terça-feira, janeiro 25, 2005

O autocarro azul

Domingo à noite, depois de jantar, enfiei-me no carro com o Pedro Cruz e fomos até ao Aeroporto de Lisboa esperar a equipa do Belenenses que chegava do Funchal às 22:30. Havia entrevistas para fazer para o Jornal do Belenenses, que sai no próximo fim de semana, nomeadamente aos 3 reforços de Janeiro. Esperámos mais de uma hora, e eis que por fim chegam os jogadores, que tantas e tantas vezes aplaudimos, e tantas e tantas vezes insultamos (mea culpa)...

Esperava entrevistar pelo menos 1 dos 3 jogadores no Aeroporto, e ir depois até ao Estádio onde entrevistaria os outros dois. No entanto, deram-me uma oportunidade única e inesquecível: partilhar o autocarro com os jogadores do Belenenses e fazer as entrevistas no caminho até ao Estádio! Facilmente compreendem a minha alegria. E quando entrei no autocarro e pedi autorização ao treinador para entrevistar os jogadores durante a viagem, fiquei com uma dúvida tremenda. Será que ele imagina o que digo sobre as suas indecisões e decisões? Será? Ele deixou, ainda bem.

No autocarro entrevistei primeiro o Paulo Sérgio, e depois o Catanha. Se o Paulo Sérgio é um "miúdo" que fez ontem 21 anos (parabéns!), Catanha é a antítese. Um verdadeiro senhor. Já no Restelo, entrevistei Rui Ferreira, que se revelou de uma simpatia extrema e que me surpreendeu pela forma apaixonada com que fala do Belenenses e quer saber mais e mais sobre o clube.

São 3 entrevistas claramente distintas: se Paulo Sérgio tem o optimismo próprio da idade, Catanha tem o saber estar e experiência que uma carreira recheada lhe proporcionaram. E Rui Ferreira, meus amigos, foi a verdadeira surpresa. Tomara muitos nas bancadas terem a vontade que as palavras que trocámos manifestaram. E olhem que ele foi crítico com a bancada.

Mas, como já sabem, a conversa com Catanha foi muito especial, particularmente quando percebi que a sua passagem de 6 meses pelo Belenenses em 96 não foi um episódio isolado na sua vida. Catanha lembra-se perfeitamente de tudo o que aconteceu nessa época, jogo a jogo, lance a lance.

Concluíndo, Paulo Sérgio é um Aprendiz, Catanha um Mestre e Rui Ferreira um verdadeiro Guerreiro. Convido-os a ler as entrevistas no próximo Jornal do Belenenses, que sai já neste fim-de-semana e podem encontrar na Loja Azul ou nas Relações Públicas.

Sem comentários: