputar as finais das competições mais importantes (Torneio de Toulon, Euro sub-17, Euro sub-21, Mundial sub-21), e muitas vezes ganhamo-las com bastante brio e profissionalismo. Para além da já “saudosa” geração de ouro, que é feito das dezenas de jogadores que espalharam magia nas respectivas selecções? Teremos nós receio de apostar nos jogadores que nós próprios fazemos campeões e depois retiramos-lhe a oportunidade de se mostrarem entre os grandes?
Preferimos pagar 10.000, 15.000 a jogadores com nome na praça, mas que se olharmos á lupa o único feito que conseguiram foi marcar 10 golos num campeonato qualquer quando tinham 23 ou 24 anos. Precisamos nós de 8 contratações a meio da época? Precisamos de um Ceará? Não querendo bater no ceguinho mas o Belém não pode servir de manjedoura para alguns energúmenos do futebol poderem vir “comer” e não deixar nada de positivo.

Nas equipas mais jovens do Belenenses temos campeões em todos os escalões, a formação no clube é o investimento mais barato e ao mesmo tempo mais rentável ao nível económico e desportivo. Ao nível regional qual o miúdo de 14, 15, 16 anos que não gostaria de jogar no Belenenses? O Belém é uma instituição grande e respeitada em Portugal, e poderá exercer esse poder para recrutar verdadeiros diamantes em bruto que andam por aí a jogar em clubes regionais ditos menores, e também noutros países. Ainda para mais que Portugal sempre teve uma posição previlegiada pois temos excelentes relações com muitas das nossas ex-colónias bem como com outros países africanos. Com apenas cerca de 10.000 Euros mês podemos recrutar meia dúzia de olheiros em funções a tempo inteiro. E não estou a falar do olheiro que é amigo de X que por sua vez conhece Y, estou a falar de profissionais qualificados, com formação superior. A chamada geração Mourinho não é visível apenas ao nível do treinador principal, mas também nos treinadores-adjuntos, olheiros, fisioterapeutas, e porque não dirigentes, directores,...

Os alicerces estão lançados, as estruturas do clube estão ao nível dos chamados três grandes. Precisamos apenas de encarar o futuro com profissionalismo e deixarmo-nos de amadorismos. Ou melhor, seguir o exemplo das ditas modalidades amadoras mais sangue, mais suor e menos sanguesugas e parasitas.

Um abraço e até para a semana!

Selecção do dia: França



Após o sucesso no Euro 2000, a França é uma das mais fortes candidatas à vitória final no Euro 2004. O seu futebol, uma mescla de força e técnica, suportada em elevado rigor táctico quando sobre pressão e explosiva quando se solta o génio de fenómenos como Zidane ou Henry, é capaz de banalizar qualquer selecção mundial.

Às estrelas mais cintilantes (Zizou, Henry, Pires, Vieira, Pires ou Wiltord), junta-se uma nova geração de elevado potencial, de que são exemplo Gallas, Boumsong, Mexes ou Pedretti.

A França chega a Portugal com a fasquia muito alta, e uma presença nos 4 primeiros é fundamental para a campanha ser bem sucedida. Está inserida no Grupo B, juntamente com a Inglaterra, Croácia e Suiça.



Palmarés - 1 Título Mundial e 2 Títulos Europeus

domingo, maio 30, 2004

Derrotados dentro e fora de campo

Esta manhã levantei-me cedo e fui até ao Restelo, para assistir aos jogos das nossas equipas dos escalões de formação. As minhas expectativas eram particularmente altas relativamente à equipa de Juvenis A, que em mais uma partida da fase final do Campeonato Nacional defrontava a formação do Boavista.

Primeira desilusão: o jogo começou às 11 horas... Às 12 horas, hora em que o Sol vai bem alto e forte, duas equipas de miúdos de 16 anos, jogavam uma importante partida do seu campeonato. Perfeitamente inacreditável...

A história do jogo é simples de contar: a equipa do Belenenses nunca foi superior à do Boavista, que mais rápida e agressiva marcou durante a primeira parte 2 golos sem resposta, todos eles em jogadas rápidas de contra-ataque. O terceiro dos axadrezados chegou logo no início da segunda parte, quando o Belém tentava reagir contra as diversas adversidades com que se defrontou durante este jogo.

A arbitragem foi fraca e prejudicial à nossa equipa. Por duas vezes, um dos laterais do Boavista caiu sobre a bola dentro da área (ao sentir que a ia perder), tocando-a com a mão. Em nenhuma das jogadas o árbitro assinalou falta atacante (o que não se justificava), nem as grandes penalidades que se impunham.

Mas o pior nem foi o árbitro. Segunda desilusão: perante a falta de sorte dos nossos miúdos, um grupo de "velhos do Restelo" deu largas à sua má educação e falta de fair-play, insultando os atletas. Os pais dos jogadores azuís, que se concentravam na bancada a incentivar a equipa, responderam e iniciou-se um longo período de "gritaria" nas bancadas, que obrigou à intervenção de agentes da PSP presentes no local.

Escusado será dizer que os jogadores azuis começaram então a dividir a atenção entre o jogo e as bancadas, certamente preocupados com o envolvimento dos seus pais nos tristes acontecimentos...

Não posso criticar os pais dos jogadores, que defenderam (com alguma exaltação, é certo) os seus filhos perante a falta de inteligência e de educação dos (supostos) adeptos azuis que os insultavam. Mas não posso deixar de dizer que a derrota por 0-3 não foi apenas o resultado de uma actuação fraca em campo. Ela deveu-se também às lamentáveis cenas na bancada do campo n.º2.

Resta apenas dar os parabéns aos nossos juvenis A pelo facto de terem chegado bem longe, e de terem sido a única equipa de futebol a lutar por um título nacional (presnetes na fase final) esta temporada. Eles não mereciam (até por esta razão) ser apelidados como "a equipa mais fraca do clube".

Resta ainda solicitar a estes "adeptos" azuis que não voltem a aparecer pelo Restelo com a mesma atitude, pois este tipo de "apoio" é dispensado...

Stéphane Sergent, o nome de hoje.

Segundo notícia do jornal "O Jogo", o Belenenses estará interessado na contratação do defesa-central Sergent, jogador do Rouen, da 2ª Divisão Francesa, e que foi considerado o melhor jogador da competição. Ao que parece, estamos em luta com outras 2 equipas da Superliga pela contratação do jogador, e a minha aposta recai na Académica e Estoril.

Se pretendem informação detalhada sobre a carreira do jogador, "cliquem" aqui.

A ultima grande conquista...

Para recordar mais um pouco a conquista da Taca de Portugal, ja la vao 15 anos e 1 dia, aqui ficam algumas fotos publicadas pela imprensa na altura, e que demonstram bem o clime de festa que o clube viveu. Uma grande equipa, um grande treinador e grandes adeptos. Gostava de agradecer ao Bloguista Eduardo Torres, que colocou os seus arquivos pessoais a disposicao do Blog do Belenenses, sendo que estas fotos foram por si cedidas.

QUERO FESTEJAR NOVAMENTE UMA CONQUISTA DESTAS!!!

Foto 1

Foto 2

Foto 3

Foto 4

Foto 5

Seleccao do dia: Suica



A seleccao Suica e geralmente apontada como um parente menor do futebol europeu, mas a verdade e que marca presenca de uma forma bastante consistente em fases finais de importantes competicoes.

Em termos de valores individuais, e composta por jogadores sem grande destaque, porem alguns deles de elevada qualidade, como por exemplo Murat Yakin, Vogel, Henchoz ou Chapuisat. A estes nomes ja na retina de todos aqueles que acompanham com algum interesse o futebol europeu, juntam-se alguns jovens de grande potencial, como Frei, Cabanas, Wicky, Magnin ou Haas.

A Suica esta integrada no Grupo B, com Croacia, Inglaterra e Franca, naquele que e um grupo claramente dificil para passar a segunda fase. A obtencao de um bom resultado no primeiro jogo, contra a Croacia, podera no entanto deixar tudo em aberto.


Palmarés - nada a registar

sábado, maio 29, 2004

A um passo de sermos campeões!!!

A equipa de Futsal do Belenenses venceu esta tarde a formação do Fundão por 4-1.

Num jogo de fraco nível técnico, mas durante o qual a superioridade dos azuis nunca esteve em causa, o Belenenses acabou por assegurar a vitória, que era o fundamental nesta fase.

Começou bem a nossa equipa, a pressionar e a conseguir remeter o adversário ao seu meio-campo. O Fundão limitava-se a resistir e, sempre que possível, a "contra-atacar". Foi aliás num desses contra-ataques que um jogador da formação da Beira sofreu uma falta a poucos metros da baliza, que após ser repetida por 3 vezes resultou no primeiro golo da tarde. 0-1, para a equipa do Fundão.

A resposta veio menos de um minuto depois, com o recém entrado capitão Sousa a igualar o marcador. Poucos minutos mais tarde, e num ataque extremamente rápido, fez-se justiça: o Belenenses marcou o 2-1, resultado que se manteve até ao intervalo.

A segunda parte foi toda azul. A equipa do Fundão praticamente não atacou, e podia mesmo ter sofrido uma goleada. Todavia, o desacerto dos azuis foi grande, e o resultado apenas chegou aos 4-1.

Na próxima semana disputa-se o último jogo final desta fase de apuramento do campeão nacional da 3ª divisão, que opõe as equipas do Belenenses e do Macedense. Para se sagrar campeã, basta à nossa equipa ser derrotada por uma diferença inferior a 2 golos. Todavia, o crer destes jogadores dá-nos confiança para acreditarmos em mais uma vitória!

Força Belém! Nós acreditamos!

sexta-feira, maio 28, 2004

Porque passam hoje 15 anos...

(Artigo da autoria de Eduardo Torres, relembrando o último grande momento de glória do nosso clube, que todos esperamos repetir depressa)

Passam hoje 15 anos sobre o dia 28 de Maio de 1989, data da última grande conquista do Belenenses no futebol: a vitória na Taça de Portugal. Nessa jornada inesquecível, perante cerca de 60.000 espectadores, dos quais cerca de 20.000 adeptos azuis, com o Estádio Nacional a rebentar pelas costuras (e, por não ter cadeiras, com uma lotação muito superior à de hoje), o Belenenses bateu o Benfica por 2-1. As bandeiras azuis com a Cruz de Cristo voltaram a agitar-se triunfantemente, 29 anos depois da anterior Taça de Portugal, e 42 anos depois do Campeonato Nacional.

Foi um triunfo arrancado com muito mérito e com muita luta. Antes de tudo, pela magnífica carreira até à final: vitórias contra o Sintrense por 3-0, no único jogo fora de casa; contra o Estrela de Portalegre por 7-2; contra o F.C.Porto, nos oitavos de final, por 1-0 (golo de canto directo); contra o Espinho (então na 1ª divisão), por 2-1, nos quartos-de-final; contra o Sporting, por 3-1, nas meias finais, com mais de 30.000 pessoas no Restelo, e os golos de Baidek (70m, minutos depois de um outro lhe ser anulado), Saavedra (73m) e Mladenov (84m) a anularem a vantagem que o Sporting chegara a adquirir aos 52m.

Depois, a final intensíssima, contra o Benfica, que ganhara o campeonato, e que tinha nas suas fileiras jogadores como Veloso, Mozer, Valdo, Diamantino e Vítor Paneira. À maior valia técnica dos jogadores encarnados (contratados por um poder financeiro que não tínhamos nem de perto nem de longe), opôs o Belenenses a sagacidade técnica de Marinho Peres e a garra, a vontade e a crença indomável dos seus jogadores. Eles parecem ter correspondido ao estado de espírito com que entrámos no Jamor: a alegria de estar na festa, algum receio mas uma voz íntima a dizer: “Tem que ser! É agora ou nunca!”. E foi!

O Belenenses alinhou: Jorge Martins; José António; Carlos Ribeiro (depois, Teixeira), Sobrinho, Baidek e Zé Mário; Chiquinho, Juanico, Macaé e Adão; Chico Faria (depois, Saavedra).

Os golos: a pouco mais da 1º parte, passe de Juanico a desmarcar Chico Faria, que arranca com uma flecha, dá um nó cego a Mozer (que fez uma falta e ficou a chamar a atenção ao árbitro para a marcar, o que a acontecer beneficiaria o infractor e faria parar o nosso avançado). Só com o Guarda-Redes pela frente, Chico Faria desvia-lhe subtilmente a bola, que vai vagarosamente para a baliza. Quando acabou a eternidade que demorou a ultrapassar o risco de baliza, foi o delírio entre os beléns, a maior parte deles situados por detrás dessa mesma baliza, no Topo Sul.

Na 2ª parte, a uns 20 minutos do fim, o Benfica empata e tememos o pior. Mas o Belenenses enche o peito, vai lá à frente, ganha um livre directo, e Juanico ,a 30m da baliza, arrancar um tiro formidável (que andou semanas a passar na Eurosport) e a bola foi indefensavelmente para o fundo da baliza. Foi uma explosão ainda maior! Parecia quase irreal!

Depois, no quarto de hora que faltava para os 90minutos, e mais na meia dúzia de descontos, à tentativa esforçada do Benfica, respondeu o Belenenses com uma garra ainda maior. Sofremos, cerrámos os dentes, gritámos, chorámos, reclamámos “está na hora”, enchemos o estádio de “Belém! Belém! Belém”, até que veio o apito final. Depois, foi a grande festa, linda, sentida no fundo da alma. Um mar de bandeiras azuis, caravanas automóveis por aqui e por ali e uma alegria imensa, indizível!

Eduardo Torres

Clubes e mercados financeiros

Numa altura em que a discussão sobre investimento e retorno em redor do fenómeno desportivo tem estado tão em voga no Blog do Belenenses, gostaria de convidar os leitores a lerem o excelente artigo de Pedro Ferreira Esteves no Diário Económico de hoje, em que analisa o porquê das acções do Porto terem ontem descido 5% e terem chegado a estar a descer 7%.

É no mínimo curioso que uma empresa que tem um substancial encaixe financeiro e uma acção de relevo, caia abruptamente na cotação de mercado. Mas a questão é exactamente essa, as SAD não são consideradas empresas nem vistas como um agente activo do mercado. Este fenómeno já se tinha passado na temporada transacta no dia seguinte à conquista da Taça UEFA.

Agora façamos uma curta análise à prestação da Porto SAD no mercado: quando da emissão das acções, essas foram colocadas no mercado ao preço nominal de 5 Euros. Neste momento, em que conquista a Liga dos Campeões e já havia conquistado a Taça UEFA no ano passado, estão a 3,12 Euros, ou seja, assistimos a uma desvalorização de cerca de 35% desde a sua emissão. Não estou certo relativamente à data da emissão, mas penso que terá sido em 1999, ou seja, numa altura em que o Porto estaria no final do "penta", um período de sucesso a nível nacional, mas sem relevo internacional. Seguiu-se uma travessia do deserto e nos últimos dois a conquista do sucesso a nível internacional.

Coloquem agora a questão noutros termos: imaginem uma empresa que em 99 dispersava o seu capital a 5 Euros por acção. Nessa altura, detinha uma quota de mercado bastante significativa no nosso país, mas internacionalmente não tinha qualquer relevo. Imaginem agora que neste momento seria o líder incontestado a nível interno (com uma quota de mercado de 90%) e o líder nos mercados internacionais. Parece plausível esta empresa ter uma desvalorização de 35%? Não é, pois não? Então e o que acontece às empresas quando dão prejuízos? Fecham as portas, ou mudam de negócio. Então porque é que só em Portugal temos duas divisões assumidamente profissionais e na 2ª B e 3ª Divisão a maioria dos jogadores são também profissionais?

O futebol do futuro, para subsistir tem de ser um negócio sustentado. Tem de ser criada uma Liga Pan-Europeia, com umas 4 divisões, onde caberão qualquer coisa como 80 equipas. E já é demais. Afinal, os nossos amigos americanos têm Ligas com 30 equipas... e os "clubes-empresa" existem para ganhar dinheiro.

Eu acredito!

Meus amigos, já repararam bem no crescimento da secção de rumores nesta semana? Não cresceu desde Segunda-Feira... isso indicia algo que muda pelas bandas do Restelo. Trabalha-se a bom ritmo e não se perde tempo a ouvir empresários nem a falar sem nexo para os jornais.

A primeira contratação parece-me bastante boa, um jogador capaz de fazer todo o corredor direito, jovem, ambicioso, com qualidade e com um contrato por 1 ano mais 2 de opção. E já ambientado a Portugal.

Neste momento temos uma equipa que acredita no trabalho em campo: Rui Casaca, um homem que sabe muito de futebol e conhece bem os meandros, e ao que parece sabe "usar o chicote" ; Carlos Carvalhal, um treinador que acredita no estudo e trabalho e que sabe que o futebol pode não ser uma ciência, mas a organização pode ajudar ao sucesso ; e por último, Sequeira Nunes, um homem que também acredita no trabalho e que pretende o melhor para o clube, mostrando abertura a novas soluções. Só espero que a anunciado administração a 5 cabeças, não voltemos à mesma situação dos últimos anos. Aliás, na minha opinião, quanto mais gente pior. Eu por mim continuava com esta equipa a 3.

Tenho muita esperança na época que aí vem. Eu acredito!

Selecção do Dia: Suécia



A selecção Sueca é uma presença habitual nas fases finais de grandes competições. Neste momento, apresenta uma formação compacta e com bons valores individuais, como Ibrahimovic, Larsson ou Ljungberg. Há ainda uma futura estrela a despontar, Kim Kallstrom, actualmente no Rennes de Boloni, e de quem se diz será o futuro "patrão" da selecção.

No entanto, apesar destes nomes, a selecção nórdica vale como um todo, como mostrou no último amigável contra a selecção portuguesa, em que empatou 2-2 em Portugal. A sua maior fraqueza estará, eventualmente, na baliza, onde Isaksson já mostrou qualidades, mas é ainda "muito verde". A defesa é extremamente sólida e apoiada por um meio campo tacticamente perfeito. O ataque, com Larsson e Ibrahimovic, é temível.

Nota de relevo para a presença nesta selecção de um jogador do Belenenses, Anders Andersson, que jogou a titular os últimos 2 jogos da selecção. Em princípio não será titular, mas uma vez que Anders Svensson, do Southampton está em dúvida, esse lugar poderá assentar-lhe como uma luva. Independentemente dos minutos que jogar, os adeptos azuis estarão claramente a apoiar a Suécia. O Blog do Belenenses aproveita para lhe desejar muito boa sorte, e que só perca na final, ante Portugal.

A selecção nórdica está englobada no Grupo C, do qual fazem parte Itália, Bulgária e Dinamarca. A Suécia lutará, em princípio, com uma destas 2 selecções pelo segundo lugar de apuramento, pois a Itália, com as dificuldades habituais, acaba sempre por passar à 2ª Fase. E isso é algo que os adeptos azuis também gostariam de ver, ou não estivesse a selecção transalpina a treinar no nosso complexo desportivo.



Palmarés - nada a registar

quinta-feira, maio 27, 2004

Dias de Glória...

Porque hoje é dia 27 de Maio, e passam exactamente 58 anos sobre o dia em que o Belenenses conquistou o seu único título nacional, o amigo Álvaro Antunes enviou o seguinte comentário e fotos:

"Comemora-se hoje o dia em que, perdendo por 1-0 a um quarto de hora do final da partida, os nossos briosos atletas viraram o resultado e permitiram ao Clube de Futebol "Os Belenenses" a conquista do título de Campeão Nacional. No final da partida os adeptos invadiram o campo e abraçaram-se aos jogadores. Sobre o que então se passou diria o Feliciano: "Estávamos arrasados. Mas ficámos ali no campo a chorar de alegria".



E agora Belenenses?



Depois daquela difícil tarde para todos nós belenenses, que marcou o termo do campeonato de futebol, em que perdemos o jogo, ganhámos a manutenção, mas desgraçadamente não salvámos a face, impõe-se fazer a pergunta em título.
Somos um simples adepto, que se senta na bancada e que vibra com a pátria belenense. Vemos um jogo de futebol com os amores e desamores que todos nós emprestamos aos palcos em que nos movemos. Mas nem por isso nos demitimos de procurar fazer uso da razão e perguntar: porquê?
Para tal há que pegar em várias pontas, desafiando-nos a nós próprios a não recorrer ao estratagema que Alexandre usou para desfazer o célebre nó.
Convém lembrar que vivemos o tempo do negócio do futebol. Sendo tempo de crise, há que geri-lo com pinças e bisturis. Mesmo internacionalmente, todos sabemos que o futebol em termos de lucros é uma fraude.
As sociedades anónimas desportivas praticamente impostas pela lei, em nome da transparência da informação, tornou a vida dos clubes de futebol, todos eles em estado de falência pelo menos técnica, ainda mais difícil. E mais difícil, porque houve que criar uma nova estrutura - bem sabemos que mais ou menos virtual -, mas que nem por isso deixou de concorrer para o incremento dos custos da organização.
Procuraram os clubes, cada um a seu modo, conviver o melhor possível com a nova realidade, e como não há soluções perfeitas, uns acumularam a presidência do clube com a da sociedade, outros optaram por se distanciar, outros ainda colocaram pessoas da sua inteiríssima confiança na Sad.
Como tantos outros clubes, guia-se o nosso Belenenses em termos de orçamento por um nome: Bingo. Não tenhamos dúvidas: hoje por hoje, é o Bingo o alfa e o ómega de muitas das organizações desportivas que, país fora, vendem as ilusões que muitos de nós, orfãos de afectos, compramos a qualquer preço.
Está pois a Sad do clube condicionada na sua actividade de “compra, venda e aluguer”, às receitas do jogo que a montante lhe chegam. E temos pois de compreender as opções conservadoras que os responsáveis muitas vezes têm de fazer e que acabam por conduzir ao desgaste inexorável dos planteis.
Também na hora da partida nem todos os clubes partem do mesmo local e ao mesmo tempo. Quer dizer: um clube de futebol não depende apenas dos seus adeptos, como seria natural, e nuito menos dos seus investidores privados. Sendo a economia portuguesa tradicionalmente dependente do investimento público, o futebol não foge à regra. E assim, estamos à mercê dos padrinhos que apanhamos pela frente, não sendo normalmente nas grandes cidades que vemos os maiores e mais escandalosos investimentos públicos em clubes de futebol.
Depois há as opções que se fazem dentro do negócio do futebol e só raramente se lida com gente que não precisa de papéis para cumprir a sua palavra, porque pessoas há que abandonam o barco fazendo cumprir contratos leoninos e tornando fraca a forte gente.
Em meia dúzia de linhas decerto não desapertámos, mas pelo menos concorremos para desapertar o tal nó górdio.
E para que não nos aconteça como à mulher de Loth, olhemos em frente e venha daí uma nova Sad, agradecendo a quem lá esteve esta época a disponibilidade e dedicação. Mas uma nova Sad com um mínimo de independência. E uma Sad e um clube que apostem também nos lugares de decisão, pois é na Liga, nas Associações e na Federação que nos podemos dar aos outros. E quanto mais importantes os outros forem para nós, seremos também mais importantes para eles.
Do grupo de jogadores que sem dúvida este ano viveram momentos amargos, mas que também não se mostraram capazes de melhor, conservemos um pequeno núcleo e com a parcimónia que o orçamento impõe, partamos com realismo, à “descoberta do encoberto”. A renovação de uma equipa de futebol é um trabalho diário, que começa na formação, mas que se cumpre pontualmente , com entrega, competência e também sorte (porque não dizê-lo?) na aquisição deste, ou de outro jogador.
Dos treinadores de futebol, temos obrigação de conhecer o suficiente para saber que são homens, a quem se deve pedir apenas competências – ética e técnica -, para gerir o dia a dia de um plantel de vinte ou trinta jogadores, o que sendo já muito é nada mais. Sobre os corpos sociais que dirigem o nosso clube, pensamos que há um consenso generalizado sobre a sua dedicação, o seu desapego a mordomias, a sua competência.
O nosso Belenenses como tantos clubes, uns maiores, outros bem mais pequenos, tem sido berço de verdadeiras dedicações, amando quantas vezes sem ver a quem. Nomes como Acácio Rosa, Gouveia da Veiga, Correia da Fonseca ; nomes como Artur José Pereira, Pepe, Matateu ; homens sem nome, anónimos, como o mais humilde seccionista, da mais humilde secção.

E agora Belenenses?
Há que olhar para o alto com os pés bem assentes na terra.
Porque a grandeza é apenas uma medida.
A fé sim, não tem bitolas. Nem fronteiras.

Selecção do dia: Letónia



A selecção Letã é a grande surpresa do Euro 2004, que atingiu em grande parte por mérito do seu grande nome da actualidade, Varpakovskis. No entanto, a selecção possui outros bons valores, como Pahars (do Southampton), Lobanovs, Rubins ou Stepanovs.

Esta equipa pratica um futebol tacticamente forte e suportado por um elevado espírito de sacrifício, com a arma do contra ataque a ser letal quando desempenhada por Pahars ou Varpakovskis.

A Letónia chega a Portugal sem grandes aspirações, esperando fazer um Europeu sem ser goleada, inserida que está no Grupo D, com República Checa, Holanda e Alemanha. Um ou 2 empates seriam óptimos e uma vitória seria sensacional.



Palmarés - nada a registar

quarta-feira, maio 26, 2004

Introdução




A propósito das bonitas imagens das bancadas bastante compostas de público no último jogo da época 2003/2004, contra o Braga, lembrei-me de trazer à superfície memórias de outras grandes assistências em épocas passadas. Muito gostaria que outros belenenses partilhassem as suas recordações de outros tempos e feitos, sobretudo daqueles a que não assisti. Pela minha parte, as memórias vêm desde 1970, e vou expô-las em sentido inverso, ou seja, começando pelo passado recente, indo depois para a década de 90, depois para a de 80 e, por fim, para a de 70.

Gostava de esclarecer que, se alguém tiver a paciência de ler estas linhas, seria óptimo que não o visse como simples saudosismo. Infelizmente, eu já não vi os tempos heróicos do Belenenses, quando a nossa camisola era temida e respeitada em todo o lado, não pelo que tinha feito no passado, mas pela força presente de então, de dirigentes de vistas largas, de jogadores de génio e com verdadeiro amor à camisola (que o dinheiro que ganhavam era pouco…) e de associados e simpatizantes tão apaixonados pelo seu clube que, durante anos e anos, se escrevia ainda: “Os velhos e indefectíveis sócios do Belenenses”, “Os belenenses, com o seu amor acrisolado ao clube…”. Não vi jogar o Matateu e o Vicente, nem o José Pereira nem o Di Pace, nem as Torres de Belém nem o Amaro, muito menos, claro, o Pepe ou o ilustre (principal) fundador do clube, Artur José Pereira… Gostava, dizia eu, que não se entendesse isto como simples saudosismo. A referência ao passado só é útil se nos ensinar alguma coisa para o futuro; caso contrário, não representa mais do que uma força de imobilismo. O passado nunca se repete exactamente da mesma maneira… mas o seu espírito pode reviver em novas formas. Desejava, tão só, que ainda salvássemos essa alma pujante, heróica e audaz dos tempos em que o Belenenses era grande, ambicioso e simultaneamente cheio de idealismo e de capacidade de fazer (já não vivi esses tempos mas ainda lhes senti os ecos, o que restou); e, ao mesmo tempo, que evitássemos a repetição de erros, de equívocos, de menoridades e deslealdades que, acumuladas uma após outra e outra, e outra… nos conduziram a um presente muito aquém do que podia ser, do que pode ser. Juntarei alguns comentários a propósito da década de 80, que considero importantes; e algumas conclusões e ideias finais.

Ao longo dos tempos, o Restelo, tristemente, tem vindo a ficar cada vez mais deserto. O recente jogo contra o Braga, foi sem dúvida a maior assistência dos últimos 10 anos. Pena é que fosse por causa de um pretexto tão pouco agradável, ou seja, evitar a descida de divisão; e, para agravar, com uma prestação tão má da equipa, que parecia mais ou menos indiferente ao seu destino, só os resultados de terceiros nos livrando do pesadelo da descida. Apenas as imagens e os sons de incitamento, e a demonstração de que ainda conseguimos juntar bastante gente, nos suscitam uma memória agradável desse jogo. Talvez mais uma coisa: a dignidade que mostrámos com os assobios e apupos no momento devido, em protesto contra a apatia da equipa e contra os erros acumulados. Felizmente, ainda não perdemos a noção de que um clube como o Belenenses não pode festejar a permanência, e menos ainda à custa de resultados de terceiros. Pela minha parte, gostava de dizer uma coisa: nunca assobiei ou apupei um jogador por ser tosco ou inabilidoso. Se não sabe ou não pode mais, a haver alguma culpa, é só de quem o contratou ou pôs a jogar. O que não perdoo nem admito é a falta de brio e de respeito à camisola, a falta de entrega ao jogo com toda a vontade.

Na presente década, só há registar uma outra assistência significativa: foi contra o Boavista há 2 anos atrás (o primeiro jogo com entradas livres). Não esteve muito longe da verificada contra o Braga, apesar de ser numa 2ª feira ao fim da tarde. Na época anterior, o Boavista entrara no clube restrito dos campeões nacionais, onde até então, e desde há décadas e décadas, o nosso Belenenses só se encontrava com mais outros três clubes.

(Artigo da autoria de Eduardo Torres, com continuação na próxima 4ª Feira)

Selecção do dia: Inglaterra



A Inglaterra é, por definição, a pátria do futebol. A Premier League é talvez o mais espectacular e competitivo campeonato do mundo, com jogos apaixonantes, quaisquer que sejam as equipas intervenientes.

Ao longo da história, e apesar de toda aura que envolve o futebol inglês, este nunca foi muito bem sucedido em competições internacionais, quer ao nível de clubes, quer ao nível de selecções. O seu ponto alto foi, sem sombra de dúvida, o Mundial de 66, disputado em casa, do qual saíram vencedores.

Nos dias de hoje, formam uma selecção homogénea sem grandes destaques individuais em termos futebolísticos. O seu jogador mais destacado, David Beckham, deve esse destaque não a ser um futebolista de eleição, mas sim ao facto de ser o eleito do coração de muitas meninas. Na baliza, David James é um bom guarda-redes, mas não um "craque". Na defesa, destacam-se Sol Campbell e Ashley Cole, ambos do Arsenal. A meio-campo, referência para Beckham, mortífero nas bolas paradas, e para Kieron Dyer, um jogador que empurra e galvaniza a equipa. Na frente de ataque, muito cuidado com o tanque adolescente Wayne Rooney e Michael Owen. Da nova geração, destacam-se ainda Frank Lampard, Paul Robinson e Glenn Johnson.



Palmarés - 1 título mundial, em 1966

terça-feira, maio 25, 2004

Planeta Belenenses



Começo hoje uma colaboração semanal neste blog, o qual considero ser a melhor fonte de informação e discussão sobre o nosso clube. Desde já agradeço aos seus editores por me terem dado esta oportunidade.

Escolhi para nome “Planeta Belenenses”, por dois motivos, em primeiro lugar porque o nosso clube é universal, e depois porque as crónicas não se vão cingir à análise do “centro do mundo” (futebol profissional). Como autor, e penso que falo pelos editores deste blog, queremos ir às “aldeias” e criticar, sugerir, felicitar todos aqueles atletas, dirigentes, empregados que vivem para e do Belenenses.

Numa altura em que tanto se fala de pseudo-contratações, pseudo-dispensas, e pseudo-reestruturações, escolhi neste primeiro artigo falar da “empresa” CF Belenenses, SAD”, ou melhor “CF Belenenses”, pois a primeira só tem de diferente da segunda o “,SAD” em frente à sua designação comercial.

Estruturalmente, e partir de dados retirados do relatório de contas de 2003 temos os seguintes dados: 4 presidentes, 15 vice presidentes, 8 secretários/vogais, e pasmem-se 69(!) Directores e assessores, entre os quais João Pedro Pais e Jorge Coroado, é claro que faltam aqui contabilizar os inúmeros administrativos que representam 50% dos custos totais do clube.
Resumindo, concluindo e baralhando: estamos perante o modelo tão bem conhecido dos portugueses “Sector Público” uma verdadeira empresa portuguesa.
A minha pergunta sobre este ponto, e sem querer lançar ainda mais pânico, mas afinal quem é que manda? E os 69 directores e assessores, qual o seu papel? Que me perdoe o João Pedro Pais, por quem tenho enorme amizade, mas para além do dom natural para cantar só lhe reconheço vocação desportiva na área da luta greco-romana, será que existe no CF Belenenses?
Onde é que estes ilustres cabem todos no camarote presidencial? É bom que as obras de ampliação tenham beneficiado também esta parte do estádio.

Tal e qual uma qualquer repartição de finanças no Belenenses todos mandam a seu belo prazer e ficam indignados quando se põe em causa a “boa-vontade” que ali empregam diariamente. E ainda por cima sem remuneração dos chamados “gestores”! Ora aqui está um bom exemplo para os nossos governantes, aliás, para todos nós: vamos dispensar os nossos ordenados por amor às empresas onde trabalhamos, é garantido lugar até...sabe-se lá quando!

Penso que seria injusto não deixar aqui registado o valoroso trabalho dos senhores que controlam as entradas no estádio. Também aqui temos os traços de Repartição, onde as borlas funcionam para quem sabe dizer o nome certo à entrada dos cativos, e não é tão bom ver o jogo lá de cima! A equipa nem merece que se pague as quotas!!!

Enfim, a ideia de pôr bandas magnéticas no cartão de sócio foi brilhante, é pena é que nem para os pontos da gasolina aquilo dá... Mas que coisa, se os sócios que compram bilhetes anuais podem andar com um molho de bilhetes para a época agrafados às 3 pancadas, não há necessidade de muito mais! Sem querer entrar em comparações, os últimos jogos de futebol fora do Restelo a que pude assistir foram em Estádios com controlo efectivo de entradas (e um deles foi no Brasil(!)num estádio com cadeiras de ferro, dá que pensar...)

Enfim, é assim que eu vejo o CF Belenenses enquanto empresa, se não corresponde à realidade a culpa não é minha, é o que deixam transparecer para fora, e nem só de imagem desportiva se fazem os sucessos, a imagem de um Clube-empresa é o que ele deixa transparecer, desde os festejos das vitórias até orgulho ferido das derrotas. Se a base da pirâmide não funcionar, o topo nunca conquistará, porque o Belém são os seus sócios e estes merecem ser tratados na palma da mão.

Meus senhores, se há coisa que eu, com 23 anos, sei fazer, é admitir quando erro… Agora o que eu gostava mesmo era que, independentemente da continuação desta (des)organização, pudessem admitir perante os 21.176 sócios do CF Os Belenenses que erraram muito nos últimos tempos, porque isso não é vergonha nenhuma…vergonha é bater no fundo e não saber onde porquê...
Ninguém tenha dúvidas que o Belenenses só vai sair da mediania quando as sua organização se alterar...e há tanto para melhorar!

Um abraço e até para a semana

Selecção do dia: Rússia



A Rússia é uma selecção "crónica" das fases finais e que impõe respeito, mesmo quando não tem uma equipa com elevado potencial. Isto porque o futebol de leste assenta, acima de tudo, numa grande disciplina táctica e em jogo colectivo, pincelado por alguns artistas, como é o caso na Rússia do início deste século de Alenitchev, Titov, Mostovoi ou Sytchev. Os artistas do ataque estão bem protegidos na rectaguarda por um trio experiente, formado por Onopko, Smertin e Ovchinikov.

No Euro 2004, a Rússia está inserida no Grupo 1, juntamente com Portugal, Grécia e Espanha. À partida, os países Ibéricos são os favoritos, mas quer a Rússia, quer os Gregos (com uma fase de qualificação notável) estão em posição de lutar pela passagem à fase seguinte.

Esta será a equipa-tipo a apresentar pela Rússia na fase final:



Palmarés - 1 título Europeu

segunda-feira, maio 24, 2004

Amaral: 1º reforço para 2004/05

Segundo o Site Oficial, o Belenenses contratou ontem o jogador Amaral, ex-Leixões, da 2ª Liga.

Amaral é um lateral direito que também joga a meio-campo que chegou na temporada passada ao Leixões proveniente do clube "entreposto" brasileiro Grémio Inhumense. Pegou de estaca na equipa de Matosinhos e esteve em grande destaque no início da temporada no Torneio do Centenário do Boavista, aliás, como a restante equipa.

Foi titular ao longo de toda a época e por diversas vezes consagrado como o melhor em campo. Marcou 6 golos nesta temporada, 4 dos quais nos últimos 3 jogos, em que jogou a meio-campo.

O contrato com o atleta é por 1 ano com mais 2 de opção.

Site do nosso novo treinador




Tal como aqui tinhamos anunciado há alguns dias, o site do novo técnico da equipa de futebol profissional do Belenenses foi lançado e está a ter grande sucesso! A fazer fé nos comentários ouvidos "aqui e ali", o site de Carvalhal tem permitido aos belenenses ficarem a conhecer melhor aquele que, esperamos, ajudará a reconstruir a mística azul, tarefa tantas vezes prometida e tantas vezes adiada.

O URL do site é www.carloscarvalhal.com e asseguro-vos que merece uma visita!

Uma visão das "equipas B"

Excelente artigo da autoria de Pedro Domingues, mais conhecido na Blogosfera como Pedromld, sobre quais as finalidades de uma "equipa B" e de que forma poderão ser potenciadas:

A minha visão sobre as equipas B, é que me Portugal quiseram copiar o que se faz no estrangeiro mas não o souberam fazer da melhor forma.. As equipas B devem funcionar como suporte á equipa principal,
A Equipa B, serve para manter os jogadores em forma, com ritmo competitivo e a prepara-los para em qualquer momento serem utilizados na equipa principal.
Um clube que adopte por criar uma equipa B tem de pensar da seguinte forma
Não pode ter dois Planteis ( Principal e Equipa B)
Tem de funcionar como um todo.
O Plantel Principal não pode ter mais de 23 Jogadores( 2 jogadores para cada lugar e 3 para o lugar de ponta de lança).
A equipa B teria 11 jogadores, todos com menos de 23 anos e todos formados nas camadas jovens do clube.
Sei que por um lado um plantel com 34 jogadores seria muito dispendioso, pois é este ano tivemos 34 jogadores profissionais, e acredito que os 11 da equipa B não ganhariam o que 5 dos que estiveram cá este ano ganhavam.
Sendo assim dos 23 do principal sobravam 5 da convocatória que iriam jogar pela B para estarem com ritmo competitivo quando fosse necessário jogarem pela principal.
Ficávamos com 16 jogadores para a equipa B e iríamos buscar os 2 aos juniores para os 18 convocados.
Quando houvesse lesões e castigos iríamos convocando os necessários juniores para a B e consequentemente da B para a Principal. Aos poucos fazia-se, obrigatoriamente, a integração dos jovens formados no clube com poucos gastos e qualquer jogador das camadas jovens saberia que um dia podia passar de promessa a certeza com a Cruz de Cristo ao peito.

A Selecção do dia: Alemanha

A Alemanha é uma das mais fortes selecções mundiais, independentemente dos seus jogadores estarem a brilhar mais, ou menos. No mundial 2002, após o fracasso do Euro 2000, esperava-se uma Alemanha decepcionante, mas a verdade é que atingiu, com mais ou menos mérito, a final, onde sucumbiu aos pés do Brasil de Scolari. Foi no último mundial que se descobriram duas das novas estrelas alemãs: Metzelder e Klose.

A eterna equipa dos anos 90, de Klinsmann, Kohler, Moller, Voller e Matthaus acabou de vez, e no seu lugar surgem novos grandes jogadores como Rau, Freier, Bierofka, Kehl, Ernst e aquela que é, actualmente, a maior esperança do futebol alemão: Kevin Kuranyi, curiosamente nascido no Rio de Janeiro.

Esta será a equipa-tipo a apresentar pelos Germânicos em Portugal, onde estão no Grupo D, juntamente com Holanda, Letónia e República Checa, naquele que é um grupo bastante forte.



Palmarés: 3 títulos mundiais ; 3 títulos europeus

Objectivo - Chegar pelo menos às meias-finais

sábado, maio 22, 2004

Entrevista de Carlos Carvalhal

O nosso novo treinador de futebol, Carlos Carvalhal, deu hoje uma entrevista aos microfones da Rádio Renascença. Só apanhei o último quarto de hora da entrevista, mas deixo aqui os pontos focados por Carvalhal que me pareceram mais importantes:

- a baliza está excelentemente bem servida por 3 guarda-redes, mas precisamos de melhorar quer a defesa, quer o meio-campo, quer o ataque
- acho possível virmos a ser novamente o 4º grande, mas essa é uma luta que não quero tornar bandeira. Para vermos a grandeza de um clube temos de definir um padrão. Se entrarmos na Sala de Troféus do Restelo ficamos arrepiados. O Belenenses tem um passado recheado de títulos e jogadores que marcaram épocas. As instalações estão ao nível das melhores do país e o clube é extremamente eclético, com 24 modalidades. Portanto é grande, dos maiores de portugal. Como clube é grande, ao nível do top dos clubes em portugal. Tenho poucos dias de clube, mas a prestaçao da equipa de futebol nao tem acompanhado o crescimento do clube. A aposta dos dirigentes e administradores é que a ekipa acompanhe. Trabalhando e com uma boa gestao, em 3/4 anos chega ao nível k merece.
- em relação à última época, o Belenenses tinha bons jogadores e tecnicos, com uma administraçao muito seria, mas houve muitas lesoes e as mudancas de tecnicos nao sao boas, e essas mudanças de métodos de trabalho podem propiciar lesoes.
- se as coisas forem bem planeadas à partida, minimizamos a necessidade de reforços de inverno e de a epoca correr mal
- já dei sugestoes a administração, o Presidente está a tratar de satisfazer as nossas necessidades, mas o trabalho é dificil, porque nao conseguindo determinado jogador temos de arranjar outro que já nao tem as mesmas caracteristicas. Ainda ninguem assinou.
- Orestes e Auri – seria impensável contratar algum jogador que está em negociações com o meu clube anterior. Nunca pediria ao Belenenses para os abordar enquanto eles nada definirem com o Setubal.
- Diminuição dos orçamentos na Superliga - com menos dinheiro no proximo ano vai haver mais pressão e mais dificuldades, até porque descem 4 clubes em vez de 3, logo prevejo mais chicotadas psicológicas. Penso que vai aumentar a competitividade do campeonato, mas em termos de qualidade, duvido. Mas penso k o campeonato tem vindo a ganhar ano após ano mais e mais qualidade.
- Estádios vazios - é preciso baixar o preço dos bilhetes para levar o público aos estádios. Os dirigentes dizem que se os profissionais ganham tanto os bilhetes têm de ser caros. Mas isso é errado. Fui ver jogos a Vigo e pagava 1100 pesetas, e aqui eram 3 e 4 contos. Jogos de Celta com o Barça e Real Madrid. Nao ficava num bom lugar, mas a verdade é que tenho amigos em Braga que adoram futebol, mas nao têm dinheiro para ir ao futebol. E assim não se vende merchadising, nada.
- Mourinho - Mourinho se saír fará falta ao futebol portugues porque o seu futebol é virado para a baliza com qualidade e que entusiasma as pessoas. Se sair, teve uma passagem curta, mas muito marcante, no futebol portugues.
- Porto-Monaco – é uma final... se fossem 2 jogos, dava 80% ao Porto. Como é só um jogo, 50%, sem dúvida. O Mónaco tem muitas debilidades e o Porto poucas, quer um quer outro podem aproveitá-las.
- Seleccao – como português, as escolhas estão feitas e o seleccionador e jogadores são os maiores do mundo. Somos um outsider e não um favorito, declaradamente. Devemos por os olhos no mundial. A partir de passarmos a 1ª fase já pode ser considerada uma boa prestação. Vencer o Euro seria extraordinário. França, Espanha e República Checa têm mais potencial.
- Site Oficial – espero que isto se torne uma prática normal dos colegas e não o considerem exibicionismo. O ano passado estive no estrangeiro a estagiar e todos me perguntavam qual era o meu site e quando dizia que não tinha eles estranhavam. Os resumos das comunicações vão estar disponíveis.

Reestruturação da SAD

Nos últimos dias tem sido anunciado pela comunicação social a tão necessária reestruturação na SAD.
Pelo que nos tem sido relatado, esta reestruturação passa por um aumento do número de administradores, que de 3 passa para 5, e pela criação de um cargo de Director-geral ou executivo que vai ter como funções a coordenação do futebol profissional com o futebol jovem.
Assim sendo a SAD passaria a ter um esquema organizativo deste género:



É apontado para o lugar de director-geral/director-executivo o Rui Casaca, antigo adjunto de Manuel José e após a saída deste, Coordenador do futebol jovem.

É consensual que de facto é necessário e urgente mudar o modelo organizativo do futebol profissional, mas será que é esta a reestruturação que queremos?

Ainda no dia da apresentação de Carvalhal, Sequeira Nunes (SN) dizia que não percebia as razões para o desaire desportivo da época passada. Acho que a resposta até que é simples. As continuadas apostas falhadas da SAD em técnicos e atletas. E porque acontece isto? Porque não existe uma SAD profissional com profissionais a trabalhar a tempo inteiro, que tenham como única ocupação o futebol. E com uma SAD profissional vinha também a responsabilização! Neste ponto também é conhecida a posição de SN. Ele disse na última Assembleia-Geral que com ele ninguém na direcção ou na SAD receberia um euro! Bem, mas ele também disse que não se realizariam mais acordos com o Benfica sobre o caso Paulo Madeira, pelo que espero que ele mude novamente de opinião.

Outro problema que é conhecido por todos é a inexistência de um Gabinete ou Departamento de Prospecção de Jogadores. Este Gabinete, se gerido correctamente, poderia ser um factor decisivo no futuro. Seria o fim dos jogadores comprados por cassete! E poderíamos ter aqui uma verdadeira vantagem competitiva sobre os outros clubes, pelo que este será um ponto que o Belenenses não poderá esquecer.

Assim sendo, penso que deve ser dado prioridade aos seguintes temas:
- Gabinete de prospecção de jogadores
- Modernização, Profissionalização e Responsabilidade são as novas palavras de ordem!

Esperemos então que esta reestruturação não pare pelo que já foi anunciado e que contemple todas estas sugestões.

Contratações... ou talvez não.

Lendo o título, podem pensar que vou uma vez mais abordar a situação organizativa do Belenenses, sempre à espera da "última moda", deixando o tempo correr na esperança de num dia de sorte encontrar um brasileiro do Jararaca Futebol Clube que seja bom de bola. Mas não.

O meu post de hoje está relacionado, isso sim, com a cobertura jornalística dada a possíveis reforços azuis por oposição a contratações efectivas. Ainda hoje, o jornal A Bola praticamente garante que Manuel José, na época anterior emprestado pelo Porto a Guimarães e Setúbal, se encontra a caminho do Restelo. Há 3 dias atrás, Juninho Petrolina foi visto no Restelo, o que não desmentiu, mas ressalvando que só tinha acompanhado o empresário.

Da lista elaborada pelo Blog de jogadores que já foram noticiados como interessando ao Belenenses, já vamos em 21 nomes. Isto em apenas 2 semanas...

Eu só acredito quando vir os jogadores a serem apresentados, mas até lá posso sonhar. Mas também vos digo, os nomes apontados fazem-me sonhar pouco.

sexta-feira, maio 21, 2004

www.carloscarvalhal.com

O novo técnico do Belenenses é um aficionado destas coisas das novas tecnologias. Assim, e de acordo com o Bloguista Pedromld, em comentário publicado no Blog CFBelenenses, Carvalhal lança amanhã o seu site pessoal. Será uma excelente oportunidade para todos os belenenses com acesso à internet conhecerem melhor o homem que irá dirigir os destinos da nossa equipa durante o próximo campeonato!

Vários

Futebol:

Tudo na mesma! Muita especulação, muitos jogadores "dados como certos". Certezas ainda não há nenhuma...

Andebol:

O Internacional A Tiago Silva, que representou durante a época passada a equipa do Madeira SAD, muda-se para Lisboa e prepara-se para defender durante uma temporada a nossa camisola. É mais um daqueles jogadores que estava no banco e ofuscado por um dos muitos estrangeiros do nosso andebol. O jovem jogador vai agora querer provar o porquê de ter merecido a confiança do Belenenses.

Registe-se que a temporada do andebol parece estar a ser convenientemente preparada. Tal como aconteceu no basquetebol, o Belenenses desenvolve esforços para reforçar a equipa, com jogadores de valor aos quais têm sido dadas poucas oportunidades.

quinta-feira, maio 20, 2004

Eliseu no Torneio de Toulon

O nosso extremo esquerdo Eliseu foi hoje chamado à selecção de sub-20 que jogará no próximo mês no conceituado Torneio de Toulon, onde está inserida no Grupo B juntamente com o Brasil, Japão e Suécia.

Após uma época em que alternou a titularidade com algum apagamento, tendo começado de forma vistosa mas perdendo fulgor com o decorrer do campeonato e suas vicissitudes, é assim uma oportunidade para fechar com chave d'ouro uma época que para si tem sido positiva, ganhando peso no plantel com somente 20 anos.

O Blog do Belenenses deseja toda a sorte do mundo ao nosso valoroso atleta, bem como a toda a representação nacional.

Ainda sobre o Caso Paulo Madeira

Há cerca de dois dias foi publicado no Livro de Visitas do Portal Oficial uma mensagem, escrita pelo Miguel Barreiros (que é, para quem não sabe o Administrador do site, mas que não tem de momento intervenção ao nível da direcção do clube), com importante informação sobre o acordo obtido com o SL Benfica. Porque me parece importante e porque é portadora de informação nova, aqui fica a cópia da referida mensagem:

"Caros amigos,

De aquilo que me foi dado a conhecer posso informar sobre alguns dos contornos do acordo com o SL Benfica acerca do Processo Paulo Madeira.

O acordo agora firmado não foi mais que reactivar o acordo que em 2002 já havia sido feito, mais os juros desde então.

Este acordo inclui :

- Dinheiro (significativo)
- Dois jogos a realizar com a receita para o Belenenses ( Restelo + Luz ).
- Direito de preferência nos jogadores que venham a ser cedidos pelo SLB (em definitivo ou temporáriamente).

A acrescentar a este aspecto é importante referir que, segundo os juristas, a situação deveria arrastar-se pelo menos mais três anos até uma nova decisão, por via de um tipo de recurso (qual eu já não sei) que levaria de novo o assunto para os tribunais civis.

Por outro lado, a medida de coação que o Belenenses poderia utilizar em relação à inibição de inscrição de jogadores poderia sempre ser ultrapassada com a prestação de uma garantia bancária do respectivo valor da decisão do tribunal arbitrario da Liga, sem que daí o Belenenses tirasse qualquer dividendo.

Por favor não me perguntem mais porque ... não sei ...

O meu único objectivo foi e é explicar aquilo que é do meu conhecimento e assim contribuir para que este espaço seja de saudável convivência construtiva e principalmente de colaboração entre todos nós.

Saudações Azuis !"

Quem é Juninho Petrolina?

Nos jornais de hoje, em especial nas Notícias na Hora de A Bola on-line, é referida a forte probabilidade do jogador do Beira-Mar, Juninho Petrolina, vir a equipar de azul na próxima época. É mesmo referido que o jogador se deslocou ontem ao Restelo e que o único entrave podem ser as relações tensas entre as duas Direcções.

Apesar de ser um jogador bastante conhecido em Portugal, deixo aqui algumas estatísticas de forma a podermos fazer uma análise mais cuidada das suas capacidades:

Idade - 29 anos (faz 30 em Dezembro)
Posição - Médio de ataque

2001/02:
23 Jogos
4 Golos
10 assistências
9 amarelos

2002/03:
4 amarelos

2003/04:
28 jogos
8 golos
9 amarelos
Mais vezes melhor em campo pelo jornal A Bola, com 8 citações
Jogador do mês de Setembro, prémio do SJPF

Parece-me claro que o Juninho Petrolina é um óptimo jogador, tecnicista, com visão, que sabe bater as bolas paradas e que poderá ser útil ao Belenenses. Mas o que eu questiono é a relação custo/benefício, até por ser um jogador em fim de carreira e extremamente caro, sendo um investimento do qual não retiraremos retorno financeiro directo. Por outro lado, sei que no início da época o Juninho Petrolina não queria voltar do Brasil, alegando ter uma proposta boa de um clube brasileiro. Recorde-se que Juninho é um jogador com nome no Brasil, onde representou Santa Cruz, Náutico e Atlético Mineiro, se não estou em erro.

Sei também que Juninho aufere um dos mais elevados salários do plantel auri-negro.

Um pouco de história...

No início da temporada 1938-39, os corpos sociais em funções faziam a seguinte análise da situação do clube, nas palavras de Acácio Rosa: "A situação do clube inspira cuidados e apreensões e tem reflexos nos resultados do futebol". Os problemas com o clube se deparava então eram de dois tipos: financeiros, decorrentes dos gastos avultados no Estádio das Salésias, e deportivos.

Pouco tempo antes o Belenenses havia inaugurado não apenas a cobertura de uma das bancadas das Salésias, como o primeiro relvado destinado à prática de competições desportivas, em particular do futebol. Tratou-se de um importante investimento, que na altura deixou o clube numa situação competitiva mais enfraquecida (devido aos gastos verificados).

Todavia... foi precisamente poucos anos depois que o Belenenses viveu os seus mais gloriosos momentos desportivos, com a vitória da Taça de Portugal (1942, por 2-0, frente ao Guimarães), duas vitórias nos campeonatos de Lisboa (1943-44 e 1945-46), para além da brilhante vitória do Campeonato de Portugal 1945-46. Nessa altura, significativa parte dos jogadores da selecção eram provenientes das Salésias (Amaro, Quaresma, Feliciano, Simões, Serafim, entre outros), e iniciava-se um trabalho ímpar de formação nas escolinhas do clube.

Analisando a história do Belenenses desde 1919 é possível verificar que momentos de "crise" sempre se manifestaram no clube, em ciclos de 10 a 15 anos. Depois desses ciclos, o Belenenses ergueu-se e arrancou excelentes prestações ao nível do futebol. Assim foi nos anos 30 (campeões de Portugal), depois nos 40, nos anos 50 e 60 (décadas durante as quais o clube chegou a forma equipa temíveis, em que jogaram Di Pace, Matateu ou Vicente), nos anos 70 (quando chegámos ao 2º lugar) ou mesmo nos anos 80, quando conquistámos de forma brilhante a Taça de Portugal.

Os anos 90 inauguraram um período de prolongada crise desportiva no futebol, unicamente minimizada no ano em que o Belenenses formou uma excelente equipa orientada pelo técnico de má memória João Alves, e que acabou por ser "desmembrada" no fim dessa temporada.

Cerca de 10 anos depois desta última prestação assinalável, é hora de dar lugar à tradição, e fazer (re)nascer no Restelo uma equipa capaz de lutar de igual para igual com qualquer formação portuguesa. Tal como no fim dessa já longíncua década de 30, o clube acabou de investir fortemente na modernização das suas instalação e infraestrutura de apoio às equipas de competição e escolas de formação... falta dar o salto para os sucessos no futebol, desporto "Rei" no Belenenses!

quarta-feira, maio 19, 2004

E já agora... as outras bancadas!

A pedido de alguns bloguistas, que se sentiram discriminados (e com razão) nas fotos antes publicadas, aqui ficam mais umas quantas imagens das duas outras bancadas em falta: o Topo Norte e a Bancada Poente, ou dos Sócios.









terça-feira, maio 18, 2004

Andebol: despedidas de Alberto Oliveira e Medvedev

Duas curtas notas no portal oficial do clube informam os belenenses acerca das saídas de Alberto Oliveira e Eduardo Medvedev da equipa profissional de andebol.

Alberto Oliveira é um dos mais queridos jogadores azuis, actuando de Cruz de Cristo ao peito há 19 anos. Foi, junto com Medvedev - outro grande jogador da nossa equipa - campeão nacional de andebol durante a década de 90 e representou a selecção nacional da modalidade, prestigiando o nome do nosso clube e contribuindo para enriquecer o historial e palmarés do Belenenses.

As razões para a saída dos dois atletas não são comunicadas.

Aos dois atletas, o nosso muito obrigado pela entrega e pela forma como durante 19 e 11 anos respectivamente representaram a camisola azul de todos os belenenses!

O dia em que o Restelo se encheu!...

Não estava completamente cheio, é verdade... mas estava lindo!
Milhares de Belenenses corresponderam ao apelo do Clube e numa só voz gritaram "Nós Acreditamos". Pena foi que a equipa não tivesse também ela oferecido aos sócios e adeptos a vitória que se impunha.

Assim, ficam as fotos da bancada nascente, que se encheu (essa sim, completamente)... com um abraço forte a todos os que nesse dia memorável (pelas melhores e piores razões) se deslocaram ao Restelo. Fica também uma foto da homenagem a Miguel Di Pace, o maestro da nossa equipa dos anos 50.


Bancada nascente, ainda vazia.


Di Pace, perante a bancada poente (dos associados)


A bancada nascente.


Mais uma da bancada nascente.


... e mais outra


ao fundo, o remodelado Topo Norte


Foto tirada do Topo Sul


Vista da Bancada Nascente. Arrepiante...

Os 23 eleitos de Scolari

Eis a escolha de Scolari para o Europeu, sem grandes surpresas:

Guarda-redes - Quim, Moreira e Ricardo

Defesas - Fernando Couto, Jorge Andrade, Miguel, Nuno Valente, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Beto e Rui Jorge

Médios - Petit, Deco, Costinha, Rui Costa, Maniche, Tiago, Figo, Simão e Cristiano Ronaldo

Avançados - Pauleta, Nuno Gomes e Hélder Postiga

É uma convocatória sem grandes surpresas, uma vez que a chamada de Moreira era já previsível. Só me surpreende a saída de Boa Morte e a entrada de Maniche. Maniche porque parecia haver sido proscrito pelo campeão do mundo ; Boa Morte porque me parece utilíssimo para fazer o corredor esquerdo e empurrar a equipa para a frente.

Esperemos que em 2006, na Alemanha, estejm presentes jogadores azuis. O último jogador azul numa grande competição foi Paulo Madeira, já lá vão 8 anos, e ainda não "vimos" o dinheiro. Parece que será agora, a ver vamos.

Já são 5 os Guerreiros de Azul

O jornal Record avança na edição de hoje com a notícia da renovação do vínculo de Jorge Coelho à equipa dos Guerreiros por mais uma época. Recorde-se que Nuno Perdigão já o havia feito no início da fase de play-off e que Luis Costa também já definiu a sua situação face ao nosso clube, tendo optado pela continuidade. A equipa contará ainda com outros jogadores menos utilizados mas extremamente úteis como são Mário Jorge e João Monteiro.

Aguarda-se agora o anúncio oficial da renovação do treinador, José Couto, assim como a chegada de reforços, sendo certa a saída de Kevin Melson, que tentará a sua sorte nas Ligas de topo dos Estados Unidos, seu país de origem.

segunda-feira, maio 17, 2004

Luis Costa: de azul por mais uma época!

Notícia extraída do site da LBC

Mais um guerreiro que continua

Após Nuno Perdigão ter renovado o seu contrato com o Belenenses Montepio Lusifor por mais uma época, o base/extremo Luís Costa seguiu-lhe os passos e o quarto classificado deste ano assegura dois dos principais elementos do cinco inicial com contratos válidos para a temporada de 2004/05.

Depois da tempestade que viveu em Oliveira de Azeméis, onde raramente foi utilizado, principalmente na época passada, Luís Costa encontrou a bonança no Restelo, cotando-se como um dos principais obreiros da fantástica época da equipa de José Couto, saldada com duas presenças nas meias-finais, Liga TMN e Taça de Portugal — onde sucumbiu ante o Porto Ferpinta —, e com a presença na Taça da Liga.

Titular em 30 dos 32 encontros disputados pelos lisboetas na fase regular — apenas não entrou de início na 8.ª jornada no Seixal, derrota por 91-85, e na 20.ª jornada, em casa ante o Barreirense, vitória por 91-85 —, o angolano registou as médias de 12,9 pontos, 3,7 ressaltos e 2,2 assistências em 32 minutos.

Estatísticas mais que reveladoras de um dos mais produtivos elementos dos azuis do Restelo, a que se acrescenta a sua capacidade defensiva sufocante para qualquer adversário.

Luís Costa, natural de Benguela (Angola), ficará mais uma temporada na capital de Portugal, às ordens do emblema do Belenenses, que ganha assim dois reforços para a época que se avizinha, depois da renovação com o base Nuno Perdigão.

domingo, maio 16, 2004

Resultados das sondagens

Agora que a época acabou, que já temos novo treinador e se adivinham novidades em termos da Administração de Futebol, é o momento de fazer um balanço da actuação da Direcção liderada por Sequeira Nunes quer em termos globais, quer em termos de futebol. Assim sendo, eis os resultados de dois dos inquéritos promovidos pelo Blog do Belenenses:

Como classifica a actuação da Direcção de Sequeira Nunes na globalidade?

37.34% Boa
21.68% Mediana
16.86% Muito boa
13.25% Muito Má
10.84% Má

Como classifica a actuação da Direcção de Sequeira Nunes em termos de futebol?

42.3% Má
28.2% Muito Má
21.79% Mediana
3.84% Muito boa
3.84% Boa

sábado, maio 15, 2004

Carlos Carvalhal no Belenenses

Está confirmado!

Segundo o portal oficial do clube Carlos Carvalhal vai mesmo liderar a equipa técnica da equipa profissional do Clube de Futebol "Os Belenenses" na próxima época de 2004-05.



O último clube deste jovem treinador foi o Vitória de Setubal, que terminou a temporada passada na 2ª posição, garantido assim a subida à Superliga.

Carvalhal também treinou o Vizela da 2ª Divisão B (Zona Norte), onde a meio da época, quando estava em primeiro lugar, ingressou no Desportivo das Aves, na altura a jogar na 1ª Divisão. Desceu com o Aves para a 2ª Divisão. Posteriormente foi treinar o Leixões. Neste clube além de alcançar o 2º lugar da 2ª Divisão B, conseguiu atingir a final na Taça de Portugal, conseguindo assim, classificar-se para a Taça UEFA. Na época seguinte ia em 1º e saiu no ultimo terço do campeonato por incompatibilidades com o presidente.

O nosso novo treinador já tem experiência em jogos internacionais. Tem no seu curriculum a passagem á segunda eliminatória da Taça UEFA, após ter eliminado o Belasica da Macedónia, com um empate em casa por 2-2 e uma vitória fora por 2-1. Foi eliminado pelo PAOK Salonika após ter ganho a partida em Leixões por 2-1, mas infelizmente perdeu a segunda-mão por 4-1.

Desejamos ao novo treinador do Belém muito sucesso e que consiga atingir os objectivos que os adeptos tanto esperam!

Verdadeiros Guerreiros!

Fomos longe. Lutámos até à exaustão e tudo fizémos para merecer melhor sorte.
Os Guerreiros foram neste temporada desportiva o orgulho de todos os Belenenses, justificando plenamente o importante e correctíssimo investimento depositado na equipa.

Hoje o sonho terminou.
O quarto jogo desta meia final só determinou o vencedor após um prolongamento, no qual a nossa equipa não foi feliz. Tudo fizeram os Guerreiros azuís para levar a decisão para o quinto jogo, no Porto, mas as vitórias morais não contam nestas coisas. O Porto venceu porque foi no conjunto das 4 partidas a equipa mais regular. O Belenenses demonstrou o porquê de ter chegado tão longe, e fico com a ideia de que a equipa azul foi, nesta fase do campeonato, aquela que mais garra demonstrou.

Assim, e mesmo antes de fazermos fazer analises do jogo, importa dizer aos nossos Guerreiros que foi a sua equipa quem mais alegrias deu aos belenenses, este ano. Que os encaramos como uma equipa exemplo, empenhada e perfeitamente identificada com a original mistica azul. Estes Guerreiros sao os maiores.

Para finalizar, vai daqui um abraco para o Jorge Coelho, jogador que muito deu a equipa durante este ano, e que se lesionou durante esta partida. Esperamos que regresses rapidamente, vestido de azul. E outro para Kevin Melson, que manifestou recentemente o desejo de regressar aos Estados Unidos para tentar a sua sorte junto da equipa da NBA dos Detriot Pistons. Que consigas tudo o que desejas. Os Belenenses nao te esquecem.

Nota. desculpem os problemas de acentuacao, mas estou a escrever num teclado frances. Nao podia todavia deixar de escrever o que me vai na alma neste momento. Espero que nao se importem...

Perdemos...

Chegou ao fim a "aventura" da equipa sensação da Liga TMN.

Os nossos "Guerreiros" perderam a partida de hoje, contra o FC Porto, por apenas 1 ponto, e assim fomos eliminados por 3-1 das Meias-finais do Liga TMN.

O resultado da excelente partida de hoje foi 85-84 após prolongamento num jogo muito disputado.

Termina assim a excelente época dos nossos "Guerreiros".
Apesar da derrota, vamos dar os parabéns a todos os nossos jogadores e equipa técnica.

Basquetebol: Meia-Final - Jogo 4

Chegámos ao intervalo do Jogo 4 das Meias-Finais, e o resultado está 40-38 favorável ao Belenenses. Está a ser um jogo equilibrado, como demonstra a marcha do marcador:
9-13, aos 5 minutos, 19-24 no fim da 1ª parte e 32-30 aos 15 minutos.


Apresentamos as estatisticas do jogo ao intervalo:



Neste momento José Couto está com os nossos GUERREIROS a planear o resto do encontro:


Vamos à VITÓRIA!!!

sexta-feira, maio 14, 2004

10.000 visitas... em 3 meses e meio!

O Belenenses é enorme. Se já sabia que o Belenenses era Grande, de há 3 meses a esta parte tenho vindo a descobrir que o nosso clube é enorme, através das visitas e e-mails que tenho recebido das mais diversas proveniencias e de pessoas com as mais diferentes ocupações e idades.

Hoje atingimos as 10.000 visitas, um marco sem dúvida, mas que não é uma meta mas sim uma partida, uma partida para um Blog do Belenenses cada vez melhor na busca de um Belenenses cada vez melhor.

A última actualização das estatísticas tinha acontecido na visita 4.000, e daí até agora muita coisa mudou: o Blog sofreu um "lifting" completo, o Belém manteve-se na Superliga (quando na altura ainda falávamos que ganhando um jogo começávamos logo a lutar pela UEFA) e a comunidade on-line azul está cada vez maior. O meu agradecimento pessoal e em nome dos óptimos colaboradores Rui Vasco e Luís Vieira pelas vossas visitas. Nós acreditamos!

Como já vem sendo hábito, cá vão algumas estatísticas, por comparação com as 2.000 visitas, em 3 de Março (10.000 vs 4.000):

Dados Gerais
Média de visitas diárias - 116 vs 86
Dia com mais visitas - 355, a 11 de Maio vs 13 de Fevereiro
Hora do dia com mais visitas acumuladas - 16:00 às 17:00 (6,9% vs 7,73%)
Hora do dia com menos visitas acumuladas - 05:00 às 06:00 (0,41% vs 0,38%)
Dia da semana com mais visitas acumuladas - 4as Feiras (16,37%) vs 2as feiras (17,05%)
Dia da semana com menos visitas acumuladas - Sábados (9,51% vs 9,93%)
Visitantes "entrados" por links - 32,54% vs 38,71%
Total de links - 175 vs 72

Origem das visitas
Portugal - 89,5% vs 88,76%
Estados Unidos - 4,69% vs 5,82%
Reino Unido - 2,36% vs 2,93%
Roménia - 0,78% vs 1,30% (alô Lacerda)
Brasil - 0,71% vs 0,28%
Espanha - 0,22% vs 0,16%
Outros países curiosos... - Russia (4 visitas), Singapura (3), Jugoslávia (3), África do Sul (3), Croácia (3), Bósnia (3), Emiratos Árabes Unidos (3), México (2), Japão (2), Grécia (2), Gana, Malásia, Israel, Gabão e República Dominicana, entre outros.

Dados do sistema
Browser:
MSIE 6 - 88,42% vs 86,73%
MSIE 5 - 10,62% vs 12,54%
Sistema Operativo:
Win XP - 66,10% vs 65,18%
Win 2000 - 18,76% vs 18,03%
Win 98 - 13,96% vs 15,98%
Win NT - 0,68% vs 0,24%
Win 95 - 0,11% vs 0,22%
Macintosh - 0,1% vs 0,12%
WebTV - 0,05% vs 0,08%
Linux - 0,05 vs não constava

Resolução de ecrã:
1024x768 - 66,24% vs 60,5%
800x600 - 23,67% vs 27,21%
1280x1024 - 7,09% vs 9,76%

Imperador continua de Azul




A notícia que já corria através dos meios informais do clube foi hoje avançada pelo diário desportivo Record. Marco Aurélio já terá chegado a acordo com o Belenenses e continuará a defender as redes da baliza da Cruz de Cristo, como tem feito de forma quase ininterrupta nos últimos anos.

Marco Aurélio é um dos mais queridos jogadores do plantel e um dos mais consistentes elementos em campo. Recorde-se que na época 2002/2003 foi eleito o melhor guarda-redes estrangeiro da SuperLiga (Prémio Público/GALP Energia) e que este ano voltou a ser considerado o mais regular guarda-redes estrangeiro do campeonato pelos jornalistas dos jornais Record e "A Bola".

Uma boa notícia, por fim...

Tuck até 2006

Um dos símbolos da equipa azul, o médio Tuck, assinou ontem até 2006. Trata-se de uma renovação importante de um jogador que apesar da idade ainda revela grande força e entrega em campo. Segundo jornal "A Bola" será hoje a vez de Marco Aurélio assinar novo vínculo, correspondendo assim aos insistentes pedidos da massa associativa...

Outros casos permanecem por resolver. Segundo o mesmo diário, Verona tem convites do estrangeiro e do Marítimo. O jogador já manifestaou todavia a intenção de, se sair do Belenenses, ir para fora de Portugal.

quinta-feira, maio 13, 2004

100% dentro... 100% fora

É difícil encontrar as palavras certas para descrever a partida que hoje se disputou no Pavilhão Acácio Rosa, no complexo desportivo do Restelo, entre as formações do Belenenses e do FC Porto. E é difícil desde logo porque foi um jogo cheio de incidências e de episódios, completamente atípico e impróprio para cardíacos.

Talvez comece por dizer que o apelo feito pelo Belenenses foi bem recebido por muitos sócios e adeptos, e que o Pavilhão se encontrava quase cheio, com ambas as bancadas repletas de pessoas apaixonadas pelo jogo e pelas respectivas equipas.

O jogo começou com um Porto a defender à zona, com uma postura de enorme agressividade, e com um Belenenses que pareceu surpreendido, e que demorou bastante tempo até acertar com o esquema montado pela equipa nortenha. Dentro das quatro linhas assistiu-se, no período inicial, a um surpreendente domínio do FC Porto, que muito forte nas marcações eliminou todas as primeiras jogadas do Belenenses, o que permitiu chegar facilmente ao 0-8.

A agressividade nortenha, que em algumas jogadas mais pareceu jogo violento, foi tolerada pelo trio de arbitragem, muitíssimo contestado ao longo dos primeiros três períodos do jogo.

O resultado muitíssimo desnivelado do primeiro período foi alargado nos primeiro minutos do segundo, o que permitiu ao Porto chegar a ter o dobro dos pontos do Belenenses (16-32). Tudo parecia estar mais ou menos resolvido, com a nossa equipa a falhar muitos lançamentos, a revelar uma enorme falta de inspiração no ataque e grande dificuldade na defesa (sobretudo nos ressaltos).

Todavia, quando tudo parecia arrumado, os jogadores azuis "agarraram" no jogo e ponto a ponto foram reduzindo a vantagem do Porto. Foi precisamente nesta fase que a arbitragem mais se destacou pela negativa, nunca deixando o Belenenses aproximar-se do FC Porto. Falta atacantes, passos, faltas defensivas que mais ninguém viu. Os jogadores azuis, com um Super Luis Costa à frente, lutavam contra uma sólida equipa portista e contra os erros do trio de árbitros destacados para a partida.

Ainda assim, e depois de ter estado a perder por 16 pontos, o Belenenses conseguiu reduzir a desvantagem até aos 4 pontos. Todavia, uma série de faltas averbadas aos jogadores mais influentes da equipa, o jogo pouco inspirado dos norte-americanos Melson e Barlett (este último apenas sobressaiu no terceiro período do jogo) e o cansaço acumulado sobre os jogadores do 5 base (muito sacrificados) levou a que o Belenenses não tivesse na fase determinante do jogo a calma suficiente para virar o resultado.

Em 15 lançamentos livres apenas convertemos 9. 6 pontos deitados fora, num jogo em que cada ponto valia ouro... No final do jogo, o 72-84 verificado não espelhou o equilíbrio que ainda assim se verificou durante grande parte do jogo. Não obstante os erros do Belenenses e a consistência do Porto, ficou a ideia de que esta equipa pode vencer qualquer adversário desta Liga.

Como notas finais, três observação:

- A primeira para Luis Costa, que fez um jogo notável, e que galvanizou a equipa do Belenenses nos momentos mais importantes do jogo. Pena foi que tivesse sido carregado de faltas e que tivesse saído a equipa a poucos minutos do fim, quando ainda havia esperança de virar o resultado;

- A segunda para o esforço destes Guerreiros. É certo que não jogaram tanto quanto podem e sabem, mas quem esteve no Restelo viu uma equipa que deu 100% em campo;

- A terceira para a atitude pouco profissional dos atletas do Porto que se encontravam sentados no banco. Assim, e durante a fase final do jogo, passaram todos os ataques do Belenenses a bater nos paíneis publicitários, na tentativa de incomodar os atletas da Cruz de Cristo. Muito feio, na minha modesta opinião...

O próximo jogo, essencial para garantir um quarto (e quinto) jogo nesta meia final, disputa-se sábado, dia 15, pelas 15h, outra vez no Pavilhão Acácio Rosa. E porque os Guerreiros azuís bem merecem, lá estaremos novamente a encher o pavilhão com as nossas vozes e cachecóis, elevando sempre e cada vez mais alto o nome do nosso BELÉM!!!

COMUNICADO: «Processo Paulo Madeira»

Clube de Futebol «Os Belenenses», Sport Lisboa e Benfica e as Sociedades Desportivas por ambos participadas, chegaram a acordo em por termo ao litígio que os opunha desde 1997 no processo que ficou conhecido publicamente como «Processo Paulo Madeira».

Entendeu a actual Direcção do Sport Lisboa e Benfica procurar o entendimento com o Clube de Futebol «Os Belenenses», dando seguimento ao projecto de acordo estabelecido em 2002 entre os Presidentes de Direcção de ambas as instituições e que não logrou ser outorgado nem executado por razões inerentes ao Sport Lisboa e Benfica.

Foi deste modo ajustada uma solução definitiva para aquele litígio, de forma a salvaguardar e acautelar os interesses de todas as partes envolvidas e retomar os tradicionais laços de colaboração, bem como as boas relações desportivas e institucionais até então existentes.

Lisboa, 13 de Maio de 2004.

A Direcção

Todos a puxar pelos Guerreiros!

O terceiro jogo da meia-final do Play-off, disputada entre as equipas do Belenenses e do FC Porto, realiza-se hoje no Pavilhão Acácio Rosa. A partida tem início por volta das 20:50h e espera-se casa cheia. Os sócios azuis não pagam nada, e por isso não há "desculpas" para que alguém falta num dia tão importante. Se o Belenenses vencer passa para a frente nesta eliminatória e dá um passo em frente no sentido de alcançar a tão pretendida final.

Vamos todos, numa só voz, dar expressão à alegria que é ver jogar esta magnífica equipa de basquetebol. FORÇA GUERREIROS!

Um verdadeiro Gentleman

Por motivos que mais dia menos dia todos vós conhecerão, e que alguns já conhecem, tive a oportunidade de conviver por 3 vezes com Miguel Di Pace nos últimos dias.

Na 6ª feira passada tive a honra de ver o convite para a visita ao Núcleo Ajuda/Belém ser aceite, e cumprimentei e troquei umas palavras com um homem de que me habituei a ouvir falar, mas que sempre esteve "longe". Senti um arrepio ao apertar-lhe a mão, porque na realidade mais do que o cidadão argentino Miguel Di Pace, estava a apertar a mão a um pedaço da história do futebol. No entanto, o curto espaço de tempo de que Di Pace dispunha para confraternizar e ser homenageado no Núcleo obviou a um maior contacto, com grande pena da minha parte.

No entanto, Domingo, antes do jogo com o Braga, fui honrado com o convite para almoçar com D. Miguel, convite esse que foi recebido com grande emoção. Num dia de jogo tão importante, com uma mesa rodeada de amigos de Di Pace, uma vez mais não foi fácil estabelecer um contacto mais directo com o maestro argentino, sempre solicitado, e sempre bem disposto, como é seu timbre.

Ontem tive uma noite especial, acompanhei D. Miguel na sua última refeição nesta curta estadia em Portugal, juntamente com outra "velha glória" azul, Angeja, o seu "anjo da guarda" nestes dias de homenagem do desporto português a esta figura ímpar. Descobri um homem caloroso, apaixonado pela vida e pela sua mulher, portuguesa, desiludido com o futebol e com um sentido de humor extraordinário. Ouvi histórias mirabolantes que envolviam os craques das cadernetas de cromos do meu pai, que metiam mulheres bonitas e carros descapotáveis, companheirismo e amizade.

Ontem tive 2 horas de puro prazer. Ontem estive 2 horas a conversar com um mito. Muchas gracias por cada palavra que me disse D. Miguel, recordarei este jantar para sempre.

Mais notícias sobre a presença de Di Pace em Portugal

Jogadores Livres... e com interesse:

Toni - Beira-Mar
Wijnhard - Beira-Mar
Luís Vouzela - Moreirense
Manoel - Moreirense
Marco Almeida - Alverca
Veríssimo - Alverca
Torrão - Alverca
Vargas - Alverca
Julio César - Estrela da Amadora
Marcos - Estrela da Amadora
Duah - Gil Vicente
Josiesley Ferreira - Gil Vicente
Demétrios - Moreirense
Caíco - União Leiria
Freddy - União Leiria
Marinescu - Académica
Freddy - Académica
Paulo Adriano - Académica
Nordin Wooter - Braga
Ferreira - Porto B
Wesley - Penafiel

Notícias do dia

João Gonçalves, ou a continuação da asneira

Das palavras proferidas por João Gonçalves ao jornal Record, destaco a seguinte frase: "o planeamento da próxima época deverá ser efectuado pela próxima administração".

Ora se a próxima administração entra em funções em Julho... façam contas. Mas pelo menos o Marco Aurélio parece que deve ser o próximo a renovar. Só por isso ainda digo: Eu acredito!

Saída de Inácio

Segundo também o Record, Inácio parece que foi apanhado um pouco de surpresa, considerando que o trabalho que efectuou no Belenenses foi positivo e por pouco tempo, pelo que não havia tempo para uma avaliação correcta. Meu amigo, ao Bogas deram 52 dias... de que te queixas tu? Eu compreendo o homem, cumpriu a missão e de certa forma tenho pena que saia. Mas não havia condições para ficar, de forma nenhuma. Entretanto, com o campeonato Egípcio a acabar só em Junho, parece que Carvalhal está a ganhar outro peso entre a administração azul. Por outro lado, o jornal O Jogo refere a sua despedida de Ruben Amorim, durante a qual confidenciou à jovem promessa azul: "Tens tudo para ser um grande jogador, se fizeres aquilo que eu te disse!"

V Congresso Internacional de Filiais do Belenenses
Começa amanhã o V Congresso Internacional de Filiais do Belenenses, no qual o Núcleo "Os Belenenses" de Ajuda/Belém estará representado pelo seu Presidente, Hermínio Flora Bento. O Congresso terá lugar em Cabo Verde, e será uma boa forma de estreitar laços e trocar ideias entre adeptos azuis das mais diversas procedências.

Visão do Belenenses... no Brasil

Eis como o nosso clube é visto do outro lado do Atlântico, no site "Vagner Lima Esporte":

Quem não tem uma boa história para contar em que o cenário principal seja uma praça. Este local público que faz parte da vida de quase todo mundo, costuma ser o palco de várias coisas. Com a praça Afonso de Albuquerque, que fica no bairro de Belém em Lisboa, não é diferente. Entre os casos desta praça, encontramos o de um clube de futebol modesto que se orgulha de ser conhecido como o quarto grande de Portugal. Vamos então saber o que os Belenenses têm para contar.

Os moradores do bairro de Belém estavam ansiosos em formar um clube que elevasse o orgulho de ser belenense. O bairro já tinha como glória servir de porta de saída para os grandes navegadores portugueses, mas faltava um representante na área do futebol. Artur José Pereira se entusiasmou com a idéia. Então, ele foi atrás de reunir os jogadores que viviam na região e que antes estavam espalhados pelos diversos times de Lisboa. O ponto de encontro escolhido foi a praça do bairro. Lá, foram acertados os primeiros passos de um time formado pelos moradores de Belém e que não podia ter outro nome que não fosse Clube de Futebol Os Belenenses.

Com o time do bairro pronto, era preciso colocar em xeque a qualidade dos jogadores de Belém. Mas da mesma forma que um bom time começa com um bom goleiro; um clube não está completo sem um uniforme e um símbolo. As cores escolhidas pelos belenenses foram o azul e o branco; e a Cruz de Cristo seria carregada como emblema da equipe. Estes símbolos brilharam pela primeira vez num torneio organizado pelo jornal Os Sports que homenageava os mutilados da primeira guerra mundial. Os Belenenses bateram por 2 a 1 a equipe do Sporting e provaram que o povo de Belém entendia muito de futebol.

A força dos belenenses levou o clube longe. O único título português do time, conquistado nos anos 40, resultou num convite importante. O clube foi o coadjuvante na inauguração do Estádio Santiago Bernabeu, onde o Real Madrid foi a estrela principal. Perante 75 mil pessoas, a derrota por 3 a 1, pelo que dizem os jornais portugueses, fazia parte do script. Outra honra da equipe foi enfrentar no Rio de Janeiro um combinado entre o Vasco da Gama e o Santos Futebol Clube. Neste jogo, um garoto de 16 anos que vestia a camisa vascaína fez sua estréia no Maracanã e marcou 3 gols. Esse garoto, se tornou, nada mais nada menos, do que o Rei Pelé.

Um brasileiro se destacou no comando do Belenenses. O ex-zagueiro Marinho Peres dirigiu a equipe em três oportunidades. Mas foram os argentinos que dentro de campo mais fizeram sucesso no clube. Di Pace é considerado um dos maiores jogadores da história do time. Ele defendeu, a Cruz de Cristo por seis anos e depois chegou até o comando técnico da equipe. Com ele, houve uma linhagem de argentinos como Scopelli, Tárrio e Telechea. Dentre os portugueses, Capela, Vasco e Feliciano foram os mais famosos. Eles eram chamados de as Torres de Belém e marcaram pelo amor incondicional a equipe.

Os Belenenses saíram de uma praça de Lisboa para a elite do futebol português. Uma marca deste clube é o orgulho de nunca decepcionar os moradores do grande bairro de Belém. Se dá para contar nos dedos as três taças de Portugal e um único campeonato português, a paixão que nasceu dos moradores de um bairro já conquistou grande número de torcedores. Assim, Os Belenenses chegaram ao título de que eles mais se orgulham, o de ser o quarto grande clube de Portugal.

quarta-feira, maio 12, 2004

Sequeira Nunes cumpre mandato até ao fim

Tiros de pólvora... seca, saíram da reunião de ontem no Restelo. Quando os adeptos esperavam definições em relação ao futuro próximo azul, a única grande certeza é a continuidade de Sequeira Nunes até final da temporada, como é noticiado por O Jogo e A Bola nas suas edições de hoje.

Em relação ao nome do treinador para 2004/05, fica apenas a certeza da saída de Augusto Inácio, que neste momento não reunia, de facto, condições para continuar. Muitos são os nomes alvitrados, entre eles Vitor Oliveira, Casimiro Mior, Carlos Carvalhal, José Peseiro, Nelo Vingada e mesmo o saudoso Marinho Peres. De qualquer forma, na frente da corrida parecem estar Nelo Vingada, José Peseiro ou Vitor Oliveira. Urge é tomar uma decisão e planificar a época que aí vem.

No meu entender, o facto mais importante a retirar da reunião de ontem foi a decisão da criação da figura do Director Geral de Futebol, que será um responsável máximo pela modalidade e um cargo que assentava que nem uma luva no nome de José Couceiro...

Por último, destaque para o abandono de Hugo Henrique, ao que tudo indica rumando à China, onde jogará no Quangdong, da 1ª Divisão, que lhe apresentou uma proposta altamente tentadora. Sinceramente, penso que fará falta. É, como tenho vindo a defender aqui, talvez o melhor ponta-de-lança em Portugal, mas precisa de uma equipa que jogue para si. Mas como também era um jogador caro, compreendo a sua dispensa.

terça-feira, maio 11, 2004

Querias...




Na sua habitual coluna de opinião no jornal "A Bola", que dedica religiosamente à exaltação dos feitos do seu clube - o Futebol Clube do Porto -, Miguel Sousa Tavares escreveu esta semana um pequeno grande disparate.

Desta feita, o famoso articulista divide a sua crónica por dias da semana e, num desses dias (nomeadamente no texto de sábado, dia 8), escreve o seguinte: "O FC Porto ganhou mais um título de andebol. A juntar aos de futebol e de básquete, já garantidos". Mas em princípio enganou-se.

É que o título de basquetebol ainda se encontra em disputa, depois de precisamente no dia 8 este mês, a equipa dos Guerreiros do Belenenses ter vencido em Matosinhos a equipa do Porto, clube que o fanático comentador defende cegamente. Na realidade, o Porto venceu a Taça da Liga e o Final 8, competição na qual derrotou o Belenenses no prolongamento, e com um enorme sabor a injustiça. Mas ainda não ganhou o campeonato.

Agora das duas uma (e por isso escrevi em cima "em princípio"): ou foi lapso, e então aqui fica a correcção. Ou foi descuido, o que significa que as próximas partidas desta disputadíssima meia final voltarão a ter arbitragens nortenhas (recorde-se que nos dois primeiros encontros 2 dos 3 árbitros eram do Porto). Se assim for, mais não resta à nossa equipa que não voltar a jogar como heróis e calar aqueles que, mesmo antes do resultado final, acham que o título está "garantido".

Formação: a chave para um Belenenses maior!

As discussões em torno do fracasso desportivo desta época, ao nível do futebol profissional, têm em muitos casos conduzido a conclusões muito pertinentes acerca da necessidade de uma maior aposta na formação de jogadores, dentro do clube.

O Belenenses é um dos clubes que tem condições físicas reais e objectivas que possibilitam uma real aposta na formação de jovens talentos, futuros jogadores base da equipa profissional de futebol. E é assim que tem de ser. Grandes clubes europeus, como o Ajax, o Real de Madrid ou o Manchester United têm construído as melhores equipas da Europa com recurso a jogadores das suas escolas.

Para ajudar à reflexão, resolvi ir buscar um texto à página oficial do Ajax, acerca do modelo de formação aplicado naquela que é considerada uma das melhores e mais "produtivas" escolas de talentos da Europa e do Mundo. Assim, e pedindo desde já desculpas por eventuais erros na tradução, aqui fica o excerto mais importante:

"O Ajax é parcialmente dependente de jogadores da sua Academia. As equipas jovens são treinadas exactamente da mesma forma que a equipa principal, e portanto, os jovens jogadores encontram-se acostumados ao estilo de jogo do Ajax.

Fundamental no clube é o seu esquema de jogo (4-3-3), treino, comportamento e regras de funcionamento. O Ajax empenha-se em manter a sua forma de jogar característica, atractiva, ofensiva, creativa, rápida, honesta (...).

O Ajax desenvolveu o chamado modelom TIPS, baseado na Técnica, Inteligência de jogo, Personalidade e Velocidade (speed). Para cada um deste tópicos existem 10 critérios. P (persoanlidade) e S (velocidade) são geralmente características inatas, mas I (inteligência no jogo) e T (técnica) podem ser sempre melhorados. Cada jogador tem um passaporte especial do Ajax, no qual são registados todos os seus progressos".

Vamos ao debate?

A revolução tem de começar JÁ!

Muitos erros foram cometidos pelo nosso clube na época agora finda. Quem sabe, no entanto, se o sofrimento a que fomos acometidos nos últimos meses não foi providencial para um futuro mais risonho para o Belenenses? Afinal, os erros do passado devem ser olhados como forma de preparar o futuro, e erros foi coisa que o nosso clube não se cansou de repetir na gestão do futebol.

Aconteceu-nos de tudo um pouco, desde jogadores desmotivados, em fim de carreira, sem categoria ou criminosos até treinadores sem palavra, passando por dirigentes “cegos” e autistas, persistindo no erro e desperdiçando oportunidades.

Começámos a época com um plantel composto por 16/17 jogadores mais 4 juniores, suficiente na óptica de um treinador que promoveu uma revolução profunda no plantel, dispensando 16 jogadores, alguns dos quais válidos e que sentiam a camisola. Chegaram apenas 5 reforços (curiosamente representados pelo filho do treinador), dos quais somente 2 revelaram qualidades: Sané é um típico jogador africano, mágico e inconsequente ; Pélé foi, sem qualquer dúvida, uma excelente aquisição e fez muita falta durante o tempo que esteve lesionado ; Hélder Rosário mostrou qualidades e merece ser “trabalhado” ; Valdiran passou de supersónico a criminoso em dias ; Byang Min foi um “Tamagochi” que nunca chegou a trabalhar. Esse mesmo treinador comprometeu-se num projecto para vários anos, o sonho da sua vida nas suas palavras. Mas o sonho parece que se esfumou aos primeiros sinais de derrota, sendo substituído por um sonho das mil e uma noites, num harém cheio de odaliscas e carregado de ouro.

Surge então em cena um perfeito desconhecido, Croata, Bogicevic de seu nome, que rapidamente começou a granjear simpatia junto dos adeptos, na mesma proporção em que gerou anticorpos dentro do clube e na imprensa, ao que parece pelo seu profissionalismo e exigência... dá Deus nozes a quem não tem dentes. Pegou na equipa no início de Dezembro e aguentou-se até meio de Janeiro, sendo que esse foi o período em que a equipa praticou um futebol minimamente aceitável, tendo recuperado Tuck para a equipa. Por outro lado, preocupado com a falta de soluções e qualidade no plantel, efectou um bom trabalho de prospecção, indicando um central Suíço que demonstrou qualidades mas depressa se viu “excomungado” e um ponta-de-lança Grego, já garantido segundo palavras da administração, mas que rapidamente assinou pelo Ajax de Amesterdão onde os golos se sucederam... Atiraram-no para fora do clube pela porta pequena, de forma totalmente imerecida, em especial por um homem que foi capaz de dizer o que disse e chorar ao saír de um clube cujos dirigentes não foram minimamente solidários com a sua posição e o escorrançaram como se fosse culpado, quando na realidade era vítima.

No início de Janeiro sucederam-se as experiências com jogadores, desde Liberianos rejeitados por toda a Europa, passando por Argentinos goleadores no Mar do Norte. Foi neste período que os jornais noticiavam a presença de variados “empresários” nas instalações do clube, deixando cassetes de possíveis craques. Como é óbvio, em Janeiro o que não faltam são craques disponíveis, em especial que se submetem a ir à experiência para um clube que luta para não descer no competitivíssimo campeonato Português.

“A fase da asneira acabou”, foi com estas palavras que o presidente apresentou Augusto Inácio e 9 (!!!) reforços em Janeiro, de forma a garantir a manutenção o mais depressa possível: Andersson é um jogador válido que passou 3 meses a jogar fora da sua posição ; Emerson parece ser um central de qualidade ; Leandro é reforço ; Hugo Henrique, tosco mas com faro de golo, foi providencial ; Ceará raramente jogou e quando o fez mostrou muito pouco ; Mangiarrati mostrou qualidade mas lesionou-se e rapidamente foi afastado pelo 3º treinador ; Neto veio para ir ; Paulo Sérgio não faz a diferença e é velho ; Brasília foi outro a mostrar qualidades no corredor esquerdo. Ou seja, analisando os reforços individualmente, a “coisa” até parece que correu bem... mas uma equipa não se faz em dois dias, nem duas semanas, nem dois meses. É preciso um trabalho continuado de entrosamento e identificação com a camisola que se veste.

Por outro lado, as lesões atacaram o plantel de forma absurda, da qual o exemplo do jogo ante o Benfica é o principal exemplo, com 3 centrais lesionados nos primeiros 45 minutos. Pélé fez muita falta, tal como Mangiarrati, Brasília, Neca ou Emerson.

No entanto, nem lesões, nem falta de qualidade, podem explicar decisões perfeitamente bizarras tomadas pelo treinador, nalguns momentos suicidas, como contra a Académica ou Alverca. Com o caminhar para o final da temporada, no entanto, essas decisões começaram a ser mais acertadas, pelo que a sua continuação (mal vista pelos treinadores de bancada) poderá indicar maior identificação com o clube e ´”matéria-prima”.


Também das arbitragens nos podemos queixar, apesar de querer deixar bem claro que não foi por aí que o desastre sucedeu. Vários foram os jogos em que fomos claramente prejudicados, e poucos aqueles em que podemos sentir-nos beneficiados.

A espinha dorsal da equipa nos últimos anos, Marco Aurélio, Filgueira, Wilson e Tuck acabou. Só Marco Aurélio mantém intactas as suas fantásticas qualidades, sendo que Filgueira passou a época lesionado (como na última temporada) e ainda ajudou sem conseguir, acabando a carreira de forma inglória. Wilson transformou-se de central seguro e líder em jogador enervado e indisciplinado, prejudicando frequentemente o colectivo. Tuck, apesar de toda a abnegação e qualidade, já não tem a capacidade de segurar sozinho um meio-campo como o fez nos últimos anos, em que foi sem qualquer dúvida o melhor médio defensivo em Portugal. Também ele não mereceu esta época, e é incrível como uma equipa com aspirações na SuperLiga pode suspirar por um Tuck que já só pode oferecer o seu espírito voluntarioso, guerreiro e motivador. Há anos que esta espinha dorsal envelhecia, sem que nunca tivesse sido feito algo para ir construíndo novo núcleo duro, como é óbvio sem “encostar” os líderes que ainda tinham capacidades, antes preparando o futuro.

No final de Abril surge um gravíssimo escândalo, que envolve em crimes um suposto profissional do Belenenses, mas que de profissional pouco tinha, só se fosse da má vida. Incrível como foi contratado sendo o seu passado “negro” já conhecido desde os tempos do Brasil, inclusivé ao serviço de diferentes clubes.

Na véspera do último (e importantíssimo) jogo, instado a comentar a situação futura do treinador Augusto Inácio, o presidente do clube afirma que a sua continuidade é “problema dele”... motivador, no mínimo. A próxima temporada prepara-se para ser planificada em “cima do joelho” novamente, por amadores com muito amor ao clube, mas sem conhecimento de causa nem capacidades para se integrarem num desporto que já não o é, sendo antes um negócio onde o sentido de oportunidade e rigor são aspectos fundamentais, que não se coadunam com contratações por amor ao clube, por somas milionárias, de jogadores que marcam 3 golos num jogo e têm uma carreira medíocre, marcada por dispensas e equívocos.

O último jogo, uma final pelos piores motivos, foi encarado pelos adeptos como um apelo ao coração, tendo havido uma mobilização por todo o país, de onde chegaram milhares de adeptos, do Norte ao Sul. No entanto, essa mobilização, que se traduziu em 20.000 pessoas no Estádio, conseguiu ser calada por uma equipa sem vontade nem ambição, para a qual era perfeitamente irrelevante a manutenção ou a despromoção, exclusivamente preocupada em “deixar correr o marfim” e esperar pelos resultados dos concorrentes directos. Nas bancadas do Restelo comemorou-se a manutenção por breves segundos e daí até final o público limitou-se a vaiar pretensos profissionais que mais não são que mercenários do desporto, movidos pela avidez do dinheiro e fama, sem um mínimo de dignidade, orgulho ou respeito pela camisola que envergam. Obviamente que houve (poucas) honrosas excepções, as quais nem é necessário referir, pois são sempre os mesmos, e foram aqueles que no final do jogo foram agradecer a presença da fantástica moldura humana que foi silenciada pelo resto da equipa. Quanto ao resto, aqueles para quem aquele jogo era só mais um jogo, em princípio o último antes de um novo contrato chorudo, foram a correr para os balneários, pois tinham estado dois dias em estágio e há toda uma vida para além do futebol.

Chegou ao fim uma época para esquecer. Ou então não, aliás, de preferência não! Esta época tem de ser lembrada para que não se façam NUNCA mais os mesmo erros infantis e para que o futuro se coadune com toda a história e pujança de um clube que é um gigante adormecido, que merece mais que vistas curtas e vaidades pessoais. Aliás, e que tal porem os olhos nas “amadoras”, que são um claro exemplo de sucesso alicerçado em trabalho e rigor?

Foi uma temporada repleta de erros e, por isso mesmo, a revolução tem de começar JÁ! Dirigentes, técnicos e jogadores têm de ser criteriosamente analisados e ponderada a sua contribuição para o colectivo.

O Belenenses precisa de uma lufada de ar fresco no futebol. O Blog do Belenenses decidiu dar o mote, e daí o novo “look” que adoptámos, com um ar menos amador, mas que deu muito trabalho. Afinal, tudo o que se pede ao futebol azul: menos amadorismo e mais trabalho. Se nós o conseguimos...