quarta-feira, julho 21, 2004

Belenenses - 4 - 2 - Olhanense

Equipa:
Marco Aurélio ; Sousa, Pélé, Rolando, Amaral ; Tuck, Marco Paulo, José Pedro e Mauro; Eliseu e Ceará. Jogaram ainda: Pedro Alves, Cristiano, Mangiarrati, Sandro, Andersson, Ruben Amorim, Antchouet, Rodolfo Lima e Brasília

Marcha do marcador:
25' - Eliseu - 1-0
37' - Amaral - 2-0
47' - Brasília - 3-0
56' - Olhanense - 3-1
57' - Olhanense - 3-2
67' - Rodolfo Lima - 4-2

O jogo:

Na bela cidade de Santiago do Cacém, mais concretamente no Estádio Municipal, teve esta tarde lugar o primeiro desafio de preparação do Belenenses para a época 2004/05. A organização do jogo ficou a cargo da Filial do Belenenses Grupo Desportivo S. Francisco da Serra, presidida por Paulo Jesus. Antes da partida, vários frequentadores do Blog reuniram-se no "Kafé C@fé", mesmo em frente da entrada do Estádio, trocando impressões sobre o plantel e perspectivas para a temporada que se avizinha.

Pelas 18:00, teve início a partida. O Belenenses entrou em campo num claro 4-4-2, com a surpresa de Amaral surgir na esquerda da defesa. De resto, dupla de centrais com Pélé e Rolando (que estiveram seguros) e Sousa na direita. No meio-campo, Tuck mais atrás, Marco Paulo a médio direito, Mauro do lado esquerdo e José Pedro numa posição livre, de apoio ao ataque. Na frente, Eliseu e Ceará.

O jogo começou muito morno, mas com algum ascendente do Olhanense, apesar da defensiva azul revelar acerto e resolver com alguma facilidade os problemas. Na frente, Ceará esteve lutador e Eliseu colocou a cabeça em água à defesa algarvia. Aos 20 minutos, Sousa lesiona-se sozinho num lance que resultou nalgum perigo para a nossa baliza. Já com Sousa fora de campo, mas sem ter sido ainda substituído, Ceará tem um óptimo trabalho a meio-campo a livrar-se de 3 adversários, endossa a bola para a frente e Eliseu desmarca-se. Contorna o guarda-redes e encosta para o fundo da baliza.

De seguida entrou Cristiano, e Amaral foi para o lado direito da defesa. Passados alguns minutos, e já com o jogo equilibrado, excelente passe de Tuck para uma boa desmarcação de Amaral, que com um chapéu perfeitamente executado parecia ter resolvido o jogo.

Após o intervalo surge o 3-0, logo aos 46 minutos, naquela que foi a melhor jogada do desafio, com Brasília a surgir a concluír. Ao intervalo entrou praticamente uma equipa nova, tendo-se mantido somente em campo Amaral e José Pedro. Aos 56 minutos, num remate inofensivo do Olhanense, fraco e à figura, Pedro Alves foi infeliz e viu a bola entrar, passando-lhe por entre as pernas. Passado somente um minuto, o sangue dos adeptos azuis gelou como tem sido hábito num passado bem recente, com a nova dupla de centrais (Mangiarrati e Sandro) a desentender-se (uma constante ao longo da 2ª parte) e a surgir o remate dentro da área do jogador algarvio, num lance em que Pedro Alves pouco podia fazer.

Aos 67 minutos surge o golo da tranquilidade, da autoria de Rofolfo Lima, num contra-ataque concluído à segunda tentativa. Daí até ao final nota de destaque para 2 boas intervenções de Pedro Alves, redimindo-se do erro inicial.

No final da partida, ambas as equipas receberam um troféu das mãos da Vereadora da Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Santiago do Cacém. Também a equipa de arbitragem foi agraciada com ofertas.

Em suma, o Belenenses esteve relativamente bem, muito pressionante, e com Carvalhal muito interventivo (aliás, soltando algumas gargalhadas da bancada, nomeadamente quando se dirigiu ao árbitro avisando-o que a partida não era da Liga dos Campeões, após um repreensão mais intempestiva a um jogador azul).

Análise individual dos jogadores do Belenenses:
 
Marco Aurélio - Seguro, como de costume. Está para "lavar e durar".

Sousa - Apenas 20 minutos em campo, suficientes para um remate e algumas dificuldades defensivas. A lesão não parece grave.

Pélé - Boa exibição, a transmitir segurança ao inexperiente Rolando

Rolando - Parece ter grande futuro, muito bem defensivamente quer a central, quer a lateral-direito (reentrou na 2ª parte). Revelou alguma dificuldade no passe.

Amaral - Jogou quer a lateral-direito, quer a lateral-esquerdo, e esteve muito bem em ambas as posições. É claramente reforço.

Tuck - O já conhecido espírito combativo e visão de jogo.

Marco Paulo - Relativamente apagado, ainda teve alguns lances onde mostrou clarividência para orgranizar o meio-campo

Mauro - Encostado ao lado esquerdo foi muito batalhador e empurrou a equipa para a frente, apesar de por vezes com pouco nexo. Na 2ª parte reentrou para lateral-direito e deu bastante luta

José Pedro - Encheu as medidas aos adeptos presentes. Forte fisicamente, boa técnica, boa visão de jogo, parece ser um jogador de classe e a ter em atenção por Neca.

Eliseu - Muito activo no ataque, inaugurou o marcador e teve outra boa hipótese salva in extremis pelo guarda-redes algarvio.

Ceará - Esteve muito bem nas tabelas com colegas que apareciam de trás, casos de Eliseu ou Mauro. Exibição positiva.

Pedro Alves - Pena ter sofrido o 1º golo daquela forma, pois de resto esteve seguro e fez mesmo uma grande defesa na sequência de um livre directo.

Cristiano - Entrou cedo e esteve "certinho", destaque especial para as boas combinações com os colegas de flanco. 

Mangiarrati - Grandes dificuldades de entendimento com Sandro, permitindo veleidades aos algarvios. Esteve bem no capítulo do passe longo.

Sandro - Em termos individuais pareceu seguro, mas teve falhas de marcação a repartir com Mangiarrati.

Andersson - Esteve muito lutador a meio-campo (por vezes exagerou) e ajudou a pautar jogo.

Brasília - Um início em cheio, com o golo e uma boa jogada do lado esquerdo, mas eclipsou-se.

Rúben Amorim - É um óptimo jogador que merece oportunidades. O que se disse de José Pedro aplica-se ao jovem azul.

Antchouet - Esteve bastante infeliz, perdendo um golo isolado logo na primeira jogada da 2ª parte. Noutros lances em que se poderia isolar, complicou muito.

Rodolfo Lima - Com aquela sua fraca estatura, ganhou inúmeras bolas quer pelo chão, quer pelo ar, no meio-campo contrário. Marcou um golo em que fugiu bem à defesa contrária, na recarga a remate dele mesmo.



O 11 inicial




Entrega da Taça a Andersson




O organizador, Paulo Jesus, cumprimenta Carlos Carvalhal

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