sábado, fevereiro 19, 2005

Raiva!


É uma raiva imensa, tudo o que tenho para partilhar. É uma tristeza profunda, que me ecoa nas raízes da alma e ressoa na cabeça, afogada no ribombar de trovões de revolta. É pensar que não vale a pena. É não acreditar e acreditar que tudo pode ser ainda diferente e tudo há-de mudar. Raiva, só raiva, porem tanta...

Hoje tive aquela que foi talvez a derrota futebolística mais difícil de "engolir" da minha vida. Tivemos o campeão do mundo à nossa mercê, mas não soubemos (e Carvalhal não quis) ser cruéis e estraçalhar aquele amontoado de jogadores de 2ª linha que juntos formam uma equipa de 2ª Divisão. Entrámos bem, mas tivemos medo. Porque se o Porto a partir de meio da 1ª parte controlou o jogo, esse controlo dava-se com trocas de bola entre os centrais e balões para a frente. Ao intervalo Carvalhal tinha de ser corajoso e tentar ganhar o jogo. Fosse tirando o estapafúrdio Petrolina (tens 10 colegas em campo amigo, que tal passar a bola?) e colocando Neca (mais uns minutinhos para deixar saudades), ou colocando Neca, Catanha ou Rodolfo Lima no lugar do esforçado, mas absolutamente nulo, Paulo Sérgio.

Mas Carvalhal esperou para ver... e viu o golo do Porto. A partir daí, até devo admitir que as substituições foram coerentes, apesar de hoje o Zé Pedro até estar a fazer uma boa 2ª parte e quem deveria saír era Juninho. Enfim... hoje não posso criticar Carvalhal, apesar de lhe pedir mais audácia. Com mais audácia podíamos ter goleado esta equipa menor que a jogar assim há-de perder por 4 ou 5 com o Inter de Milão.

E depois meus amigos, o que verdadeiramente me dói cá dentro, o árbitro encarregou-se do resto: cartões por tudo e por nada para os jogadores azuis e uma condescendência imensa para com os do Porto, nomeadamente Quaresma que agrediu Amaral e viu somente amarelo. Se aquela entrada é para amarelo, como é possível o Antchouet ter sido suspenso 2 jogos por uma entrada muito menos violenta? Sumaríssimo?...

E há depois um penalty que só não é marcado porque este é mais um dos árbitros corruptos que nos têm calhado em sorte (ou azar, ou nomeação, whatever). Depois do que vi em Leiria, não lhes dou mais o benefício da dúvida. Desejo sinceramente que sejam todos presos e sofram o máximo possível. Se a minha dor é imensa, desejo que a deles seja inexprimível por palavras.

Estou farto disto. Fartíssimo. Não sei o que faça: se ainda tenho forças para lutar, ou se me entrego a outras lutas. Não estarei, eu e todos os Belenenses, a lutar contra moínhos de vento? Valerá a pena?

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