segunda-feira, janeiro 31, 2005

Pólo-Aquático: vitória moralizadora!

A equipa do Pólo-Aquático do Belenenses venceu este sábado a histórica formação do Fluvial Portuense por 7-6, confirmando a vitória da 1ª volta, na primeira jornada do nacional, jogada no Porto.

Este fim de semana os juvenis disputaram também o nacional da categoria. Estando o torneio dividido em dois grupos, os azuis classificaram-se no 4º lugar do Torneio A, com uma vitória e duas derrotas.

Ainda sobre o Pólo-Aquático registe-se a notícia do regresso do húngaro Lajos Lorincz para a posição de seleccionador nacional. Este técnico já havia ocupado esse lugar entre 1990 e 2002.

domingo, janeiro 30, 2005

Bravos!


O Belenenses deu hoje no Restelo um recital de futebol, não no jogo propriamente dito, mas em todos os capítulos que fazem uma verdadeira equipa de futebol. Começando por pegar no jogo desde o primeiro minuto, mostrando atitude, qualidade e por vezes classe, foi com naturalidade que chagámos ao intervalo a ganhar, mesmo contra o árbitro que teve uma actuação desastrosa. Na 2ª parte, com a bola a teimar em não entrar, tivemos pormenores de classe até ao momento crucial do jogo: a expulsão de Cabral. Carvalhal esteve muito mal no banco, a equipa perdeu-se durante uns minutos e o Rio Ave empatou. Eis então que da bruma surge um Belenenses "à Belenenses", com garra, entrega e luta, que acabou por chegar à merecida vitória, que chegou a estar longe.

Numa primeira parte bem jogada de parte a parte, mas com claro ascendente azul, o árbitro anula mal um golo limpo a Antchouet por pretensa falta e não viu uma grande penalidade claríssima por mão de Ricardo Nascimento dentro da área. No entanto, no seguimento de um canto, Antchouet, de cabeça, coloca-nos em vantagem, que já se começava a justificar.

Na 2ª parte, o Belenenses veio claramente com intenção de manter a postura e marcar mais golos, mas estava complicado e Antchouet, claro, revelou-se muito perdulário. Com a expulsão de Cabral, tudo mudou. O Belenenses ficou ligeiramente perdido e o Rio Ave acabou por chegar ao empate, precisamente pelo lado onde faltava Cabral.

Mas, e contrariando toda a apatia com que tantas e tantas semanas já tenho criticado o Belenenses, ao golo do empate respondeu o Belenenses com uma garra indomável, comandado cá atrás por Pelé e no meio-campo por um Guerreiro chamado Rui Ferreira. Surge então o golo da vitória, num excelente trabalho de Antchouet. No entanto, ainda na 2ª parte há mais um erro crasso do árbitro, ao perdoar a expulsão ao central Vilacondense por falta sobre Antchouet, que seguia isolado.

Quanto à equipa, destaques pela positiva para Pelé (um verdadeiro patrão da defesa), Cabral (defendeu e atacou com preceito, pena a expulsão algo infantil), Rui Ferreira (em toda a parte, com uma entrega formidável), Petrolina (pura classe e muita entrega) e, destaque especialíssimo, para Marco Paulo, pelo que jogou e correu, sempre em todo o lado, atrás e à frente, à esquerda e à direita. Brilhante! (Digo eu que tanto o tenho criticado).

Pela negativa, sinceramente, hoje só posso apontar o treinador. O que sucedeu após a expulsão é surreal e deveria entrar para os compêndios como a melhor forma de um treinador deixar a equipa perdida em campo. Cabral é expulso e automaticamente Carvalhal chama Cristiano ao banco, que se prepara para entrar. No entanto, o treinador volta atrás na decisão e manda Cristiano aquecer novamente, deixando a equipa sem defesa esquerdo, com José Pedro adaptado mas perdido entre o meio-campo e a defesa, em especial após ter visto o cartão amarelo no primeiro lance em que interveio como defesa esquerdo. Com o Rio Ave a atacar unicamente por aquele lado, as bancadas começavam a exasperar com o treinador, até que surge o golo do Rio Ave, precisamente por um jogador que entra por aquele lado. Foi o "fim da macacada" na bancada! Enfim, as coisas correram pelo melhor graças à atitude da equipa, mas Carvalhal tem de perceber que o Belenenses não é um balão de ensaio para as suas teses e estudos. E hoje esteve muito mal, podendo deitar tudo a perder com a infantilidade de deixar a equipa campo sem defesa esquerdo.

Em suma, um excelente jogo, que merecíamos ter vencido por maior margem, e em que a equipa no seu todo esteve impecável. Uma nota final para Catanha e José Pedro. Catanha que demonstrou a vontade de um miúdo de 18 anos quer quando entrou, quer durante o jogo, sendo sempre o primeiro a protestar as bizarras decisões da equipa de arbitragem. E José Pedro, que com esta entrega, sem ser brilhante é útil. Só tem de compreender que jogar bem é jogar simples e não complicar. Quando ligou o "complicador", só fez asneiras que poderiam ter manchado uma boa exibição.

Adversário complicado

O nosso adversário desta tarde é, na minha opinião, das melhores equipas da Superliga. E não é só desta temporada, ou da temporada passada, nem tem a haver com este ou aquele jogador. Com Carlos Brito ao leme, o Rio Ave é sempre uma equipa que, sustentada num orçamento "simpático", tenta praticar futebol, tentando defender bem e atacar também com preceito.

Já lá vão uns anos, e o Rio Ave acabava a 1ª volta da temporada em último lugar, distanciadíssimo, com uma equipa absolutamente estranha. Lembro-me de ver jogos do Rio Ave e não perceber que sentido tinha aquela equipa. Até que surgiu no comando da equipa um senhor chamado Carlos Brito, com a 4ª classe e que na altura era o treinador mais barato da 1ª Divisão, ganhando 150 contos.

Carlos Brito pegou no plantel e fez uma equipa deliciosa, polvilhada com o perfume africano de Quinzinho e Sob Evariste Dibo (que na 1ª volta do campeonato jogava a trinco!!!) e que fez uma 2ª volta fantástica, fugindo à despromoção. Nunca vi Carlos Brito, que tem conseguido boas performances, colocar-se em "bicos dos pés". Também, verdade seja dita, é um treinador com muito pouca atenção da imprensa, talvez por isso mesmo, por não se tentar mostrar e saber que a melhor demonstração que pode dar é o trabalho que a sua equipa mostra.

Este ano, na 2ª jornada do campeonato, assistimos a um óptimo jogo no Estádio dos Arcos, em que o Belenenses recuperou de 3-0 para 3-3. Houve, indiscutivelmente, mérito do Belenenses. Mas também houve "culpa" de Carlos Brito (ele próprio admitiu), que nunca se limitou a gerir a vantagem ou, quando as coisas se começaram a complicar, defendê-la. Ele viu que da forma sôfrega como o Belenenses se lançou no ataque, as probabilides ditavam uma goleada histórica para os homens de Vila do Conde, pelo que não se coibiu de apostar na mesma "fórmula" até ao fim, só se podendo queixar da perdularidade dos seus avançados e de um grande guarda-redes que defende a baliza azul.

Hoje teremos um teste complicado pela frente, contra uma equipa que perdeu somente 2 jogos esta temporada. Ganhando, ficamos com 25 pontos e com uma posição confortável na tabela classificativa. Outro resultado que não a vitória, apesar de não ter repercussões nefastas em termos classificativos, levar-nos-à a perder a "injecção de moral" que os últimos jogos parecem ter dado.

Espero um Belenenses de suor e categoria. Rui Ferreira em "cima" de Ricardo Nascimento", os laterais e centrais atentos às diagonais dos avançados (o maior perigo do ataque vilacondense) e o ataque azul a explorar as diagonais (a fraqueza dos centrais do Rio Ave) e os laterais, ofensivamente interessantes, mas pouco consistentes na defesa.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

As "amadoríssimas"

Há muito que o futebol deixou de se encontrar a sós na categoria das modalidades desportivas altamente profissionalizadas em Portugal. A expressão "modalidades amadoras" vem perdendo a sua grande abrangência, e é até possível dizer-se que o que hoje existe é um enorme conjunto de categorias e estados de progressão em direcção à profissionalização de atletas, técnicos e dirigentes em várias modalidades.
O basquetebol, o andebol e o futsal, três modalidades de que muito se fala actualmente no Belenenses, são disso mesmo um exemplo.
Todavia, "paredes-meias" com os profissionais azuis, resistem um punhado de "amadoríssimas", muitas delas tão ou mais antigas que outras já profissionalizadas, com mais historial e títulos conquistados.
As amadoríssimas são as mal amadas. Aquelas que vão prestigiando o Belenenses sem que a esmagadora maioria de nós oiçamos falar delas. Muitos ouvem mas não prestam atenção. Quantos comentários costumam merecer os nossos textos sobre a natação ou o pólo-aquático?
Queixamo-nos de que os jornais dão mais importância aos penteados do Simão do que ao desporto, mas somos nós mesmos a preferir comentar muitas futilidades relacionadas com a nossa equipa profissional de futebol. Somos nós que gastamos o nosso tempo nos blogs muitas vezes sem que daí saia valor acrescentado - em conclusões ou simplesmente polémica - para o clube. Somos nós que IGNORAMOS muitas centenas de atletas (incluindo aqueles que jogam nos escalões de formação das tais profissionalizadas) que todos os dias "dão o litro" no Restelo.
Com mais ou menos apoio, com mais ou menos público nas "bancadas", as amadoríssimas continuam o seu caminho ascendente, altamente prestigiante para o nosso clube. Fomos ou não 3ºs no Nacional de Clubes de Natação (femininos)? Estamos ou não a disputar o Nacional da 1ª Divisão de Pólo?
O problemas, caros consócios, é que nós, os belenenses, nos estamos a esquecer desta gente. E isso significa que um dia serão eles a esquecer-se de nós também. Quando vencerem de forma brilhante os seus títulos, comemorá-los-ão "em família", com técnicos, dirigentes, familiares e amigos. Mas não os sentirão como títulos a partilhar com a massa associativa activa do clube, que raramente ou nunca os apoiou.
É verdade que somos um clube de muitas modalidades e muita gente. Também é verdade que nem toda a gente pode andar sempre em cima de todos os acontecimentos. Mas creio que está na altura de nós, sócios, colocarmos a mão na consciência e de pensarmos se andamos a ser justos nos enaltecimentos desproporcionados e nos esquecimentos chocantes.
Ah, e já agora não nos esqueçamos que as amadoríssimas são órgãos vitais da vida deste clube.

Matateu faleceu há 5 anos

Há precisamente 5 anos falecia no Canadá, onde vivia há quase 30 anos, um dos símbolos máximos do nosso Clube, Sebastião Lucas da Fonseca "Matateu".
Terá sido o melhor atacante português de todos os tempos, e na verdade apenas lhe faltou um título de Campeão Nacional. Podia tê-lo ganho em 1955 quando nas Salésias marcou a poucos minutos do fim o 3-1 contra o Sporting, golo que garantia a vitória e o título para o Belém. O guarda-redes dos leões tirou a bola de dentro da baliza e um árbitro que muitos dizem ter outras motivações não validou o golo que toda a gente viu. Foi o célebre episódio das "Lágrimas nas Salésias", o qual mudou de certa forma o rumo do nosso clube.
Para nós, belenenses, a Matateu não faltou nada, embora o título desse ano lhe (nos) tenha sido violentamente roubado. Foi duas vezes melhor marcador. Ainda hoje se contam pelo dedos de uma mão apenas os jogadores que marcaram tantos golos como Matateu no campeonato...
Foi um jogador extraordinário e um homem que viveu e morreu com o Belenenses no seu coração. Por isso o seu nome é eterno para nós. Matateu


quarta-feira, janeiro 26, 2005

Publicação do Manifesto Eleitoral enviado para o nosso blog

O Blog do Belenenses recebeu via e-mail com Manifesto Eleitoral subscrito por 5 consócios, o qual era acompanhado de um pedido de publicação do mesmo. Assim, e após uma breve discussão interna acerca da pertinência do blog publicar ou não textos relacionados com o momento eleitoral do clube, decidiu a equipa do blog aceder ao pedido dos signatários.

O Blog do Belenenses não é indiferente à importância do momento actual na vida do clube, nem de dissocia dele. Ainda assim manterá a sua postura de independência face a manifestos e outros documentos aqui publicados ou a publicar, bem como relativamente a todos as listas que se apresentem aos sócios.


Assim, o texto que se segue víncula apenas os seus signatários e não o blog nem a sua equipa.



MANIFESTO ELEITORAL

Este Manifesto pretende ser o nosso contributo para as próximas eleições do Belenenses. Ele apenas veincula os seus proponentes. No entanto, quem se reveja nestes princípios, pode, se o desejar, subscrever este manifesto, bastando para isso enviar um mail para um dos proponentes, com o nome e nº de sócio, e confirmar por escrito que o deseja fazer.

Somos um grupo de associados que vivem intensamente , e desde sempre, a vida do Belenenses.
Não nos move qualquer tipo de publicidade, nem qualquer um de nós ambiciona nenhum cargo dirigente na futura estrutura dos orgãos sociais do Clube de Futebol “Os Belenenses”, a eleger em Março próximo. O que nos faz intervir neste momento é, tão somente, o facto de considerarmos que as eleições que se aproximam são extraordinariamente importantes e mesmo decisivas para o futuro do Clube.
Não nos consideramos oposição a nada, a ninguém, nem situação. Não nos rotulamos de optimistas ou pessimistas, nem pretendemos viver do passado.
Desse passado, apenas queremos transpôr o que ele tem de potencial para que possamos recuperar a nossa identidade própria, no fundo aquilo que nos diferencia de todos os outros clubes e nos torna únicos. Queremos um futuro mais risonho e brilhante. Recuperar a mística e adesão popular, que costumava ser apanágio do Clube de Futebol “Os Belenenses”.
As propostas ou princípios que a seguir enunciamos devem ser consideradas num todo solidário. A tentativa da sua implementação isolada não terá, muito provavelmente, possibilidade de atingir os objectivos propostos.
Apresentaremos este manifesto junto das candidaturas que se vierem a formar, por forma a podermos debater pontos de vista comuns. Cada um de nós, individualmente, poderá apoiar uma candidatura específica, sem com isso comprometer os outros autores deste manifesto. Este apoio também poderá ser dado de uma forma conjunta.


Propostas para o Clube:

· Continuação da política de recuperação económica e estabilização financeira.

· Aumentar a duração dos mandatos da Direcção para os 3 anos que têm sido habituais ao longo das últimas décadas no nosso Clube. É necessário ter estabilidade na execução das políticas e projectos sufragados.

· Recuperação de ex-sócios do Clube, criando mecanismos que fomentem o seu regresso ao nosso convívio, através da sua reintegração, sem custos adicionais, nem pagamento de quotas atrasadas, a título excepcional, podendo estes conservar o nº de sócio, sempre que possível.

· Reactivação da modalidade de Hóquei em Patins, no seguimento do efectuado com outras modalidades, como o Basquetebol, e com a criação do Voleibol feminino, Futsal e, eventualmente, do Ciclismo. Esta é uma modalidade em que o investimento tem retorno quase imediato em notoriedade, propaganda do Clube, visibilidade aos patrocinadores, devido à grande audiência que a modalidade mantém junto do público em geral.

· Reactivação dos Troféus Pepe, por forma a homenagear em vida todos aqueles que mais se distinguem ao longo do ano no engrandecimento do Belenenses, sejam eles praticantes, responsáveis técnicos, dirigentes, funcionários ou associados do Clube. Premiariam assim todos aqueles que de uma forma ou de outra, prestem serviços de notória relevância para o desenvolvimento e projecção do Clube. Esses troféus seriam entregues no Jantar de Gala anual, em Outubro, no Casino Estoril.

· Elaboração de um questionário junto dos sócios por forma a conhecer melhor os gostos e motivações de cada um, acima de tudo, porque é que são associados do Belenenses, e adequar a oferta de produtos e serviços conforme a procura.

· Voltar a chamar as forças vivas do jornalismo, nomeadamente do jornalismo desportivo, do meio artístico, empresarial e outros, por forma ao nome do Belenenses ser de novo falado e noticiado, nacional e internacionalmente.

· Dinamização do Departamento de Marketing e do Departamento Comercial, por forma a aumentar a oferta existente de produtos de marca e imagem Belenenses. A recente agenda “Os Belenenses” é disso um excelente exemplo. Promover a venda de produtos, nomeadamente equipamentos de jogo ou de passeio das várias modalidades, em outras superfícies comerciais espalhadas pelo país, através de uma linha padronizada de preços, e sua disponibilização assim que os mesmos sejam utilizados pelos atletas. Recuperação da gestão da Loja Azul para o clube, sua ampliação e dinamização. Designação de um Gerente, profissional, para a Loja. Extensão do conceito “Loja Azul” para outros locais que não exclusivamente o Complexo Desportivo do Restelo.


Para o Futebol (SAD):

· Prioridade máxima às acções tendentes ao aumento das assistências no Estádio do Restelo. Todas as medidas possíveis devem ser tomadas nesse sentido, começando pela análise de viabilidade de propostas já existentes e entregues à direcção do Clube, que agora termina o mandato.

· Diminuir drasticamente o número de jogos com transmissão televisiva, em dias e a horas impróprios, no Estádio do Restelo, por forma a não afastar cada vez mais pessoas do Estádio, procurando assim fidelizar os adeptos ao hábito de ir ver os jogos no Restelo, e a apoiarem o Clube a um dia de semana e a uma hora habituais.

· Prossecussão de uma política de preços condizente com o real poder de compra dos portugueses e com a qualidade do espectáculo, por forma a atrair cada vez mais assistências, dentro dos regulamentos da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

· Criação dos bilhetes de época nos jogos de futebol no Estádio do Restelo.

· Implementação de um sistema de controlo de acessos no Estádio do Restelo.

· Verdadeiro reforço da equipa de futebol, sem nunca pôr em causa a estabilidade económico-financeira. Acima de tudo driar uma mentalidade ambiciosa, por forma a que possamos voltar a lutar ano após ano por classificações elevadas, e mesmo títulos, nas modalidades em que competimos. Uma mentalidade ao nível da actual capacidade financeira do Clube, sua projecção e dimensão da massa associativa e simpatizante em Portugal e pelo Mundo fora.

· Pôr fim à política de constituição do plantel, no início da época, em jogadores emprestados, nomeadamente de Benfica, Porto e Sporting, com quem se têm estabelecido acordos, ilegais diga-se, que não permitem a utilização desses jogadores contra os clubes de origem.
Na nossa opinião, empréstimos apenas seriam aceitáveis em caso de reajustamento forçado do plantel, de jogadores oriundos de clubes não portugueses e com cláusulas pré-fixadas de opção de compra no final do empréstimo. Mesmo assim, reduzidos a um mínimo estrictamente necessário.

· Criação, e verdadeira dinamização, de um Gabinete de Prospecção, não só a nível dos escalões secundários nacionais, mas também a nível internacional nos mercados que tenham jogadores ao alcance da capacidade financeira do Belenenses. Esse Gabinete deverá ser coordenado pelo Director-Técnico e dirigido por um profissional do Clube a 100%.
O Gabinete de Prospecção deveria trabalhar igualmente com uma base de observadores escolhida entre sócios, adeptos e dirigentes de filiais, espalhados pelo país, sendo-lhes ministrado uma mini formação pelo clube e sendo disponibilizado durante a pré época um período de tempo para analisar e observar os jogadores referenciados por estes elementos em pleno Estádio do Restelo, sendo que esta observação dos jogadores não importaria em custos para o clube. Construção urgente do Lar do Jogador.

· Escolha de um fornecedor de equipamentos que se adeque à imagem, símbolos e cores do Clube. É inadmissível ter 3 logotipos do fornecedor em cada peça do vestuário, com cores completamente diversas das nossas, e apenas um símbolo do Clube.

· Remodelação da estrutura da Sociedade Anónima Desportiva (SAD). Deverá ser constituída por um Presidente, o Presidente do Clube de Futebol “Os Belenenses”, um Administrador, que deverá ser um Vice-Presidente do Clube, e um outro Administrador que deverá acumular com a função de Director-Geral para o Futebol do Clube, sendo este um profissional remunerado com poder executivo sobre as áreas técnicas. Ao Presidente e ao Administrador cabe um poder não-executivo. Deverão constituir o garante do seguimento, pela SAD, dos valores, ideais e da estratégia definida pela direcção do Clube. A estes poder-se-ão juntar os administradores que vierem a ser designados, em Assembleia Geral da Sociedade, pelos restantes accionistas.

· Utilização de “Velhas Glórias” do Clube como motivo de mobilização e transmissão da mística azul, fazendo parte das equipas técnicas do futebol jovem ou somente em acções de formação e ensinamento da história azul e do seu passado no clube.

· Concertação das eleições da SAD com as da direcção do Clube por forma a ser efectuado um trabalho com os timings acertados e conjugados, evitando quebras de políticas de objectivos por alteração das estruturas dirigentes destes órgãos que devem trabalhar em perfeita simbiose.



Os Proponentes:

Pedro Patrão – Sócio nº 1771
Luís Lacerda – Sócio nº 2750
Paulo Jesus – Sócio nº 4883
Nuno Gomes – Sócio nº 28078
Pedro Domingues – Sócio nº 29087

terça-feira, janeiro 25, 2005

O autocarro azul

Domingo à noite, depois de jantar, enfiei-me no carro com o Pedro Cruz e fomos até ao Aeroporto de Lisboa esperar a equipa do Belenenses que chegava do Funchal às 22:30. Havia entrevistas para fazer para o Jornal do Belenenses, que sai no próximo fim de semana, nomeadamente aos 3 reforços de Janeiro. Esperámos mais de uma hora, e eis que por fim chegam os jogadores, que tantas e tantas vezes aplaudimos, e tantas e tantas vezes insultamos (mea culpa)...

Esperava entrevistar pelo menos 1 dos 3 jogadores no Aeroporto, e ir depois até ao Estádio onde entrevistaria os outros dois. No entanto, deram-me uma oportunidade única e inesquecível: partilhar o autocarro com os jogadores do Belenenses e fazer as entrevistas no caminho até ao Estádio! Facilmente compreendem a minha alegria. E quando entrei no autocarro e pedi autorização ao treinador para entrevistar os jogadores durante a viagem, fiquei com uma dúvida tremenda. Será que ele imagina o que digo sobre as suas indecisões e decisões? Será? Ele deixou, ainda bem.

No autocarro entrevistei primeiro o Paulo Sérgio, e depois o Catanha. Se o Paulo Sérgio é um "miúdo" que fez ontem 21 anos (parabéns!), Catanha é a antítese. Um verdadeiro senhor. Já no Restelo, entrevistei Rui Ferreira, que se revelou de uma simpatia extrema e que me surpreendeu pela forma apaixonada com que fala do Belenenses e quer saber mais e mais sobre o clube.

São 3 entrevistas claramente distintas: se Paulo Sérgio tem o optimismo próprio da idade, Catanha tem o saber estar e experiência que uma carreira recheada lhe proporcionaram. E Rui Ferreira, meus amigos, foi a verdadeira surpresa. Tomara muitos nas bancadas terem a vontade que as palavras que trocámos manifestaram. E olhem que ele foi crítico com a bancada.

Mas, como já sabem, a conversa com Catanha foi muito especial, particularmente quando percebi que a sua passagem de 6 meses pelo Belenenses em 96 não foi um episódio isolado na sua vida. Catanha lembra-se perfeitamente de tudo o que aconteceu nessa época, jogo a jogo, lance a lance.

Concluíndo, Paulo Sérgio é um Aprendiz, Catanha um Mestre e Rui Ferreira um verdadeiro Guerreiro. Convido-os a ler as entrevistas no próximo Jornal do Belenenses, que sai já neste fim-de-semana e podem encontrar na Loja Azul ou nas Relações Públicas.

Uma questão de civismo...

Hoje li na última página do jornal "A BOLA" um artigo acerca da delicada situação do jogador da Lázio Di Canio, o qual foi protagonista de uma triste cena durante uma partida do Calcio, quando voltado para a claque do seu clube fez a saudação fascista.

Trata-se felizmente de uma situação quase isolada e que acredito estar longe de se verificar em Portugal. Os nossos jogadores há muito que apreenderam os valores da saudável convivência entre homens de vários credos e tons de pele.

Já o mesmo não se pode dizer dos adeptos, que continuam a comportar-se muitas vezes de forma completamente vergonhosa. Os exemplos são muitos e estarão com certeza presentes nas nossas mentes.

No Belenenses esta questão não é tão evidente, mas seria faltar à verdade não dizer que ainda se vão verificando, aqui e ali, situações que a mim pessoalmente me envergonham. No basquetebol, por exemplo, é mais ou menos comum ouvir grunhidos oriundos da bancada como tentativa de provocar jogadores negros das equipas adversárias. Lamentável... Mais ainda quando são também os nossos muitos e bons jogadores com esse tom de pele a sentir-se eles próprios ofendidos e incomodados.

Hoje à noite temos jogo no Acácio Rosa. Uma importante partida da Liga, a opôr Belenenses e Barreirense. Pessoalmente gostaria de regressar do Restelo com duas satisfações: uma vitória da nossa equipa e a sensação de que os grunhidos diminuiram e que no Belenenses a tolerância e a saudável convivência entre pessoas diferentes são valores efectivos e não meramente programáticos... Trata-se afinal de uma questão de civismo.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Um ponto ganho... ou dois a menos?


Concluída a primeira jornada desta segunda volta, e olhando para o panorama da chamada SuperLiga, verifica-se que tudo se encontra mais ou menos na mesma... As surpresas (cada vez menos surpreendentes) continuam a aparecer, as equipas amontuam-se umas em cima das outras e o desfecho deste filme é ainda mais ou menos imprevisível.
Quanto ao Belenenses...
Fomos ao Funchal - terreno onde ainda ninguém ganhou este ano para a SuperLiga - e trouxemos um ponto. Assim, e concluído que está um pequeno ciclo de duas jornadas fora contra duas equipas bem classificadas na tabela (Setúbal e Marítimo), estaria tentado a afirmar - sem quaisquer dúvidas - que o saldo é positivo. Conquistámos 4 em 6 pontos possíveis.
Diz que viu o jogo que se o empate até se aceita, a vitória dos madeirenses não seria um escândalo. Afinal, Marco Aurélio terá sido o melhor em campo (o guarda-redes maritimista também foi o melhor da sua formação...) e os ferros da nossa baliza cumpriram uma vez mais a sua função. Mas é ou não verdade que a vitória azul esteve à vista?
Já perdemos demasiados pontos com falhanços "monumentais". E este é um aspecto que faz toda a diferença. Outras formações, como o Boavista, por exemplo, têm resolvido os jogos nos momentos cruciais, demonstrando invejáveis níveis de concentração e confiança. Os axadrezados já venceram 5 partidas após os 90 minutos. E nesta última jornada, por exemplo, confirmaram a vitória sobre o Nacional da Madeira aos 93.
Feitas as contas somamos agora 22 pontos, apenas menos 6 que o sexto classificado (o Rio-Ave, nosso adversário do próximo domingo!...) e simultaneamente apenas cinco acima da "linha d'água". Encontramo-nos mais ou menos a meio deste grande grupo de equipas que se distribui por esta "twilight zone", situação deveras desconfortável.
Todavia... é tempo de nos irmos concentrando no Pinhalnovense pois a Taça é Taça, ou seja, no confronto de 11 contra 11 tudo pode acontecer. E os jogadores do Pinhal Novo sentirão que têm muito mais a ganhar com esta partida.

domingo, janeiro 23, 2005

Futebol à antiga

Hoje à tarde vamos viver uma experiência que tem vindo a caír em desuso, mas que também ela faz parte da magia que envolvia o futebol e que se perde cada vez mais: ouvir o relato do Belenenses, num domingo à tarde. Será um jogo complicado, em que é importante que o Belenenses consiga trazer para o continente o máximo de pontos possível.

Apesar do Marítimo não ser um adversário acessível, é uma equipa do nosso nível, partindo do princípio que o plantel percebeu que só com a entrega da 2ª parte em Setúbal podem chegar a algum lado. Mais uma exibição de "arrasto", e será derrota pela certa.

Ontem, ao ver o Benfica perder em casa por 0-2 com um Beira-Mar desesperado, tive o seguinte pensamento: o Benfica, tal como o Sporting e o Porto, não jogam nem mais nem menos que nós. Têm uma única grande diferença, que é o facto das camisolas lhes pesarem e os obrigarem a ter mais brio e suarem mais a camisola. De resto, a qualidade ou falta dela é exactamente a mesma. O que é que o Nuno Gomes tem a mais em relação ao Tanque Silva para que ganhe 10 ou 12 vezes mais que o Uruguaio? Só se for por ser mais bonito...

Vamos a correr Belém!

sábado, janeiro 22, 2005

Visita do Estádio dos Barreiros



O Estádio dos Barreiros é aquele que, de entre todos os estádios dos clubes da SuperLiga, mais se consegue aproximar ao Restelo do ponto de vista da beleza do seu enquadramento e vistas. Colocado numa das cabeceiras da cidade do Funchal, "os Barreiros" oferece a quem o visita um panorama magnífico...

Construído em 1927 pelo Nacional da Madeira (ver artigo de Henrique Amaral, no Blog Canto Azul ao Sul), o Estádio dos Barreiros é hoje exclusivamente usado pelo Club Sport Marítimo. Fundado, segundo o site oficial dos nossos adversários deste fim de semana, a 05/05/1957, trata-se de um campo com pouca capacidade (8918 lugares), mas que normalmente se apresenta bastante composto. O relvado é tão comprido como do Restelo (105 metros) mas mais estreito (65.8 contra os 70 metros do relvado belenense).

As deslocações das equipas do continente à Madeira nunca são fáceis. O Marítimo aliás é uma das equipas com melhor aproveitamento do factor casa. Na época 2003/4, por exemplo, apenas perderam uma partida em casa (feito apenas igualados pelo Sporting e batidos pelo Porto, com 0 derrotas caseiras).

Esta temporada, e finda a 1ª volta do campeonato, os maritimistas contam com 5 vitórias e 4 empates caseiros (14 golos marcados e 6 sofridos). Assim, e a par apenas do Rio Ave, o Marítimo ainda não conheceu o amargo sabor da derrota perante o seu público.

Já o Belenenses conquistou apenas na 17ª jornada a sua primeira vitória fora, no Bonfim, contra o Vitória de Setúbal. O balanço dos jogos fora é aliás muito fraco: 9 jogos, 1 vitória, 3 empates e 5 derrotas, com 9 golos marcados contra 17 sofridos...

Assim, não se adivinha fácil o jogo de amanhã. Mas é precisamente o elevado grau de dificuldade que deve contribuir para uma motivação extra por parte dos nossos jogador. É que vencer nos Barreiros é, de certa forma, um feito importante. Importa não deixar de ter em conta que em 21 embates no Funchal contamos com apenas 5 vitórias, 4 empates e 12 derrotas.

Força Rapazes!



Santarém, 82 - Belenenses, 77


Imagem de arquivo


Parciais: 23-19 (23-19); 47-35 (24-16); 65-58 (18-23); 82-77 (17-19)
(Tudo sobre esta partida em: http://www.belenensesbasket.com/live/live.htm)

Sobre Pedroto e a sua saída do Belenenses

Há alguns dias surgiram dúvidas, logo dissipadas por quem domina a matéria histórica do Clube de Futebol "Os Belenenses", sobre a transferência de Pedroto para o Futebol Clube do Porto, no início dos anos 50. Apesar dos esclarecimento então prestados, o Blog do Belenenses resolveu publicar hoje um texto do Jornal "A BOLA", o qual trata precisamente esta questão. Se está escrito com exactidão ou não... confessamos a nossa ignorância. O texto é o seguinte:

«Loucura» portista para ter Pedroto

José Maria Pedroto foi uma das figuras ilustres do futebol português. Começou a jogar no Leixões, a tropa levou-o a Vila Real de Santo António. Ao abrigo da lei militar, representou o Lusitano, nessa altura com uma equipa interessante. De tal modo que ao bater, surpreendentemente o Sporting com o Campeonato em fase decisiva, acabou por entregar, em bandeja de prata, o título ao Benfica. Foi de Pedroto o primeiro golo, batendo Azevedo com um tiro de 30 metros, que considerou, pela vida fora, um dos seus golos mais arrebatantes. Por isso recebeu 100 escudos. Era, aliás, o que arrecadava sempre que o Lusitan o ganhava. Se empatasse, embolsava 60; se perdesse, 20. E mais nada... O golo a Azevedo retocou-lhe a aura. O Belenenses lançou-lhe o canto de sereia, como o Sporting lançaria a Caldeira. Os dirigentes do clube da «Cruz de Cristo» ofereceram-lhe 25 contos de luvas e mais 25 deram ao Lusitano. Consumou-se a transferência.



Já depois do acordo selado, um director do F. C. Porto colocou-lhe nas mãos um cheque de 80 contos. Bastaria apenas dar o dito por não dito ao Belenenses. Mas não quis voltar com a palavra atrás e para as Salésias partiu. Reinsistiram os portistas, no final de 1952. Como se sentia bem, disse aos emissários que correram a aliciá-lo que só se mudaria se lhe dessem a astronómica verba de 150 contos. Estava empregado na Hidro-Eléctrica do Zêzere, muito bem pago para empregado de escritório, o Belenenses também não pagava mal, por isso... Os dirigentes do F. C. Porto correram às Salésias, oferecendo 500 contos. Embasbacaram os outros. E assim se fez a transferência-record do futebol português. Para o Belenenses, 335 contos; para Pedroto, mais que os 150 que ele exigira.

em "A BOLA"

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Afinal sempre é verdade...

Dias da Cunha, o presidente do Sporting Clube de Portugal, acaba de referir em directo para os telejornais (sentado ao lado de Luis Filipe Vieira, presidente do Benfica) que Sequeira Nunes (e por seu intermédio, o Belenenses) se vincula ao "Manifesto" dirigido aos actores políticos deste país acerca da necessidade de um novo rumo para o futebol.

Segundo Dias da Cunha, Sequeira Nunes não está presente na apresentação pública deste documento pelo mesmo motivo pelo qual faltou ao já célebre almoço do Ritz: encontra-se em casa, afectado pela gripe que tanta gente tem enviado para a cama...

Afinal sempre é verdade...

Pólo-Aquático: Nacional de Juvenis Masculinos (A)

A equipa de juvenis masculinos de pólo-aquático do Belenenses disputará nos próximos dias 29 e 30 de Janeiro o Campeonato Nacional (Torneio A). A prova realizar-se-á na Piscina de Lousada, e contará com a participação das seguintes formações:

Grupo B1 - Belenenses, Lousada Séc.XXI e Gespaços
Grupo B2 - CN da Amadora, VTSC e Serviços Sociais CM de Paredes

Todos jogam contra todos, nos respectivos grupos:

29.01, 14:30h - Belenenses vs. Lousada Séc.XXI
30.01, 12:45h - Belenenses vs. Serviços Sociais CM de Paredes

Depois da fase de grupo defrontam-se os 3ºs, 2º e 1ºs classificados de cada grupo (sendo este último jogo - a final - disputado às 18:00h do dia 30.01).

Aos nossos jogadores e técnico o Blog do Belenenses deseja as maiores felicidades. Fica também desde já prometido que os resultados do Campeonato serão divulgados pelo Blog.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Sobre o jornalismo desportivo em Portugal

A relação com os media é uma das novidades que este fim de século e início do novo milénio trouxe às sociedade e, em particular, às organizações de todos os tipos. É verdade que os media já vinham ganhando peso ao longo de todo o século XX, mas apenas a partir dos anos 80, com a progressiva alfabetização das populações e com a generalização do consumo de jornais, os órgãos de comunicação social se assumiram como um verdadeiro poder.

Não é vocação deste Blog fazer análise social nem política, e apenas por isso me abstenho de aqui a realizar. Mas todos conhecemos o peso que os media têm hoje a criação e destruição de imagens, na promoção de produtos, bens e serviços. Todos sabemos que o processo de concentração dos media têm prejudicado fortemente a liberdade de expressão e até o pluralismo que se deseja.

Na imprensa desportiva portuguesa vivem-se fenómenos por vezes muito característicos, os quais não podem ser directamente comparados com aqueles que se verificam nos jornais generalistas. Mas existe também uma tendência de diminuição do pluralismo, a qual se materializa na concentração de todas as atenções (e na atribuição de espaço e tempo desmedidos) em assuntos que digam respeito:


1. Ao futebol, ignorando-se quase por completo outras modalidades e até eventos desportivos de grande interesse e projecção;

2. No âmbito do futebol, aos chamados “três grandes”, os quais são de facto responsáveis por grande parte das vendas.

Assim, e num futebol cada vez mais industrializado, no qual os clubes já deram lugar às SAD’s (empresas que visam exclusivamente gerar proveitos financeiros), esta concentração é na minha opinião passível de se considerar ilegal, por constituir uma favorecimento inaceitável de empresas concorrentes num determinado mercado face a outras, menos fortes. Chamemos-lhe um determinado tipo de concorrência desleal.

Todavia este é um aspecto que, apesar da sua importância, a mim me diz pouco. Não sou adepto das SAD’s e se pudesse acabava com todas elas. Eu sou adepto do desporto real e não do desporto especulação. E sou filiado de cartão e coração no nosso Clube de Futebol “Os Belenenses”. É por isso que, como qualquer belenense mais ou menos consciente, me encontro permanentemente de pé atrás face a uma comunicação social que não só me desagrada do ponto de vista global, como me deixa profundamente indignado no que diz respeito à forma como na generalidade dos casos o Belenenses é tratado.

Não somos anti-jornais. Somos anti a forma como nos tratam. Nada temos contra os jornalistas sérios e honestos, aqueles que têm perfeita noção da sua responsabilidade. Mas não toleramos aqueles que nem durante o exercício da sua profissão são capazes de despir a camisola, e que por isso mesmo transformam as suas prosas em propaganda gratuita e muitas vezes de péssima qualidade. Não pretendemos dar lições a ninguém, mas não admitimos que mentiras 1000 vezes repetidas se tornem em verdades.

Ainda há alguns dias o diário “A BOLA” dedicava uma página inteira a um conjunto de disparates, os quais já foram tantas vezes desmentidos (aqui, neste blog, por exemplo) que apenas por ignorância ou má vontade puderam ser publicados. Referimo-nos à mentira segundo a qual o Belenenses teria sido beneficiado com a passagem das Salésias para o Restelo.

Como os exemplos abundam, e são por demais conhecidos, não iremos perder o nosso e o vosso tempo a repetir aquilo que todos conhecem. Os mais esquecidos poderão pesquisar os muitos posts deste blog, o site do Luís Vieira (“Os homens que mordem o Belenenses”) ou a página web do Henrique Amaral (a qual contém uma interessante descrição acerca da transmissão televisiva da final da Taça de Portugal de 1989…).

Há 85 anos que somos massacrados com os disparates de jornalistas “menos atentos”. Os próprios jornalistas criticam-se mutuamente (lembram-se do texto do Alexandre Pais do Record a propósito da vergonhosa peça do seu colega a propósito do jogo Porto-Belenenses da temporada 2003/4?).

Vivemos tempos em que a qualidade já não é preocupação. Em que os motivos de interesse não se baseiam na missão de informar, mas antes na necessidade de render e gerar lucros. A escolha é a do caminho mais fácil: abandonam-se os antigos padrões e opta-se por transformar antigos jornais sérios em verdadeiros pasquins cor-de-rosa, em que se fala de tudo menos do essencial.

Não gosto de colocar tudo no mesmo saco. Generalizações são para pessoas que vêem a realidade a preto e branco. Ora, a minha cor preferida é o azul, e por isso tenho (temos) a obrigação de saber separar as águas. Este texto não se destina a ninguém em especial, embora a carapuça sirva a muito boa gente. A quem servir a carapuça, que a coloque. A quem não servir que continue a desenvolver a sua actividade profissional com brio e responsabilidade. Mas por favor respeitem o Belenenses. E já agora, respeitem todos os outros clubes, maiores e menores, pois no dia em que o futebol se disputar a três, os vossos três jornais deixam de ter razão de existir.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Calmo

Sinto-me calmo, hoje. Precisava muito de assistir a uma vitória como a de ontem. Não que fosse brilhante ou épica. Mas porque já a não saboreava havia tanto tempo. 2º golo, abraços na bancada e beijos ao telemóvel. Como precisava!

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Chegamos a um bom...fim!


Quase, quase a fazer um ano da nossa última vitória fora de casa, alcançámos hoje em Setúbal uma vitória importante e que me parece pode ser preciosa para que os jogadores compreendam que não se podem queixar só de vento, campos duros ou unhas encravadas. Matei saudades de Marco Paulo, que já aqui tanto critiquei e que mostrou que é extremamente útil. Para além disso, "deu-nos" a vitória!

O jogo pode ser dividido em 3 partes distintas:
- na 1ª parte do jogo, o Belenenses foi a equipa amorfa e acomodada ao ordenado ao fim do mês que costuma ser. Wilson a "des"organizar jogo, tudo ao molho e fé em Deus (no caso, fé num dos "pretos" lá da frente). Quem estava nas bancadas do Bonfim, só podia estar exasperado pela viagem feita e pelo dinheiro dispendido.
- No início da 2ª parte, apesar de lances de perigo do vitória, mostrámos espírito de entreajuda e discutimos taco-a-taco o jogo. Indiscutivelmente, tivemos a sorte pelo nosso lado e marcámos primeiro. Após o golo, o Vitória lançou-se para a frente mas de forma atabalhoada e sem perigo de maior. Poderíamos, nesse período, ter sentenciado o jogo, nomeadamente através de Amaral, que atirou ao poste. Surge então o golo do Setúbal na transformação de um livre, com a bola a transpor uma barreira muito pouco sólida.
- após o golo do empate, e com os adeptos Belenenses a desejarem que o jogo acabásse depressa e com medo de perder, surpreendentemente o Belenenses começou a jogar bom futebol, com boas jogadas e boas trocas de bola, e assenhorou-se da partida. Uma vez que me encontrava no Estádio, e num topo, não posso garantir, mas fiquei com a sensação que isso foi, também, resultado da busca "cega" pelo golo da vitória do Setúbal, que partiu a equipa. Foi então que, ao caír do pano, naquela que foi a melhor jogada do desafio, o Belenenses chegou à vitória por Marco Paulo (merecia), após espectacular jogada de Cabral, a fazer lembrar o Cabral de outros tempos.

Pela positiva, as óptimas exibições de Rui Ferreira (excelente reforço) e Marco Paulo (pode chegar atrasado, mas está lá, sabe controlar o jogo e fazer faltas!!!). Destaque também para a boa entrada de Neca, a mostrar que o José Pedro bem que podia passar uns tempinhos no banco para "arejar as ideias" e aprender como se joga e luta. Obviamente, há também que destacar o Imperador Marco Aurélio, que na primeira parte conseguiu suster aquilo que o resto da equipa se encarregava de facilitar. E um destaque também para Lourenço, que sem ter jogado nada de especial, foi muito inteligente enquanto ganhavamos 0-1, sabendo segurar a bola e ganhar faltas no meio-campo adversário.

Pela negativa, o inenarrável José Pedro e Wilson, partindo eu do princípio que é ele quem toma a iniciativa de organizar jogo. Não quero crer que sejam ordens do treinador. Mas, obviamente, o maior destaque negativo vai para a péssima (e habitual) primeira parte do Belenenses.

Gostava também de salientar a assistência presente no Estádio do Bonfim. Inevitavelmente, jogo após jogo, ouvimos e lemos que o Restelo está vazio, que ninguém vai aos jogos, quando estão 5.000 pessoas nos jornais estão 2.000 e por aí fora. Ora, no Bonfim, estariam com boa vontade 2.000 pessoas. Gostaria de saber se é o normal no Bonfim, até porque o Belenenses levou pelo menos umas 300 a 400 pessoas. Estando o Vitória em 6º...

Por último, apesar da vitória tenho de falar de Carvalhal. As bancadas desesperaram ao longo da 2ª parte por uma substituição, que só aconteceu após o golo do empate, isto já após o Setúbal ter mudado completamente o esquema de jogo. E, para desespero dos presentes, quem saíu foi Juninho Petrolina e não o "invisível" José Pedro. Mas, como correu bem, espero que Carvalhal continue assim, demorando nas substituições, mas tudo correndo bem.

Resumindo, o Belenenses teve sorte em vencer, já que após os 90 minutos o resultado mais justo seria um empate. Agora, é fazer o que se fez na 2ª parte nos próximos 17 jogos. Com luta e suor, podemos perder alguns jogos com azar, mas certamente teremos mais hipóteses de os vencer.

FINALMENTE!!!!!!!


O Belenenses alcançou esta noite a sua primeira vitória fora de casa, batendo a formação do Vitória de Setúbal por 2-1.

Começaram melhor os sadinos que podiam ter inaugurado o marcador logo nos primeiros minutos. O Belenenses ia tentando reagir, mas sem argumentos perante um Vitória cheio de vontade de marcar e resolver cedo o desafio. A defesa azul resistia e no final da primeira parte assistiram-se aos primeiros contra-ataques da nossa formação. Foi precisamente nesta fase que Anctchouet falhou um golo certo.

A segunda parte inicia-se com duas bolas aos ferros da baliza de Marco Aurélio. O Belenenses todavia parecia decidido a discutir o resultado, tentando sair a jogar para o meio campo sadino e apostando em contra-ataques perigosos.

Aos 60 minutos Juninho inaugura o marcador. Fez-se silêncio em Setúbal... e logo a seguir ouviram-se os primeiros assobios.

O Belenenses atravessava a sua melhor fase. O Vitória arriscava tudo, mas atacava de forma mais ou menos desorganizada. Já o Belém atacava com perigo e primeiro Amaral e depois Rui Ferreira podiam ter resolvido a partida.

Até que... aos 84 minutos Manuel José empata. Explosão de alegria nas bancadas do Bonfim a contrastar com a tristeza dos azuis presentes. O Belenenses parecia morrer na praia.

Carvalhal fez então a diferença. Em vez de optar pela defesa do pontinho colocou Neca (a render um Juninho que apesar do golo esteve apagado). Foi aqui que o Belém venceu o jogo. Neca trouxe outra alma. Pegou na equipa e... sobre a hora é Marco Paulo quem fixa o 1-2 final!

O Belém conquista a sua primeira vitória fora na derradeira jornada da 1ª volta, dá um salto na tabela e já respira um pouco melhor.

11 inicial - Marco Aurélio; Amaral, Pelé, Wilson e Tuck; Rui Ferreira; Marco Paulo , Juninho Petrolina e José Pedro; Antchouet e Lourenço.


domingo, janeiro 16, 2005

Ganhem!

Após os resultados desta jornada, o Belenenses começa a ficar numa situação realmente preocupante e que, sinceramente, não imaginei que pudesse acontecer esta temporada. Mas também nunca imaginei que os jogadores deste ano tinham a mesma vontade de jogar que os do ano passado. Portanto, esta 2ª feira é um dia importante para definirmos o que será o resta da temporada.

Se ganharmos a um Setúbal com o gás a esvaziar, podemos almejar ainda obter uma classificação bonitinha, assim a meio da tabela, como é a nossa sina. No entanto, a vitória implica que nos jogos que se seguem, enquanto não tivermos o coração nas mãos, mostrem a mesma vontade de jogar futebol que temos mostrado, que é nenhuma.

Se empatarmos ou perdermos, há que dar um murro no mesa (finalmente, digo eu!) e mostrar que a porta da saída está aberta para quem não se quer esforçar. E preparar o resto da época para lutar (LUTAR) por pontinhos. Esqueçer o futebol bonito, as palestras e entrevistas e lutar!

Há muitos anos que não vou a Setúbal ver o Belenenses. Espero, sinceramente, saír de lá com boas recordações.

Homenagem a Bruno Baião: Belém presente

Durante o intervalo da partida entre Benfica e Boavista foi feita a entrega da Taça de campeão nacional de juniores 2003/2004 à equipa do Benfica. Esta cerimónia ficou marcada por uma homenagem a Bruno Baião, jogador falecido no ano passado após um treino. Na referida homenagem participou um elemento equipado à Belenenses, recordando que antes de se ter transferido para a Luz, Bruno Baião havia representado o nosso clube.

Vitórias no Pólo Aquático

As equipas séniores de pólo aquático do Belenenses venceram as partidas que disputaram, a contar para os nacionais respectivos. Assim, a jogar fora na sua própria piscina, os masculinos do Belenenses venceram o AMINATA (Évora) por 3-14 (parciais 1-1, 1-4, 1-3 e 1-5). Esta é a segunda vitória do Belém quando se cumpre a 7ª jornada. O próximo encontro disputa-se contra o Fluvial Portuense, clube ao qual o Belenenses ganhou na 1ª jornada, no Porto, por 4-5.

No sector feminino, a vitória aconteceu por 5-3 frente à formação do Paredes.

NACIONAL DE JUNIORES, BELENENSES, 1 - FARENSE, 0

Os juniores do Belenenses venceram hoje a equipa do Farense por 1-0, num jogo nem sempre bem jogado, mas que não deixou dúvidas acerca da justiça do resultado. Fomos sempre superiores (com excepção do quarto de hora final da primeira parte) e até fizemos duas bolas bater no poste da baliza dos algarvios.


O 1-0 final revela bem as dificuldades que o Belenenses teve em ultrapassar a muralha defensiva do Farense, que praticamente não atacou no segundo tempo. Os algarvios recorreram a faltas, demora de tempo na reposição da bola e simulações. Todavia, a pouco minutos do final e na transformação de um canto do lado esquerdo do nosso ataque, o golo surgiu. Justo, diga-se.

Os nossos revelaram cansaço. Pelo menos foi a impressão com que fiquei. Nada de estranhar, se atendermos a que, no dia anterior, haviam jogado com os séniores (derrota dos juniores por 2-0), num jogo em (que segundo quem viu) "se fartaram de levar porrada".

Porque não conheço bem o processo, e porque não acompanho de muito perto a campanha dos Juniores, não vou julgar tecer grandes considerações acerca da realização de um jogo treino com a equipa profissional, na véspera de um compromisso do Nacional da categoria... Mas posso pelo menos deixar a pergunta no ar: será que 90 minutos "a levar porrada" dos séniores não deixa marcas para o dia seguinte? Que importância dá o Belenenses aos seus juniores?

No ano passado, com uma equipa de nível superior, e com verdadeiras condições de conquistar o campeonato, foi Augusto Inácio a reter os juniores que integravam a equipa principal, não os colocando a jogar nas partidas da SuperLiga nem permitindo que disputassem os jogos da fase final do Campeonato Nacional... E este ano, será Carvalhal a agendar jogos treino nas vésperas dos confrontos da equipa?

Ficam as interrogações... pode ser que alguém as leia.

sábado, janeiro 15, 2005

Estatisticas...

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Já todos sabemos que as estatisticas valem o valem mas mesmo assim publica-se um pequeno estudo sobre o percurso efectuado pelo Belenenses na presente época.

Como se pode constactar pelo gráfico a campanha 2004/05 não está a correr nada bem. Nos 16 jogos já disputados os Azuis contam apenas com 5 vitórias, 3 empates e 8 derrotas! Ou seja, quase metade do campeonato já passou e estão contabilizados apenas 18 pontos o que corresponde ao 14º posto da classificação.


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Analisando as derrotas pode-se constatar que elas aparecem 2 de cada vez! Foi assim na 4ª e 5ª jornada, na 7ª e 8ª, 12ª e 13ª e nas duas ultimas jornadas(15ª e 16ª). Se o Belenenses perder agora em Setubal será a terceira derrota consecutiva o que ainda não ocorreu nesta época.

Nos jogos a seguir ás derrotas o Belenenses conseguiu por duas vezes golear os adversários, curiosamente pelos mesmos numeros, de 4-1 frente ao Penafiel (após primeiro ciclo de derrotas) e ao Benfica (terceiro ciclo). Após o segundo ciclo, o Belém apenas conseguiu um empate frente ao Beira-Mar.

Face a estes números, os Azuis ou ganham ao Setubal por 4-1 ou empatam. Uma vez que o jogo é no Bonfim o mais provável é empatar.

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O melhor período do Belenenses foi logo no inicio da época com a conquista de 7 pontos em 3 jogos! Vitórias em casa frente ao Maritimo e Leiria e 1 empate no campo do Rio Ave.

O segundo melhor período ocorreu entre a 9ª e a 11ª jornadas. Dois empates fora frente à Académica e Beira-Mar e vitória caseira frente ao Moreirense. E se estes 5 pontos foram o nosso segundo melhor período não admira que estejamos em 14º!!!

Se extrapolarmos os pontos obtidos até ao fim do campeonato apenas obtemos 36, o que significa sofrer até ao fim! Enfim...

Mas o que é necessário agora é inverter a tendência actual e começar a ganhar! E já em Setubal!

(Já agora, quantos clubes descem de divisão este ano? Não é para o ano que a Liga passa para 16 clubes? Se assim for estamos apenas 1 ponto acima da linha de agua e não 3.)

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Taça: sorte aparente

O sorteio da próxima eliminatória da Taça de Portugal ditou as seguintes partidas:

Estrela Amadora - Penafiel

Benfica - Sporting

Vitória Setúbal - Vitória Guimarães

Académica Coimbra - Marítimo

Nacional Madeira - Boavista

Oliveira do Hospital - Braga

Pinhalnovense - "Os Belenenses"


Sobre o Estádio do Restelo, novamente...

O jornal diário "A Bola" apresenta hoje uma interessante reportagem acerca da utilização do espaço em que hoje se encontra o Estádio do Restelo por parte do Casa Pia. Nessa reportagem, Elsa Bicho entrevista dois antigos casapianos (Santos Pinto e Laurentino Costa), os quais lhe narram a história da expulsão do Casa Pia daqueles terrenos, fazendo ainda referência à transferência do Belenenses das Salésias para a antiga pedreira.
O Regime puniu "maçónicos e comunistas". Até aqui nada de novo. É por demais conhecida a repressão que o Estado Novo exerceu sobre comunistas e outros democratas, bem como sobre a maçonaria, a qual foi proíbida por decreto da Assembleia Nacional, dos anos 30. Sobre esta matéria existem textos de grande interesse publicados na Internet, da autoria de Fernando Pessoa e cuja leitura aconselho vivamente.

O que já não é verdade é que, ao contrário daquilo que muitos pensam e outros dizem, o Belenenses tenha sido o clube de eleição do regime, tendo beneficiado desportiva ou patrimonialmente dessa hipotética relação com os poderes da altura.

Já aqui se escreveu por mais de uma vez - o Eduardo Torres já aqui fez uma abordagem completa deste problema - que a transferência do Belenenses para o Restelo foi um processo pouco claro, que apenas prejudicou o nosso clube. Assim, não se justifica que se continue a escrever sobre "o natural contentamento do clube da Cruz de Cristo, feliz por lhe ser concedido o campo que ganhara a denominação de Estádio Municipal Américo Tomás" (curiosamente membro clandestino da Maçonaria).

Sinceramente não sei se o campo do Casa Pia era de facto situado no local onde hoje se ergue o nosso Estádio. Mas se foi não é de estranhar. As instalações de Belém da Casa Pia encontram-se desde há muitos anos nos antigos terrenos no Mosteiro dos Jerónimos, os quais incluiam historicamente uma área alargada, que abarcava o espaço do estádio e da Capela do Santo Cristo e a capela de S.Jerónimo - localizada um pouco a ocidente das piscinas do clube).

De qualquer forma também é bom lembrar que se o Belenenses ficou com o espaço do Restelo, a Casa Pia tem pelo menos parte da tutela das antigas Salésias, as quais se encontram num estado que deveria envergonhar a CM de Lisboa, a Casa Pia de Lisboa e a Escola Marquês de Pombal.

O Belenenses não é, não foi (e, de Deus quiser, não será) clube de poder nenhum... Já outros não se podem queixar do mesmo. Não acham que é tempo de desafazer esta ideia um tanto idiota?

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Tuck é eterno

Ontem ganhámos 3-0 ao Sp. Pombal, um adversário muito fraco que não causou quaisquer problemas, pelo menos a partir da entrada de Tuck substituindo o lesionado Andersson. Foi a partir desse momento que conseguimos pegar no jogo, e Tuck fez uma exibição extraordinária como que a mostrar que existe e para os outros aprenderem que correr, lutar e ainda ter discernimento para organizar não custa assim tanto. Haja vontade...

Com Tuck, há agressividade, luta, entrega, suor, amor à camisola. Há passes de 5 metros que não são tensos e passes de 30 que chegam "redondinhos" e ao sítio exacto. Há espaços que se abrem como por magia. E há cansaço. Mas, tal como alguns Bloguistas comentavam ao intervalo, se os outros 9 corressem só um bocadinho mais, isso não permitiria ao Tuck correr muito menos? E ainda ter pernas para aguentar uma horinha de Superliga.

Tuck deu uma lição de profissionalismo. Tuck foi um grande jogador e ainda hoje consegue deixar a sua marca. Não digo obrigado pelo que nos deste Tuck, porque ainda tem algo para dar. Haja quem aproveite. Tuck é eterno.

De resto, mais uma exibição paupérrima que os golos ajudaram a disfarçar. Mas contra o Setúbal assim, em vez de ganhar 3-0 perdemos 3-0.

PS - Destaque também para Neca, dos mais esforçados e que teve um pormenor que gostei muito de ver: quando Catanha marcou o 3º golo, foi a correr à baliza do Pombal buscar a bola e levou-a para o meio-campo. Para ele também não foi um frete. Ainda bem.

Por um fio

(Artigo da autoria de Eduardo Torres)

Sempre me irritou a célebre frase “este ano está a trabalhar-se de uma maneira diferente”, não só por ser exagerada e controversa (em algumas coisas, v.g. empréstimos, até se trabalhou pior) mas sobretudo porque cria nos responsáveis, jogadores e técnicos uma cultura de facilitismo-porreirismo, de que qualquer coisinha sofrível é fantástica. Os resultados estão à vista: jogadores, técnicos e responsáveis ainda há 3 dias atrás estavam orgulhosos da sua perfomance; e, mesmo depois da derrota com o Gil Vicente, e do lugar quase dramático em que ficámos, a meio do campeonato, ainda nem se aperceberam de que as coisas estão muito feias, e de que há muitas razões para descontentamento. Com frases como essa, os adeptos perderam parte da legitimidade e da razoabilidade para protestar, pois foram responsáveis em inculcar em jogadores e treinadores que o Belenenses é um clubezinho em que tudo o que seja não descer de divisão é perfeitamente aceitável e até bom.

Sempre me irritou a célebre frase “se o Professor Carvalhal diz que é assim, ele sabe melhor do que ninguém”, não porque, apesar de tudo (i.e., da impressão que tenho dele como pessoa), não esperasse que ele fizesse um pouco melhor, mas porque, como escrevi inúmeras vezes, os endeusamentos, de quem quer que seja, invariavelmente são perigosos; e também porque a dependência excessiva de um treinador dá sempre maus resultados. As consequências estão à vista: com isso, somente se aumentou a vaidade natural do Carvalhal. Contribuímos para que ele prolongue o seu delírio narcisístico, nem reparando que está a conduzir o Belenenses para uma situação catastrófica. Ainda esta semana os jornais desportivos continuam a dizer que os adeptos do Belenenses “admiram e apoiam muito Carvalhal”!!! Se calhar por terem caído no mesmo erro, e terem ido a correr renovar com ele por mais dois anos e meio (espero, como diz com muito espírito o Abel Vieira, que não seja para o projecto “Regresso à 1ª divisão”...), quando os resultados eram medíocres (eu sou a favor da continuidade...mas do que ofereceu garantias), alguns responsáveis estão sem jeito para dar o apertão, ou o murro na mesa que se impõe. E se perdermos os próximos jogos do Campeonato, o que é que fazemos com este Carvalhal? Infelizmente, a hipótese é muito mais que académica. Vamos pagar-lhe dois anos e meio? Vamos dar a um outro treinador um plantel feito à medida do Carvalhal? Lembro-me de num artigo a que dei o título “Perfis” ter dito que mais do que 2-3 jogadores à medida especial do treinador é um disparate, o que reiterei em vários comentários. Talvez agora soe bastante mais a razoável e prudente. O plantel só serve para um tipo de jogo. É evidentemente desequilibrado.

Sempre me irritou a euforia com as vitórias contra equipas de escalões secundários na pré-época. Adeptos que se prezem de um clube que se quer com grandeza, deveriam evitar essa menoridade. Mas, tristemente, grande parte, talvez mesmo a maior parte dos sócios e adeptos, perdeu completamente a noção do que é o Belenenses. São mais adeptos do futebol do que do Belenenses, a quem não amam o suficiente para conhecer a sua identidade. Deixam-se manipular pelos meios de comunicação social. Estão em lógica consonância com dirigentes de capacidade e ambições medíocres. Por isso é que elegeram, e poderiam alegremente voltar a eleger um outro Matias ou um outro Ferreira de Matos, com um carregamento de emprestados e a conversa da treta da gestão empresarial (de mercearia, digo eu; porque a conversa da empresa, no Belenenses, é sempre sinónimo de frieza e de desapaixonamento, e não de eficácia e rigor).

Infelizmente, infelizmente mesmo, o recurso a emprestados do Benfica e do Sporting (ou do Fc.Porto) está a dar o resultado de sempre. Repito: na época de 90/91, com 2 emprestados do F.C.Porto, descida de divisão; na época 94/95, no primeiro ano de José António Matias, com 2 emprestados do Benfica e outros 2 do F.C.Porto, evitou-se milagrosamente a descida na penúltima jornada, com situações de que é melhor nem falar... Este ano, com 2 emprestados do Sporting e outros 2 do Benfica, estamos na posição em que estamos. Será um acaso? Pode alguém dizer que qualquer dos 4 emprestados deste ano passou sequer da mediocridade, apesar do entusiasmo maluco que suscitaram em muitos? Ao menos, seja-se honesto e coerente, reconhecendo com grandeza, como fez, por exemplo, o amigo Lacerda. Ao menos, que os factos objectivos façam pensar os entusiastas dos empréstimos, já que PARECEM não gostar nem ter o conhecimento suficiente do clube para não repudiar imediata e espontaneamente esse tipo de recurso aos nossos rivais. Sim, porque – e esse é o cerne da questão – o Belenenses caminhará para o total esvaziamento, quando perder a noção de que os seus verdadeiros grandes adversários são o Sporting e o Benfica. Tristemente, muitos já não sabem - nem querem saber. Falam dos 3 grandes com a maior desenvoltura. Sabem mais da história do Benfica do que da nossa, que imaginam ter começado no fim da era Matias. Empolgam-se com os duelos com o União de Leiria e o Penafiel, que consideram nossos iguais, e o seu sonho é ser o Boavista II ou o Braga II! Ao que chegou o Belenenses!...

Sim, na verdade, o Belenenses, tal como alguns de nós (ainda) o conhecemos, ou soubemos que foi, está por um fio. Não me digam imediatamente que sou pessimista, por favor. Quando um doente se encontra em estado grave, é uma tremenda irresponsabilidade escamotear a situação, e o optimismo pode tornar-se criminoso. Olhemos os factos de frente: são já escassas as possibilidades de voltarmos a ter um Belenenses forte e altaneiro, em vez de um rival do Moreirense, do Estoril ou do Esperança de Lagos. E as poucas possibilidades que temos, dependerão de haver quem, à frente do clube, tenha muita inteligência, coragem, força e lucidez para mudar a sério. Se não for assim, perde-se a razão de ser do Belenenses. Numa cidade cosmopolita como Lisboa, nem haverá a razão de ser de que é “o clube da nossa terra”. Seria o fim. A luta, não o ignoremos, é de vida ou de morte.

(Este texto foi escrito antes do jogo com o Sp. de Pombal. Espero que ganhemos mas que isso não nos faça perder a noção da gravidade da situação)

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Taça de Portugal: Sp. Pombal


O Belenenses venceu hoje o Sporting de Pombal da II Divisão B - Zona Centro por 3 bolas a zero num jogo a contar para a 5ª Eliminatória da Taça de Portugal.

Os azuis do Restelo colocaram-se em vantagem no marcador aos 21 minutos, por intermédio de Antchouet, na sequência de um canto. 13 minutos mais tarde (aos 35) Juninho Petrolina, fez o segundo golo.

Na segunda parte, Catanha, que fez a sua estreia na presente temporada ao serviço do Belenenses, marcou o terceiro golo dos azuis aos 67 m.

Na sexta eliminatória (1/8 final) temos como possiveis adversários o Benfica, o Boavista, o Sporting, o Braga, a Académica, o Nacional, o Beira-Mar, o Maritimo, o Guimarães, o Setubal e o Penafiel da Superliga, o Estrela da Amadora da Liga de Honra e o Pinhalnovense e o Oliveira do Hospital da II B.

Estão apuradas 15 equipas para a proxima ronda o que significa uma delas vai ficar isenta.

Clubes complicados

Para onde caminha o Beira-Mar, uma equipa com pergaminhos no futebol português, envolta numa teia inglesa que a está a asfixiar e a tornar ridículas quase todas as notícias consigo relacionadas? A contratação de Luís Campos acaba por ser um mal menor. Apesar de ser um mal com alguma dimensão. O primeiro jogo já passou e começou logo goleado em casa…

Luís Campos parece ser claramente um treinador a evitar. Quando um treinador é contratado por um equipa e apressa-se a dizer que está habituado a viver em equipas que habitam os últimos lugares, esse orgulho cobre-se de ridículo. Um homem que conseguiu despromover 2 equipas numa só temporada, que saiu este ano do Gil Vicente envolvido em mais uma situação perfeitamente bizarra e que protagonizou no Restelo, há uns anos atrás, uma das situações mais revoltantes que vi alguém protagonizar num jogo de futebol (ganhando 3-0 no Restelo no último jogo da temporada, com Guga a gozar com os adeptos azuis após ter falhado um golo de baliza aberta em que voltou para trás, Luís Campos e o Brasileiro abraçaram-se, após esse lance no banco do Gil Vicente, com Guga ainda em campo!!!), como é que ainda tem crédito para andar na 1ª divisão??? Dêem-me um exemplo de bom trabalho que ele tenha protagonizado?

Faz-me lembrar outro incompetente, este ainda mais evidente, Carlos Manuel. Mas a verdade é que a imprensa conseguiu mesmo colocar Carlos Manuel no Sporting, pelo que a sua inenarrável capacidade como treinador deu ainda mais nas vistas. Depois de descer o Estoril à 2ª B e de salvar o Salgueiros da descida por pouco, tornou-se o treinador da moda na imprensa. Carlão merecia um “grande”, não se cansavam os jornais de apregoar aos 4 ventos! Tendo o Benfica conseguido não cair na asneira, eis que passado um mês é o Sporting quem o contrata. A primeira medida foi interessante: dispensou os serviços do treinador de guarda-redes Vítor Damas e colocou no seu lugar Agatão, que consigo trabalhava no Salgueiros e que fez uma carreira de jogador como defesa… portanto alguém que domina perfeitamente as técnicas de baliza!!! Mas pior ainda foi a contratação do roupeiro (!!!) do Salgueiros como Director de Futebol do Sporting!!!!! A partir desta situação, sucederam-se equívocos e parvoíces só ao alcance de predestinados para a asneira, como as pretendidas dispensas de Iordanov, Marco Aurélio ou Oceano (estas duas conseguidas antes da chicotada). Por outro lado, desaire após desaire, havia sempre mais um “miúdo” para experimentar, fosse ele Patacas (7 anos volvidos um lateral regular no Nacional), Santamaria (anda no Estrela da Amadora, na 2ª Liga) ou Vargas… Seguiu-se o Campomaiorense na sua carreira, e a asneira continuou: uma das primeiras medidas foi a dispensa de 3 jogadores, na altura as principais figuras da simpática equipa alentejana. Curioso verificar que as dispensas de jogadores com influência dentro do clube eram uma imagem de marca por onde “Carlão” passava… O mais ridículo de tudo foi, num jogo de Taça ante o Juventude de Évora (penso eu), a convocação de alguns juniores e um juvenil para a partida. E o juvenil, com 15 anos, foi titular. O seu nome era Sandro e anda agora pelos distritais. Carlão perdeu o jogo…

Não percebo o que leva dirigentes a tomarem decisões tão estranhas. A de Mano Nunes compreendo minimamente, pois está atado de pés e mãos aos ingleses. Era o Chovanec que se transformou, pela ausência, em Mladenov e que se transformou em Luís Campos, segundo o dirigente a primeira escolha!!! Era o empréstimo de Kingsley por 4 anos ao Malmo no início da época (???), é a Torre de Babel em que o Estádio de Aveiro está transformado, é o fim da relação António Sousa…

Tenho pena do Beira-Mar. Acho que é um dos clubes que “são” da primeira-divisão. Belenenses, Benfica, Porto, Sporting, Boavista, Guimarães, Marítimo, Braga, Setúbal ou Académica são clubes que fazem falta na primeira-divisão. Tal como o Beira-Mar, se não me engano, fará na próxima época.

Luís Campos tem, como está na moda dizer-se, pelo menos um mau Karma. Eu não ia nunca por aí, e não sou supersticioso. Mas arriscar para quê???

terça-feira, janeiro 11, 2005

Vamos a eles Mister!

No início do Verão de 2004 o Belenenses contratou Carlos Carvalhal para técnico principal da equipa de futebol. Apesar da pouca experiência na Primeira Divisão, onde somente tinha treinado o “deslocado” Desp. Aves há uns anos atrás, tendo descido de divisão (entrou a meio da temporada), Carvalhal havia apresentado um trabalho formidável no Leixões (apesar de poucos resultados concretos) e um bom trabalho em Setúbal, conseguindo a promoção. Era, consensualmente, um treinador a caminho da Superliga e preparado para altos voos.

É neste contexto que Carvalhal surge no Belenenses, num período em que o clube pretende acabar com a fase da asneira e, sinceramente, esta época parecia muito mais bem encaminhada. Desde logo, o Blog do Belenenses decidiu lançar um inquérito aos “bloguistas” sobre qual a sua opinião relativamente à contratação de Carvalhal.

Hoje, após quase metade da temporada e uma classificação sofrível com exibições paupérrimas, e em que todos nós criticamos jogadores, treinador e dirigentes, vamos analisar os resultados:

Como vê a contratação de Carvalhal?
Muito Boa – 48,51%
Boa – 24,25%
Razoável – 15,34%
Má – 7,42%
Muito Má – 4,45%
Total de votantes – 404

Ou seja, a grande maioria dos adeptos azuis também tinham uma opinião extremamente positiva sobre o treinador, e sentem-se hoje defraudados. Realce-se que estes resultados são um acumulado e que muitos votos foram já efectuados ao longo da temporada, e que esse facto aumentou a percentagem de respostas negativas. Ou seja, todos acreditámos que a opção havia sido correcta.

Carvalhal é, teoricamente, um grande entendido na matéria, parece não haver dúvidas disso. Aliás, já apresentou provas noutros sítios. E, quer queiramos quer não, não podemos criticar exclusivamente as suas opções. Por muito más que fossem, ou sejam, os profissionais pagos a peso de ouro e a tempo e horas que estão dentro de campo têm a obrigação de dar tudo o que podem e o que não podem. E isso não se vê. Como é óbvio, também aí Carvalhal pode ter alguma culpa, mas é uma situação já, quase, endémica deste clube. O ano passado, com 3 treinadores, só um conseguiu dar “chama” à equipa. Esse treinador foi Bogicevic que foi, cobardemente, despedido. Também por pressões dos jogadores…

Se a equipa não corre, não luta e não “mete o pé”, o treinador tem de estar lá para rectificar a situação. Até ao jogo de Domingo tinha visto Carvalhal interventivo, umas vezes mais, outras menos. No último jogo, Carvalhal parecia ainda mais conformado que o resto da equipa e tirou ainda na primeira parte um dos únicos profissionais a sério que o Belenenses tem. A postura de Carvalhal, calmamente a observar a miséria dentro de campo e incapaz de alterar qualquer coisa na equipa (impunha-se jogar de outra forma) fez-me uma tremenda impressão.

Cada vez mais, os nossos adversários conhecem-nos e “bloqueiam” o nosso jogo. Em vez de lamentar esse facto, Carvalhal é pago para “desbloquear” a situação. E ainda mais assustador para mim do que os adversários conhecerem-nos, é nós não os conhecermos. Um exemplo simples: Júlio César encostou completamente a Amaral para impedir as suas subidas. Paulo Sérgio jogou à esquerda quando o lado esquerdo da defesa Gilista é que estava debilitado com a ausência de Jorge Ribeiro (apesar de Nuno Amaro ter categoria para ser titular no lado esquerdo da nossa defesa). Havia que aproveitar essa fraqueza.

Continuo a afirmar que acredito que Carvalhal ainda me pode surpreender. Mas acredito cada vez menos. Gostava de saber de que forma estudamos os adversários, já que Carvalhal, um conferencista, parece dominar claramente a exposição de ideias para uma audiência. É que se o nosso treinador dá palestras à equipa sobre o adversário, então começo a acreditar que o nosso plantel sofre de surdez crónica.

Por último, uma nota: Carvalhal precisa de começar a ter cuidado. A imprensa começa a esquecer-se dele. Mais umas derrotas e em vez de bestial que passou a esquecido, passa rapidamente a besta também aos olhos da imprensa. E aí não haverão gravatas ou conferências que lhe valham. Pelo meu Belenenses, não quero isso. Era sinal que estávamos já com a cabeça “debaixo de água”. Vamos a eles Mister!

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Mea Culpa

Há uns meses atrás afirmei convictamente que Carvalhal, José Pedro, Cristiano e Rodolfo Lima tinham capacidades para representar o Belenenses e fazerem a diferença. Enganei-me. Os únicos a quem continuo a dar o benefício da dúvida é a Carvalhal e a Rodolfo Lima.

Carvalhal mostrou-me há uns anos um Leixões fenomenal, com um futebol total, ofensivamente sufocante, defensivamente irrepreensível. Esse futebol assentava num 4-1-3-2 com uma defesa em linha, Odé a trinco, Abílio ou Besirovic a médio de ataque, 2 alas bem abertos (Zamorano, Brito, por vezes Pedras ou Antchouet) e uma frente de ataque com um "caixote" e um porta-chaves, respectivamente Detinho e Antchouet. Era uma equipa que sabia o que queria e jogava de olhos fechados. Por mais que Carvalhal queira arranjar desculpas, o plantel que tem à disposição este ano é bem melhor que esse. Portanto, toca a descobrir como pode pôr estes jogadores a jogar dessa forma. Porque eu não quero deixar de acreditar nele, até porque fui um defensor acérrimo da sua contratação. Mas que me tem desiludido muitíssimo...

José Pedro, que vi no primeiro jogo da pré-época e tinha visto jogar pelo Boavista também na sua primeira pré-época no Bessa, pareceu-me um jogador fantástico, como aliás já me tinha parecido no Bessa. Daí nunca ter percebido as constantes dispensas para a 2ª Liga onde o seu nome era muito falado. Pensava que tinha azar e ia explodir no Restelo. Afinal, não passa de um jogador com talento mas que tem tanta vontade de jogar futebol como eu de ser bailarino clássico. São exibições confrangedoras em série, sempre com o beneplácito da comunicação social que o venera. Mas as bancadas do Restelo já não têm paciência para ele. O problema é que parece ter lugar cativo.

Cristiano enganou-me muito bem enquanto estava no Benfica: fazia-me crer que as suas falhas resultavam do nervosismo que lhe era incutido pelos impiedosos adeptos dos milhafres. Afinal, é mau de mais. A sua velocidade de ponta arrepia de tão lenta, o que aliado a uns rins "hiper-duros" e lentidão de processos o transformam num pesadelo para qualquer equipa. Mas ainda ontem foi titular...

Rodolfo Lima era, para mim, um dos melhores jogadores da Superliga na época passada. Este ano, anda eclipsado no Restelo, apesar de ter tido algumas intervenções interessantes. Quero acreditar que a pouca utilização tem também contribuído para, quando chamado, ter sido inconsequente.

Cá está o meu Mea Culpa relativamente a pessoas sobre as quais me enganei. Como é óbvio, errei também noutros aspectos, mas ninguém pode adivinhar que profissionais com todas as condições, pagos a peso de ouro e a tempo e horas joguem de braços caídos.

É esta a minha mensagem para jogadores, técnicos e dirigentes:

Marca mais!
Corre mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!
Joga mais!
Sua mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!


Carta à LCB

Tal como havia prometido, elaborei uma pequena exposição à Liga de Clubes de Basquetebol acerca dos acontecimentos de ontem, no jogo Belenenses-Queluz. Fi-lo em nome individual, claro, uma vez que não estou mandatado para falar em nome de mais ninguém, nem do clube. O teor da carta é o que se segue:

Exmos. senhores,

1.

Não sendo eu um conhecedor profundo do basquetebol, nem habitual frequentador dos Pavilhões, foi com surpresa que ao longo do último ano e meio me fui aproximando da modalidade, acompanhando de forma apaixonada o decorrer das competições de escalão superior.

Esta minha aproximação à modalidade deveu-se fundamentalmente à crença de que o basquetebol em Portugal é um desporto colectivo com elevado grau de credibilidade, bem jogado e em crescendo. Na verdade, não estaria a ser sincero se não dissesse que um jogo de basquetebol é portador de uma componente de espectáculo e emoção que dificilmente se encontra em competições de outras modalidades, colectivas e individuais.

E nem o facto de ser sócio e adepto do Clube de Futebol “Os Belenenses” me impediu, ao longo das últimas duas épocas, de perceber que no basquetebol apenas existem dois resultados possíveis, e que quase sempre a equipa vencedora o é com justiça, seja ela aquela pela qual “torço” ou a adversária.

Creio não faltar à verdade quando afirmo que os associados do Belenenses têm uma enorme capacidade de suportar derrotas (ao contrário de outros sócios de outros clubes que connosco disputam competições em várias modalidades), sempre que elas são justas e se devem ao mérito da equipa adversária.

2.

No passado domingo – dia 09.01.2005 – estive no Pavilhão Acácio Rosa para assistir ao jogo entre as equipas do Belenenses e do Queluz, respectivamente 2ª e 1ª classificadas da Liga TMN. E fui na perspectiva de assistir a um jogo de superior qualidade técnica e a um espectáculo desportivo limpo e inteiramente transparente.

Todavia, ao longo do jogo e principalmente nos momentos críticos do mesmo, foram os presentes confrontados com erros de arbitragem clamoroso, totalmente inaceitáveis numa competição profissional na qual se encontram envolvidos valores desportivos e até financeiros de grande importância.

A duas equipas de primeira juntou-se uma terceira equipa (a de arbitragem) de segunda, a qual apitou a pedido, demonstrando-se extraordinariamente permeável à pressão do banco do Queluz (Alberto Babo mostrou-se uma vez mais mestre na matéria).

Na verdade, e após um jogo disputadíssimo, foi a equipa de arbitragem a decidir no primeiro prolongamento a sorte do jogo, ao oferecer ao Queluz 2 lançamentos da linha de “lance livre” e posse de bola (inacreditável falta técnica a Luís Costa, depois de por exemplo Watkins ter passado toda a partida a discutir decisões dos árbitros, sem qualquer repreensão ou falta técnica averbada). Todos os presentes – incluindo os numerosos adeptos do Queluz presentes – ficaram estupefactos perante tamanha falta de bom senso.

E porque me senti verdadeiramente roubado (uma vez que paguei do meu bolso para ver um jogo que não se decidiu entre os 10 jogadores em campo), resolvi apresentar a título pessoal um protesto à Liga, o qual poderá ser ignorado ou não (depende de vós), mas que corresponde à minha genuína vontade de expressar publicamente a minha indignação perante a monstruosidade a que assisti no Restelo.

Porque a equipa do Belenenses não tem culpa nenhuma do que se passou, vou continuar a acompanhar a temporada dos “Guerreiros”. Mas não tenho ilusões acerca do desfecho deste campeonato. Tal como o do ano passado, parte da sorte das equipas não é decidida por aqueles que deveriam ser os principais e únicos protagonistas – os jogadores e técnicos.

Com os meus melhores cumprimentos

Rui Vasco Silva
Sócios 3887 do Clube de Futebol “Os Belenenses”

domingo, janeiro 09, 2005

Vergonha


Vergonha é o único sentimento com que saí do Estádio do Restelo nesta tarde que me estragou mais uma semana. Tenho vergonha de ser do Belenenses, pois a equipa de futebol, quer se queira quer não a modalidade que tem realmente impacto, é de uma acefalia e falta de vontade atroz.

Quem é que esteve mal? Todos! O treinador começou por estar muito mal ao colocar no 11 titular os 2 reforços que podiam jogar. Claramente, falta de coerência de Carvalhal, que tinha referido que eles não vinham suprir lacunas, antes dar maior consistência ao plantel.

Muitos falavam do Paulo Sérgio, não percebiam o que eu dizia dele, que sabia jogar muito bem à bola, mas não era jogador de futebol. Acho que hoje perceberam o porquê de eu achar que ele não vinha fazer nada para o Restelo. Mas fico triste, pois ainda acreditei que ele me enganasse. Pode dar jeito pontualmente, até no banco, mas nunca pode ser titular no Belenenses. Pelo menos no MEU Belenenses!

Rui Ferreira é diferente, um jogador com muita rodagem e que tem condições para ser titular, apesar de hoje se notar que estava claramente perdido em campo. Este vai ser útil e será titular. Mas hoje, no máximo, só um deles poderia ser titular.

Carvalhal, que gosta tanto de falar no "grupo" e em teorias (muitas teorias e muito pouco na prática) de motivação, que raio de mensagem é que passou para o plantel? Que um dispensado do Guimarães e um puto inexperiente do Sporting valem mais que os que lá estão???

Depois, voltámos a ter o pesadelo Cristiano a defesa esquerdo. Mas hoje o jogo foi tão mau que nem a sua falta de qualidade se notou!!! Mas já que Carvalhal insiste que Eliseu é defesa-esquerdo, que tal colocá-lo a titular? Pelo menos, esse é dos poucos que, mal ou bem, muito ou pouco, dá sempre tudo o que tem.

Por outro lado, Carvalhal erra ao colocar Wilson em campo. Não que tenha feito um mau jogo, mas porque Rolando tem uma coisa que só outros 2 jogadores do plantel têm: altura. Rolando, Pelé e José Pedro são os únicos jogadores que podem ganhar bolas de cabeça, e como José Pedro marca os livres... Neste momento, como dizia o meu amigo José Lameira, somos a "Midget Team".

Entramos em campo, para variar, completamente apáticos e a acreditar que somos muito melhores que os outros, etc e tal. Como resultado sofremos um golo e depois é um "ai Jesus".

Somos uma equipa de meninas, ninguém mete o pé, não se fazem faltas, não se fazem carrinhos, ninguém suja o equipamento! Para cúmulo, Carvalhal decide dar a volta ao texto tirando o pêndulo e capitão de equipa Andersson!!! Como é possível? Só para não "queimar" Rui Ferreira na estreia? QUERO GARRA!

Para além dos problemas defensivos, também no ataque se constata a gritante falta de garra e entrega, e nesse aspecto os avançados são os que menos culpa têm. Queixamo-nos que não dominam uma bola, mas a verdade é que não recebem um único passe em condições! Só balões e passes à queima. Eliseu não tem lugar na equipa no ataque? É de longe um dos poucos jogadores que se sabe virar e carrilar jogo. Atenção que também não o acho nenhum craque, mas é jogador de futebol, coisa que grande parte dos outros não são.

Este plantel, para mim, tem um ponto forte: bons jogadores. Mas tem 2 pontos fracos, gravíssimos: a falta de entrega e de inteligência. Quanto à falta de inteligência, acho que se resolve com Andersson em campo e alguém que saiba pensar ao seu lado. Quanto à falta de entrega, tenho uma solução simples e que é a adoptada pelas outras equipas: há vitórias, há dinheiro, não há vitórias, logo se vê.

Os nossos jogadores são, claramente, mercenários: contra o Benfica fazem um grande jogo para se valorizarem, de resto estão-se a borrifar. Desde que no fim do mês apareça o ordenado. Uns cortezinhos não lhes faziam mal nenhum. Sei que poderá não ser a solução mais correcta, mas a falta de respeito que demonstram pela nossa camisola que lhes damos a hipótese de envergar merecem castigo.

Uma vergonha este jogo. Uma completa vergonha. E voltamos às exibições miseráveis da época passada. Estava a pensar ir ver o jogo com o Sp. Pombal e o Setúbal. Duvido que vá. Tenho mais que fazer, inclusivé coisas mais úteis a favor do nosso clube.

sábado, janeiro 08, 2005

VOLEIBOL: Campeãs!


Com duas jornadas ainda por disputar, a Equipa Feminina de Voleibol do Belenenses sagrou-se, com a vitória de hoje, Campeã Regional. Recorde-se que este foi o primeiro ano da modalidade e a equipa conta com 12 vitórias em 12 jogos.

O BLOG DO BELENENSES dá os parabéns á equipa campeã!

Reggae no Restelo

Entrevista publicada no Site da LCB.

Reggie Moore chegou, viu e venceu. O extremo/poste do Belenenses Montepio Studio Residence tem comprovado que o nome de família Moore, significa êxito. Depois do irmão Jimmy — «é melhor jogador que eu» — ter deixado saudades em Portugal, Reggie tem mostrado talentos que se encaixam como uma luva no xadrez de José Couto: defesa, eficácia e espírito de equipa são alguns dos seus visíveis atributos e razões porque os homens do Restelo ocupam já a terceira posição na tabela classificativa da Liga TMN em igualdade com o segundo.


O confronto matinal — 11h30 de domingo — que opõe o Belenenses ao líder da Liga TMN, Queluz Sintra Património Mundial, é sem dúvidas o prato forte da ronda. Apesar de uma derrota não significar que os comandados de Alberto Babo percam a liderança do campeonato, frente a frente irão estar duas das mais fortes formações da Liga e com ambas a atravessarem excelentes momentos de execução.

Para vencer, e aproximar-se do líder, Reggie Moore tem já a receita certa da sua equipa: «Temos de jogar duro e ser inteligentes. Ofensivamente temos de ser mais eficazes, porque eles defendem muito bem. Mas nós temos valor, temos melhorado a cada dia, e vamos dar tudo para ganhar».

Do Queluz, o extremo/poste só tem elogios: «Defendem muito bem, têm uma equipa bastante compacta. Temos de neutralizar o seu base e impedir o extremo de penetrar. Têm essa vantagem, eu não sou winger, jogo mais dentro. Mas temos bons argumentos e estamos com confiança. Queremos ganhar», reforça uma vez mais.

As palavras, vindas de um guerreiro, simbolizam ainda a excelente adaptação que Moore teve no Belenenses neste ano de estreia e, Portugal: «É um grupo fantástico. No balneário, dizemos piadas uns dos outros, rimo-nos, saímos juntos e estamos juntos. É incrível, temos um ambiente espectacular».

Jimmy é melhor jogador que eu

Jimmy, irmão de Reggie Moore, foi um jogador que se notabilizou há uns anos no Illiabum. Quando à comparação entre os dois Reggie não tem dúvidas: «O meu irmão é melhor jogador que eu. Fazia a diferença. Eu não olho para as estatísticas, fico contente quando sou nomeado para o Cinco da jornada e tudo isso, mas gosto é de ajudar a equipa».

«Tenho tido sorte que os meus colegas passam-me muitas bolas, mas também lhes passo, porque temos bons atiradores. Veja-se o caso do último jogo no Barreiro. Marquei poucos pontos, mas ganhamos. Isso sim, é importante, porque esta equipa quer lutar para vencer tudo».

Também José Couto mereceu rasgados elogios do pupilo norte-americano: «É um grande treinador, o melhor que já tive até agora. É trabalhador e sério. Lembro-me que quando cheguei, mais tarde que os outros, ele disse-me que queria que defendesse, ganhasse ressaltos e trabalhasse para o colectivo. É o meu coach favorito, sem dúvida».

No Jogo All Star de 2 de Janeiro, no qual Reggie integrou o cinco principal da Conferência Este após ter sido um dos jogadores mais votados pelos adeptos, a estrela do Belenenses apareceu com um novo visual: cabeça totalmente rapada. O que surpreendeu muita gente depois de cerca de duas semanas de paragem do campeonato devido às férias natalícias.

Mas não foi por superstição, nem aposta perdida. Moore referiu, jocosamente, que «o objectivo era acertar, mas alguma coisa correu mal quando estava a cortar no cabeleireiro e esta foi a única maneira de o pôr direito. Mas agora vou deixar crescer!»

Basket: Belenenses x Queluz


No próximo Domingo, dia 09, pelas 11h30, os Guerreiros Azuis recebem no seu, o Acácio Rosa, a equipa do Queluz Sintra Património Mundial, actual líder da Liga TMN.

A equipa da Linha de Sintra, venceu na última jornada, o CAB por 101–81, ocupando actualmente a 1ª posição da tabela classificativa da Liga TMN, com 11 jogos, 10 vitórias e apenas 1 derrota. O último jogo realizado pela equipa do Queluz, contou para a ULEB Cup, de onde acabou por sair derrotada após prolongamento, por 82-78, contra Elan Chalon, num jogo muito emotivo e disputado.

Por seu lado, a equipa do Belenenses, venceu o Barreirense na passada 4ª feira, 5 de Janeiro, por 80-91, num jogo em atraso referente à 8ª Jornada. Assistiu-se a um jogo ameno, com bons lances de basquetebol, onde o equílibrio dominou a 1ª parte da partida, e na 2ª parte sobressaiu a superioridade da equipa azul. Os Guerreiros ocupam a 2ª posição da tabela classificativa, dividindo o lugar com a equipa do Porto, contando ambas as equipas com 11 jogos, 8 vitórias e 3 derrotas.

No jogo que se segue, as duas equipas encontram-se motivadas e estão ambas a passar um bom momento de forma, pelo que se espera que nenhuma das equipas facilitar a vida ao adversário. Com bons jogadores em destaque a fazerem grandes exibições, espera-se uma partida emotiva e disputada até ao último segundo, com ambas as equipas a quererem a vitória, num jogo onde não há vencedores antecipados. Mas, acima de tudo, espera-se uma entrega total dos jogadores ao jogo e, no fundo, espera-se que nos proporcionem um bom espectáculo de basquetebol.

O Prof. José Couto lançou o repto na última conferência de imprensa no final do jogo contra o Barreirense “O que queremos neste momento é ganhar e chegar ao 1º lugar”! Desta forma, o belenensesbasket.com lança também um repto a todos os sócios, adeptos, amigos do clube e os amantes da modalidade, a estarem presentes no jogo mais importante da 12ª Jornada. Esperamos casa cheia, com adeptos de ambas as equipas a puxar e a apoiar pela respectiva equipa!

Aos Belenenses: vamos apoiar os nossos “Guerreiros” e mostrar que apoiamos os nossos jogadores em casa! Vamos torcer por eles e agradecer-lhes as alegrias que nos têm dado por envergarem a nossa camisola com tanto brio e orgulho. Eles agradecem o nosso apoio!!! O seu apoio é fundamental para a motivação dos nossos jovens jogadores e para a própria divulgação da modalidade! Como adeptos regulares e apoiantes da sua equipa, espera-se também uma grande “comitiva” apoiante por parte do Queluz, que se desloca sempre ao Acácio Rosa e enche as bancadas de azul e preto. Assim, e numa luta “ruidosa”, vamos esperar para ver qual das claques sai vencedora.

Caso não possa acompanhar os “Guerreiros” nesta jornada a contar para a Liga TMN, siga em directo e em exclusivo, com actualizações em cada 2 minutos, ao Live no site: www.belenensesbasket.com

Acompanhe a sua equipa em todos os jogos, em qualquer sítio, à distância de um click, através da internet!!!

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Fim-de-semana

08/01/2005 - 14:00
VOLEIBOL
Belenenses - AD Marista
12ª Jornada - Campeonato Inter-Regional Lisboa / Évora

08/01/2005 - 15:00
RAGUEBI
CDUP - Belenenses
11ª Jornada - I Divisão ( Grupo A )

08/01/2005 - 16:00
FUTSAL
Belenenses - AD. Fundão
II Eliminatória - Taça de Portugal

09/01/2005 - 11:30
BASQUETEBOL
Belenenses - Queluz
12ª jornada - LIGA TMN

09/01/2005 - 16:00
FUTEBOL
Belenenses - Gil Vicente
16ª jornada - SUPERLIGA

Basket: nova vitória


Os Guerreiros alcançaram mais uma vitória e estão agora empatados com o FC Porto na 2ª posição da Liga TMN. O ultimo jogo frente ao Barreirense no Pavilhão Municipal Luís de Carvalho, a contar para a 8ª jornada que se encontrava em atraso, acabou com o resultado de 80-91 a favor dos Azuis.

A crónica do jogo de quarta-feira, bem como algumas fotos e estatisticas estão disponiveis no site belenensesbasket.com.

O próximo adversário é a equipa do Queluz, lider da prova, com apenas uma derrota. O encontro disputa-se no domingo às 11:30.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Ressabiado

Augusto Inácio, por mais que tente demonstrar que não viveu o pesadelo da época passada, fez parte integrante de todo aquele pesadelo. A sua entrevista de Terça-Feira ao jornal A Bola, em que entre muitos outros aspectos fala da passagem pelo Restelo, mostra um treinador desiludido e que, concerteza, pouca confiança tem em si próprio. Se a sua vida foram os espinhos que brotaram das páginas do jornal, então realmente está à beira do abismo. Ele que no campeonato do Qatar, em 8 jogos empatou 4 e perdeu 4... e é ele na entrevista que se auto-define ao definir o campeonato do Qatar: "Se não forem estrelas, mesmo em final de carreira..."

Mas isso pouco importa, pois houve várias declarações azedas sobre a sua passagem pelo Restelo e portanto o Blog do Belenenses decidiu fazer um apanhado das suas declarações ao longo do triste período em que liderou a equipa do Restelo e confrontá-las com as declarações ilibatórias agora proferidas.

O Sr. Augusto Inácio pode desculpar-se como quiser. Mas eu nunca vou perdoar, quanto mais esquecer, duas atitudes suas: o treinador encostado ao banco, na meia final da Taça de Portugal na Luz, com a equipa a sofrer 3 golos de rajada e que estava com ar de quem tinha acabado de marcar 3 golos ; nem a anedótica actuação como treinador no jogo em Alverca, em que a sua gritante falta de inteligência poderia ter levado ao 2º golo dos Ribatejanos e à nossa descida de divisão.

Após esta introdução, vamos então confrontar declarações presentes e passadas:

"Pensei, então, que no mercado de transferências de Janeiro poderíamos equilibrar o plantel." - Obviamente, agora o plantel estava desquilibrado, apesar das 9 entradas em Janeiro.

"O Belenenses está atento e a administração tem-me dado um excelente apoio. É natural que possam surgir novidades nos próximos dias. Se o Andersson vem? Não sei se é o Andersson ou outro jogador. Não serei eu a falar de contratações, isso é um assunto que será a SAD a falar e a comentar as contratações. Mas é provável que esta semana possa surgir alguma coisa."
In Record – 25/01/04

"A equipa tem falta de rotina e às vezes uma vitória traz outro estado de espírito ao grupo de trabalho. Não é que não estejam bem, mas ajuda sempre. O sol tem brilhado no Restelo, mas não à equipa, onde as coisas têm estado algo cinzentas. Espero que a partir de agora seja diferente."
In Record – 11/02/04

"Ainda não produzimos o suficiente. Temos de jogar melhor para fazermos um resto de época tranquila."
In Record – 12/02/04

"O Belenenses luta para não descer, pelo que o objectivo era defender o melhor possível e tentar sair com um resultado positivo."
In Record – 06/03/04

"Desde que cá estou que tenho tido dificuldades para arranjar o mesmo onze, mas não utilizo isso como desculpa."
In Record – 17/03/04

Vieram jogadores novos, casos de Paulo Sérgio, Leandro, Ceará e Brasília, mas sem ritmo competitivo. (…) eu indiquei 4 ou 5, entre os quais o Emerson e o Andersson. (…) Não tive carne nenhuma para comer. Só tinha ossos e estavam ressequidos. Nem sequer havia uma pontinha de carninha para poder roer alguma coisa. - Seriam os jogadores que eram assim tão maus? Afinal, a conta do telefone do Mister aumentou para contratar jogadores maus? E a catadupa de elogios às exibições? Quem ler as análises à equipa, até pensa que lutámos pelo título...

"A conta do telefone vai aumentar», disse, ontem, Augusto Inácio, referindo-se ao «infindável número de contactos» que tem realizado, «sempre com o precioso apoio dos dirigentes do Belenenses», no sentido de tornar possível o reforço do plantel."
In A Bola – Janeiro 2004

"Os jogadores aprenderam depressa."
In A Bola – Janeiro 2004

"(…) é provável que o Belenenses possa reforçar-se com mais dois ou três jogadores. Se Kenedy pode ser um deles? Não vou falar em nomes. Ceará é o mais recente reforço."
In Record – 21/01/04

"As pessoas do futebol têm uma capacidade de adaptação fácil, pois todos nos conhecemos. A adaptação está a ser simples. Os primeiros dias têm sido muito bons. (…)Os jogadores têm aprendido depressa, mas não sei se a equipa será consistente durante noventa minutos. Não tivemos muito tempo para trabalhar."
In Record – 24/01/04

"Foi impecável a forma como nos apresentámos tacticamente. No estágio disse aos meus jogadores que na primeira parte seria importante enervar o Vitória de Guimarães, para depois, na segunda metade, lançarmos um ponta-de-lança. (…) Nesta altura só não estou inteiramente satisfeito porque, além de querer colocar o Belenenses numa posição tranquila, espero que o Vitória fique na SuperLiga."
In Record – 17/02/04

"Mais uma semana e resolveremos algumas situações, relacionadas com alguns jogadores [lesionados]. Ainda assim, isto não pode servir de desculpa para o que se fizer no jogo."
In Record – 12/03/04

"A verdade é que ninguém pode apontar nada aos jogadores. Eles lutaram e esforçaram-se."
In Record – 14/03/04

"Representamos um grande clube e por isso temos de honrar as camisolas. Por tudo isso, peço desculpa aos adeptos pela forma como jogámos."
In Record – 18/03/04

"A vitória é merecida e o Belenenses jogou bem."
In Record – 30/03/04

"Foi uma vitória muito importante e considero que foi mesmo um dos melhores jogos do Belenenses nesta época."
In Record – 26/04/04

"Eu queria utilizar o Rolando (…) mas o facto de ele ser estrangeiro era impeditivo." - O Gonçalo Brandão era jovem demais para a pressão a que a equipa estava sujeita, mas o Rolando não? Ou o Rolando impor-se-ia como esta época numa equipa em que até os mais experientes tremiam? Para além disso, poderia tê-lo inscrito em Janeiro...

"Estamos a desenvolver bastantes contactos. A nossa prioridade é dotar o grupo de mais soluções no meio-campo e na defesa, com jogadores portugueses ou comunitários. É que já temos seis extracomunitários [Sané, Antchouet, Brasília, Ceará, Leandro e Valdiram]. Até ao derradeiro minuto do prazo para inscrições, vamos tentar novas contratações."
In A Bola – Janeiro 2004

"Não é que não confiasse no Gonçalo Brandão, mas é muito jovem, e vínhamos de um mau resultado."
In Record – 29/02/04

"A minha imagem foi prejudicada pelo facto de termos perdido na derradeira jornada (…) Certo é que ficámos na Superliga! O Guimarães também perdeu em casa na última ronda e fez uma grande festa (…) As gentes do Belenenses, mesmo com a derrota, deveriam ter ficado contentes." - A imagem do Sr. Inácio é uma lágrima comparada com o Oceano que é a imagem do Belenenses. Estas afirmações são uma afronta ao clube e seus adeptos. Nunca tive tanta vergonha de ser adepto do Belenenses como quando pedi desculpa a tantos amigos que foram apoiar o meu Belém e no final olhavam para mim com pena e nada diziam. O público no Restelo teve a atitude mais correcta que poderia ter e que nunca esquecerei: 10 segundos de aplausos pelo final do jogo do Moreirense e 4 minutos de inferno de assobios até acabar o nosso jogo. E nunca hei-de esqueçer quem foi a meia-dúzia de jogadores que se dignou agradecer o apoio do público.

"As equipas estão moralizadas porque ganharam, na última jornada. Ainda assim, temos uma boa oportunidade para continuarmos na senda das vitórias. A Académica tem valor, contudo jogamos em casa e estamos a subir de rendimento. Começa a notar-se que o conjunto está mais confiante e, por isso, temos de aproveitar para somar mais três pontos."
In Record – 21/02/04

"O Belenenses, se jogar taco a taco, vai perder o jogo."
In Record – 04/03/04

"Continuo a acreditar que podemos ficar na SuperLiga. Já tinha dito, após o jogo com Gil Vicente, que vai ser difícil conseguir a manutenção. Todavia, dependemos só de nós."
In Record – 06/04/04

"Os profissionais do Belenenses e do Beira-Mar não vão ter Páscoa, nem vão poder passá-la com a família e amigos. Só esperamos que as amêndoas não estraguem os dentes daqueles que marcaram o jogo para segunda-feira."
In Record – 11/04/04

"A administração tem facilitado a entrada dos nossos simpatizantes nos jogos, o que nos dá maior alento, pois ninguém gosta de jogar num estádio vazio. (…). Esta gente não merece sofrer tanto. Ainda assim, não têm feito muita pressão aos nossos jogadores, atitude que é de louvar e é muito importante para trabalharmos com tranquilidade."
In Record – 17/04/04

"Já tive uma experiência destas há três anos, em Guimarães, pois foi no último jogo que o Vitória se salvou. Eu sei o que isto traz para o interior e para o exterior. Sei as dúvidas que ficam no ar em relação ao início da partida, mas não admito outro resultado a não ser a vitória do Belenenses."
In Record – 08/04/04

"Nós não jogávamos bem porque não existia muita qualidade, era tudo na base da raça. Não souberam dar valor ao esforço que foi feito. (…) Tenho simpatia pelos adeptos do Belenenses, mas não estavam elucidados sobre os problemas que vivemos." - Raça??? Alguém via raça? Eu vejo Moreirenses, Paços ou Varzins a lutar com unhas e dentes. Vi o Belenenses a arrastar-se. Vi um treinador conformado e com opções ridículas (do género de estar a perder e tentar ganhar tirando defesas e pondo avançados)?

"Para Inácio, o mais importante para o futuro do Belenenses é "manter esta atitude". "Os jogadores do nosso meio-campo tinham poucos minutos e, se pudesse, tinha feito seis e não três substituições. Mas os jogadores responderam muito bem à chamada e se continuarmos com esta atitude é meio-caminho andado para encarar o futuro com confiança, em relação ao calendário que temos."
In Record – 02/01/04

"Devemos respeito ao clube, à nossa profissão e aos adeptos. Os atletas vão ter de dar uma imagem completamente diferente da que passaram na última partida."
In Record – 27/02/04

"Para uma equipa que vinha de uma pesada derrota como a que aconteceu diante da Académica, o grupo mostrou uma boa atitude, deu uma imagem completamente diferente da que tinha deixado na derradeira jornada, mostrando-se uma equipa organizada e compacta. Por tudo isso, fomos os melhores em campo."
In Record – 29/02/04

"Temos de sentir pressão. O Nacional vai ter uma pressão mais positiva. O Belenenses vai sentir essa situação, em virtude dos pontos que tem. No entanto, isso não invalida mais ou menos cabeça, nem uma atitude correcta para ganhar o jogo."
In Record – 12/03/04

"Até eu fiquei surpreendido pela postura dos jogadores: entregámos a final ao Benfica. (…) A equipa entrou amorfa e desconcentrada."
In Record – 18/03/04

"O Belenenses está mais compacto, mais unido e mais rigoroso."
In Record – 04/04/04

"Se vencermos em Alverca, acredito que garantimos praticamente a manutenção."
In Record – 13/04/04

"Este ano, 34 pontos dão para a manutenção. E estou convencido que vamos somar bem mais que isso."
In Record – 17/04/04

"Projectei o trabalho com a ideia que ficaria mais um ano no Belenenses. (…) Culparem-me pelos resultados menos bons após uma temporada em que o clube teve 3 treinadores…" - Manuel José é o Judas e grande culpado, inegável. Bogicevic foi uma vítima que deixou o Restelo tratado vergonhosamente pelo nosso clube e com lágrimas nos olhos e declarações muito bonitas que alguém que destila ódio como Inácio nunca poderá ter. Inácio teve a sua culpa e ao aceitar o desafio deveria ter medido o risco. Não o mediu, não percebeu que não tinha competência para o aceitar, agora que aguente as consequências.

"Inácio começou por agradecer o convite, salientando : "O Belenenses é um grande clube e não o afirmo por simpatia, mas sim por esta manifestação dos adeptos. Há que respeitar o trabalho das pessoas que passaram por aqui."
In Record – 21/01/04

"No final dos 90 minutos, a haver um justo vencedor, teria sido o Estoril, pois foi a melhor equipa" assumiu Augusto Inácio, explicando: "A nossa primeira parte foi boa e bem jogada. Já sabia que o Estoril tinha um bom conjunto, pelo que não fiquei surpreendido com a sua atitude. Contudo, no segundo tempo merecia vencer. Teve muito azar."
In Record – 12/02/04

"Há quem queira que eu seja despedido, e isto de acordo com os comentários da Sport TV. Mas quero dizer-lhes que vou ficar até ao final da época."
In Record – 14/03/04

"O Presidente disse, na minha apresentação, que tinha acabado a época da asneira." - Prolongou-se, a época da asneira prolongou-se até ao final da temporada. O Inácio foi mais uma grande asneira.

"Sei que estou num clube rodeado de gente responsável e muito boa. Foi, talvez, dos clubes que mais me deixaram trabalhar com esta tranquilidade e com uma estabilidade interna muito grande. O que desejo é que a equipa consiga permanecer na SuperLiga e tenho a certeza absoluta de que o Belenenses, na próxima época, vai fazer um grande campeonato. As bases e os alicerces são bons."
In Record – 04/04/04

"(…) as pessoas não foram justas comigo. No meu currículo não constará a descida de divisão do Belenenses." A obsessão pelo seu currículo roça o saloio. Mais uma vez não consegue perceber a sua dimensão ao lado de um clube como o Belenenses. Não é no seu currículo que não constará a descida. É, muito mais importante, no do Belenenses, que é infinitamente mais glorioso.

"Vamos jogar fora, o que dificulta, mas se fosse no Restelo também seria complicado. Não nos atemoriza termos como adversário o Benfica, e vamos tentar seguir em frente para darmos uma grande alegria aos nossos adeptos."
In Record – 21/02/04

"Agora estamos na luta pela sobrevivência."
In Record – 14/03/04

"Não vamos entrar como se tivéssemos perdido. E, como não temos capacidade para combater no campo inteiro, vamos jogar em contra-ataque para podermos vencer e chegar à final da Taça."
In Record – 17/03/04

"Pressão existe em todos os aspectos e faz parte da nossa vida. Se isso assusta, então têm de mudar de profissão. Nesta altura esperava ter mais pontos e não estar tão aflito."
In Record – 24/04/04