sábado, maio 01, 2004

Valdiran, ponto final, parágrafo.

Após todas estas confusões, envolvendo Valdiran, e enquanto não houver novos desenvolvimentos quer por cá, quer pelo Brasil, este será o último post sobre as situações ocorridas nas últimas semanas com interveniência de um marginal que não tem o mínimo de dignidade para ter carregado a Cruz de Cristo durante 8 meses.

Assim sendo, passamos a transcrever um artigo do jornal "O Jogo", da autoria de Francisco Frederico:
Valdiram já não é jogador do Belenenses. A SAD dos azuis nem chegou a instaurar um processo disciplinar, preferindo terminar de imediato a ligação com o atleta, que tinha contrato por mais duas épocas. Quanto a explicações, em termos oficiais, ficaram-se por um comunicado lacónico, distribuído ao princípio da tarde: "Considerando não existirem condições para a manutenção da relação laboral entre Os Belenenses - Sociedade Desportiva de Futebol SAD e o atleta Valdiram Caetano de Morais foi, na presente data, revogado o respectivo contrato de trabalho desportivo com efeitos imediatos."

Acabou assim, e da forma mais inglória, a carreira em Portugal de um jogador cuja propensão para a indisciplina deixou os responsáveis do clube da cruz de Cristo à beira de vários ataques de nervos. Mas antes de abandonar o clube, o jovem brasileiro ainda teve tempo para voltar a ver o seu nome envolvido em mais um caso de polícia, na madrugada de ontem. De acordo com as fontes contactadas por O JOGO, o jovem brasileiro protagonizou novos desacatos e terá sido inclusivamente detido pela PSP para ser identificado, havendo relatos da apreensão de uma arma branca, cuja posse não foi possível confirmar. Valdiram voltou a declarar-se inocente em reunião com os responsáveis do emblema lisboeta, tendo afirmado ser vítima de um ajuste de contas e justificado a sua presença na esquadra com a necessidade de se proteger dos alegados agressores.

Sintomático foi o alerta lançado na Escola Secundária do Restelo - nas proximidades do local onde terão ocorrido os primeiros acontecimentos envolvendo o ex-jogador belenense -, destinado a recomendar cuidado aos alunos com um "indivíduo bastante moreno e de sotaque brasileiro".

Apesar das nossas tentativas, foi impossível apurar o paradeiro de Valdiram, ou seja, se o jogador partiu ontem para o Brasil ou se estará a pensar fazê-lo nos próximos dias. A questão é que, caso Valdiram tenha sido constituído como arguido, poderá ter ficado submetido ao termo de identidade e residência, não lhe sendo possível ausentar-se por mais de cinco dias da sua residência sem autorização do tribunal. A menos que decida abandonar ilegalmente o país...

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