quarta-feira, fevereiro 09, 2005

ELEIÇÕES – ALGUNS NÃOS (1)

Artigo da autoria de Eduardo Torres

Desdobrando um pouco o artigo que há dias escrevemos, com o título “Eleições – Refrescando a Memória”, gostaríamos de explicitar algumas coisas que NÂO gostaríamos de ver (repetidas) nas próximas eleições do Belenenses. Fá-lo-emos numa série de pequenos artigos, que hoje começamos...

Não gostaríamos que as listas (ou pelo menos, todas as listas) candidatas apresentassem um manifesto eleitoral cheio de afirmações vagas e pouco ou nulamente justificadas. É o que, infelizmente, sempre tem acontecido até agora. Os projectos (se é que de projectos se pode falar...) que, em todas as eleições passadas, foram apresentados, pouco se distinguiam entre si; estavam cheios de lugares-comuns; nunca foram portadores de verdadeiro élan clubístico, não transmitiram entusiasmo, não deram nenhuma razão válida para acreditarmos num futuro melhor.

Desejo que, ao menos uma das listas que se candidatarem às próximas eleições, apresente um verdadeiro programa eleitoral, que seja:

* Bem Escrito.
* Transmissor de entusiasmo clubístico.
* Coerente.
* Sem declarações vagas, genéricas, politicamente correctas mas que nada definem, nada adiantam, nada clarificam.
* Com objectivos claramente definidos – isto é, o que se quer atingir, porque se quer atingir e quando se julga poder atingir, e com base em que opções e escolhas (como os meios não são ilimitados, nem somos omnipotentes, a conquista de certos objectivos, implica menos investimento, financeiro e humano, em outros possíveis objectivos).
* Fundamentado – isto é, explicando o como, de que forma, por que caminhos serão alcançados os objectivos propostos.

Menos do que isto, considero insuficiente e insusceptível de nos dar uma base de confiança. Em resumo: que os propósitos das listas sejam claros, coerentes e bem explicadinhos. Que não deixem duvidas quanto as estas perguntas: O Quê? Porquê? Como? Quando? Como sócios, devemos ter essa exigência. È que, de noite, todos os gatos são pardos. E acho que não devemos votar com base em acreditar (sabe-se lá no quê...) mas, sim. em compreender.

Sem comentários: