sábado, janeiro 08, 2005

Reggae no Restelo

Entrevista publicada no Site da LCB.

Reggie Moore chegou, viu e venceu. O extremo/poste do Belenenses Montepio Studio Residence tem comprovado que o nome de família Moore, significa êxito. Depois do irmão Jimmy — «é melhor jogador que eu» — ter deixado saudades em Portugal, Reggie tem mostrado talentos que se encaixam como uma luva no xadrez de José Couto: defesa, eficácia e espírito de equipa são alguns dos seus visíveis atributos e razões porque os homens do Restelo ocupam já a terceira posição na tabela classificativa da Liga TMN em igualdade com o segundo.


O confronto matinal — 11h30 de domingo — que opõe o Belenenses ao líder da Liga TMN, Queluz Sintra Património Mundial, é sem dúvidas o prato forte da ronda. Apesar de uma derrota não significar que os comandados de Alberto Babo percam a liderança do campeonato, frente a frente irão estar duas das mais fortes formações da Liga e com ambas a atravessarem excelentes momentos de execução.

Para vencer, e aproximar-se do líder, Reggie Moore tem já a receita certa da sua equipa: «Temos de jogar duro e ser inteligentes. Ofensivamente temos de ser mais eficazes, porque eles defendem muito bem. Mas nós temos valor, temos melhorado a cada dia, e vamos dar tudo para ganhar».

Do Queluz, o extremo/poste só tem elogios: «Defendem muito bem, têm uma equipa bastante compacta. Temos de neutralizar o seu base e impedir o extremo de penetrar. Têm essa vantagem, eu não sou winger, jogo mais dentro. Mas temos bons argumentos e estamos com confiança. Queremos ganhar», reforça uma vez mais.

As palavras, vindas de um guerreiro, simbolizam ainda a excelente adaptação que Moore teve no Belenenses neste ano de estreia e, Portugal: «É um grupo fantástico. No balneário, dizemos piadas uns dos outros, rimo-nos, saímos juntos e estamos juntos. É incrível, temos um ambiente espectacular».

Jimmy é melhor jogador que eu

Jimmy, irmão de Reggie Moore, foi um jogador que se notabilizou há uns anos no Illiabum. Quando à comparação entre os dois Reggie não tem dúvidas: «O meu irmão é melhor jogador que eu. Fazia a diferença. Eu não olho para as estatísticas, fico contente quando sou nomeado para o Cinco da jornada e tudo isso, mas gosto é de ajudar a equipa».

«Tenho tido sorte que os meus colegas passam-me muitas bolas, mas também lhes passo, porque temos bons atiradores. Veja-se o caso do último jogo no Barreiro. Marquei poucos pontos, mas ganhamos. Isso sim, é importante, porque esta equipa quer lutar para vencer tudo».

Também José Couto mereceu rasgados elogios do pupilo norte-americano: «É um grande treinador, o melhor que já tive até agora. É trabalhador e sério. Lembro-me que quando cheguei, mais tarde que os outros, ele disse-me que queria que defendesse, ganhasse ressaltos e trabalhasse para o colectivo. É o meu coach favorito, sem dúvida».

No Jogo All Star de 2 de Janeiro, no qual Reggie integrou o cinco principal da Conferência Este após ter sido um dos jogadores mais votados pelos adeptos, a estrela do Belenenses apareceu com um novo visual: cabeça totalmente rapada. O que surpreendeu muita gente depois de cerca de duas semanas de paragem do campeonato devido às férias natalícias.

Mas não foi por superstição, nem aposta perdida. Moore referiu, jocosamente, que «o objectivo era acertar, mas alguma coisa correu mal quando estava a cortar no cabeleireiro e esta foi a única maneira de o pôr direito. Mas agora vou deixar crescer!»

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