sábado, abril 30, 2005

Levados ao colo...

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Quase 24 horas volvidas sobre o jogo de ontem, ainda me é difícil exprimir por palavras o descontentamente que me (nos) invade a alma perante um (mais um...) roubo de igreja. Foi de facto muitíssimo mau e simultaneamente muitíssimo evidente o que aconteceu no Estádio da Luz: o árbitro da partida, perante a incapacidade do Benfica em chegar à baliza do Belenenses, resolveu assinalar uma patética grande penalidade, a castigar pretensa (mas inexistente) mão na bola de Amaral.
Ninguém poderá dizer que o penalty foi bem assinalado. A não ser alguns membros mais histéricos dos tais 14 milhões, para quem os fins justificam amplamente os meios. O campeonato está ganho, meus senhores. Não se preocupem que há muito tempo que ninguém disso tem dúvidas.
O que lamento é que o Belenenses esteja no epicentro de mais uma vergonha do futebol português. Alguém escreveu um dia, num conhecido blog futebolístico, que o Belenenses é sem dúvida a mais prejudicada equipa dos sucessivos campeonatos há muitos anos. E alguém duvida que assim seja?
Mais: esta semana estaremos nas bocas do mundo. Representantes da máfia tripartida acusar-se-ão entre si, tentando descobrir qual o mais beneficiado ao longo destas primeiras 31 jornadas de campeonato. O problema é que ninguém se irá lembrar que só à conta dos jogos com estas 3 equipas o Belenenses já perdeu uns bons 6 ou 7 pontos... pontos que, se estivessem do lado de cá, nos permitiriam estar a lutar pela UEFA e, quem sabe, pela Liga dos Campeões.
Estou farto deste negócio a que alguns ainda chamam "futebol". Mas por amor ao Belenenses não vou baixar os braços e dentro das minhas modestas possibilidades farei o que estiver ao meu alcance para dar mais força ao Belenenses! Não me rendo a esta fatalidade mafiosa... e vocês?

Rugby: tarde em azulão!!!

Seniores

A nossa equipa de Seniores conquistou esta tarde a primeira vitória na Final Four do Nacional da modalidade, ao bater a formação do Benfica por 34-22. Esta vitória valeu ainda a conquista da Taça Eng.º Pinto Magalhães, troféu específico do Rugby no âmbito da I Taça Cidade de Lisboa.

Começou melhor o Belenenses, alcançando logo nos minutos iniciais da partida um ensaio e respectiva conversão. Os azuís tentavam sacudir a pressão encarnada para o meio de campo adversário, mas foi precisamente na luta pela bola que os homens da Sobreda acabaram por alcançar 6 pontos (fruto de duas penalidades), reduzindo para 7-6.

Na bancada começavam-se a ouvir os primeiros desabafos relativamente à falta de sorte da nossa equipa... Todavia, dentro das quatro linhas os nossos jogadores responderam com um magnífico ensaio, não convertido devido ao forte vento que soprava contra. era o 12-6.

Ao intervalo, e após mais uma penalidade convertida pelo 10 benfiquista, o resultado encontrava-se fixado em 12-9 para os do Restelo.

A segunda parte inicia-se com um excelente dropped goal da nossa equipa (o Belenenses obteria 9 pontos com 3 pontapés destes, a entrarem entre os postos do Benfica).

Todavia, e quando tudo parecia correr de feição ao Belém, o n.º8 Valter Jorge veria o amarelo, reduzindo temporariamente a nossa equipa a 14 jogadores. O Benfica obteria então 6 pontos (duas penalidades) e um ensaio convertido, passando para a frente do marcador (18-22).

Com a nossa equipa novamente completa, alguém fez soar o despertador e em apenas 5 minutos o Belenenses obteve 16 pontos: dois ensaios e dois bonitos dropped goals, que fixariam o resultado final em 34-22.

Com a vitória e o ponto bónus (por ter alcançado o 4º ensaio) o Belenenses aproxima-se do Benfica, deixando em aberto a luta pelo 3º lugar para o próximo fim de semana (o Belém vai à Tapada, defrontar o Agronomia, enquanto que os encarnados têm pela frente a equipa do GD Direito).

60 anos depois da primeira conquista do rugby azul (Campeões de Lisboa 1944/45), o Belém volta a erguer uma Taça alusiva à Cidade. Parabéns, rapazes! E já agora, mantenha a excelente atitude na próxima semana, na Tapada!

Juvenis

A nossa equipa de juvenis recebeu no Jamor a formação do CDUP, vice-campeã nacional da categoria, em partida a contar para as 1/2 finais da Taça de Portugal. Os nossos campeões dominaram toda a partida e venceram facilmente por 25-5. Desta forma, o nosso clube poderá comemorar no próximo sábado a "dobradinha". A final disputa-se pelas 16 horas.
O nosso adversário será encontrado amanhã e será uma de duas equipas: a Académica de Coimbra ou o Belas.

sexta-feira, abril 29, 2005

Rugby: vencer um "dois em um"!



O Belenenses recebe esta tarde de sábado, dia 30 de Abril, a formação do Benfica, em jogo a contar para a 5ª jornada da fase final do Nacional da modalidade. Esta partida, que vale pontos para a classificação das duas formações (ambas afastadas da luta pelo título), tem todavia um motivo de interesse extra: é que o jogo funcionará simultaneamente como partida a contar para a Taça Cidade de Lisboa, que nesta modalidade se chama "Taça Eng.º Pinto Magalhães".

Recorde-se que na primeira volta da Final Four, o Belenenses foi derrotado na Sobreda. Todavia, dias antes, num jogo a contar para a Taça de Portugal, o Belém havia vencido o Benfica no Restelo por 23-12. Prevê-se por isso uma partida equilibrada.

A partida terá início às 15:30 horas no Relvado n.º2 do Complexo do Restelo.

Taça de Portugal

Segundo notícia publicada no site da FP Rugby, o sorteio dos 1/4 final da competição terá lugar no próximo dia 2 de Maio, pelas 17 horas, na Universidade Lusófona. O Blog do Belenenses acompanhará este processo, informando logo que possível o resultado do sorteio.

Na categoria de Juvenis, o Belém enfrenta amanhã pelas 14 horas a formação do CDUP, em partida a contar para as 1/2 finais da prova. Recorde-se que há duas semanas as mesmas equipas encontraram-se na final do nacional, tendo então a vitória sorrido ao Belenenses por 17-10, num jogo todo ele dominado pelos azuís.

Vamos à Luz... fazer curto-circuito?

No próximo Sábado o Belenenses desloca-se ao Estádio da Luz, numa altura em que faltam apenas 4 jornadas para o final daquele que é, talvez, o campeonato mais disputado de sempre. Preparamo-nos, pois, para defrontar o primeiro classificado e equipa que mais próxima está de conquistar o título que lhe foge há já mais de uma década. Por mim, Belenense a 100%, é-me perfeitamente indiferente quem vença o campeonato, já que só ficaria feliz se visse o Belenenses em primeiro. Assim sendo, não me interessa minimamente se o campeão é A ou B. Agora, o que me interessa, e muito, é pelo menos estragar a festa de alguém. Viva o fair-play e o desportivismo, mas eu não gosto de ser o “bombo da festa”. Portanto, não quero ser o “bombo da festa” na Luz.

Ou seja, quero ardentemente ir à Luz e sair de lá com uma vitória, lançar o Benfica novamente para “a molhada”, saber que não é à nossa custa que se fabrica o campeão e se, no fim da época, à custa de outros o Benfica for campeão, então os meus parabéns e fica a desilusão por não ter sido o Belém o campeão.

Sei que vamos jogar contra um estádio cheio de adeptos sedentos de vitória, feridos no orgulho por anos e anos de desnorte e derrotas sucessivas. Sei que, provavelmente, teremos de jogar contra 11 em campo ajudados por mais uns quantos. Tenho a perfeita noção que após os resultados desta última jornada, o estádio estará ao rubro. Cabe-nos então a nós calá-lo.

Mas também tenho a perfeita convicção que toda esta onde de euforia nas hostes encarnadas pode, e deve, jogar a nosso favor. Aliada à euforia, vive a pressão e o medo de morrer na praia. Veja-se este último jogo do Benfica com o Estoril no Algarve (???) e a completa desorientação que varreu o nosso próximo adversário. Resta-nos, portanto, ir jogar à Luz com a categoria que a espaços dilatados mostrámos ao longo deste campeonato, sem qualquer pressão a nível classificativo (infelizmente) e mostrar ambição.

Há que incutir nos jogadores esta vontade louca que os adeptos azuis têm de estragar a festa encarnada. Ao contrário do que a imprensa gosta de fazer passar, a verdade é que os adeptos azuis são-no integralmente, e poucos são aqueles que têm um “segundo clube”, expressão que caracteriza gente com pouca capacidade de resistir na adversidade de forma a saborear a 100% a glória.

Peço, portanto, aos jogadores azuis, que nos deixem saborear um segundo de glória nesta longa caminhada de adversidade. Porque as paixões, por mais adversas que sejam, têm de ser alimentadas. E a paixão por um clube, alimenta-se com vitórias. Não contra o Benfica, mas pelo BELENENSES!

quinta-feira, abril 28, 2005

Futebol juvenil: agenda do fim de semana

Juniores
Sábado, 30/4: Sporting - Belenenses (16h, Alcochete)

Juvenis A
Domingo, 1/5: Belenenses - Corroios (11h, Restelo 2)

Juvenis B
Domingo, 1/5: 1º Dezembro - Belenenses (11h, Sintra)

Iniciados A
Domingo, 1/5: Belenenses - Oeiras (11h, Restelo 3)

Iniciados B
Domingo, 1/5: Belenenses - Odivelas (9:30h, Restelo 3)

Guerreiros???

É certo que a sorte não esteve do nosso lado. É certo que os argumento$ da Oliveirense são outro$ e que jogadores como Huffman fazem de facto a diferença (os últimos resultados na Liga TMN demonstram bem a influência deste jogador na equipa). É certo que Reggie não se encontra bem - ainda recupera de uma lesão no tornozelo - e que isso condiciona bastante a eficácia ofensiva da equipa. Mas... será esta a equipa dos Guerreiros?

Tudo correu mal. A começar pela falta de eficácia no ataque e pela perda total na luta das tabelas. O jogo exterior foi quase nulo (com excepção daquele início de segunda parte, com Reggie Moore e sobretudo Paulo Simão a fazer-nos acreditar novamente) e na defesa estivemos simplesmente... enfim, como dizer? A dormir?

A Oliveirense ganhou e ganhou bem. Aliás, esta partida era uma final e não é a derrota que me choca. É a atitude...

Ao Belém resta concentrar-se nos Play-off contra o campeão nacional em título, o FC Porto. E talvez por isso se possa "sacar" desta derrota alguma coisa. Talvez José Couto aproveite para (re)lembrar a esta equipa a atitude do ano passado. É que o Porto é um verdadeiro All-Star, comandado por um cavalheiro chamado Heshimu Evans, e se jogarmos como fizemos nos últimos 3 jogos... só jogaremos mais 3 no play-off...

Eu acredito que é possível lutar com muito mais empenho. Que é possível conseguir maiores índices de concentração. Que os nossos jogadores são muitíssimo melhores do que aquilo que mostraram hoje. Só espero que eles acreditem também...

Parciais do Jogo:
11-19 / 26-46 (15-27) / 47-61 (21-15) / 62-77 (15-16)

Os comentadores da SportTV

Desta vez não os acusarei de falta de imparcialidade. Não foram parciais.

Vou apenas dizer que a SportTV continua a apostar em comentadores que das duas uma: ou não percebem nada das modalidades ou se preparam muitíssimo mal para o desempenho das suas funções.

Desta vez foi Carlos Barroca, o comentador habitual da NBA e do basquetebol nacional. A quantidade de disparates foi debitada a tal velocidade que a dada altura tirei o som à TV. Barroca conhece a modalidade, pelo que apenas por falta de empenho na preparação da emissão a coisa correu tão mal. E provou desconhecer quase totalmente a nossa equipa, os nossos jogadores e as suas características.

Escasseia a paciência para os comentadores recrutados pela SportTV para as diversas modalidades. Safa-se António Aguilar, do Rugby. Que bom é quando quem comenta as partidas conhece os jogadores, as regras, os esquemas de jogo, o contexto e a envolvência das competições...

Basquetebol: Final 8 começa esta 5ª!



A equipa do Belenenses inicia esta 5ª feira a luta pela conquista da Taça de Portugal de Basquetebol, defrontando a forte formação da Oliveirense na primeira partida desta fase da competição. O jogo terá início às 18:15h, em Tondela, e contará com transmissão em directo através do canal Sport TV. O site belenensesbasket.com efectuará, como habitual, o acompanhamento LIVE da partida.

O calendário da competição é o seguinte:

28 de Abril
18:15 – Belenenses vs Oliveirense
20:15 – Ginásio vs Queluz

29 de Abril
17:15 – Ovarense Aerosoles vs Barreirense
19:15 – Benfica vs CAB Madeira

30 de Abril
13:30 – 1ª Meia Final
15:30 – 2ª Meia Final

01 de Maio
18:05 – Final

quarta-feira, abril 27, 2005

Pólo-Aquático: a desorganização continua...



A ronda de encerramento do Nacional da 1ª divisão de Pólo-Aquático ficou marcada por mais um caricato episódio bem revelador do estado de desorganização a que chegou a Federação Portuguesa de Natação - entidade de tutela a modalidade. Assim, na partida que colocava frente a frente a nossa equipa e a formação alentejana da AMINATA apenas compareceu um dos árbitros indicados pela FPN, facto de inviabilizou a realização da partida.

Recorde-se que já na partida realizada no Restelo, frente ao CPN (Porto), a falta de árbitros obrigou as partes envolvidas a ir buscar a solução à piscina do Jamor, onde se disputava uma partida da 2ª divisão...

A eleição de novos corpos dirigentes na FPN e a entrega do Pólo Aquático à Associação de Natação do Norte de Portugal começa a dar os seus frutos. Será intenção da Federação acabar com o Pólo no nosso país, ou simplesmente com o Pólo a sul do Douro???

Liga TMN: Balanço de uma temporada



No final de mais uma longa fase regular da Liga TMN, e apurada que está a nossa equipa para os “Play-off”, importa fazer um balanço do trabalho realizado e dos resultados alcançados, tendo em conta os meios disponíveis, as expectativas criadas e o desempenho da equipa ao longo da temporada.

O Belenenses Montepio Studio Residence terminou a temporada na 6ª posição, com 18 vitórias e 14 derrotas (56.3%). Trata-se de um resultado abaixo do alcançado na temporada anterior (20 vitórias, 12 derrotas e 62.5%) mas claramente acima das épocas anteriores a 2003/4 (nos três anos anteriores a maior percentagem alcançada pelo Belenenses na Liga havia sido 25.0%).

As razões de um resultado mais fraco são diversas, não residindo exclusivamente no Restelo e no desempenho da formação azul. Todavia, o objectivo fundamental da fase regular – o apuramento para o Play-off – foi alcançado.

Importa recordar que, contrariamente a outras formações que connosco disputam a Liga, o Belenenses não dispõe de um orçamento que lhe permita alinhar com um verdadeiro batalhão de jogadores estrangeiros. Isso torna a nossa equipa a mais portuguesa de entre as equipas que irão disputar o título nacional, dado que importa valorizar no contexto do basquetebol profissional nacional.

A gestão criteriosa do orçamento ao dispor dos nossos Guerreiros foi aliás demonstrada recentemente com a dispensa do internacional canadiano Keith Vassel, reforço desta fase final da fase regular. Vassel, jogador com provas dadas no seu país de origem e também noutras ligas europeias, não demonstrou ser o jogador de que o Belém necessitava para esta fase final.

Do ponto de vista colectivo, a equipa do Belenenses revelou-se mais homogénea, com vários jogadores a rodar no 5 inicial e a serem utilizados durante largos minutos durante as partidas da Liga. Assim, 10 dos 12 jogadores do plantel (descontados Keith Vassel, que teve uma passagem muito rápida pelo Restelo, e Valter Sargento, que nunca alinhou durante toda a temporada) têm médias de utilização iguais ou superiores a 10 minutos. Importa ainda ter em conta que apenas 3 jogadores do plantel (o base Nuno Perdigão, o MVP Reggie Moore e Luís Costa) ultrapassam a barreira dos 30 minutos, o que revela a rotatividade imprimida por José Couto.

A análise do desempenho da equipa ao longo das 32 jornadas da Liga permite-nos verificar o seguinte: o Belenenses inicia melhor os jogos, terminando-os em quebra. Assim, a nossa equipa venceu 59.4% dos 1º períodos (19), 53.1% dos 2º e 3º períodos (17) e 43.8% dos 4º períodos (14). Globalmente, e descontados os períodos correspondentes a prolongamentos, o Belém venceu 67 período num total de 128 possíveis (52.3%).

No que diz respeito a pontos marcados e sofridos, o desempenho é o seguinte:

1º Período – 700 / 633 – saldo: 77 pontos
2º Período – 628 / 624 – saldo: 4 pontos
1º Período – 664 / 609 – saldo: 55 pontos
1º Período – 723 / 722 – saldo: 1 ponto

Total marcados: 2715*
Total sofridos: 2588*

* Os pontos marcados e sofridos em prolongamentos não se encontram contabilizados.

Estes dados estatísticos, ainda que importantes, não são por si só demonstrativos da eficácia da equipa uma vez que o contexto específico de cada jogo e a relação entre parciais verificados em cada partida, determinam vitórias e derrotas. Assim, nem tudo no basket se resume a estatísticas.

A nossa equipa foi obrigada a disputar prolongamentos nas partidas contra Aveiro Basket (7ª jornada, fora) e contra Barreirense (24ª jornada, casa), tendo perdido o 1º encontro e vencido o 2º.

No que diz respeito ao desempenho individual dos jogadores, e não obstante a boa época realizada pela generalidade dos elementos do plantel, é impossível não destacar Reggie Moore, Nuno Perdigão e Mário Jorge.

Reggie constituiu ao longo de toda a temporada uma efectiva mais valia. Assim, e analisando as estatísticas disponibilizadas pela Liga, Reggie obteve uma eficiência de 23.9, foi eleito por 4 vezes o MVP da jornada e integrou o 5 ideal por 7 vezes. Com uma média de 35 minutos em campo, Reggie amealhou 20.4 pontos por jogo e 7.6 ressaltos. O seu estilo de jogo surpreendeu pela versatilidade e capacidade de adaptação a diferentes posições dentro do terreno de jogo. Reggie é excelente debaixo do cesto e obtém uma boa percentagem no jogo exterior (33.7%). Ao longo da temporada integrou todos os 5 iniciais do Belenenses, excepção feito ao último encontro, com o FC Porto, no qual não jogou por se encontrar lesionado.

Nuno Perdigão, o “base” da nossa equipa, foi “tão só” o jogador português mais vezes eleito pela LCB para o 5 ideal da jornada: nada mais nada menos que 8 vezes! Perdigão alinhou por 28 vezes no 5 inicial belenense, obteve uma média de 12.8 pontos e 5.1 assistências (de longe o melhor da equipa neste particular). Assim, e não obstante o facto de por vezes parecer alheado dos jogos, Perdigão demonstrou uma vez mais que é o melhor “base” português da actualidade e muito provavelmente o melhor a alinhar na Liga TMN.

Por fim, Mário Jorge: este nosso Guerreiro alinhou em 31 partidas ainda que apenas o tenha feito no 5 inicial por 9 vezes. Mário Jorge realizou uma temporada em crescendo, tendo-se destacado sobretudo nas últimas jornadas da competição. Jogador extremamente batalhador, muito à imagem daquilo que pretende José Couto, ataca e defende com o mesmo empenho e com a mesma determinação. Expressão dessa atitude é as suas estatísticas (4.2 ressaltos por jogo, num total de 87 ressaltos defensivos e 43 ressaltos ofensivos). Mário Jorge revelou-se um jogador essencial em algumas partidas, contagiando os seus companheiros e a massa associativa azul com a sua confiança. Foi eleito por uma vez para o 5 ideal da Jornada (23ª jornada).

Outros jogadores realizaram uma boa temporada ou bons jogos: Luís Costa iniciou a época em grande e encontra-se em crescendo neste final de temporada; Richard Anderson, que apesar dos poucos pontos marcados em média (apenas por uma vez se distingui claramente dos outros companheiros de equipa neste indicador, na 3ª jornada, quando foi eleito o MVP da ronda) se revela essencial no esforço defensivo da equipa; Miguel Minhava que se afirma como um jogador a ter em conta no futuro (e no presente!), constituindo-se como um provável sucessor para Nuno Perdigão; Jorge Coelho, que apesar de um menor números de minutos jogados entra sempre de forma consistente nas partidas; Paulo Simão, eleito por uma vez para o 5 ideal da Jornada, jogador capaz de virar uma partida com a sua precisão nos lançamentos exteriores…

Em suma, foi uma boa temporada do Basquetebol azul, que se encontra apurado para a fase final do Campeonato, tendo pela frente o Campeão Nacional em título (FC Porto). Mas sobre a fase final escreveremos um “post” específico, um dia destes…

terça-feira, abril 26, 2005

Graal de Belém

Artigo da autoria de Manuel Benavente

Ao consócio Eduardo Torres


procura-se
de preferência Godofredo
que se deve chamar Pepe
e Matateu também
enterrados num domingo à tardinha
maio de cinquenta e cinco
descobertos enfim em vinte e sete

procura-se um cálice
uma cruz
de preferência uma taça
cheia de ilusão da vitória
(porque sempre se começa a perder, quando se acaba de ganhar)

procura-se
numas salésias
num campo do pau de fio
num restelo
desde o rio até ao campo dos ingleses

desentranhem-me essa terra até ao céu
e dexem-me então saborear um segundo, um segundo apenas
(que é todo o tempo que dura a minha vida).

segunda-feira, abril 25, 2005

FIFA 2005


Para todos os que gostam de jogar futebol no computador ou consolas vou fazer um pequeno review sobre um dos jogos do momento (o outro será o PES4) mas na óptica que nos interessa: o Belenenses.


Eu sou um fã desta série já desde o tempo da Mega Drive, em que adquiri as versões 95 e 96 e depois continuei a jogar no PC tendo adquirido ou pelo menos jogado, quase todas as versões do jogo. Um dos problemas dos primeiros “episódios” da série era o facto de não podermos jogar com equipas portuguesas e para contornar este problema tínhamos que fazer downloads de mods ou patches para alterar o jogo.

Neste aspecto o FIFA já marca pontos sobre o seu rival (PES4). É que a versão 2005 do jogo conta mais uma vez com a presença da Superliga, sendo que já é a terceira vez que a Liga Portuguesa aparece na série. No entanto, é apenas a segunda vez em que podemos jogar com o Belenenses uma vez que na versão 99 infelizmente estávamos na segunda divisão. Nesta altura para poder jogar com o Belém eu criei um pequeno patch, em que substituía uma das equipas pelo Belenenses. Até criei 3 equipamentos na altura para poder jogar. Além dos dois equipamentos tradicionais com que o Belém habitualmente joga também criei uma réplica do nosso equipamento original, ou seja, camisola azul com uma risca branca ao meio e calções pretos. Estes equipamentos ainda estão online na minha velhinha página pessoal em http://luis.iwarp.com/belem/fifa.htm


A equipa do Belenenses está classificada com 2 estrelas sendo assim uma das melhores equipas da Superliga. O campeão europeu tem 4 estrelas, enquanto que o Benfica tem 3,5 (AHAHAH) e o Sporting tem 2,5. Existem mais 5 equipas com 2 estrelas, 7 com 1 ou 1,5 estrelas e as piores equipas são o Moreirense e o Beira-Mar com apenas meia estrela.

Não existe nenhum estádio português no jogo, mas estão presentes os estádios mais famosos dos outros países europeus.

O plantel do Belenenses é constituído por 25 jogadores e comparando com o inicio da época faltam apenas os juniores Jorge Tavares (nº15) e Rafael (nº 25).


Os melhores jogadores do plantel do Belenenses são o nosso imperador Marco Aurélio, Sandro (ambos com 3 estrelas), Antchouet, Neca e Juninho Petrolina.



Também é curioso ver as tácticas e a equipa titular que a equipa da Electronic Arts decidiu adoptar. O sistema utilizado é um 4x4x2 losango e temos na baliza Marco Aurélio, como não podia deixar de ser, mas a defesa é composta pelos centrais Sandro e Wilson e por Cabral e Cristiano. No meio campo estão Tuck, Juninho, José Pedro e Neca e no ataque temos a dupla Rodolfo Lima e Antchouet.



Alem de uma espécie de mercado de transferências também está incluído no jogo uma opção em que torna possível a criação de jogadores. Assim, é possível manter o jogo actualizado com os reforços de Inverno!!


Mas o jogo também contem algumas “mordidelas”. O símbolo do clube não é o que é apresentado e o equipamento principal tem calções azuis. Como curiosidade, o jogo considera que o rival do Belenenses é o Boavista!

Em relação ao jogo propriamente dito, é um dos melhores simuladores de futebol para PC, mas contem alguns problemas de jogabilidade, nomeadamente ao nivel dos passes. Os comentários são em português (Jorge Perestrelo e Helder Conduto) mas têm enormes gaffes. Por vezes, inventam penalties, dizem que estamos a jogar com selecções quando não estamos e por vezes dizem autogolo quando se marca um golo normalmente.

domingo, abril 24, 2005

Blog do Belenenses: novas funcionalidades

Já estão disponiveis os quadros resumo com todos os resultados da equipa de futebol da época. Para aceder a estas novas áreas do blog basta clicar nos botões RESULTADOS SUPERLIGA, RESULTADOS TAÇA PORTUGAL, RESULTADOS JOGOS AMIGÁVEIS e RESULTADOS PRÉ-ÉPOCA na coluna da direita.

A muito breve prazo novas novidades serão apresentadas no Blog do Belenenses.

sábado, abril 23, 2005

Custa assim tanto correr?

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Só hoje consegui ganhar tempo e coragem para escrever algo sobre a magnífica exibição de ontem. Tudo porque saí do jogo feliz pelo que vi, mas completamente fulo com as vergonhosas actuações a que assisti ao longo da época! Afinal, basta correrem todos no mesmo sentido...

Curiosamente, com os restantes 10 jogadores a correr, Sousa até parece um lateral-esquerdo de classe internacional! Paulo Sérgio fica com mais soluções e Neca parece um número 10 do top europeu... custa assim tanto perceber? Ou será que estão todos a jogar para o "contrato", e na próxima época teremos mais do mesmo, a mesma acomodação, o mesmo amorfismo e os mesmos salários e mordomias pagos a tempo e horas?

Gostei de ver os médios a marcarem os lançamentos laterais depressa, de forma a criar desequilíbrios. Gostei de ver a equipa em movimentações constantes. Gostei da forma como Paulo Sérgio comemorou o golo. Gostei MUITO do único período em que o Guimarães "controlou" a partida, os últimos 10 minutos da 1ª parte, na medida em que foi um "controlo" igual aquele que nós normalmente temos, trocando a bola entre os centrais, laterais, vai à frente e volta aos centrais.

Resumindo, gostei muito e exijo sempre esta entrega. Mas isto só vem aumentar a minha exigência, pois não posso conceber que não deem sempre tudo, mas tão somente quando sentem o lugar em perigo. Espero que seja para continuar sempre assim, a deixar tudo em campo, em todos os jogos e contra todos os adversários.

Uma palavra final para o golo: nasce de um remate falhado do Amaral, com Paulo Sérgio a fazer um excelente trabalho na área e a marcar. Obrigado por mais uma amostra de remate Amaral, mas importas-te de não passar os jogos a desperdiçar jogadas perigosas para as nossas cores com remates disparatados? Alguém te deve ter dito que sabes rematar. Não te fies nisso...

Corram mais! Suem mais! Menos ais, menos ais, menos ais!

Podiam ter sido 3 ou 4...

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O Belenenses realizou ontem no Estádio do Restelo uma das melhores exibições da temporada, tendo batido o Vitória de Guimarães por 1-0. Foi de facto um jogo agradável, e em alguns momentos muitíssimo bem jogado pela nossa equipa, que se preocupou em dignificar o espectáculo e em agarrar com as duas mãos uma vitória importantíssima (um género de pedido de desculpas à massa associativa pela forma como se apresentaram na segunda parte, no municipal de Braga...).

Os sócios e adeptos... esses ficaram em casa e ontem terá sido, contrariamente à exibição, uma das piores (se não a pior) casas da temporada. De facto, e por muito que nos concentremos nas horas e dias em que acontecem as partidas, no facto de serem ou não transmitidas pela televisão, são os resultados que determinam uma maior ou menos assistência nos estádios do futebol. No Restelo e nos outros.

Relativamente ao jogo jogado, sou da opinião que ontem entrámos com uma equipa muito equilibrada, ofensiva q.b. mas com solidez defensiva. Anderson e Rui Ferreira fazem uma excelente dupla no centro de terreno, recuperando bolas atrás de bolas. Zé Pedro e Neca muito certinhos na ajuda à defesa (Zé Pedro recuou algumas vezes - quando o Guimarães atacava de forma organizada - para a posição de 3º central). Os dois laterais a realizar uma bela partida, com destaque para um super-Sousa, e os centrais verdadeiramente imperiais. Na frente dois homens muito mexidos e rápidos, sempre prontos a receber a bola e com ganas de marcar. Apenas relativamente a Marco Aurélio, o nosso Imperador, pouco há a dizer... teve uma noite calmíssima, com duas ou três intervenções pouco complicadas.

O Belém entrou muitíssimo bem e fez 25 minutos de encher o olho. Remates de fora da área (Rui Ferreira poderia ter aberto o activo bem cedo...), combinações nos cantos a não resultar por manifesta infelicidade (bom "trabalho de casa") e muita pressão sobre o adversário. O Guimarães parecia uma equipa surpreendida e apenas por intermédio do muito assobiado César Peixoto fez, durante a fase inicial do jogo, algumas incursões pelo lado esquerdo do seu ataque.

O Belém atacava sem marcar e alguns já diziam "hoje a bola não entra...".

Na segunda parte entrámos, creio eu, menos esclarecidos e demorámos alguns minutos a acertar novamente nos passes. Todavia nem nesse período (e à excepção de um cabeçeamento à boca da baliza, o único lance perigoso do Guimarães em toda a partida) o Vitória ameaçou verdadeiramente as redes azuís.

Com invulgar paciência, os azuís do Restelo continuavam a atacar, e foi na sequência de uma tentativa de remate da meia-distância de Amaral que Paulo Sérgio, interceptando a bola, rodopiou sobre o central vimaranense e rematou para as malhas da baliza de Palatsi... Explosão de alegria entre os presentes.

Até ao final poderiam ter entrado mas 2 ou 3 golos... O Guimarães poderia ter-se visto reduzido a 10 ou mesmo a 9 unidades (Paulo Turra e Cléber não mereciam ter chegado ao fim)... e o sr.Bruno Paixão inclinou o campo. Enfim, obstáculos que a nossa equipa ultrapassou de forma serena e justíssima.

No fim a bancada poente dos sócios aplaudiu de pé os 11 homens que tanto lutaram pela vitória. Foi como que uma reconciliação, que soube bem a todos! Agora, rapazes, queremos os 12 pontos que se seguem. E não se esqueçam que as continhas se fazem no fim.

sexta-feira, abril 22, 2005

Estatisticas à 29º jornada

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Continuamos em 8º lugar, dentro dos objectivos da SAD no inicio do ano mas muito longe da ambição dos adeptos. Na proxima jornada não é possivel subir de posição mas por outro lado podemos descer uma.
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Se pontuarmos hoje fazemos a melhor série de 5 jornadas. Relativamente aos golos cada vez marcamos e sofremos menos.

quinta-feira, abril 21, 2005

Carta aberta ao Eng. Cabral Ferreira

Artigo da autoria de Eduardo Torres

Caríssimo Engº Armando Cabral Ferreira,

Dirijo-me a si como futuro presidente do Belenenses, cargo para o qual, também com os meus votos, foi eleito por larga maioria. Queira ou não, você tem agora sobre os ombros o privilégio e o peso de ser o responsável nº1 deste clube enorme que é (ou, pelo menos, que foi) o Belenenses e de ser o alvo imediato das nossas esperanças - é certo – mas, também, das nossas desilusões e desgostos - como seguramente bem sabe.


Você é um homem que se apresenta com uma sólida e até invulgar cultura democrática. Sabe ouvir. Não desvaloriza as opiniões, as perspectivas, as contribuições, o trabalho dos que, sendo simplesmente sócios, querem o bem do Belenenses. Não o vi nunca colocar-se numa postura majestática, votando ao desprezo e ao desdém os que teimam em expressar o que lhes vai na cabeça e no coração. Mais até, e disso sou testemunha: ainda quando se lhe colocam reparos, críticas ou objecções, sabe escutar, não vê nisso uma ameaça e uma ofensa, dá-se ao trabalho de argumentar e (penso eu, pelo menos) é capaz até de alterar a sua opinião ou a sua postura. O que não é sinal de fraqueza mas, sim, de inteligência.

São estas qualidades raras no nosso mundo e, por isso, me permito dirigir-lhe estas palavras – que revestem sonhos, ideias, sugestões, palpitações (e também receios e angústias) de uma alma belenense.

Primeiro que tudo, caro amigo, meta urgentemente mãos à mais prioritária de todas as tarefas: revigorar a mística azul. Não deixe, nem mais um dia, que o Belenenses definhe em vida, em entusiasmo e em paixão. Devolva o clube ao povo e o povo ao clube. Um grande clube é um clube que arrasta muita gente. Inflame, ou permita que alguém por si inflame, o sentimento adormecido nas dezenas de milhares – talvez quase duas centenas de milhar – de belenenses espalhados pelo mundo. Busque, se necessário for, como quem faz a demanda do Santo Graal, as pessoas e os métodos que sejam capazes de trazer de volta, à nossa Casa, a esperança, a alegria, o calor dos incentivos. Haja quem escreva bem, com razão e paixão, e a quem doa a alma de ver o Restelo vazio, e dirijam-se missivas pungentes aos sócios e ex-sócios; inculque-se que é um dever estar presente e apoiar, e que é uma vergonha não estar presente e não apoiar; coloquem-se e distribuam-se cartazes, prospectos e apelos à comparência na grande Lisboa, sobretudo nas ruas e estabelecimentos de Belém, da Ajuda, de Alcântara, de Algés, de Carnaxide e de Linda-a-Velha, de Miraflores e de Paço d’Arcos, da Trafaria e da Costa da Caparica, aí onde pulsam mais corações belenenses; incentive-se, primeiro com convites, os praticantes do clube - 7.000 é muita gente! - a assistir aos jogos e a encher o Estádio e o Pavilhão. Dê-se orgulho – orgulho, antes mesmo de resultados! – aos belenenses, e aposte-se numa cultura de massas, num clube “consagrado e popular”, para que a alegria, e a vida, e a paixão voltem ao Belenenses “como foi antigamente”.

Renove as pessoas que servem o Belenenses, nos sectores onde é preciso injectar um novo vigor, onde é preciso gente com sangue na guelra, imaginação e ousadia. Sim, chame pessoas de mentalidade jovem e atrevida, conquistadora, inconformada, qualquer que seja a sua idade. Mas, por favor, não se confunda e não chame esses jovens obtusos e que já nasceram velhos, que não sonham com ver o Restelo a palpitar de entusiasmo, de sons e cores e cânticos e clamores; não chame essa gente acéfala e sem alma, que, por isso mesmo, não vê nem entende a alma do Belém; não chame gente que tem do clube a imagem que jornalistas, que só têm nos olhos Benfica, Sporting e Porto, impingem do Belenenses. Não chame esses produtos híbridos que são do Belenenses e, ao mesmo tempo, estranha contradição!, do Benfica ou do Sporting – queremos beléns puros, que sejam só beléns, que só queiram ver o Belenenses a ganhar a todos. Não chame essa gente que pensa que o Belenenses começou há meia dúzia de anos. Não somos coitadinhos! Não somos pequeninos! Não queremos ser pequeninos nem coitadinhos! Temos sangue azul, temos uma história gloriosa e enorme, temos lenda, temos mito, temos peso, temos razões para sermos orgulhosos e altivos a regatear o lugar em que o Belenenses deve ser colocado – um lugar que só pode ser alto. Rodeie-se de pessoas que tenham esse orgulho, esse empertigamento, essa ousadia. Tenha-os você mesmo.

Tenha-os você mesmo, sim, porque é isso que espero, que esperamos de si! Nunca ponha a fasquia das nossas ambições em alturas medíocres. Nem sofríveis. Nem assim-assim. Nem sequer boazinhas. O que parece também é, neste mundo de espelhos e imagens. Se sonharmos com grandeza, já somos grandes, já começamos a ser grandes. Se pensarmos com grandeza, já somos grandes, já começamos a ser grandes. Se falarmos com grandeza, já somos grandes, já passamos a imagem de grandeza, já atraímos respeito, já atraímos gente que quer grandeza e detesta a pequenez. A grandeza atrai grandeza, sucesso atrai sucesso, gente atrai mais gente. É preciso inverter o ciclo das última décadas, em que pequenez (de horizontes) trouxe mais definhamento, em que insucessos trouxeram conformismo, em que cinzentismo trouxe um estado de torpor da nossa alma, em que a falta de interesse em atrair povo trouxe o vazio das bancadas, a terrível desertificação a que assistimos e que, pelos vistos, a alguns, não mete dó.

Fale sempre, nunca perca uma ocasião, da grandeza do Belenenses. Sim, não perca nunca a oportunidade de afirmar o nosso orgulho, e a nossa garra e ambição renovadas. Esqueça-se de si e de coisas pequeninas que passam e lembre-se dos grandes que fizeram o Belenenses grande com sangue, suor e lágrimas. Você haverá de ser digno deles. Nunca diga, não se permita nunca o lapso de dizer, ainda que por infelicidade de expressão, que um 7º ou 9º lugar é uma boa classificação. Não é. Não pode ser. Não podemos deixar que ninguém pense que é. Não podemos deixar que ninguém pense que estamos satisfeitos ou conformados com esse lugar! Diga, caso lhe lembrem que ficámos em 15º, ou 12º, ou 9º, que foi um período mau e transitório que passou, uma excepção, um tropeção que ficou para trás. Lembre sempre, nunca desperdice ocasião de lembrar, que só no futebol, fomos 4 vezes o melhor de Portugal – com 1 Campeonato Nacional e 3 de Portugal; lembre sempre que a nossa classificação mais vezes obtida (de longe) foi o 3º lugar; lembre sempre (e, antes de tudo assuma) que o nosso lugar deve ser sempre entre os 4/5 primeiros – entre os 4/5 primeiros e não necessariamente em 4º ou 5º - e que tudo o que for abaixo disso não é bom: é triste, é decepcionante. Não diga que queremos ir às competições europeias (um chavão inventado pelos jornalistas para lá enfiarem os clubes considerados de 2ª linha e distingui-los da casta dos três deles, para quem ficaria exclusivamente a discussão do título) mas diga que queremos os lugares cimeiros que, inevitavelmente, implicam o acesso a competições europeias – é diferente, muito diferente! E, já agora, lembre sempre que temos dezenas e dezenas de títulos nacionais em Andebol, em Basquetebol, em Râguebi, em Atletismo, em Ténis...

Não nos deixe passar mais vergonhas. Derrotados talvez – mas de cabeça erguida. Altivos. De pé. Altaneiros, com o peito feito à belém. Estamos já entalados entre “lagartos” e “lampiões”, alguns também massacrados por “andrades”, que (os três) continuamente nos xingam com a pergunta “quando é que vocês ganham alguma coisa?”; ao menos, livre-nos do paternalismo : “somos amiguinhos, anh? Emprestámo-vos o X e o Y”. Acabe com essa pouca vergonha, com essa ferida aberta na alma do Belenenses, que faz sangrar a alma dos que sabem o que é o Belenenses. Não peço que inicie uma guerra com esses clubes, nem gostaria que o fizesse. Mas que sigamos orgulhosamente o nosso caminho de afirmação própria, sem a mais leve subserviência explícita ou implícita (e ter emprestados desses clubes, é uma subserviência implícita).

Lide com firmeza e savoir-faire com a Comunicação Social. Exija que falem do Belenenses, com detenimento, consideração e respeito. Criemos factos todos os dias, se necessário for! Haja quem saiba e esteja atento para corrigir todas as imprecisões e manifestações de ignorância e para não deixar passar nem uma ofensa, não a esta ou àquela pessoa, mas ao clube. E elas existem todos os dias. Existem, por exemplo, quando nos consideram duma casta diferente daqueles a que chamam grandes; existem, por exemplo, quando se atrevem a omitir Artur José Pereira e Pepe, Amaro e Augusto Silva, Vicente e as Torres de Belém na galeria dos mitos, dos monstros sagrados do futebol e do desporto português; existem, por exemplo, quando escamoteiam os títulos que conquistámos; existem, por exemplo, quando nos trocam os nomes de jogadores, quando falam das exibições de jogadores que nem foram convocados, quando a comentar um jogo nosso com o Gil Vicente, falam do Benfica e do Sporting. Existem, por exemplo - e tantos e tantos dias! - , quando nos “despacham” com 10 linhas a uma coluna, num jornal de 60 páginas. É preciso revoltarmo-nos, com nível. É preciso ter pertinácia, é preciso estar em cima. E só o poderá fazer quem não se conformar, quem não for um pavão que acaba por “dormir” com o inimigo, ficando a falar com os jornalistas sobre a nova contratação do Benfica, o novo treinador do F.C.Porto, o puto bestial que se está a revelar no Sporting. Só o poderá fazer quem tiver uma correcta imagem - de orgulho, grandeza e auto-estima - do Belenenses. Se não tiver, não é nada, é um relações públicas de meia tigela, amorfo e passivo. E isso mata o Belenenses. Prefiro os adversários declarados. Esses, ao menos motivam-nos para a luta!

Auto-estima, disse eu. Exacto, auto-estima! Temos de a recuperar. Mas não a recuperaremos com gente que, nos lugares onde pode ser influente, se imbuiu já da sina do Belenenses simpatico-coitadinho. Com gente cuja ideia de grandeza e ousadia se esgota em palavras que julga sonantes e modernas (sem reparar que já têm barbas grisalhas), tipo merchadising e coisas do género. Merchandising?! Para quê, se não houver quem tenha o entusiasmo de comprar?

Não deixe que um treinador possa estar convencido de que estamos satisfeitos se o Belenenses não descer de divisão. Não deixe que um treinador esteja convencido que um 8º lugar é fantástico. Certifique-se que ele não tem essa triste convicção. Mas certifique-se mesmo, com prova dos nove e prova real. Se houver dúvidas, mande-o embora. Tem custos? Pois tem. Mas pior custo é deixar o clube banalizar-se. Já falta pouco para isso acontecer. Não deixe que definhemos mais. Vá buscar gente que não tenha limites para a ambição - mas ambição no Belenenses e não, um dia mais tarde, noutro clube. E trate de arranjar quem limpe a cabeça, de quem quer que nos represente, da triste ideia de que não somos um grande clube. Quem tiver essa ideia não pode estar no Belenenses, nunca! Não serve! É uma maçã podre, um foco infeccioso, uma célula cancerígena! Queremos gente que, se estiver em 2º, queira chegar ao 1º, e não gente que, se estiver em 5º, ache que o 6º também não é mau.

Introduza em força a Psicologia no clube, em todas as suas vertentes. Faça-o, desde logo, e por exemplo, para perceber se os atletas a contratar são pessoas de qualidade humana; mas, também, para os acompanhar, para lhes incutir confiança e sanar desânimos, para impedir fraquezas e acomodamentos; além disso, para imbuir atletas, treinadores e adeptos – sim, adeptos! – de uma mística à Belém. Atenção: só pode fazer isto, quem tiver essa alma pujante, bela e heróica que foi a nossa. Já somos tão poucos...

Rodeie-se de pessoas competentes – mas de pessoas que queiram e saibam ser competentes no Belenenses. Para isso, precisam de perceber a identidade do clube, coisa diferente de uma empresa – se tratarem o clube como uma empresa, continuarão a retirar-lhe a vida. Não queremos gente para quem seja igual que, no nosso estádio, estejam 5.000 pessoas a 20 Euros ou 20.000 a 5 Euros, só porque a receita é a mesma. A quem desempenhe funções no clube, é preciso exigir uma ambição e uma determinação sem limites. É precise que a todos se incentive a darem o máximo, mas mesmo o máximo, a trabalharem nos limites, sem o “espírito” de qualquer coisita serve; é preciso serem apertados se não procederem assim. Pague-se onde for necessário; mas exija-se o máximo, sem concessões. Não mais sirva a desculpa “ah, mas eu gosto muito do Belenenses, só que não tenho tempo nem cabeça, a minha empresa exige tanto...”.

Defenda o ecletismo do clube, porque nos sabe bem ver como, ano após ano, tantas modalidades enchem de títulos o Belenenses. Mas atenção: não deixe o Belenenses transformar-se num Ginásio Clube Português ou num Sport Algés e Dafundo (salvo o devido, e muito, respeito). Seja sagaz ao escolher as modalidades e, sobretudo, as grandes apostas. Estas não podem depender do capricho de meia dúzia de pessoas ou do jogo do empurra-empurra. É preciso escolher o que traga mais prestígio. O Belenenses precisa de um grande feito nessas modalidades, para estas o ajudarem a devolver-se à sua grandeza. Por muito importante que seja, não basta já um título nacional no Râguebi, mesmo no Basquetebol ou no Andebol. Precisamos de uma Taça Europeia – não se esqueça do Hóquei em Patins ou, então, desnivele positivamente a aposta numa modalidade, talvez o Andebol, onde também possamos chegar lá. E/ou pense-se em força numa medalha olímpica. Agora que, pelos vistos, há estabilidade financeira, não podemos voltar a deixar sair um Francis Obikwelu ou uma Naide Gomes. Não podemos! Não bastam contas certinhas!

Sim, não bastam contas certinhas! É preciso um golpe de asa! O Belenenses precisa de um grande feito no futebol. Um Campeonato, novamente, é necessário como pão para a boca. Outros clubes, com bem menos pergaminhos que o nosso, mostram que não é utópico. Uma Taça de Portugal, seria bem vinda. Competições europeias? Sim mas não é para ficar na 1ª eliminatória, é para ter ambição e ir por aí fora, sem pensar “que chatice, as despesas que isto dá”. E, já agora, sem transmissão na televisão, com uma grande mobilização para termos uma excelente assistência, com preços que tenham em conta que não estamos propriamente com o nível de vida dos nórdicos...

Faça no estádio algo que se veja em toda a grande Lisboa, por exemplo, um fulgor de luz azul que se veja à noite a quilómetros. Não é um desperdício, não é um luxo. É a afirmação da nossa vontade de resistir, de gritar “aqui estamos”, de voltar a conquistar o nosso espaço vital face ao “abraço” asfixiante de Benfica e Sporting. Pense nisso. Não é uma idiotice qualquer.

Espero que continue a preferir sócios com ideias, mesmo que isso implique exigência e capacidade crítica, e que nunca ceda à tentação de se encostar aos amorfos, aos acéfalos, aos cinzentos, aos coitadinhos, aos “adeptos do Cascalheira”, como diz um nosso amigo comum.

Desejo-lhe o maior sucesso, porque o seu sucesso será o nosso sucesso. Mas não se conforme com um sucessozinho qualquer: seja exigente. “Aquele que nunca descansa, aquele cujo pensamento almeja, de corpo e alma, o impossível, esse é o vencedor!” (Beethoven)

Um abraço azul!

Convites para o Belenenses-Guimarães

O Blog do Belenenses tem o prazer de convidar todos os adeptos azuis a estarem presentes na partida de 6ª feira à noite ante o Vitória de Guimarães. Para tal, basta enviar um SMS para o número 91-6629839 com o seu nome e número de telefone, bem como de um máximo de 3 amigos, recebendo portanto um convite para cada um.

Portanto, a reter:
-> Até 4 convites
-> SMS para número 91-6629839
-> Enviar nome dos interessados e telefone



quarta-feira, abril 20, 2005

Preço dos Bilhetes: sugestões...

A questão dos preços dos bilhetes já foi muitas vezes discutidos nos diversos blogs mas o proximo jogo contra o Braga reacendeu o tema, e assim aproveito para apresenter o meu ponto de vista. Irão constatar ao longo do artigo que muitas das sugestões apresentadas já constam em artigos de outros adeptos.

Começamos por analisar os preços praticados nesta época:
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(1) Banc. Sócios - Sócios 6€
(2) Banc. Sócios - Acompanhantes 10€ (Campanha: 2º acompanhante não paga)

Alem disto existem os lugares cativos que custam entre 65€ (laterais) e 100€ (central) por ano. Entende-se como cativo comprar um lugar (na parte superior da bancada dos sócios) pelo período de um ano. Para se poder assistir ao jogo o sócio tem ainda que comprar o bilhete correspondente a esse jogo. Pode acontecer, e acontece, que os sócios compram o lugar e depois não vão assistir aos jogos.
[CONTINUA]


(3) Tp. Norte Inferior - 10€ (em alguns jogos não chegou a abrir!)
(4) Tp. Norte Superior - 20€
(5) Banc. Nasc. Superior - 30€
(6) Banc. Nasc. Inferior - 30€ (na maioria dos jogos não chegou a abrir)
Nos jogos contra os "3 do costume" alguns preços mudaram: (4) passou para 30€ e (5) para 50€.

Nota: o preço do bilhete de sócio, isto é, da "quota suplementar" foi definido em Assembleia do clube.



PROPOSTA
Esta proposta consiste numa reformulação completa do sistema actual de bilhetes.

a) BANCADA DOS SÓCIOS
- ACABAR COM O SISTEMA DE CATIVOS
- CRIAR BILHETES DE ÉPOCA
- 3 TIPOS DE BILHETES DE SÓCIOS/ACOMPANHANTES

Actualmente um sócio paga 6€ para assistir um jogo independente de assistir um jogo nos cativos ou na parte inferior da bancada. Eu propunha que se lançasse 3 tipos de bilhetes de sócio:
1- SÓCIO BANC.INFERIOR - 5€ (x17jogos= 85€ em vez dos actuais 102€)
2- SÓCIO BANC.SUPERIOR LATERAL - 8€ (x17= 136€ em vez de 167€ (6*17+65))
3- SÓCIO BANC.SUPERIOR CENTRAL - 10€ (x17= 170€ em vez de 202€ (6*17+100))
Ou seja, estes preços são sempre inferiores aos praticados este ano. (descontos de 17%, 19% e 16%, respectivamente)

Simultaneamente acabava com o sistema actual de cativos, no entanto, estaria disponivel um Bilhete Anual para todos os lugares do estádio. Em certos sectores esse bilhete teria lugar marcado. Este tema irá ser desenvolvido mais à frente.

Com esta proposta e ao contrário do que acontece actualmente, em que só se pode ir para a parte superior da bancada quem tem cativo, um sócio podia optar, jogo a jogo para que lugar podia ir. Eu não me importava de pagar um pouco mais para ir lá para cima, principalmente se estiver a chover! Penso que muitos tambem não se importariam de pagar um pouco mais.

Relativamente aos acompanhantes tambem teriam valores diferenciados:
4- ACOMP. SÓCIO BANC.INFERIOR (7.5€)
5- ACOMP. SÓCIO BANC.SUPERIOR LATERAL (10€)
6- ACOMP. SÓCIO BANC.SUPERIOR CENTRAL (12€)

Os sócios reformados/estudantes continuavam a ter um desconto de 50% na aquisição dos seus bilhetes em todas as categorias. Considera-se como sócio reformado o sócio que tenha uma pensão/reforma igual ou inferior ao salário minimo. Eu passava este limite para 1.5 ou mesmo 2x o salário minimo.

b) NÃO SÓCIOS
- CRIAR BILHETES DE ÉPOCA
- DIVERSIFICAÇÃO DE PREÇOS

Para os não sócios existem regras impostas pela Liga de Clubes que não domino completamente. Parece que a liga determina um preço minimo de 5€ e maximo de 60€.

A minha proposta seria:
7- BANC.NASCENTE INFERIOR - 10€
8- BANC.NASCENTE SUPERIOR LATERAL - 16€
9- BANC.NASCENTE SUPERIOR CENTRAL - 20€
10- TOPO NORTE SUPERIOR - 10€
11- TOPO NORTE INFERIOR - 7.5€

Reparem que na Bancada Nascente o preço é sempre o dobro da bancada dos sócios. Pessoalmente ainda acho bastante caro, mas é inferior ao preço praticado actualmente, existem diversas hipoteses e acho que assim, mesmo "aqueles" sócios não se podem queixar.

Temos então 4 classes de preços (7.5€, 10€, 16€ e 20€). Ao que parece a Liga impõe apenas 3! Se assim for, tinhamos que reformular este preços.

Tambem existiriam Bilhetes Anuais para estas categorias de bilhetes. Para todos estes casos não penso existir a necessidade de marcar lugares.

Nos jogos contra FCP, SLB e SCP os preços aumentariam.

c) CONVITES/CARTÕES
- RELOCALIZAÇÃO DOS CONVIDADOS
- CONVITES ÀS FILIAIS
São distribuidos para todos os jogos diversos convites para a Bancada Nascente - Superior Lateral junto ao Topo Norte. Propunha que os "convidados" passem para a parte Inferior dessa bancada, uma vez que é esta que é filmada e que aparece na televisão. Por outro lado, continuava a distribuição de convites junto das escolas da zona e tambem pelas nossas filiais. Vinha uma filial diferente, ou mais que uma, a cada jogo que podia ser anunciada pelo speaker no inicio e intervalo do jogo.

d) BILHETES DE ÉPOCA
- Para os tipos de bilhetes 1 a 3 e 7 a 11, existiria a possibilidade adquirir um bilhete de época. Aproveitando a ideia de um consócio que vi noutro blog, o valor do desconto do bilhete de época variava de acordo com a data de compra. Proponho que na primeira fase de venda o desconto seja á volta dos 20% e que na segunda fase seja cerca de 10%.
- Também existiria a possibilidade de adquirir este bilhete com a época já em curso. Neste caso ajustar-se-ia o valor do bilhete consoante o número de jogos que faltam e com um desconto até 10%.

e) OUTRAS IDEIAS BASE
- As pessoas poderiam pagar o Bilhete Anual em duas prestações (Agosto-Setembro e Dezembro-Janeiro). Até poderia ser em 3 prestações...
- As pessoas com bilhete de época poderiam assistir ao jogo no seu sector bem como num sector de tipo inferior.
- As pessoas com bilhete de época poderiam assistir ao jogo no sector de tipo superior pagando a diferença de preço relativo a esse jogo.
- Disponibilizar os bilhetes com muita antecedência para se poder resolver esta "mudanças".

f) NOTAS:
Existindo alguns sectores com lugares marcados, nomeadamente a parte superior da bancada dos sócios, teria tambem que ser implementado a informatização da venda de bilhetes. Só assim era possivel existir alguma organização. A maior parte dos "cativos centrais" estão vendidos pelo que só era possivel pôr à disposição alguns bilhetes que tanto podem ir para sócios como para acompanhantes.

g) RESUMO:
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1- SÓCIO BANC.INFERIOR - 5€
2- SÓCIO BANC.SUPERIOR LATERAL - 8€
3- SÓCIO BANC.SUPERIOR CENTRAL - 10€
4- ACOMP. SÓCIO BANC.INFERIOR - 7.5€
5- ACOMP. SÓCIO BANC.SUPERIOR LATERAL - 10€
6- ACOMP. SÓCIO BANC.SUPERIOR CENTRAL - 12€
7- BANC. NASCENTE INFERIOR - 10€
8- BANC. NASCENTE SUPERIOR LATERAL - 16€
9- BANC. NASCENTE SUPERIOR CENTRAL - 20€
10- TOPO NORTE SUPERIOR - 10€
11- TOPO NORTE INFERIOR - 7,5€

terça-feira, abril 19, 2005

A FESTA DO FUTSAL

(Artigo de Eduardo Torres)

Ao cabo de pouco mais de um ano e meio de actividade, o Futsal sénior do Belenenses viu consumada a sua meteórica ascensão, garantindo a conquista do acesso à 1ª Divisão. Congratulamo-nos com o facto, tanto mais que tudo indica que esta modalidade se virá a impor como a 2ª modalidade mais popular, endereçando os merecidos parabéns a toda a equipa de trabalho – jogadores, treinador, seccionista, staff de apoio e dirigentes responsáveis.

O acesso à 1ª Divisão ficou selado no último sábado, no Pavilhão Acácio Rosa, com uma vitória por 6-0 frente à equipa do Bairro 25 Abril. Seguiu-se a merecida festa, de que já falaremos.

Sobre o jogo propriamente dito, pouco temos a dizer. Antes de tudo, porque confessamos que é ainda escasso o conhecimento que temos dos meandros desta modalidade. Depois, porque o jogo pouca história teve, tão flagrante foi a superioridade da nossa equipa, apesar de – atenção – o adversário não andar pelo fundo mas, mais propriamente, pelo meio da tabela. Colocando-se em vantagem a meio da 1ª parte, e marcando mais 2 golos mesmo antes do intervalo, o Belenenses arrumou a questão. A 2ª parte, foi de domínio quase total da equipa azul, que ficou a dever a si própria mais uma mão cheia de golos, embora o nosso adversário também tenha disposto de duas oportunidades (as únicas de todo o jogo, que nos lembremos).

No Pavilhão Acácio Rosa estiveram presentes cerca de 350 adeptos do Belenenses. Confesso que esperava e desejava uma presença bastante superior, o que os conquistadores amplamente mereciam. Seja como for, a empatia entre público e equipa é bem evidente e plenamente justificada pela atitude - de raça, de luta e de vibração - que jogadores e responsáveis demonstram – e que é, provavelmente, o grande motor do sucesso. É com esse espírito que queremos ver formadas e actuantes todas as representações do nosso Belenenses e, para elas, a nossa presença, os nossos aplausos e os nossos incentivos nunca serão demais.

Os balões, muitos azuis e alguns brancos, deram um maior colorido à bancada. Estas iniciativas devem ser aplaudidas. São sempre de apoiar e só precisam de ser acrescentadas e de ter o necessária e justificada resposta e adesão dos adeptos. O Belenenses precisa de voltar a ter uma cultura de massas e de apoio transbordante de entusiasmo às nossas equipas.

No último minuto, o ambiente subiu de calor e de emoção, com as claques a puxarem pelo público com o grito “ESTAMOS NA PRIMEIRA, Ó-Ó-Ó-Ó-Ó-Ó!” que ecoou em todo o pavilhão, com uma boa parte da assistência de pé (era justo que fosse toda!).

Com o apito final, veio a festa, com mini-invasão do recinto de jogo, abraços e mais abraços, lágrimas e champagne! Gostámos de ver a comoção de jogadores e do nosso amigo Nuno R. Lopes, a repetição dos rituais de comunhão entre a equipa e os adeptos, jogadores do Belenenses a agitar grandes bandeiras emprestadas pelas claques. Foi uma festa bonita, tocante e imensamente justa. A todo o grupo de trabalho ficamos ainda a dever palmas e gritos de apoio. É assim mesmo que se trabalha!

Agora, venha o troféu da conquista do Campeonato e, porque não, a Taça de Portugal... Quando se trabalha e luta desta maneira, nada é impossível, e só o Céu se tem por limite!

segunda-feira, abril 18, 2005

Guerreiros em 6º e… à espera do 3º…

A equipa de basquetebol do Belenenses perdeu este domingo uma excelente oportunidade para se aproximar do Benfica, na luta pela melhor classificação possível no acesso aos Play-off, ao sair do Barreiro derrotada por 92-87.

Tratou-se de um jogo menos conseguido por parte dos nossos jogadores, que também encontraram na equipa do Barreirense um adversário aguerrido e apostado em dignificar a camisola (eles que já se encontram afastados dos Play-off).

Perdemos a luta nas tabelas (48 ressaltos do Barreirense contra 35 do Belém) e voltámos a fazer um mau aproveitamento dos lançamentos livres (19/28 nossos contra 24/33 dos nossos adversários). Além disso estivemos mal nos lançamentos exteriores (4/12 contra 8/19), com os nossos principais “triplistas” a render pouco ou nada (Paulo Simão, por exemplo, esteve mais de 17 minutos em jogo tendo lançado apenas 1 vez, sem sucesso…).

Ainda assim, o jogo foi equilibrado, com o Belenenses a dominar o marcador durante a primeira metade (19-22 e 41-44, com um parcial de 22-22). O terceiro período seria todavia o pior para a nossa equipa que, face a um parcial de 21-15, viu a formação Barreirense a passar para a frente. No último período o Barreirense voltou a superiorizar-se ao Belenenses (30-28) e acabou por vencer.

Assim, os Guerreiros deixam escapar a Oliveirense (que venceu o Ginásio) e mantêm a distância para o Benfica (2 vitórias de diferença quando falta apenas uma partida…), o que torna impossível melhorar o actual 6º lugar. No Play-off a nossa equipa enfrentará o 3º classificado da fase regular, posição ainda em disputa entre outros emblemas, entre os quais o FC Porto, o nosso derradeiro adversário nesta fase (o jogo terá lugar no Pavilhão Acácio Rosa no próximo sábado, pelas 16 horas).

O Belenenses terá assim de disputar os dois primeiros jogos fora de portas, recebendo depois o seu adversário para mais dois jogos no Restelo, seguido de “uma negra” (em caso de necessidade) novamente fora.

Entretanto, a nossa equipa deverá começar já a preparar a sua participação na Final 8 da Taça, que terá lugar no final do mês de Abril (a final será dia 1 de Maio) em Tondela. O primeiro adversário do Belenenses é a formação da Oliveirense.

Os românticos acabam todos da mesma forma

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Ontem perdemos 2-0 em Braga, num jogo muito difícil de digerir para os adeptos azuis. De facto, ao invés de termos sofrido uma derrota categórica, em que o adversário fosse um claro vencedor, assistimos a um jogo enervante, com 2 equipas a jogar de igual para igual, o Belenenses a falhar por Marco Paulo a primeira oportunidade (com a baliza aberta) e o Braga a marcar nos primeiros 2 remates! Ficava assim feito o resulta ao fim de apenas 20 minutos. A partir daí, o Braga limitou-se a esperar "lá atrás" para lançar a sua verdadeira arma, o contra-ataque.

Até ao final da primeira parte, parecia sinceramente que o Belenenses seria capaz de relançar o jogo. Mas as alterações operadas no 2º tempo foram inócuas e conseguiram acabar com o pouco fio de jogo da equipa.

Ontem foi inquestionável a entrega dos nossos atletas, escaldados pelas declarações do treinador que deu a entender que quem não der tudo até ao fim da época, tem o lugar em risco no Belenenses. Mas ficou bem patente a falta de classe da nossa equipa, que defende bem, tem um meio-campo que até funciona mas tem um ataque absolutamente ridículo que, privado de Antchouet, é na minha opinião o ataque mais fraco do campeonato português.

De Rodolfo Lima, nem vou falar. De Lourenço, idem. Eliseu, entrado com 30 minutos para mostrar que Carvalhal anda enganado, passou ao lado do jogo e ainda fez um penalty que o árbitro não assinalou. Paulo Sérgio foi, como sempre, muito esforçado. Foi isto o nosso ataque. A jogar fora, a perder 2-0, não havia um único ponta-de-lança a sério no banco de suplentes. Ceará está emprestado ao Criciúma e Catanha não foi convocado... provavelmente Carvalhal não acredita que poderíamos vir a ficar em desvantagem e a precisar de um avançado "entre os centrais".

No final, Carvalhal voltou ao técnico que nos tinha habituado, sem vontade de ir à UEFA, com as desculpas da equipa em construção e aprendizagem. E "ensinou-nos" uma nova: jogámos um futebol romântico. Meu amigo, os românticos acabam todos por morrer por essa dor que lhes inunda a alma. É suicídio amigo Carvalhal...

Nota final para as declarações de Rui Ferreira, que já aqui havia elogiado aquando da sua entrevista ao Jornal do Belenenses. Disse o nosso jogador que podem jogar muito melhor, que o adversário mereceu ganhar e que o Belenenses é um clube demasiado prestigiado para andarem a jogar desta forma. Fossem todos feitos desta massa!

domingo, abril 17, 2005

Um fim de semana diferente

Muitos de vós, ao ler este artigo, não perceberão em que contexto ele surge aqui no Blog. Nem eu. Mas senti que devia descrever o que vi ontem e hoje, em duas tardes passadas nas instalações da União Zoófila, no Bairro das Furnas, entre Benfica e Sete Rios.

A visita na tarde de ontem surgiu por mero acaso e foi uma agradável surpresa. Após ter tomado conhecimento pela Comunicação Social das enormes dificuldades por que esta associação passa, esperava encontrar umas centenas de cães pouco tratados, doentes, encostados num "canto escuro" da cidade à espera que a sua hora chegasse, ou que um qualquer amigo dos animais se decidisse a salvar mais um. Não foi nada disso que encontrei.

Devo deixar bem claro que não me considero, de todo, um "amigo dos animais". Acho piada a brincar com cães, ver peixinhos em aquários ou observar pássaros durante uns minutos. Mas se adoptar um cão era algo em que até poderia pensar, apesar de não ser uma prioridade na minha vida, a minha relação com os animais fica por aí. Mas, realço, sou um defensor dos direitos dos animais e repugna-me ver a forma como muitas pessoas os tratam. Mas pronto, não me perguntem porquê, não sinto grande empatia com animais.

Voltando à minha visita, só posso dizer que fiquei realmente satisfeito com o que tive oportunidade de ver: animais bem tratados, sem aspecto doente e bem alimentados e muitíssimos voluntários que prescindem dos seus tempos livres para ajudar no que for preciso. 800 cães e 200 gatos vivem dignamente nas instalações da União Zoófila.

Tornei-me então padrinho de um cão, um "rafeirote" engraçado que foi encontrado trancado numa cave juntamente com mais alguns cães. Hoje, em conversa com uma amiga, decidimos voltar lá, e essa minha amiga é também já madrinha de um cocker lindíssimo, o Lucas.

Convido pois todos os bloguistas a visitarem o site da União Zoófila e informarem-se como poderão ajudar. Apadrinhar um das centenas de animais custa 13 €uros por mês e permite ao padrinho passear com o cão, tratar dele e vê-lo socializar, talvez aquilo que a UZ maior dificuldade tem em fazer (convenhamos, não é fácil levar a passear 800 cães). Saíram notícias na imprensa que mostram as enormes dificuldades económicas pelas quais a UZ está a passar, tendo prescindido da cozinheira (que cozinhava para os animais) nos últimos dias pois não tinha verba para suportar o seu custo. Em termos financeiros a situação está complicada para a União Zoófila.

Mas mais do que dinheiro, a UZ pede a todos que tenham possibilidade que lhes enviem comida, material de limpeza, material médico e tudo o que possa ter alguma utilidade para o bem-estar dos animais. Admito que antes de ter visitado a UZ era muito céptico quanto ao seu real valor. Pois bem, depois de duas tardes passadas entre cães que pedem muito carinho, aqui está o meu testemunho na esperança que alguém lhes faça uma visita no próximo fim de semana e, quem sabe, adopte ou apadrinhe um dos animais.

Resultados da tarde: Rugby e Andebol

Fase final do Nacional de Andebol de Juniores:

Belenenses, 27 - Águas Santas, 25
O Belenenses segue a sua caminhada sem derrotas rumo ao título!

Final do Nacional de Rugby de Iniciados:

Belenenses, 38 - Académica, 0
Belenenses, 5 - CDUL, 0

A nossa equipa sagra-se assim CAMPEÃ NACIONAL DE RUGBY!!!

Carvalhal em entrevista ao Record

Carlos Carvalhal: «Quem eu vir acomodado não fica no Belenenses»

Satisfeito com o "ano zero" da sua equipa, o treinador prepara a luta por um lugar europeu na nova época, mas avisa que vai estar muito atento aos próximos jogos.

RECORD – Quando faltam seis jornadas para terminar a SuperLiga, estão cumpridos os objectivos principais do Belenenses?
CARLOS CARVALHAL – Para responder, importa primeiro recuar no tempo. Fomos contactados pelo clube no defeso, depois de o Belenenses não ter descido de divisão por um golo. Os jogadores estavam desvalorizados, num clube onde é difícil recomeçar o trabalho. Depois, é preciso ver que o mercado no defeso é muito limitado, para além das limitações do próprio orçamento. O que nos pediram foi estabilidade, criando uma estrutura e um modelo que identificasse o futebol do Belenenses. Recrutámos jogadores na Liga de Honra, prometemos lançar jovens e cumprimos. Não havia estrutura, não havia forma de jogar; basicamente, foi preciso começar do zero. A oito jornadas do fim, havia esta época uma assimetria acentuada em relação à anterior.

RECORD – Podemos concluir, então, que é positiva a resposta à pergunta anterior?
CARLOS CARVALHAL – Os objectivos a que nos propusemos foram atingidos. Isto não quer dizer que não queiramos ganhar o maior número de pontos nos jogos que faltam. Exijo jogadores ambiciosos, que aceitem ganhar com naturalidade e que fiquem tão chateados como eu quando não ganham. Por estranho que pareça, este é um momento importante da época, porque vou poder avaliar a motivação individual e colectiva, e estarei em condições de conhecer melhor os jogadores, para tomar decisões. Não gostei do último jogo e não quero jogadores acomodados. Quem eu vir acomodado, não fica no Belenenses.

RECORD – Isso é um aviso?
CARLOS CARVALHAL – Não. O que quero é perceber quem é intrinsecamente ambicioso e não apenas motivado pelo ambiente exterior. O que fizeram até hoje foi importante, talvez determinante, mas há uma faceta por descobrir: a da motivação/acomodação.

RECORD – O novo presidente quer a equipa a disputar as competições europeias regularmente. É possível cumprir este objectivo?
CARLOS CARVALHAL – Há duas formas de colocar a equipa na Europa. Uma passa por contratar jogadores consagrados, descapitalizando o clube. Conseguia-se o objectivo talvez logo no ano zero, mas no ano seguinte podia descer de divisão. A postura do Belenenses é diferente, com equilíbrio financeiro, para criar estabilidade no primeiro ano e tornar depois a equipa mais competitiva. Quem segue esta via não pode querer as coisas em dois dias. Certo é que vamos partir para a nova época já com uma estrutura e um modelo, e essa é uma vantagem.

RECORD – Já tomou decisões sobre o futuro plantel?
CARLOS CARVALHAL – Tenho ideias na cabeça, e já transmiti algumas, mas as coisas continuam em avaliação. Vamos aproveitar o núcleo duro desta época e reforçá-lo.

RECORD – É possível chegar a um lugar europeu na próxima época?
CARLOS CARVALHAL – Estamos em oitavo, e é claro que na próxima época queremos terminar melhor. E fazer melhor é terminar num dos chamados lugares europeus. Acredito que vamos conseguir. Aceitei este projecto porque sou ambicioso e acredito que há margem para fazer melhor. Há condições para acabar com o sofrimento dos adeptos.

RECORD – Já conhece o orçamento para a próxima época?
CARLOS CARVALHAL – Pelo que sei, não será aumentado. Por isso há que confiar no meu trabalho, mas também no Rui Casaca e no eng. Barros Rodrigues, que são as pessoas mais próximas para preparar o futuro. Aliás, é bom ter pessoas do futebol como o Casaca, o Godinho, o Medeiros e o Zé António, que falam a mesma linguagem que eu.

RECORD – Que opinião tem sobre o novo presidente?
CARLOS CARVALHAL – Não temos falado muito, mas a opinião é excelente. É um trabalho de continuidade. Houve uma relação fantástica com o dr. Sequeira Nunes mas poucas conversas tivemos sobre questões menores do futebol. Os assuntos foram sempre tratados pelo Rui Casaca, que é o director desportivo, e cumpre muito bem esse papel. Confio que também será assim no futuro.

«Quero subir passo a passo na carreira»

Carlos Carvalhal é ambicioso, quer chegar longe, mas vai fazer tudo com calma: "Quando vim para o Belenenses tinha mais opções. Tive resultados na II Divisão B e na Liga de Honra. Apesar de jovem, tenho currículo, e cheguei à SuperLiga por mérito próprio. Hoje sinto que sou melhor que ontem. O tempo tem sido o melhor aliado. Quero subir passo a passo na carreira. Prefiro isso a uma ascensão meteórica. Sou ambicioso, tenho objectivos, e sei que um dia vou lá chegar. Estou muito bem no Belenenses e gostava de sair com obra feita. Há ainda uma época difícil pela frente."

«Foi certamente o ano mais difícil»

Carvalhal vê enormes diferenças entre as equipas que desenvolvem um trabalho de continuidade e as que são forçadas a começar de novo. E recorre a exemplos: "Trapattoni que me perdoe, mas o trabalho dele foi de continuidade, enquanto tarefa diferente tiveram os treinadores do FC Porto". E isto mostra a dificuldade do seu próprio trabalho, quando antevê a nova época: "Este foi certamente o ano mais difícil, e a tendência é que o próximo seja melhor". E qual terá sido o ponto alto da época? "O que me deu mais gozo foi recuperar jogadores desvalorizados, que eram assobiados. Alguns são hoje muito aplaudidos."

Obrigado!

Há já muitos anos que não vivia um momento tão intenso para as cores azuis. O último, a conquista do título de andebol, foi a primeira conquista que "soube" saborear, uma vez que a última conquista da Taça em futebol surgia aos olhos de um miúdo que gostava era de correr pelas bancadas do estádio e do pavilhão como algo normal num clube de topo...

Desde essa vitória sobre o Benfica em andebol, que compreendi mas mesmo assim não soube saborear na íntegra, passaram-se anos em que as alegrias não passavam de vitórias esporádicas sobre os nossos rivais Benfica, Porto ou Sporting. Em termos de títulos, pouca coisa, tirando uma altura em que via muito atletismo no Canal 2, curiosamente quando Francis Obikwelu equipava de azul e ganhava tudo. Veio então a festa do regresso à 1ª Divisão em 1999, esse sim inteiramente saboreado, com direito a invasão de campo e tudo!

Daí até hoje, novamente meras vitórias pontuais e a subida do Futsal na época passada. Hoje, gostei da emoção que vivemos todos juntos naquele pavilhão. Mas, e tenho de o referir, eram poucos os adeptos presentes. Mas há que dar o desconto de ser uma modalidade nova e a comunicação social não ter alertado para este momento especial.

Venha agora a Final 4 da Taça de Portugal, onde tudo é possível. Temos consciência que não somos favoritos, mas sabemos que temos muito valor. E queremos ganhar! É nisso que se baseia todo o trabalho do futsal: ambição!

Tragam lá o "caneco" do Entroncamento, e para o ano vamos brilhar na 1ª Divisão!

sábado, abril 16, 2005

Futsal: estamos na 1ª!!!


Uma vitória caseira e absolutamente indiscutível sobre o Bairro 25 de Abril garantiu ao Belenenses a súbida ao escalão máximo do Futsal, a 1ª Divisão Nacional! Foi uma tarde de emoções fortes no Acácio Rosa, com a nossa equipa a marcar 6 golos sem resposta e a desperdiçar muitos mais.

O Belenenses consegue em 2 anos chegar à 1ª Divisão Nacional, encontra-se apurado para a Final Four da Taça de Portugal e encontra-se na luta pela vitória na série B da 2ª Divisão. Concretizado o objectivo da súbida é tempo de pensar no 2º objectivo (ser Campeão) e no sonho, surpreender tudo e todos na Final Four da Taça!

Aos técnicos, atletas e dirigentes do Futsal do Belém, os nossos mais sinceros parabéns e agradecimentos, por duas temporadas FANTÁSTICAS!

Rugby: tarde "agri-doce"

O Rugby azul viveu esta tarde sentimentos diferentes, decorrentes das partidas disputadas: por um lado conheceu novamente o amargo sabor da derrota, desta feita em casa e contra a formação de Agronomia (11-26); por outro lado, em partida disputada no Estádio Nacional, os juvenis do Belenenses sagraram-se Campeões Nacionais da modalidade, após uma tranquila vitória sobre o CDUP, por 17-10.

Seniores - Final Four

Foi mais uma partida infeliz para a nossa equipa que, depois de uma fase regular com bom nível, ainda não conseguiu vencer na Final Four. O Belenenses voltou a dominar territorialmente, mas sem conseguir concretizar em pontos essa superioridade. A equipa de Agronomia fez uma partida inteligente, explorando os erros belenenses, e vencendo folgadamente a partida.

Nota para a má exibição do árbitro da partida, que em prejuízo do Belenenses mas sobretudo da modalidade deu um triste espectáculo, apitando por tudo e por nada...

Juvenis - Campeões!!!

Pouco depois do apito final dos seniores no Restelo, iniciava-se a final do Nacional de Juvenis no Jamor, colocando frente a frente as equipas do Belenenses e do CDUP.

Os nossos rapazes entraram bem no jogo, que aliás dominaram do princípio ao fim. Boas combinações na progressão ofensiva, domínio territorial e solidez defensiva garantiram desde os minutos iniciais a tranquilidade necessária para chegar ao título. Os atletas belenenses revelaram aliás, durante toda a partida, uma superioridade física e técnica que ditou sem quaisquer dúvidas o vencedor.

No Belenenses destaque para João Alves, que arrecadou 15 pontos para a equipa, com 3 ensaios durante a primeira parte. No CDUP destaque pela negativa para algum anti-jogo (e até jogo violento) praticado... Algo que deve ser evitado e controlado por técnicos e árbitros, sob pena de vermos adolescentes em formação desportiva crescer com vícios de jogo pouco aconselháveis...

No final, e apesar do pequeno susto do ensaio do CDUP (quando o Belenenses já jogava com alguns dos jogadores menos utilizados), o marcador indicava o Belenenses como Campeão Nacional de Juvenis 2004/5.

Parabéns rapazes! Bem o mereceram!

Futsal: será hoje?

O futsal azul "arrisca-se" a escrever hoje, no mítico Acácio Rosa, mais uma bela página da história do clube e da modalidade: o Belenenses encontra-se a apenas 1 (um!) ponto de garantir matematicamente o acesso à competição máxima do futsal português, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Para isso, a nossa equipa terá de vencer a formação do Bairro 25 de Abril, actual 8ª classificada da série B, com 9 vitórias, 2 empates e 11 derrotas.

Na 1ª volta do campeonato, a vitória regressou connosco ao Restelo (3-7) e permitiu-nos passar a liderar a série, posição que nunca mais deixámos! Temos por isso boas recordações do primeiro embate entre as duas formações!

O jogo inicia-se às 18 horas e a entrada é gratuita. Não existem portanto motivos para que o Acácio Rosa não esgote a sua lotação! A nossa equipa merece!

sexta-feira, abril 15, 2005

Relações com a comunicação social

Não tem a ver directamente com o Belem, mas achei interessante.

Excertos da crónica do jogo U.Leiria - Guimarães, publicado no jornal Record:
"Se não foi o pior jogo da SuperLiga até ao momento, foi seguramente um dos piores... Tão mau que se tivesse sido transmitido pela televisão levava obrigatoriamente uma bolinha no canto do ecrã. A taluda, essa, saiu ao Vitória, que ganhou o jogo num lance de inspiração de um dos piores jogadores em campo: Marco Ferreira.
Veja-se este detalhe estatístico: na 1ª parte, o Leiria fez um remate à baliza, por Fábio Felício, por cima da barra, o Vitória nem isso. A ausência de fio de jogo, de dinâmica, o número recorde de passes falhados restringiram o jogo à zona do meio-campo e transformaram-no num bocejo.(...)
O Vitória com a sua linha avançada de "deportados" das Antas em má condição física – puxa!, qualquer leigo em futebol apercebe-se disso em poucos minutos... Marco Ferreira e Rafael arrastaram-se, César Peixoto chegou a ser caricato (Machado teve a pachorra de o aguentar 56' em campo!!!).(...)"


Após os protestos dos vimaranenses, o Record publica o seguinte comunicado:
"Desculpas para Guimarães
Na nossa edição de ontem, a análise do jogo U. Leiria-V. Guimarães – ganho pela equipa minhota, que assim se aproxima dos lugares europeus – continha expressões que a direcção de Record considera inadequadas à linha editorial que quer ver definitivamente implantada no jornal: a da total independência face a clubes, instituições ou simples grupos de pressão, mas também de cordialidade e respeito por todos os intervenientes no fenómeno desportivo. Por isso, apresentámos ontem ao Vitória de Guimarães, aos seus profissionais e associados – na pessoa do presidente Vítor Magalhães – o devido pedido de desculpas."


Se esta situação tivesse passado com o Belem, teriam os nossos dirigentes a força para fazer um jornal emitir um pedido de desculpas?


quarta-feira, abril 13, 2005

Guerreiros: O regresso de Luis Costa!

É certo que Reggie Moore marcou 38 (sim, trinta e oito!) pontos esta noite. É certo que Mário Jorge voltou a brilhar, com os seus 12 pontos, 7 ressaltos e 12 assistência. É também verdade que João Monteiro entrou para dar maior consistência à defesa, o que resultou na perfeição... Mas o que mais me agradou esta noite foi voltar a ver Luís Costa jogar e fazer jogar, sorrir durante o jogo, numa demonstração de confiança e de alegria que muito jeito nos vai fazer nestes últimos dois jogos e, claro está, na Final 8 e Play-off's!

Mas vamos por partes:

O Belenenses venceu esta noite a modesta formação do Santarém Basket por 96-70, resultado folgado que foi construído numa segunda parte espectacular e guerreira da nossa equipa. O despertador tocou e... a velocidade ditou o vencedor.

A nossa equipa já não contou com o contributo de Keith Vassel que, depois de alguns jogos à experiência, não demonstrou constituir a mais valia que se desejava nesta fase da temporada.

Entrou bem o Santarém que jogando certinho na defesa e pelo seguro no ataque foi dominando o 1º período, para surpresa de todos os presentes. O 5 inicial do Belenenses, do qual voltou a fazer parte Luis Costa (e que foi composto ainda por Anderson, Reggie, Mário Jorge e Nuno Perdigão) demorava a acertar nas marcações na defesa e a adaptar-se à defesa zona da formação de Santarém.

Foi aliás o melhor período dos visitantes que, por intermédio de jogadas "fáceis" debaixo do cesto e da inspiração do base Miguel Salvador no jogo exterior, chegou à diferença de cinco pontos a meio do 1º período, 10-15. O Belenenses ainda reagiria, mas no final dos 10 minutos iniciais quem vencia era a equipa de Santarém, por 20-25.

José Couto iria fazer entrar Paulo Simão que em pouco tempo iria repôr a igualdade a 27 pontos, marcando um triplo espectacular que renovou a confiança dos adeptos presentes. A falta de acerto da equipa todavia iria persistir ao ao final da 1ª parte. Assim, e apesar da vitória no parcial (13-12), o Belenenses continuava atrás no marcador: 33-37.

O que ouviram no balneário ninguém sabe... Mas deve ter sido o "despertador"!

A segunda parte iniciou num ritmo diabólico, com Luis Costa a assumir "as despesas da casa", apoiado por um gigantesco Reggie Moore. Completavam os 5 de azul Miguel Minhava (cada vez mais confiante), Mário Jorge e João Monteiro.

Roubos de bola, maior capacidade de luta nas tabelas, concentração defensiva à Belenenses e alegria no jogo. O pavilhão voltava a encher-se de orgulho nos nossos Guerreiros e quando os presentes olharam de novo para o marcador electrónico, o Belém já vencia por 63-58, com um parcial de 30-21 a nosso favor!

Os últimos 10 minutos foram demolidores, com o Belenenses a mostrar o porquê de se encontrar entre os melhores da modalidade. 33-12 foi o resultado de um período em que os homens do Restelo "não bricaram em serviço", apesar de terem dado espectáculo através de contra-ataques rápidos e a acabar em afundaços, cestos impossíveis (como o de Luis Costa, apenas com uma mão e em desiquílibrio...), recuperações sucessivas da bola e... Reggie Moore! Muito Reggie Moore. Reggie foi aliás o protagonista de um afundanço memorável, após o qual se agarrou à camisola, gritando consigo, com os colegas ou com todos nós...

João Monteiro também deu espectáculo oferecendo a Mário Jorge um cesto fácil com a assistência da noite!

No final 96-70, resultado absolutamente normal face à diferença de estatuto das duas formações.



Situação na Liga

Com esta vitória o Belenenses passa a somar 18 vitórias, tantas como a Oliveirense que esta noite derrotou o FC Porto por 95-74 (!).

Assim, a classificação é a seguinte:

(...)
3. Benfica - 20v / 10d
4. FC Porto - 19v / 11 d
5. Oliveirense - 18v / 12 d
6. Belenenses - 18v / 12 d

Assim, é ainda possível chegar ao 4º ou 5º lugar, sendo para isso necessário vencer Barreirense e FC Porto (último jogo da Liga, em casa, e contra um adversário directo) e esperar derrotas dos nossos concorrentes.

FC Porto
- Aveiro Basket (casa)
- Belenenses (fora)

Oliveirense
- Lusitância (casa)
- Benfica (casa)

terça-feira, abril 12, 2005

Guerreiros: obrigatório vencer!

A luta em torno da melhor classificação possível na Liga TMN está muito quente. Assim, e após a vitória do Benfica sobre o Queluz, no Pavilhão Henrique Miranda, por 60-73, a nossa equipa vê-se obrigada a vencer os 3 jogos que restam da fase regular, esperando pelas derrotas dos encarnados e dos homens de Oliveira de Azeméis (que amanhã defrontam a poderosa equipa do Porto).

Assim, esta quarta feira, os Guerreiros defrontam a equipa do Santarém Basket, actual 11ª classificada da Liga (7V e 22D). Trata-se de um jogo muitíssimo importante e que pode deixar o Belenenses à frente da equipa da Oliveirense (em caso de derrota desta com o Porto).

O jogo tem início às 21 horas, no Pavilhão Acácio Rosa. Será apitado por trio António Coelho, Armando Almeida e João Veiga.

No que diz respeito às restantes jornadas da fase regular da Liga TMN, recorde-se que o Belenenses deverá ainda defrontar Barreirense (fora, a 16.04) e a equipa do Porto (no Restelo, dia 23.04).

Resultados já conhecidos da 30ª jornada:

CAB, 90 - Barreirense, 76
Queluz, 60 - Benfica, 73
Aveiro Basket, 79 - Ovarense, 104

Final 8

No que diz respeito à participação do Belenenses na Final 8 da Taça de Portugal, ditou o sorteio que a nossa equipa encontrasse a formação da Oliveirense na primeira eliminatória. Segue-se o jogo com o vencedor da partida entre Ginásio e Queluz.

A competição será disputada entre 28 de Abril e 1 de Maio, em Tondela.

segunda-feira, abril 11, 2005

Quero lá saber desta época!

No início da época, com um orçamento que se encontra entre os 6 ou 7 maiores da Superliga, pediram ao nosso plantel e equipa técnica um lugar no meio da tabela. Entre vitórias e derrotas, esse lugar foi atingido e a meta dos 38 pontos atingida na última jornada, pasme-se, com uma vitória fora!!! Na Taça de Portugal chegámos, pasme-se, aos quartos de final!!! Fomos uma das melhores 8 equipas da prova!!! Fantástico!!!

Só posso agradecer esta grande época, cheia de glória. De facto, estamos até acima do 10º lugar apontado como objectivo no campeonato e fomos longe na Taça. Quero lá saber se hoje e em muitos outros jogos só não jogámos mais porque não quisemos! Quero lá saber se na véspera dos quartos de final da Taça na Amadora, contra uma equipa da segunda divisão, o treinador afirmar aos 4 ventos que a Taça é uma competição sem importância! Quero lá saber que a grande maioria desses profissionais pagos a peso de ouro se estejam completamente a borrifar para isto tudo! Afinal, temos 39 (TRINTA E NOVE) pontos!!! Afinal não vamos descer de divisão! Porque é que alguém havia de chamar os jogadores à pedra??? Também, quem o faria? O treinador que lhes dá tácticas inteligentes como a da 2ª parte de hoje, contra uma equipa com defesas "enormes", contra um vento fortíssimo, bombear bolas pelo ar para a área do adversário... isto depois de, na primeira parte, a favor desse vento, não termos tentado rematar de longe...

Espero que isto mude. Este conformismo, este "'tamos descansados". Este "quero lá saber dos idiotas que estão na bancada, pagam quotas, bilhetes, fazem trinta por uma linha pelo clube, passam horas a discuti-lo em blogs e mailing lists e no Estádio, vêm religiosamente aos nossos treinos!"

Olhem meus amigos, quero lá saber desta época! Espero sinceramente que seja o tal ano zero. Obrigado pela ambição que têm demonstrado. Amigos Bloguistas, nós é que somos parvos ao acreditarmos. Desculpem lá estar a chamar-vos parvos, mas eu sinceramente passei uma semana a fazer figura de parvo! Quero lá saber!

Liga TMN: vitória incontestável nos Açores

A equipa do Belenenses Montepio Studio Residence deslocou-se este fim de semana aos Açores para disputar com o Lusitânia a partida de encerramento da 29ª jornada da Liga. A vitória azul não merece qualquer tipo de contestação uma vez que desde o início da partida o Belém se superiorizou, não perdendo nunca o controlo do jogo e permitindo a José Couto gerir o banco, colocando todos os elementos em jogo.

Do 5 inicial do Belenenses fizeram parte Reggie Moore, Richard Anderson, Mário Jorge, Nuno Perdigão e o reforço Keith Vassel, que cumpriu o 4º jogo de azul.

A superioridade azul nunca esteve em causa e no final dos primeiros 10 minutos a formação do Restelo já vencia por 7-22. José Couto iniciou então a gestão do banco, rodando todos os jogadores e permitindo aos elementos menos utilizados ganharem minutos num jogo de Liga. Luis Costa, jogador importantíssimo na estratégia dos Guerreiros (mas que teve, a meio desta temporada, uma acentuada quebra de forma) esteve nesta partida 30 minutos em jogo, o que poderá indicar que estará ao seu melhor nível nos play-off.

Merecem destaque nesta partida Reggie Moore, com os seus 24 pontos (incluindo 3 triplos), Mário Jorge (15 pontos e 5 ressaltos), Miguel Minhava (13 pontos e 7 assistências), Luis Costa (14 pontos e 5 ressaltos defensivos) e Richard Anderson (5 ressaltos, em apenas 16 minutos).

No capítulo dos lances livres o aproveitamento foi superior à média que aqui referimos anteriormente, em artigo publicado especificamente sobre essa matéria. O Belenenses converteu 11 em 14 (78.6%).

A nossa equipa mantém-se na luta pelo 4º lugar (embora ocupe actualmente o 6º lugar, em igualdade com a formação da Oliveirense, que é 5ª). O próximo jogo disputa-se no Restelo, na próxima 4ª feira, contra a equipa do Santarém, já afastada do Play-off.

Pólo-Aquático: Salgueiros, 5 - Belenenses, 4

O Belenenses perdeu esta tarde a sua penúltima partida a contar para a fase regular do nacional de Pólo-Aquático frente ao actual líder, a formação dos Salgueiros, por 5-4. Com este resultado a nossa equipa terá colocado em risco a presença nos "play-off".

Na próxima jornada, o Belém recebe a equipa da AMINATA (de Évora), última classificada da tebal, esperando-se uma vitória convincente.

O Pólo azul deverá entretanto começar a preparar a sua participação na Taça Cidade de Lisboa, competição em que se encontram envolvidos os três maiores emblemas da cidade: Belenenses, Sporting e Benfica.

domingo, abril 10, 2005

Resultados da tarde

Andebol, Juniores:
Belenenses, 27 - ABC, 23
Brilhante vitória dos nossos juniores, que se mantêm 100% invictos nesta temporada.

Andebol, Seniores:
Belenenses, 24 - FC Porto, 26

Rugby, Seniores (Final four):
Benfica, 21 - Belenenses, 13
Jogo para esquecer da nossa equipa, muito longe das boas exibições de outras temporadas.



Basquetebol, Liga TMN:
Lusitância, 67 - Belenenses, 86 (resultado final)
Parciais: 7-22 / 32-42 (25-20) / 50-70 (18-28) / 67-86 (17-16)

Tarde de Andebol no Restelo

O Pavilhão Acácio Rosa, palco no dia de ontem para as eleições do clube, volta esta tarde a receber as equipas de competição belenenses. Assim, juniores e seniores do Andebol disputam partidas a contar para as competições nacionais em que se encontram envolvidos.

Às 15:00h disputa-se o 2º jogo da fase final do Campeonato Nacional de Juniores, e que coloca frente a frente Belenenses e ABC. Recorde-se que após uma caminha 100% vitoriosa na fase regular, o Belenenses entrou com o pé direita na fase final, vencendo o Porto na cidade invicta por 21-25.

Mais tarde, por volta das 18:00h, é a vez dos seniores receberem o FC Porto, em partida a contar para mais uma jornada do Campeonato da Liga de Andebol.

Liga TMN: anticiclone azul, nos Açores

A equipa de basquetebol do Belenenses defronta esta tarde a formação do Lusitânia, em jogo a contar para a Liga TMN. Este jogo reveste-se de grande importância por dois motivos: por um lado a vitória pode assegurar desde já o 6º lugar na tabela, permitindo ao Belenenses encarar as últimas partidas sem a pressão da equipa do Ginásio, tentando a ultrapassagem a Benfica e Oliveirense; por outro lado, e após a vitória da equipa de Oliveira de Azeméis sobre o Queluz, torna-se imprescindível para o Belém vencer nos Açores, por forma a continuar a perseguição ao Benfica (que joga esta tarde na Luz com o FC Porto), e igualar em número de vitórias a Oliveirense.

Aos Guerreiros pede-se um verdadeiro anticiclone, que traga dos Açores mais uma vitória, tão necessária nesta fase da competição regular de basquetebol.

sábado, abril 09, 2005

Eleições: resultados finais



Resultados finais:

LISTA A - MENDES PALITOS
3.036 (31,2%)

LISTA B - CABRAL FERREIRA
6.567 (67,4%)


NULOS / BRANCOS
140 (1,4%)

Total de votos: 9.743


21:00 - Registaram-se 1.718 votantes
21:50 - Candidato da Lista A invade o recinto da contagem dos votos
22:45 - Mendes Palitos após felicitar Cabral Ferreira abandona o Pavilhão Acácio Rosa.
23:10 - A Lista B entra no Pavilhão.
00:00 - SportTV confirma que Cabral Ferreira venceu as eleições
00:15 - Resultados finais

Mais informações nos diversos blogs do Belenenses, nomeadamente em Canto Azul ao Sul, CF Belenenses e Ser Belenenses

O 39º Presidente do Belenenses: Cabral Ferreira

in Record


O Blog do Belenenses dá os parabens ao novo Presidente e à sua equipa.
Viva o Belenenses !!

sexta-feira, abril 08, 2005

Basquetebol: a pressão na linha de "lance livre"



Imaginemos a seguinte situação: um resultado equilibrado (ou desvantajoso para a nossa equipa), um pavilhão muitíssimo ruidoso e muita pressão sobre o jogador que se coloca sozinho na linha de lance livre, prestes a tentar converter um, dois ou três lançamentos. Trata-se de um quadro bastante comum no basquetebol (não apenas profissional, mas a todos os níveis) e com o qual se confrontam todas as semanas milhares de jogadores em todo o mundo...

Ninguém duvida que lançar da linha durante uma partida importante é de facto uma situação de intensíssima pressão sobre o jogador. É precisamente por isso que o lançamento aparentemente mais simples do basquetebol (porque é realizado sem oposição e no tempo escolhido pelo jogador) se torna muitas vezes um facto decisivo nos jogos, tirando ou oferendo vitórias e derrotas…

Naturalmente que não se deve colocar neste aspecto do jogo a importância que muitas vezes não tem. Mas é certo que os jogos de basquetebol são muitas vezes equilibradíssimos, obrigando as equipas a controlar os níveis de ansiedade e exigindo aos jogadores concentração máxima no momento de converter preciosos pontos.

Dizem as estatísticas que, na presente edição da Liga TMN, somos a 7ª equipa com melhor aproveitamento destes lançamentos (com 69.3% contra os 73.0% do CAB, 1º classificado desta variável do jogo), tendo convertido 437 dos 631 pontos possíveis.

Lançamentos Livres (dados LCB):
(Lançamentos convertidos / Total de Lançamentos / Percentagem)

CAB – 468 – 641 – 73%
Queluz – 369 – 508 – 72.6%
Santarém – 376 – 521 – 72.2%
Porto – 389 – 548 – 71%
Benfica – 386 – 547 – 70.6%
Barreirense – 390 – 560 – 69.6%
Belenenses – 437 – 631 – 69.3%
Aveiro B. – 397 – 578 – 68.7%
Ginásio – 352 – 521 – 67.6%
Oliveirense – 341 – 524 – 65.1%
Ovarense – 305 – 469 – 65%
Lusitânia – 283 – 461 – 61.4%

Gráfico 1
Gráfico 2

Todavia, o que estas estatísticas não dizem é quando é que estes lançamentos foram falhados… Em que contexto? Com que diferença entre as equipas no marcador? E que influência acabam por ter os pontos falhados na relação entre equipa em igualdade percentual, no desempate em termos de tabela classificativa?

Uma análise quantitativa dos números relativos a lances livres permite-nos chegar à seguinte conclusão: se é verdade que do ponto de vista percentual a nossa equipa anda na média, também é verdade que dispusemos de muitos mais lançamentos que a maioria dos nossos adversários. O Belenenses beneficiou de 631 lançamentos, contra apenas 547 do Benfica ou 524 da Oliveirense. Convertemos 437 (mais 51 que o Benfica e 96 que a Oliveirense), mas desperdiçámos simultaneamente muitos mais (194 pontos, contra os 161 do Benfica e 164 da Oliveirense).

Já do ponto de vista qualitativo importa ter em conta que grande parte dos lançamentos falhados aconteceram em momentos chave dos encontros, em particular durante a segunda parte dos desafios, quando a diferença no marcador se começa a distanciar (no sentido da vitória ou da derrota…).

Dos jogadores com mais minutos em campo destacam-se pela alta percentagem de aproveitamento Paulo Simão (jogador que revela elevado potencial em todos os indicadores de lançamentos ao cesto adversário, com 52.2% nos L2, 37.1% nos L3 e 83.7% nos LL) e Reggie Moore, com uma percentagem de 76.8%.

Seguem-se Richard Anderson (69.3%), Luís Costa (68.2%), Jorge Coelho (68.1%), Nuno Perdigão (63%), Miguel Minhava (59.4%) e Mário Jorge (50%).

No que diz respeito aos jogadores menos utilizados, aquele que apresenta maior taxa de aproveitamento dos LL é Benedito Suca (100%), mas este jovem jogador ainda só jogou em duas partidas, tendo uma média de 2 minutos. Vassel ainda não teve tempo para mostrar o seu potencial nos lançamentos livres (embora em Queluz tenha tido 0%, com 0/2)…

José Couto terá perfeita noção da influência desta variável no jogo do Belenenses. Saberá ele, muito melhor do que qualquer um de nós, perceber que tipo de impacto o aproveitamento dos lançamentos livres têm ou não tido no desfecho das partidas e nas relações de pontos entre a nossa formação e equipas nossas concorrentes.

Todavia, como curiosos do basket e amantes desta nossa fabulosa equipa dos Guerreiros (que tantas alegrias nos tem dado!), não podemos deixar de aqui publicar esta análise mais ou menos simples (ainda que não simplista) sobre um factor do jogo que nos tem preocupado.

Nota: para os próximos dias fica prometida uma análise comparativa dos dados estatísticos disponíveis relativamente às equipas do Belenenses, Oliveirense e Benfica.