terça-feira, maio 31, 2005

Venham de lá mais destes!

Luciano Rodrigues

Foi noticiado hoje pelo Site Oficial do Belenenses a contratação de mais 2 jogadores para o plantel 2005/06. Ambos são jogadores com créditos firmados na Superliga, apesar de algum relativo apagamento na última temporada. Sandro é um excelente médio que só tenho pena que chegue ao Restelo com 31 anos. Quanto a Silas, é um bom jogador, mas sinceramente não me parece que seja um jogador muito regular. Pelo menos, não o tem sido nas outras equipas por onde tem passado. Mas que são nomes interessantes, isso não nego, e parecem-me vir dar mais garantias ao nosso plantel.

continua...


Estas duas contratações para a zona central do meio-campo parecem-me, em primenira análise, que talvez signifiquem para já a saída de Andersson. No entanto, volto a repetir algo que nunca me canso de dizer: um plantel não são 11 nem 16 jogadores. Pelo que Sandro talvez não seja um bom titular, mas pode ser um excelente suplente.

Acima de tudo, agrada-me muito a forma como estes processos têm sido tratados: sigilo e anúncio da contratação pelo Site Oficial só depois de estar oficializada. Há ou não uma nova forma de trabalhar na SAD?

Neste momento, faltam apenas 1 defesa esquerdo, 2 extremos e 2 avançados. Talvez seja pedir demais, talvez venham surpresas dos juniores... Capuco ou Jorge Tavares?

segunda-feira, maio 30, 2005

De quem se fala

Luciano Rodrigues

Nos últimos dias, muitos têm sido os nomes avançados pela imprensa como passíveis de vir a reforçar o Belenenses. No entanto, uma triagem acaba por resumir todos esses nomes destacados a apenas dois, na minha opinião: Hugo Alcântara e Meyong, recentes vencedores da Taça de Portugal pelo Vitória de Setúbal. Todos os outros parecem-me, claramente, nomes “atirados” sem qualquer nexo e com o único fito de “encher jornal”.

Devo dizer que são dois jogadores que me agradam bastante, muito em especial o camaronês Meyong. É um avançado possante e com alguma mobilidade (pouco tem de parecido com Lourenço ou Rodolfo Lima, como a imprensa referiu…), que finaliza bem mas é, essencialmente, um criador de espaços. Para além disso, parece-me um bom reforço na medida em que tem boas hipóteses de se tornar num bom negócio no futuro, uma vez que uma boa época, num Belenenses Europeu (deixem-me sonhar…), reabrir-lhe-à as portas da selecção (relembro que foi Campeão Olímpico em 2000), uma das melhores selecções africanas… e que poderá estar no próximo mundial. Tem sido um jogador que me tem agradado muito ao longo dos anos, apesar de me parecer que ainda não explorou todo o seu potencial, o que talvez já não seja conseguido. É já, porém, um excelente avançado que seria muito importante para a nossa equipa.

Hugo Alcântara, por seu lado, é um central que me agrada, mas ao qual sinceramente não reconheço as capacidades com que a imprensa ao longo dos anos o tem catalogado. É um bom central, mas não um jogador com uma categoria claramente superior. Mas que fique claro que, na minha opinião, seria um excelente parceiro no eixo da defesa para o grande Pele. Digamos que Pele seria o músculo que compensa a graciosidade de Hugo Alcântara. Tem também a grande vantagem de jogar bem de cabeça (o que é importantíssimo num Belenenses que tem sofrido a bom sofrer nas últimas duas temporadas com a baixíssima altura média das suas equipas).

Confirmando-se estas duas aquisições, ficavam na minha opinião a faltar claramente 2 jogadores que entrariam para o 11 inicial: um defesa-esquerdo e um número 10. Se quanto ao número 10 talvez já o tenhamos (Ruben Amorim, José Pedro ou Ricardo Araújo), quanto ao defesa esquerdo pouco se tem falado. Surgiu com alguma insistência nos últimos dias o nome de Paíto, mas esse parece-me claramente fora de hipótese: Paíto é neste momento o único lateral esquerdo que o Sporting tem no plantel (Rui Jorge será dispensado) e um jovem com algum valor que fará falta ao Sporting, pelo menos no “banco”. Por outro lado, coloca-se a hipótese do jogador vir por empréstimo, o que me parece estar também fora das cogitações da SAD. Tenho visto na imprensa o anúncio que Milhazes, lateral esquerdo do Leiria, estaria de saída. Devo dizer que, à primeira vista, seria um jogador que me agradava ver no Belenenses, analisando meramente a sua capacidade técnica. Já Mário Loja, nome também referido… prefiro nem comentar. Apesar de lhe reconhecer alguma valia como central, onde poderia ser um bom “reforço do banco”.

Em suma, temos tido muita parra e pouca uva. Esperemos para ver e eu confio que a SAD está a envidar esforços para construir uma equipa verdadeiramente ganhadora e que nos dará muitas alegrias.

Marcas da Superliga

Luis Vieira

Conjugando a noticia publicada no jornal Record com o que está escrito no site Loja dos Clubes verificamos que a marca MPH vai vestir o Belenenses nas próximas três épocas.

Image Hosted by ImageShack.us
Como não conhecemos mais pormenores sobre este acordo, não vamos fazer mais comentários (pelo menos por enquanto).

No entanto, este artigo serve para analisar o que aconteceu a época passada, tanto na Superliga como na Liga de Honra.

Image Hosted by ImageShack.us
O Belenenses equipou na época passada com equipamentos da marca Lotto, tal como tinha acontecido nos dois anos anteriores. Esta marca tambem vestiu o Maritimo.

continua...

Image Hosted by ImageShack.us
Cada uma destas quatro marcas equiparam duas equipas da Superliga.
Desportreino vestiu Gil Vicente e Penafiel, Lacatoni vestiu Braga e Rio Ave, Patrick equipou Académica e Nacional enquanto que a Umbro tinha contracto com o Beira-Mar e o Moreirense.

Image Hosted by ImageShack.us
As restantes 8 equipas da Superliga (Estoril-Praia, Vitória de Guimarães, Boavista, Sporting, Vitória de Setúbal, União de Leiria, Porto e Benfica) tiveram outros tantos fornecedores de equipamentos: JOLARTSPORT, KAPPA, PUMA, REEBOK, SAILLEV, TEPA, NIKE e ADIDAS.

Se estendermos esta análise ás equipas da Liga de Honra obtemos resultados diferentes. Enquanto que na Superliga 18 clubes escolheram 13 marcas diferentes na Liga de Honra existem 7 marcas para os 18 participantes.

Alverca - PATRICK; Chaves - LACATONI; D. Aves - LACATONI; Est.Amadora - SAILLEV; Feirense - PATRICK; Felgueiras - DESPORTREINO; Gondomar - DESPORTREINO; Leixões - SAILLEV; Maia - UMBRO; Marco - ADIDAS; Naval - DESPORTREINO; Olhanense - PATRICK; Ovarense - LACATONI; Paços de Ferreira - PATRICK; Portimonense - UHLSPORT; Santa Clara - UMBRO; Sp. Espinho - LACATONI e Varzim - LACATONI.

Se juntarmos as duas competições destacam-se as marcas LACATONI com 7 clubes, PATRICK com 6 e DESPORTREINO com 5. Ou seja, 50% dos clubes são representados por estas três marcas.

Relativamente ao Belenenses, esperemos que não sejam repetidos os erros do passado, como só pôr à disposição dos adeptos os equipamentos mais de um mês após ter iniciado o campeonato (na minha opinião eles devem estar disponiveis logo na apresentação dos mesmos), outra situação a evitar é esgotarem as camisolas na Loja Azul, os equipamentos devem estar disponiveis nas lojas da zona de Lisboa e não só em algumas, a nivel pessoal preferia que os equipamentos tivessem os simbolos em relevo e não simplesmente impressos.

domingo, maio 29, 2005

Notas soltas sobre o nosso Belém - II

Rui Vasco

Alterações ao nível do Futebol

Estou muito contente com as alterações anunciadas recentemente pela SAD. O corte com o passado impunha-se, bem como a modernização da estrutura de coordenação/apoio ao futebol profissional. Lamento todavia que o Belém continue a desvalorizar a componente de treino e avaliação psiscológica, assunto acerca do qual tenho escrito com insistência ao longo de meses e meses. Acredito que um Gabinete de Apoio ao Treino (e ao recrutamento e avaliação de atletas) seria uma mais valia e uma inovação importante...

Fustal

A vitória conquista ontem, na cidade de Braga, é "a cereja no bolo" de duas temporadas inesquecíveis para o clube e para a sua secção de futsal. A modalidade, talvez aquela que hoje tem maior potencial de crescimento no âmbito nacional, ganhou um lugar na rica história do Belenenses e, sobretudo, no coração dos associados... Para o ano estamos na 1ª divisão, lugar natural do Belém, a par dos clubes históricos da modalidade. As vitórias serão, previsivelmente, menos frequentes e a convivência com um contexto desportivo bem mais competitivo será uma prova de fogo para a secção mas sobretudo para os adeptos. Espero sinceramente que, aqueles que nunca faltaram nas vitórias, continuem a aplaudir esta magnífica equipa nas derrotas. Eles bem merecem.

Rugby

Com a presença da nossa equipa senior na final da Taça de Portugal terminou a temporada oficial do rugby de XV. Foi um ano bem positivo para a secção de rugby, que conheceu duas importantes vitórias nos escalões de iniciados e juvenis (com estes últimos a comemorar a "dobradinha, Taça e Campeonato), uma digna participação na Taça senior e um ponta final de Final 4 bem mais compatível com o historial do clube na modalidade. Os escalão de juniores continua a ser aquele em que temos maiores dificuldades, muito por força das alterações que a vida dos jovens jogadores sofre precisamente durante a sua passagem por este escalão. As equipas "universitárias" oferecem aos jogadores condições especiais com as quais o Belém não pode - devido ao seu âmbito - competir. Importa todavia pensar numa solução integrada (não apenas para o rugby, mas ao nível do clube) para ultrapassar as dificuldades colocadas aos atletas, equipas e secções, decorrentes da passagem à idade adulta (com a respectiva entrada para a Universidade ou para o mercado de trabalho) por parte dos rapazes e raparigas que desenvolvem a sua actividade desportiva no Belenenses.

Importa, ainda sobre o rugby, valorizar a realização da 4ª edição do Torneio de Rugby Juvenil do Belenenses, que teve lugar no fim de semana passado, em Belém. Este convívio juntou algumas centenas de jovens atletas de vários emblemas (incluindo do CDUP, que deslocou dezenas de "miúdos" a Lisboa) e merece maior atenção por parte dos associados. Os futuros campeões do rugby nacional jogaram a semana passada no relvado em frente à primitiva sede do clube, na Rua Vieira Portuense...

Fotos do Torneio de Rugby Juvenil >>>

Pólo-Aquático

O possível alargamento da 1ª Divisão senior, de 8 para 10 clubes, com a inclusão já na temporada 2005/6 do CNAC (Coimbra) e do Paredes, pode muito bem ser responsável pelo avolumar das dificuldades financeiras dos clubes, e em particular do Belenenses. Numa modalidade com pouquíssima visbilidade, e com sérios problemas em encontrar patrocínios, qualquer deslocação para fora de Lisboa representa um esforço financeiro considerável, e que a FPN deveria ter em conta... Estará a Federação a tentar acabar com o Pólo-Aquático abaixo do Mondego?

sábado, maio 28, 2005

O Título é nosso!!!

Luciano Rodrigues

Parabéns Conquistadores! O título de Futsal é nosso! E para o ano, a 1ª Divisão vai tremer com a nossa categoria!

Um abraço muito especial ao Nuno Lopes, Director Desportivo e ao João Barbosa, vice-presidente do Futsal. Dirigentes, adeptos e Bloguistas!


Golos:
10m - 0-1 - Nuno Monteiro
12m - 0-2 - Serrinha
13m - 0-3 - Serrinha
14m - 0-4 - Paulo Castelinho

15m - 1-4 - Sp. Braga
23m - 1-5 - Nuno Neves
32m - 2-5 - Sp. Braga
35m - 2-6 - Carlos Reis
38m - 3-6 - Braga

Jogadores em Maior Destaque:
Nuno Monteiro
Carlos Reis
Paulo Jesus
Nuno Neves

sexta-feira, maio 27, 2005

Próxima época

Eduardo Torres

Concluiu-se, com um deprimente 9º lugar, esta cinzenta época de 2004/2005 (só colorida pelo triunfo sobre o Sporting e pela goleada ao Benfica, nos dois jogos em que, para mim, vem ao de cima toda a rivalidade que me estimula). Assim, todos nós começamos agora a perspectivar a próxima época.

No meu entender, não se afigura fácil a tarefa da SAD.

Penso que, no plantel do ano que termina, somente três jogadores tinham uma valia acima da média: Marco Aurélio, Juninho Petrolina e Antchouet. Os dois últimos estão de saída... Os dois reforços até agora anunciados, Romeu e Djudjervic, apesar de razoáveis, ficam aquém dos que saem, na minha opinião. E, assim, só ficamos com um jogador capaz de fazer a diferença: o guarda redes.

As afirmações do parágrafo anterior merecerão certamente o desacordo de alguns. Respeito e nem sequer faço grande questão em enfatizar a minha opinião. Só o faço em questões de princípios. Mas, já agora, vou tentar explicar o meu ponto de vista.


continua...

Suponho que ninguém discordará que Marco Aurélio é mesmo um valor acima da média. Passo, portanto, adiante. Quanto ao Juninho e ao Antchouet, aí sim, julgo que haverão opiniões contrárias à minha. Não ponho em causa que a dispensa de Juninho se justifique por razões extra-relvado. Desconhecendo o que se passou, tenho, não obstante, que pressupor que se decidiu bem. O que afirmo é que, quando em forma, é um excelente jogador, como mostrou em vários jogos. Combinava primorosamente com Antchouet. Era um virtuoso. Quando deixou de ser titular, era o 2º jogador de todas as equipas com mais assistências. Números são números. Objectivam as coisas e esclarecem muitas dúvidas. O mesmo se aplica a Antchouet. Apesar da fase final caracterizada por castigos, lesões e baixa de forma, ele marcou mais do dobro dos golos que todos os outros avançados juntos. E, antes da tal fase, era o melhor marcador da prova. Mais uma vez, deixemos os números falar. Aproveito para dizer que nunca fui um “apaixonado” do Antchouet, embora possa ter parecido que o era, quando fiz contra-corrente aos entusiasmos de “Rodolfo Lima e Lourenço são uma dupla maravilha” (viu-se...), “Antchouet para o banco”. Nem gosto da maneira como ele está a tentar sair, embora prefira mil vezes um Antchouet a dizer que quer ir para o estrangeiro e que quando lhe perguntam se quer ir para Benfica, Porto, Sporting diz “nada disso, não me interessa!”, do que aqueles tipos com o discurso da treta “sou muito bem tratado no Belenenses mas gostava de ir para um grande e se for um bom negócio para o Belenenses” – isso, sim, um espinho cravado no nosso orgulho.

E o Pélé – perguntar-se-á –, não é acima da média? Vou ser sincero: sem desprimor para o jogador, que tem sido muito útil, para mim não é. Sem dúvida que é um bom jogador, e ainda bem que renovou, mas não é um grande jogador.

Além de Juninho e Antchouet, saem ainda Neca (o que me magoa), Tuck (um grande, grande obrigado!), talvez Wilson (pela idade); Marco Paulo e Andersson são incógnitas, Eliseu (do qual o treinador evidentemente não gosta), idem, Gonçalo Brandão é capaz de ser emprestado... e a propósito de emprestados, três voltam à origem (é pena não ser quatro, apesar de nada ter a reprovar ao Paulo Sérgio enquanto jogador), depois de um comportamento medíocre e de declarações lamentáveis (não no caso de Cristiano, que foi sempre digno e respeitoso, justiça lhe seja feita).

Note-se que dos jogadores contratados na época 2004/2005, só Amaral e Rui Ferreira se fixaram na equipa. Onde está a tal base construída este ano de que fala o treinador? Por favor, não me falem em mais um ano zero ou “nos traumas do terramoto de 1755”!...

Esperemos, pois, para ver o trabalho de casa que foi feito e que reforços vêm aí. Espero que sejam mesmo reforços – ou seja, que tornem a equipa mais forte que este ano. Caso contrário, falar em reforços é uma ironia. E espero que não haja mais cozinhados com certos outros três clubes. Deixem-nos sem espinhos o orgulho de ser do Belenenses!

Além de bons jogadores, precisamos de atitude. Atitude de todos: jogadores, treinador (vou dar-lhe uns meses de “estado de graça”, uma espécie de amnistia...mas haja um plano B preparado, “por si acaso...”), dirigentes e adeptos. Sim, e adeptos! A atitude da equipa também depende do nosso grau de exigência e de comparência. Não tenho dúvidas disso, e acho que todos devíamos reflectir nesse ponto.

(Há meses atrás preconizei a inscrição e participação na Taça Intertoto – mas com uma presença em moldes e com ambição bem diferentes da que teve lugar há quatro anos atrás. Num clube a precisa urgentemente de se voltar a projectar e a ter motivos de entusiasmo, lamento muito que não se tenha tomado essa opção. Podíamos perder 20.000 contos? E, além das coisas que não têm preço, não ganharíamos mais público, e portanto mais receitas, nos jogos do Campeonato, com uma grande carreira nessa Taça?)


Nota - Artigo escrito a 23.05.2005

quinta-feira, maio 26, 2005

Antchouet em França

Luciano Rodrigues
Segundo o que o Blog do Belenenses conseguiu apurar, o jogador do Belenenses Henry Antchouet encontra-se neste momento em França onde se apresta para assinar contracto com um clube local até ao final desta semana (fala-se no Metz). O que parece poder levantar novos problemas disciplinares ao jogador, que se ausentou do clube para representar a selecção do Gabão mas, invocando uma lesão, viajou para França onde está em negociações tendo em vista assinar um contracto... inválido.


(substituir pela parte que so aparece na segunda pagina)

Ventos novos pelo Restelo

Luciano Rodrigues
O Belenenses, useiro e vezeiro em situação "estranhas", em que as notícias mais depressa chegam aos jornais que ao conhecimento dos responsáveis internos, promoveu ontem uma reunião com jornalistas no sentido de esclarecer as linhas condutoras do clube para os próximos anos. Desta reunião, tenho de admitir, saíram verdadeiras surpresas, pela positiva. Falou-se abertamente de tudo, desde contratações, a dispensas, renovações e estrutura organizacional, passando pela análise das últimas temporadas. Mostra-se assim um Belenenses novo, que parece saber como e para onde vai. Assim espero!

continua...

A Reunião
Esta reunião com os jornalistas teve lugar numa sala de reuniões do clube, e não na sala de imprensa. Ou seja, não foi uma conferência de imprensa. Foi, isso sim, uma reunião que pretendeu esclarecer os veículos de informação sobre o passado, o presente e o futuro do Belenenses. Prentende-se que, paralelamente às habituais conferências de imprensa, daqui para a frente sejam organizadas novas reuniões periódicas de informação aos órgãos de comunicação. De realçar que os resultados da reunião foram transmitidos em primeira mão e com detalhe pelo Site Oficial do Clube, que disponibiliza inclusivé suporte informático à informação apresentada para download.

Análise da última temporada
Parece-me que este item é muito importante, na medida em que ainda nem começou a próxima temporada e os jogadores que vão continuar estão já a receber uma mensagem: o Belenenses vai ser ambicioso e só tem lugar quem for ambicioso. É importante que os jogadores percebam que esta época não foi boa, nem sequer assim-assim. Foi um ano absolutamente perdido, em que andámos a fazer figura de corpo presente o campeonato inteiro. O Belenenses não pode tolerar uma equipa que se arrasta até ao fim da época num lugar tranquilo e que fora de casa pura e simplesmente desaparece do jogo. Gostei particularmente da expressão "projecto estruturado, ambicioso e ganhador".

Alterações estruturais
Para além da clarificação dos fluxos estruturais no clube, salientam-se os seguintes pontos:
- Tuck responsável por gabinete de prospecção
- Akil Momahde responsável por todo o futebol de formação
- Filgueira treinador dos Juniores
- Criação do "Grupo de Elite", que engloba os jovens com maior potencial e cuja responsabilidade está a cargo de Tuck. Em primeira análise, parece ser um "grupo" que pretende priveligiar a transmissão de cultura Belenense, mas assim poderá não ser.
- Previsão de constituição de equipa satélite na próxima temporada

Pré-época 2004/05
O dia de início dos trabalho da próxima época é o dia 4 de Julho, sendo que a equipa segue para Itália entre 7 e 17 de Julho, ao abrigo do acordo estabelecido com a Federação Italiana e que nos cedeu 2 semanas de preparação no seu centro de estágio. Neste momento, encontra-se em Florença o Prof. Miguel Cardoso a aquilatar de toda a logística necessária para o estágio.

Por outro lado, e devo dizer que esta situação não me deixa particularmente agradado, o jogo de apresentação do Belenenses será na margem sul do Tejo ante o Standard Liége, ao que parece pelo facto do relvado do Restelo estar em "repouso". Não me agrada porque acho que o jogo de apresentação TEM de ser em nossa casa. Podemos ir jogar a muitos lados, onde quer que haja Belenenses, mas a nossa casa é a nossa casa. E era até uma forma de se ir cativando as pessoas para o Restelo

Jogadores
Foram confirmadas as saídas de Wilson e Marco Paulo, bem como as já aventadas entradas de Ivan Djurdjevic e Romeu, por 2 anos com mais 1 de opção. Por outro lado, foi confirmada a contratação de Ricardo Araújo, ex-Grémio Inhumense (este jogador não esteve no início da época para ingressar no Estoril?), médio de ataque, por 2 temporadas.
Os jogadores Pelé, Antchouet e Eliseu, sobre os quais o clube detinha cláusula de opção, virão essa cláusula activada. Pelé, inclusivé, assinou já um novo contrato por 3 temporadas. Quanto a Eliseu, acaba a especulação e prevê-se que tenha a sua "prova de fogo" e saiba aproveitar a oportunidade que lhe está a ser dada. De resto, há negociações com Andersson de forma a prolongar o contrato e Sousa, que se começa a tornar, pelo seu espírito de sacrifício, um referência dentro de campo, viu o seu contrato prolongado por 2 anos.

Antchouet
O jogador do Belenenses Henri Antchouet recebeu a notificação para activação da clásula de opção por mais 2 anos, pelo que é jogador do clube. O caso está entregue ao departamento jurídico, numa altura em que notícias colocam o jogador no Metz, de França.

quarta-feira, maio 25, 2005

Rugby: Belenenses, 12 - Direito, 19

Rui Vasco



A época do Rugby de XV (competições nacionais de clubes) terminou com o jogo desta noite, entre o Belenenses e o GD Direito, vencida pela equipa dos "advogados" por 12-19. O jogo esteve, como já referimos anteriormente, envolto em polémica desde o momento da sua marcação... e para mal da modalidade, a tensão prolongou-se pelos 80 minutos da partida, que terminaram com cenas lamentáveis protagonizadas pelo árbitro principal da partida, Manuel Barros...

Belenenses e Direito haviam disputado as 1/2 finais na passada 6ª feira (o Belenenses recebeu o CDUP e a Agronomia deslocou-se a Monsanto), muito por força da incompreensível marcação da Final da prova para a 4ª feira seguinte. Ambas as formações dispunham assim de poucos dias para recuperar do esforço e, sobretudo, pouco tempo para recuperar atletas lesionados, o que acabou por afectar sobretudo a nossa equipa.

A FPR foi todavia completamente insensível perante esta evidência, e colocando o interesse da selecção à frente da dignidade da prova e dos próprios interesses dos clubes, protagonizou um processo trapalhão e digno de registo (pela negativa): primeiro designou o Estádio Universitário de Lisboa como local de disputa da Final, e mais tarde alterou o jogo para o relvado A do Jamor, local desagradável e completamente isolado, fustigado por ventos muito fortes e com fraca iluminação artificial; a FPR foi também completamente infeliz na marcação do encontro para as 20:45h, hora coincidente com a transmissão da final da Liga dos Campeões de futebol, e que terá afastado do Jamor potenciais interessados pelo Rugby ou simplesmente pelos emblemas envolvidos.

Têm razão aqueles que afirmam que, não obstante avanços organizativos - com reflexo evidente ao nível das selecções -, a FPR se mantém pouco apostada na divulgação da modalidade e sobretudo na valorização das competições de clubes. O Rugby continua a ser uma modalidade dos praticantes, antigos praticantes e familiares dos praticantes... com muito pouco espaço para o povo que o poderá fazer crescer, como acontece por exemplo em França.

As equipas entraram em campo às 20:15h para aquecer, deparando-se com bancadas despidas de público. A luz natural desaparecia lentamente, e a iluminação artificial tardava em fazer efeito. Só a meio da 1ª parte as bancadas ficaram compostas, estando presentes 500 a 600 pessoas, afectas a ambos os emblemas.

Pouco depois do apito inicial, o Direito adiantava-se no marcador, na sequência do aproveitamento de uma penalidade em zona muito próxima dos postes. Os "advogados" empurravam nesta altura o Belém para o seu meio-terreno, situação que se foi invertendo ao longo dos 40 minutos iniciais. campo parecia todavia inclinado, com o árbitro principal, mas sobretudo os "bandeirinhas" a deixar passar alguns "adiantados" escândalosos.

Já na 2ª parte, e depois do Direito ter conseguido um ensaio não convertido, o Belenenses mostrou grande espírito de equipa e conseguiu dar à volta ao marcador, muito por força da marcação de pontapés aos postes e de um drop muito bonito, que levantou a bancada azul!.. A nossa equipa, desfalcada por força de lesões e castigos, fazia acreditar os muitos adeptos do Belém, presentes no Jamor.

A segunda parte foi aliás muitíssimo disputada, com ambas as equipas a procurar inverter resultados negativos e fugir no resultado. E foi nesta fase que Manuel Barros sobressaiu, como protagonista da partida. Assim, após uma sucessão de más decisões contestadas pela bancada, o árbitro voltou as costas ao jogo, oferecendo primeiro o apito aos adeptos que o questionavam. O juiz chegou mesmo a entrar em diálogo com pessoas afectas ao Belém, num espectáculo pouco próprio de uma final... e responsável pela perda de vários minutos de jogo!

O jogo estava estragado, e de certa forma as equipas perceberam-no. O Belém estava impedido de atacar - os avanços azuís eram travados pelo apito de Manuel Barros - e acabou por ser o Direito a fugir no marcador, com um ensaio não convertido, fixando o resultado em 12-19.

Após o apito final, Manuel Barros voltou a dirigir-se às bancadas, completamente fora de si... nova troca de "galhardetes", com o árbitro a demonstrar fraca capacidade de encaixe, qualidade que se exige a quem tem funções de "juiz", neste contexto.

A Taça acabou por ser entregue aos jogadores do Direito, que assim comemoraram uma dobradinha que esteve por um fio. Os nossos jogadores fizeram um bom jogo (atendendo às importantes ausências na equipa) e mostraram que, apesar de um mau início de Final 4, o Belenenses tem equipa para mais do que o 3º lugar registado no campeonato nacional.

Venham as férias e... um ano 2005/2006 cheio das vitórias que, por motivos vários, nos escaparam esta temporada!

terça-feira, maio 24, 2005

Obrigado a vocês também

Luciano Rodrigues
Saíu hoje na imprensa que os jogadores do Belenenses Wilson e Marco Paulo, em final de contrato, viram os seus serviços liminarmente dispensados pelo clube. Wilson, aos 36 anos, é já um jogador da "casa" e Marco Paulo quase atingiu esse estatuto. Estas saídas anunciadas deram azo a algumas divergências entre os adeptos azuis, o que não se estranha dada a valia e contributo dos jogadores. Wilson formou uma dupla de centrais histórica do início do Séc. XXI no futebol português, juntamente com Filgueira, enquanto Marco Paulo deixou muito boa impressão entre a massa adepta azul, fruto de 4 épocas a defender a nossa camisola com muito suor. Se Wilson era um jogador de classe, Marco Paulo foi sempre um jogador de trabalho. E também isso, curiosamente só agora no final da sua passagem pelo clube, tem vindo a ser reconhecido.

continua...

De Wilson, ficará a imagem de um defesa sóbrio, imbatível no 1 para 1 e com uma excelente capacidade de distribuír jogo, transformando uma jogada defensiva numa jogada de contra-ataque. Na minha memória, ficará para sempre um lance em Alvalade, em que numa situação de 3 para 1 a desfavor de Wilson, este com uma classe impressionante solucionou a situação. Ele, Marco Aurélio, Filgueira e Tuck marcaram, indelevelmente, uma época no Belenenses. Independentemente dos sucessos ou insucessos desportivos. Portanto, obrigado Wilson.

Quanto a Marco Paulo, eu próprio me tenho vindo a penitenciar no Blog ao longo desta época pelo que disse dele, inclusivé no início da temporada. Um jogador tecnicamente limitado e bastante lento, Marco Paulo compensa a falta de predestinação com uma concentração absoluta e uma cultura táctica superior. Não esqueçamos que ao longo destes 4 anos, muitas vezes Marco Paulo foi "queimado" a jogar a lateral, posição para a qual não possui quaisquer características. Ainda esta época, aos 32 anos, Marco Paulo marcou mais golos que todos os nossos avançados juntos excluíndo o nosso melhor marcador... Marco Paulo é o homem que joga para a equipa, nunca para a bancada. Por isso tem sido um mártir...

Wilson e Marco Paulo serão jogadores que marcaram este período menos brilhante da história azul. Eles, juntamente com Filgueira, serão príncipes no reinado de Marco Aurélio e Tuck. Poucos se podem dar a esse luxo, de ficar na história do Belenenses.

Portanto, o meu sincero obrigado por tudo o que fizeram pelo Belenenses, e espero sinceramente que o futuro seja tão risonho para vocês, como o desejo para o nosso Belenenses. Até sempre campeões!

A ASSISTÊNCIA NO JOGO COM O VITÒRIA DE SETÚBAL

Eduardo Torres
Penso sinceramente que não se deu o devido apreço às medidas tomadas pelos dirigentes do Belenenses no que respeita à assistência do jogo com o Vitória de Setúbal.

Não se tratou apenas de baixar os bilhetes para preços lógicos e de isentar os sócios da quota extraordinária. Talvez mais importante ainda, foi o facto, já salientado pelo Cruel Pastel Azul, de, finalmente, se ter voltado a pensar a distribuição de lugares no estádio. Ao fim de décadas de desinteresse pela questão, acrescento eu.

É verdade, há décadas que não há no Belenenses uma cultura “de massas!, de “povo”, de fazer do Restelo um lugar entusiástico, eventualmente um inferno (para as equipas adversárias, e no bom sentido, entenda-se). É lamentável que assim tenha sido. Como já tenho escrito repetidamente, falta de entusiasmo traz mais frieza, pouco publico traz mais desertificação (o contrário também é verdade, claro!). Desde 1987 que, época após época, temos menos público! Foram precisos 18 longos anos, durante os quais senti o Belenenses definhar, para, enfim, se reagir.


continua...

O que é o resultado de décadas de indiferença (e de maus resultados e de transmissões televuisivas às carradas, etc.) não se pode agora reverter de um dia para o outro. O público presente, menos de 5.000 pessoas, pode ser considerado decepcionante face às medidas tomadas. Mas, se olharmos de forma mais atenta, verificamos que:

1. Num jogo destes, a feijões, o normal seria estar apenas um terço da assistência que esteve presente;

2. Assim, em vez da desolação, tivemos um estádio relativamente composto, que não envergonhou nem confrangeu (antes impressionou pela sua grandeza e beleza a quem foi pela primeira vez), e com um mínimo de ambiente e calor;

3. Pude verificar que os não “habituais” foram os mais entusiastas a aplaudir e a gritar – gente das filiais, miudagem do Topo Norte a gritar empenhada e repetidamente “Belém!” (senti isso ao vivo pois, na 2ª parte, saí do meu lugar habitual e fui experimentar o Topo Norte), etc. É preciso fazer algo – neste caso continuar a fazer algo – para não estarem sempre apenas os já cansados “rançosos” do costume (nos quais me incluo) e injectar gente com vida e alegria: devolver a chama ao clube!

4. A escassa venda de bilhetes deve-se não só ao pouco interesse que o jogo despertava mas a um aspecto essencial: não se publicitou que, agora sim, os preços eram acessíveis. Só se adere àquilo que se conhece. Nesse aspecto, o teste não foi conclusivo – felizmente. Com publicidade nos jornais, e anúncios em estabelecimentos das zonas de grande implantação do Belenenses, muito mais gente virá. Muitíssimo mais gente, estou convencido! Continuamos a ser o 4º clube em número de adeptos!

5. Claro que, como já disse, não é fácil reverter imediatamente o processo de desertificação. Verificámos, por exemplo, que dadas as medidas tomadas e que fizeram aumentar o público em outras partes do estádio, diminuiu a presença nos sectores de convites da Bancada Nascente. Mas, não tenhamos dúvidas: sem as medidas tomadas, o público seria, no máximo, uns 40% do que esteve presente. Se persistirmos (em vez de desistirmos), se dermos novos passos, se se publicitar (e nisso todos podemos e devemos colaborar também), podemos passar a ter regularmente, mesmo contra equipas de pouca nomeada, assistências na ordem das 10 mil pessoas.

E isso significa ter ambiente, calor e alegria. Mais do que ter muitas vitórias, um grande clube tem muita gente! Queremos ou não ser um grande clube?

domingo, maio 22, 2005

Obrigado Tuck!

Image Hosted by ImageShack.us

Luciano Rodrigues
Num jogo jogado num ritmo "morninho", com o Setúbal a pensar na final da Taça e a nossa equipa a pensar nas férias, o resultado acabou por ser injusto. Mas é um bom prémio para a falta de ambição do Belenenses. O 9º lugar final acaba por ser o resultado de mais um ano adiado. E em que conseguimos, pasme-se, superar as metas traçadas... curiosamente o Guimarães, que também ia descendo, mostrou ambição e chegou à Europa. Diferenças...

Image Hosted by ImageShack.us

As inúmeras oportunidades criadas poderiam ter chegado e sobrado para garantir a vitória. Mas quem tem Lourenço e Rodolfo Lima à frente arrisca-se a não marcar golos. Foi o que aconteceu. Mas mais que mérito do Belenenses no domínio e oportunidades criadas, houve sim muito laxismo do Setúbal, que penso que até acabou por estrear dois juniores (Cadu e Costinha).

Acaba assim uma época tristonha (mais uma) e que me faz desejar que começe depressa a próxima para verificar se é mesmo verdade que os objectivos serão ambiciosos. Esta, é para esquecer. Bem-haja a faixa dos adeptos do Setúbal "Carvalhal, nós estamos na UEFA. E tu?". Olhem, sempre anima o ego ouvir as buzinas dos benfiquistas (campeões dos penaltys por mão na bola) e saber que lhes enfiámos 4 no Restelo.

Quanto ao jogo, destaque pela positiva para Marco Aurélio (como sempre), Andersson (fez um bom jogo) e, especialmente, para o nosso grande capitão, Tuck. Foi bom assistir aos últimos minutos da carreira de um dos melhores jogadores portugueses dos últimos 15 anos que nunca viu as suas excepcionais qualidades devidamente reconhecidas pelo país. Mas nós, Belenenses, vamos tê-lo para sempre no coração. E vai continuar no sítio ao qual pertence, ao Belenenses. Poucos há que perduram na história. Tuck será um deles. Obrigado por tudo o que fizeste pelo Belém, e pelo que vais continuar a fazer.

Resta agora olhar em frente e preparar uma nova época, que se pretende de sucesso. Limpar o que tem de ser limpo (e o que quer ser limpo, if you know what I mean), contratar profissionais a sério e encarar o futuro com ambição e garra. As vitórias nascem daí. Que surjam novos Tucks no Restelo!

sábado, maio 21, 2005

Amargo...

Luciano Rodrigues
O Belenenses empatou no Acácio Rosa, esta tarde, a 3 com o Braga, vencedor da Zona Norte da 2ª Divisão Nacional de Futsal. Foi um jogo com um sabor tremendamente amargo pelo resultado, pela manifesta infelicidade e pela vergonhosa actuação da equipa de arbitragem. Ante um adversário inferior, conseguimos em casa um resultado que se pode considerar negativo. Mas pela diferença de capacidade patenteada pelas duas equipas, continuamos a ser favoritos à conquista do título.

Foi uma partida que misturou uma infelicidade tremenda (alguém conseguiu contar quantas bolas foram aos postes e barra?), eficácia impressionante do Braga e uma arbitragem "estranha". Estivemos sempre em desvantagem no marcador, mas nunca por mais de um golo.

Se dissermos que o 1º golo, para o Braga, nasce de uma assistência do árbitro não estamos a mentir. Houve um corte para a bancada, a bola bate na barriga do árbitro e volta para dentro de campo. Toda a gente pára, incluindo os jogadores do Braga, até que de repente o árbitro estende os braços a mandar seguir a jogada (!!!) e um jogador do Braga apanha a bola e marca golo. O árbitro não se movimenta pelo exterior das linhas de campo? Logo, se a bola lhe toca é porque já saíu. Ou não será assim...? Para além disso, há duas expulsões perdoadas ao Braga: primeiro, o seu guarda-redes defende um remate de Canina com as mãos fora da área, o que lhe valeu amarelo, quando esta época já tivemos guarda-redes expulso na mesma situação ; em segundo lugar, numa falta muito feia sobre um jogador azul, em contra-ataque, que igualmente só valeu cartão amarelo. Destaque ainda para o que se assistiu nos minutos finais: pelo menos 4 vezes, jogadores azuis sofriam falta, o árbitro não marcava e só quando o jogador se equilibrava e ficava isolado é que a falta era assinalada. Quando não se equibilibravam, estranhamente não eram assinalada falta...

Em relação ao jogo jogado, aí o Belenenses foi claramente superior, assumindo o jogo e tendo períodos de boa circulação de bola e criação de oportunidades... que eram no entanto enjeitadas. O facto de nunca ter estado em vantagem também provocou algum nervosismo nos jogadores, que alternaram esses momentos bons com momentos menos conseguidos, onde nem mesmo aí se vislumbrava um Braga capaz de nos atormentar. De facto, os 3 golos do Braga são obra do acaso.

O destaque na equipa do Belenenses vai, na minha opinião, para Pacheco, autor dos últimos 2 golos e que foi muito importante na manobra. Também Vilar esteve muito bem, mais pela entrega que pela qualidade de jogo.

Pena, e surpreendente, a reduzida assistência. Em suma, fica o resultado 3-3, que sendo negativo não é óbice à conquista do título. E um grande amargo de boca pelas bolas nos postes e pela "arbitragem".

Futebol Júnior - Belenenses-5-3-Barreirense

Uma hora antes do jogo de Futsal, teve lugar no campo nº 2 o jogo de Juniores em futebol entre Belenenses e Barreirense. O Belenenses entrou melhor no jogo, controlava as operações e adivinhava-se o golo para a equipa azul, quando cerca dos 20 minutos, numa jogada de "carambola" o jogador da margem sul se isolou e inaugurou o marcador. Respondeu bem o Belenenses, que restabeleceu a igualdade pouco depois por Capuco, após magistral assistência de Jorge Tavares. Ainda antes do intervalo, o nº 7 azul, num potente remate colocado de fora da área, colocou-nos em vantagem.

De salientar a boa exibição do conjunto azul do meio-campo para a frente, porque a defesa esteve algo "tremida". No entanto, no capítulo de construção de jogo, os "miúdos" do Barreirense só nos conseguiam travar em falta, muitas delas duras. Assim se justificam 5 amarelos para a equipa do Barreiro ao intervalo.

Devo dizer que Capuco, autor de um hat-trick, me encheu as medidas, sendo um jogador capaz de envergonhar alguns do plantel sénior. Quando aprimorar o capítulo das decisões (por vezes opta mal sobre pressão), será um grande jogador.

Bilhetes para o Belenenses-Vit.Setúbal

Não podemos deixar passar em claro o dia especial que amanhã o Estádio do Restelo vai viver, com a despedida de Tuck dos adeptos e o último jogo do campeonato. A nova Direcção decidiu tomar já para este jogo algumas medidas no sentido de trazer os adeptos novamente ao Estádio, são esperadas várias filias e foram dadas condições especiais a sócios e não-sócios. Os sócios terão entrada gratuita e poderão levar 2 acompanhantes, e os preços dos bilhetes para as restantes bancadas estão bastante reduzidos face ao que vinha sendo praticado.

Devo realçar que, independentemente de concordarmos ou não com os termos propostos, esta é um proposta bem planificada e que demonstra algum cuidado com uma área tão sensível e que, parece-me, pode dar garantias de na próxima época esta situação não ser deixada ao abandono.

As condições de acesso ao Estádio do Restelo pode ser consultadas no Site Oficial do Belenenses

sexta-feira, maio 20, 2005

Rugby: estamos na final!

Rui Vasco



A nossa equipa senior de Rugby conseguiu esta tarde o apuramento para a final da Taça de Portugal, ao derrotar em casa a formação do CDUP por 27-18. Foi uma partida muito disputada, com a equipa do CDUP a surgir com muita vontade de contrariar o natural favoritismo dos azuís. O Belenenses respondeu com o seu jogo colectivo, e apesar da pressão portuense nunca perdeu o comando do marcador e o domínio territorial.

Na final, que será disputada na próxima 4ª feira (dia 25.05.2005), o Belenenses terá pela frente a equipa vencedora do campeonato nacional - o GD Direito - que bateu esta noite a formação de Agronomia por 26-9.

Futsal = Sucesso

Luciano Rodrigues

Após mais uma época brilhante, de um projecto que tem tido, também ele, um desenvolvimente brilhante, este final de temporada do Futsal parece ficar ensombrado pelo jogo da Final Four da Taça de Portugal no Entroncamento. Todos nós, sem excepção, tínhamos muita ilusão relativamente aquele jogo, ainda para mais sendo contra o Boavista. E daí até cá, o Futsal parece ter sido guardado num cantinho da nossa memória, de onde só sairá na próxima época. O que não é, de todo, justo.

Após a 1ª temporada, em que foi conseguido o título da 3ª Divisão, nesta segunda temporada conseguimos já, com clara superioridade, assegurar a subida à 1ª Divisão e atingimos a Final Four da Taça de Portugal. Repare-se que, em apenas 2 anos, saímos do anonimato da 3ª Divisão para o escalão maior do Futsal, que será já nos dias de hoje a 2ª ou 3ª modalidade com maior impacto mediático no país. Só podemos estar satisfeitos.

Mas para além disso, já o ano passado eliminámos uma equipa primodivisionária da Taça, tendo posteriormente sido eliminados pelo Olivais, vencedor da Taça. E este ano desfeiteámos esse mesmo Olivais e atingimos a Final Four da Taça, com uma equipa que tem um "mix" interessante de experiência e juventude, coordenada por uma equipa técnica e dirigente de nível superior.

O Futsal do Belenenses, até hoje, tem sido um verdadeiro sucesso. Portanto, não vamos criar fantasmas. Até porque no Entroncamento, para além das óbvias condicionantes (equipas de escalões e orçamentos diferentes), tivemos um dia mau. E esses dias acontecem a todas as equipas em qualquer modalidade... Portanto, os meus sinceros parabéns ao Futsal pelas inúmeras alegrias que me deram esta época.

quinta-feira, maio 19, 2005

Notas soltas sobre o nosso Belém (actualizado)

Rui Vasco

Rugby

Já se encontra marcada a meia-final da Taça de Portugal, que colocará frente a frente as formações do Belenenses e do CDUP: será na 6ª feira, pelas 19:00h, no Relvado 2 do Restelo. Seria interessante conseguir uma boa assistência - um 16º jogador, visto que em campo estão 15 de Azul! -, contribuindo para dar mais força à nossa equipa, na luta por mais um troféu para a secção e para o clube.

Nos juvenis, campeões e vencedores da Taça de Portugal, sofremos a nossa primeira derrota da temporada. Foi numa competição de "Sevens" (ou seja, no Rugby de 15 continuamos e continuaremos imbatíveis), durante a qual alguns dos nossos mais importantes jogadores se lesionaram, ficando impedidos de dar o contributo à equipa na fase decisiva da competição. Foi ainda assim uma excelente temporada dos nossos miúdos, que merecem a atenção e apoio do clube.

Basquetebol

Parece confirmar-se a renovação com Reggie Moore, poste/extremo da nossa equipa profissional de basquetebol. Com esta renovação contratual - diz-se que por 2 anos - a Direcção do clube dá um sinal de querer continuar a apostar no basquetebol como uma das modalidades mais competitivas do Belenenses. E se assim é, espera-se agora que a aposta vá um poucos mais além do que a renovação com Moore. É que este magnífico jogador, por sí só, não resolve as partidas...

Pólo-Aquático

A época terminou com uma vitória por falta de comparência, no jogo que supostamente colocaria frente a frente Belenenses e Aminata. Terá sido a vergonha dos eborenses, últimos do nacional, a justificar tamanha falta de respeito pelos adversários - o Belenenses - e os árbitros?

O Belenenses terminou em 7º, depois de ter sido penalizado em 2 pontos por suposta utilização indevida de 14 jogadores no jogo da 1ª volta, precisamente contra a formação de Évora. Trata-se de uma situação triste, uma vez que é impossível provar - e caberia à Aminata e à FPN, como acusadores, provar... - que o Belém usou os 14 elementos, numa modalidade em que as substituições não são controladas pela mesa...

Para a próxima temporada perspectivam-se alterações no quadro competitivo senior, as quais abordaremo dentro de alguns dias, em texto específico sobre a matéria.

Duatlo

As triatletas Sarah e Anais Moniz conquistaram o 2º lugar (classificação por equipas) no Europeu de Duatlo, realizado recentemente na Hungria. Está de parabéns, o triatlo azul... mais uma vez!

Andebol

Após uma boa prestação nesta fase final do campeonato da Liga, os sócios do clube acreditam que é possível reeditar momentos de glória no Andebol azul. Para esta crença muito contribuiu o sucesso dos nossos juniores, que "limparam" o Nacional da sua categoria com grande classe.

Pentatlo Moderno

Na 4ª etapa do Circuito Super Jovem 2005, disputada no passado fim de semana no Colégio Militar, os jovens pentatletas azuís estiveram presentes e em bom plano. Francisca Moncada voltou a vencer, liderando o circuito só com vitórias.

Resultados:
Iniciados - 1º Francisca Moncada; 5º - Pedro Oliveira; 9º João Reis.
Infantis - 7º João Cartucho; 8º Manuel Sequeira; 9º João Nuno Ribeiro.
Banjamins - 5º João Machado; 6º Pedro Sequeira; 10º Sebastião Amaro.

Nota: os nossos maiores agradecimentos ao atleta internacional, treinador e seccionista André Pereira, pela sua disponibilidade no envio de informação.

João Manuel morreu

Luciano Rodrigues

A tristeza silencia-me.


(substituir pela parte que so aparece na segunda pagina)

quarta-feira, maio 18, 2005

Que é feito do Belenenses?

Eduardo Torres

Tenho 44 anos, recém celebrados. Estou na meia idade. Não sou um ancião. Digo isto, à guisa de introdução, para que os mais jovens não pensem que os tempos a que, comparativamente, me vou referir, foram há alguns 50 ou 60 anos atrás. Para mim, foram ainda ontem, mesmo se para os de vinte e tal anos podem parecer épocas da pré-história.

Nunca o conheci o Belenenses dos tempos da grande glória. Nunca vi jogar os nossos maiores ídolos. Nem sequer me lembro do Vicente. O Belenenses com que eu, menino, me afeiçoei até à paixão, vivia em plena crise, financeira e de resultados, despojado do Estádio que com tanto esforço construíra e que Acácio Rosa, Coelho da Fonseca, Gouveia da Veiga - e outros - tentavam a todo o custo recuperar.


(continua)...

Já nesses tempos se falava saudosamente do tempo em que fôramos campeões. Já nesses tempos, Pepe, Augusto Silva, Amaro e as Torres de Belém eram mitos “entre as brumas da memória”. Já nesse tempo Matateu se havia tornado um D. Sebastião da nossa (des)esperança. Depois do promissor início da década de 60, com a Taça de Portugal conquistada ao Sporting, a Taça de Honra com aqueles 5-0 ao Benfica, a vitória na Luz face ao Benfica, na última jornada, com este a ter que esconder as faixas que diziam campeão invicto (tudo isto em 1960), a partir da sua metade, o Belenenses descaiu para os 7ºs e 8ºs lugares. Parece igual a hoje.... Mas era tão diferente!

Mesmo em crise, com resultados que não eram já os de um clube grande, o Belenenses era um grande clube em tudo. A sua alma de gigante pulsava apaixonadamente. Não havia falhas nem incoerências no discurso da grandeza. Ninguém ousaria dizer “os grandes” excluindo-nos dele. Havia memória e respeito pelos Maiores do nosso clube. Não havia este despudor com que são os próprios autoproclamados adeptos a amesquinhar-nos. E todos os anos cerrávamos os punhos e os dentes de garra e de ambição para voltar lá acima (como o fizemos entre 1972 e 1976). Todos os anos, mesmo a seguir a um 7º lugar, lá estava o Belenenses entre os candidatos ao título. Claramente. De peito feito. Era o nosso orgulho!

Sim, por tudo isso, éramos orgulhosos da diferença. Ser do Belenenses significava resistir a mil e uma desventuras e permanecer de pé, altivamente, cientes da grandeza dos alicerces do clube. Significava, ainda, renunciar aos expedientes e à insuportável arrogância dos nossos rivais do Sporting e do Benfica e sermos considerados tão educados quanto indefectivelmente apaixonados pelo nosso clube – na vitória como na derrota, ao contrário de outros.

Já contei e desculpem repetir-me. A primeira vez que me lembro de ir ver o Belenenses da minha vida, ao nosso belo e encantado Restelo, foi em 1970, num sábado à noite, à 4ª jornada do Campeonato, contra o Tirsense. Meirim era o treinador e prometera voltar a fazer do Belenenses campeão. Desportivamente, falhou e salvou-nos o grande Homero Serpa. Mas galvanizou, de novo, a alma belenense e fez aumentar as receitas. Não vou discutir os méritos e deméritos de Joaquim Meirim, tanto mais que ele já morreu. Só quero frisar que o Belenenses ainda tinha substância para se galvanizar, para fervilhar de crença, paixão e entusiasmo. Hoje, receio que já não tenha. E isso faz toda a diferença....

À 1ª jornada desse campeonato, os adeptos azuis quase encheram os 40 e tal mil lugares do Restelo para ver o triunfo sobre o V.Guimarães. Em seguida, fomos jogar às Antas e o estádio encheu-se de mais belenenses do que portistas. E, naquela 4ª jornada, contra um modesto Tirsense que não trazia ninguém, o estádio devia estar para aí com 30 mil pessoas – sem borlas. Estávamos apertados na central. A casa quase veio abaixo com os aplausos e clamores de incitamento quando a nossa equipa entrou em campo. No intervalo, dezenas ou centenas de adeptos andavam à volta da pista com faixas e bandeiras. Tínhamos todos os signos de um grande clube.

Não percebo... para onde foram esses Belenenses que assim invadiam a pista? Para onde foram aqueles para quem olhávamos e que respiravam belenensismo por todos os lados, belenensismo evidente, puro e radical (de raíz, não de fanatismo), belenensismo que não se abastardava com “mas também sou do...”? Para onde foram os que se levantavam, aos milhares, em aplausos, em palmas, em gritos de “Belém, Belém, Belém” quando se acercava o fim de um jogo e estávamos a ganhar aos nossos verdadeiros rivais – os do Benfica e os do Sporting? Para onde foram aquelas hostes de Belenenses que, em qualquer lugar, por exemplo no velhinho Pavilhão de Desportos, equilibravam ou até superavam em incitamentos, os dos encarnados ou verde brancos, nos jogos de Andebol, de Basket, de Hóquei em Patins? Para onde foram aqueles que, na tarde de glória de 12 de Outubro de 1975, quando vencemos o Benfica por 4-2, e assumimos a liderança, num Restelo com 60 mil pessoas, com gente por todo o lado, nas torres de iluminação, nos pilares do Topo Norte, e pelos terrenos até lá acima, fizeram ceder as protecções no final do jogo, invadiram o campo, levaram os nossos jogadores em ombros, triunfo? Onde estão aqueles belenenses que choraram de raiva e desespero quando descemos de divisão pela 1ª vez, aqueles que invadiam os campos de todo o país, para trazer o nosso amor - a nossa paixão - de retorno ao seu lugar, os que deliraram em Sesimbra e quase lotaram em seguida o Restelo na festa da subida, e na festa do 1º jogo de regresso?

Sim, para onde foram, onde estão? Quem e o quê os levou? A morte? A insuportável tristeza? Ou, talvez, esta aragem fria de indiferença que apaga a paixão, que tem horror à paixão, que sepulta em vez de alentar a paixão?

“Meu Deus, somos tão poucos!”, já dizia Acácio rosa, na última frase do seu último livro, em 1991? Que diria ele hoje? Que diria hoje ele ao ver as suas palavras, de aviso, e que foram ridicularizadas como pessimismo de um velho saudosista-tonto, a tornarem-se tristes realidades? Que diria ele ao ver o Restelo deserto? Que diria ele ao ver esta gente que é só mais ou menos Belenenses (não sou eu que julgo; são as afirmações próprias), esta gente inerte e sem calor, incapaz de aplaudir, incapaz de se comover, incapaz de e arrebatar com o nosso Belenenses, esta gente que parece supor que o Sr. Matias foi o nosso 1º presidente, que o Marinho Peres foi o nosso 1º treinador, que a tradição são os últimos 4 anos (ainda há dias pasmei ao ler que tradicionalmente perdíamos em Barcelos...até a tradição de 14 anos se desconhece – e não se comprou a Agenda do Belenenses...), que julga que o 8º lugar em que estamos orgulha a nossa história e nos acrescenta algo, que acha normal que o speaker, num jogo Belenenses – Benfica, no nosso Restelo, diga “Trapattoni vai mexer na equipa”, como se estivesse em campo neutro, como se fossemos adeptos do futebol e não do Belenenses, como se interessasse muito o nome do treinador do Benfica (será que ele também diria o nome, se fosse o do Moreirense)? e as mexidas na “equipa” (qual?)???

Que é feito do Belenenses que eu e outro conhecemos? “Neti, neti (1)” – não é isto, não é isto! Ainda estará vivo? Ainda pode ser reanimado? Não percamos tempo – porque pode ser tarde demais... Que haja alma e paixão; e que com ela se exija, aos outros, e, antes de tudo nós próprios, competência, ambição, presença e trabalho exaustivo.

Acorda, Belém! Amanhã pode já ser tarde!


(1) palavra sânscrita.

terça-feira, maio 17, 2005

Rugby: Belenenses-CDUP na 1/2 final

Rui Vasco

O sorteio relativo às 1/2 finais da Taça de Portugal de Rugby, realizado ontem, dia 16, ditou os seguintes encontros:

GD Direito vs. Agronomia
Os Belenenses vs. CDUP

Os jogos serão disputados no próximo fim de semana.

Encontram-se assim reunidas todas as condições para uma presença belenense na final da Taça de Portugal, prémio justo para uma equipa que tem feito uma campanha notável na prova, tendo já eliminado por exemplo o Benfica, 4º classificado na Final4.

O CDUP, nosso adversário e vencedor da Taça na temporada 2002/3, foi 5º classificado na fase regular do Nacional. Durante essa fase disputou dois jogos com a nossa equipa, tendo perdido no Restelo (31-16) e vencido no Porto (12-8). Este jogo, verdadeira final que antecede a Final, reveste-se de características absolutamente diferentes e todos quererão estar presentes no momento de todas as decisões.

O jogo será disputado no Restelo (Campo n.º2, casa do Rugby azul). Atejam atentos à data e hora do jogo, que aqui publicaremos mal estejam disponíveis.

segunda-feira, maio 16, 2005

Andebol: vitória justíssima

Rui Vasco

A equipa senior de Andebol venceu esta noite a formação do Madeira SAD, 1ª classificada do Campeonato da Liga, por 26-23. A partida, disputada na Lousã, foi jogada a alta velocidade (em especial nos últimos minutos) e conheceu alternância no marcador e no domínio por parte de cada uma das equipas.

Começou melhor a formação madeirense, que em pouco minutos conquistou uma diferença de 3 golos (2-5), muito por força da falta de eficácia ofensiva azul. O Belém procederia às alterações necessárias e acabaria por equilibrar a partida, terminando a primeira parte com o marcador em 10-11. Humberto Gomes, guarda-redes belenense, rubricou aliás uma excelente exibição tendo defendido de forma espectacular alguns remates dos fortes jogadores canarinhos, incluíndo um livre de 7 metros seguido de recarga.

Na segunda parte foi o Belenenses quem entrou melhor. Assim, e a meio da etapa complementar, a diferença no marcador chegava aos 5 golos. A turma do Restelo parecia ter o jogo controlado, mas uma exclusão algo injusta de Pedro Matias permitiria aos visitantes encortar a diferença para apenas 1 golo.

Os minutos finais foram muito emocionantes com os jogadores madeirenses a puxar pela sua experiência e os belenenses a mostrar uma enorme vontade de vencer. O Belenenses acabaria por controlar a partida, marcando nos momentos finais um espectacular golo de muito longe, num contra-ataque concluído por Vladimiro Pinto.

Estão de parabéns os nossos jogadores e equipa técnica que após um início de campeonato algo irregular conseguiram efectuar uma ponta final bem mais forte, marcada fundamentalmente pelos bons resultados alcançados ante os dois primeiros da tabela (Porto e Madeira SAD).

Rugby: em frente na Taça

Rui Vasco

O Belenenses venceu no passado sábado a formação da Académica por expressivos 55-16, numa partida a contar para os 1/4 de final da Taça de Portugal sénior da modalidade. A nossa equipa realizou uma exibição sólida e serena ante um adversário inferior, "descolando" no marcador já durante a 2ª parte.

Para as 1/2 finais da competição apuraram-se igualmente os campeões nacionais do GD Direito, a equipa de Agronomia e o vencedor da partida entre CDUP e Técnico (resultado que ainda não conhecemos).

Novo formato proposto pela FPR

A Federação Portuguesa de Rugby propôs aos clubes, através do seu site oficial, um novo formato para o Campeonato Nacional que caso seja aprovado entrará em vigor já na temporada 2005/6. O texto poderá ser consultado no site da FPR (clique aqui).

domingo, maio 15, 2005

E os golos?

Luciano Rodrigues

O Belenenses tinha esta tarde uma óptima oportunidade de continuar a almejar a entrada na Taça UEFA ou, na pior das hipóteses, atingir o 6º lugar no final da época, o que não sendo bom, é um mal menor. Falhámos, tal como temos vindo a falhar ao longo de toda a temporada nos jogos fora de casa. Por acaso, até já tivemos vários jogos bem piores em que ganhámos. E hoje também poderia ter acontecido se...

Início sensaborão
Os primeiros minutos pareciam revelar um Belenenses com vontade mandar no jogo, mas rapidamente se percebeu que seria sol de pouca dura, e que estavamos condenados a mais um jogo "a ver se dá"... seja para o 0-0, ou para um 0-1 cheio de sorte.
O jogo, sob alguma chuva e com o campo bastante escorregadio, ia sendo jogado aos repelões. A primeira oportunidade surge para o Belenenses numa boa iniciativa de Paulo Sérgio, que cruza para a área onde Antchouet só tinha de encostar. No entanto, o cruzamento foi um tudo nada atrasado e Antchouet nem consegui rematar. De seguida, Marco Aurélio voltou a mostra porque é o melhor guarda-redes da SuperLiga com duas grandes defesas, a primeira das quais monumental, a remate de Carlos Carneiro, isolado. Também na 1ª parte, Paulo Sérgio perde um golo "feito", com um cabeçeamento, dentro da pequena área e sem oposição, por cima da barra.

2ª parte... golo do Gil
A 2ª parte começou praticamente com o golo do Gil Vicente, numa execução perfeita (isto partindo do pressuposto que houve intenção) de Nandinho, que descaído sobre o lado esquerdo da área fez um chapéu fantástico a Marco Aurélio, colocando a bola no ângulo oposto, de forma indefensável. Só a partir daí o Belenenses reagiu, tendo entrado Ruben Amorim e Lourenço para o lugar de Neca e Marco Paulo. Ruben Amorim entrou muito bem no jogo e, parece-me, vai "rebentar" na próxima época. Mais para o final da partida, Eliseu entrou para fazer todo o corredor esquerdo e esteve bem, apesar de ter sido pouco solicitado pela equipa. Até ao final da partida, pressionámos e tentámos então "tomar as rédeas", mas o campo estava difícil, o pulmão já faltava e o ataque desinspirado. Durante a 2ª parte, destaque para um óptimo cabeçeamente de Renato a que Paulo Jorge se opôs bem e a um remate de José Pedro, se ressaltou num defesa, fazendo um enorme arco e acertando em cheio na barra.

Positivo
-> Marco Aurélio - o seu nome basta, pouco mais há a explicar. É enorme!
-> Renato - excelente estreia, fisicamente forte, rápido, com bom poder de antecipação e bom jogo de cabeça. Precisa só de perceber que na Europa não pode fintar avançados, muito menos em campos "escorregadios" como o desta tarde
-> Pelé - foi um bom "tampão" no meio-campo, defendendo bem e transportando algum jogo, fruto do seu poder físico que se adequa às condições do terreno.
Substituições - Ruben Amorim e Eliseu entraram muito bem no jogo e provaram poder ser muito úteis ao Belenenses.
-> Carvalhal - Esteve muito bem no banco e acertou na inclusão de Renato no 11. Pena Tuck ter ficado no banco.
-> Golo - um grande golo de Nandinho... infelizmente

Negativo
-> Atitude - Fomos, como sempre fora de casa, uma equipa muito passiva com o 0-0. Temos de entrar em campo, em qualquer campo, a dominar o jogo.
-> Maio-campo ofensivo - Absolutamente inoperantes no ataque, José Pedro ainda conseguiu "atrapalhar" por vezes no trabalho defensivo. É incrível como Antchouet, a jogar contra uma dupla de centrais "adaptada", não foi servido uma única vez junto à relva nas costas dos centrais.
-> Tuck - o capitão merecia jogar nesta despedida na sua cidade natal. Os aplausos que recebeu do público da casa mostram bem o agradecimento daqueles que tiveram o prazer de o ver jogar. Exige-se Tuck em campo no último jogo.

Estádio
O Estádio de Barcelos foi uma agradável surpresa. Bem dimensionado face à dimensão do clube, funcional, simples mas "arejado" e servido por amplos espaços de estacionamento. Um exemplo de uma obra claramente "em conta" e que cumpre o seu objectivo. Parabéns ao Gil por apresentar uma casa tão agradável.

sábado, maio 14, 2005

Basquetebol: a Liga da vergonha

Rui Vasco



Os adeptos presentes no Pavilhão Acácio Rosa nesta noite de 6ª feira assistiram a (mais um) golpe de teatro. A partida entre Belenenses e FC Porto contava para a 1ª eliminatória do Play-off da Liga de Basquetebol. Os protagonistas principais chamaram-se António Pimentel, Paulo Sevilha e Sérgio Silva.

A partida foi bem disputada, com um bom ritmo e alta concentração do jogadores de Belém, que entraram muitíssimo bem no 1º período, conseguindo amealhar um avanço de 7 pontos. A equipa mais portuguesa da Liga enfrentava uma legião estrangeira perfeitamente imoral numa competição portuguesa, que em tese se destina a promover a modalidade em Portugal...

Ambas as equipas faziam o seu jogo, com o Belenenses a comandar o marcador até ao final da 1ª parte, deixando-se apenas ultrapassar no reatamento da partida, após um conjunto de turnovers (uns por culkpa própria, outros por responsabilidade dos protagonistas da partida).

Chegado ao último minuto e meio da partida, e com uma diferença no marcador de 11 pontos a favor dos visitantes, o Belém opta pela táctica das faltas rápida (obrigando os adversários a ir para a linha de lançamento livre) seguidas de ataques eficazes, aproveitando a mão quente de Nuno Perdigão e Reggie Moore. Assim, e depois de uma sucessão de faltas, lançamentos falhados por parte dos portistas e triplos convertidos pela parte dos nossos jogadores, o marcador registava 92-95.

O Belenenses dispunha ainda de alguns segundos para atacar e o triplo era a única forma de levar o jogo para prolongamento. Assim, e quando a bola parecia queimar nas mãos dos jogadores, é Nuno Perdigão quem tenta o lançamento exterior, encostado à linha direita do ataque azul. Stanback faz falta, Perdigão falha o lançamento e o jogo é dado como concluído.

Paulo Sevilha, o protagonista de entre os protagonistas, viu a falta que levaria Perdigão para a linha de lançamentos livres, com possibilidade de empatar a partida. Viu e deu a entender a todos que viu. Por isso, e mal ouviu o "apito" final, cumprimentou Luís Magalhães - treinador do Porto - e fugiu para a cabine, seguido por António Pimentel e Sérgio Silva.

Com o Porto em vantagem, a eliminatória ficou decidida ao 3º jogo. Uma vez mais, a equipa campeã, constituída por um batalhão de estrangeiros, foi levado ao colo pelos sujeitos do costume. António Pimentel e Paulo Sevilha são aliás reincidentes neste tipo de comportamento no Acácio Rosa. E são por isso conhecidos por todos.

O Belenenses saiu derrotado por um trio de arbitragem sem nível e que demonstrou ser incapaz de apitar um jogo tão importante quanto este. E o basquetebol saiu mais fraco da partida desta noite.

Quanto a mim já não temo afirmar: esta Liga é uma farsa, pelo menos tão obscura como a de futebol. A modalidade está viciada e os arbitros (nomeados, como na LPFP) ditam no terreno de jogo o destino das equipas.

sexta-feira, maio 13, 2005

Liga TMN: hoje há "Final" no Acácio Rosa (21:30h)

Rui Vasco

O Pavilhão Acácio Rosa recebe esta noite a 3ª partida da 1ª eliminatória dos Play-off 2004/2005, que se disputa entre a nossa equipa e o Futebol Clube do Porto, campeão em título.

O Belenenses perdeu os dois primeiros encontros, que tiveram lugar em Matosinhos. Assim, torna-se imprescindível vencer hoje e repetir a dose no próximo domingo, empatando a eliminatória. "negra" (5º e último jogo da série) será disputada novamente no Porto, uma vez que na fase regular a equipa nortenha se classificou na 3ª posição, contra a 6ª do Belenenses.

A partida de hoje é portanto uma verdadeira final, um jogo de "tudo ou nada" que os nossos jogadores vão querer vencer. Assim, e para que se sintam verdadeiramente em casa, apelamos a todos que se desloquem ao Acácio Rosa esta noite, pelas 21:30h.

quinta-feira, maio 12, 2005

Renovação?

Luciano Rodrigues

Aprestam-se a acontecer mudanças importantes no futebol português, a avaliar pelo teor do documento que o Blog do Belenenses tem a honra de reproduzir abaixo. Haja pelo menos essa vontade, e muito nos honra que o nosso clube esteja na linha da frente para a renovação deste futebol pérfido.
Documento assinado por 8 clubes e SADs: Belenenses, Benfica, Sporting, Guimarães, Moreirense, Braga, Olhanense e Desp. Aves.

Loja Azul: não há camisolas ??

Luis Vieira
Contou um consócio na mailing list do clube que foi à Loja Azul comprar uma camisola oficial para o sobrinho e, espantem-se!!, a loja já não tinha!!!! E segundo eles, já não devem vir mais!! Mais, tambem já não há camisolas principais para adultos e apenas há meia-duzia de camisolas "Pepe".

Esta situação é inacreditável!



[CONTINUA]

No inicio da época, eu vi, tal como a foto demonstra, camisolas oficiais á venda na Sport Zone. Custavam na altura 44€. Um pouco mais tarde perguntaram no forum do site oficial onde se podia adquirir os equipamentos tendo eu respondido que tinha visto algumas nessa loja. No entanto, coincidência, ou não, desde essa altura não vi mais nenhum equipamento á venda em nenhuma loja de desporto em Lisboa!

Outra situação inacreditável !

Quais são os contornos do contracto que o clube tem com o empresário que explora a Loja Azul? Terá a Loja Azul exclusividade na marca Belenenses? Ou será que as diversas lojas de artigos de desporto lisboetas não têm interesse em vender os nossos produtos?

As diversas lojas em Lisboa costumam ter em destaque equipamentos do Benfica e do Sporting e algumas até têm do Porto. A maior parte delas ainda têm camisolas de outros clubes da Superliga (destaco o Maritimo) e outros clubes estrangeiros. Porque não têm a nossa?

Outros artigos, como isqueiros, calendários, etc., já se podem encontrar nas pequenas lojas da zona do Estádio (Belem, Ajuda, Algés,...). Mas nos grandes centros comerciais... nicles. Tambem não há nada nas lojas Funny e similares. Será que a marca Belem não vende?

Eu apenas vi um cachecol do Belem á venda numa loja de um Centro Comercial mas não vou dizer qual é, porque senão qualquer dia tambem já não têm nada!

Se de facto a Loja Azul detem a exclusividade, não será prejudicial para a imagem do Clube? Não seria mais vantajoso ter os nossos artigos há venda nas maiores lojas da cidade? E porque não do país? Porque não fazer um acordo com uma cadeia de deporto para vender os nossos artigos, dando-lhes um destaque fora do normal, mesmo que para isso se distribue uma maior parte do lucro para essa empresa?

Viagens ao Entrocamento e a Barcelos

Rui Vasco

Este fim de semana o nosso Belém disputa uma série de importantes jogos, a contar para diferentes competições. O Basket e o Rugby (jogos dos Play-off e da Taça de Portugal, respectivamente) disputam-se no Restelo. Sobre estes jogos publicaremos mais tarde textos específicos...

Futebol e Futsal jogam fora as respectivas sortes:

- Futebol Profissional: Gil Vicente-Belenenses
em Barcelos, sábado, pelas 16:30h.
Haverá transporte gratuíto para esta partida (o ingresso deverá ser adquirido pelos sócios).
Informações: 91 218 91 29

- Futsal: Boavista-Belenenses
no Entroncamento, sábado, pelas 15:00h.
Jogo a contar para a final 4 (1/2 final) da Taça de Portugal.
Haverá transporte a partir do Restelo (preço: 5€, com ingresso incluído).
Informações: 91 218 91 29

Fonte. Blog Armada Azul

quarta-feira, maio 11, 2005

Andebol: Parabéns Campeões!!!

Rui Vasco

Mais vale tarde que nunca e pior isso, o Blog do Belenenses, que ao longo da temporada acompanhou os resultados da equipa junior de Andebol, presta aqui a sua homenagem aos nossos jovens campeões nacionais! Parabéns, Campeões! Este clube merece uma equipa assim, da mesma forma que estamos certos que também vocês merecem alinhar num clube como o Belenenses!

Análise da época

Luciano Rodrigues

Artigo publicado no Blog Futebol Acima de Tudo, com a colaboração do Blog do Belenenses:

Após uma temporada 2003/04 para esquecer, em que o Belenenses viveu em constante aflição até aos últimos minutos do último jogo, eis que em 2004/05 o Belenenses tem vindo a cumprir os seus objectivos, a conquista de um lugar tranquilo na tabela, mas que fica muito aquém das reais potencialidades dos seus jogadores e das naturais expectativas dos seus adeptos.

Esta época, apesar de preparada um pouco em cima do joelho (Carvalhal foi contratado no final de Maio de 2004), foi preparada com um fio condutor e objectivos bem definidos. No entanto, foi impossível conseguir construir uma verdadeira equipa, na medida em que ficou a faltar a construção de um ataque a sério, tendo-se recorrido aos empréstimos de Lourenço e Rodolfo Lima.

Na baliza manteve-se Marco Aurélio, uma das referências máximas do clube e um guarda-redes de extraordinária valia. No lado direito da defesa, Amaral revelou-se um dos melhores laterais da Superliga, em especial na primeira volta. No eixo da defesa, Pele estabilizou finalmente como central e mostra-se um dos melhores centrais portugueses da actualidade. A seu lado, iniciou a época Rolando, um “miúdo” de 19 anos (proveniente dos Juniores) com um largo futuro pela frente mas ainda com dificuldades próprias da sua inexperiência. A defesa ganhou outra consistência quando o “eterno” Wilson voltou à titularidade. Do lado esquerdo da defensiva, a época iniciou-se com um “pesadelo” chamado Cristiano (outro empréstimo) e só estabilizou na 2ª volta, com o regresso de Sousa após prolongada lesão e no lado contrário aquele onde nos habituámos a ver a sua total entrega.

Relativamente ao meio-campo, a época iniciou-se com um losango formado por Andersson, Marco Paulo, José Pedro e Juninho Petrolina. Este meio-campo, apesar de possuir 2 jogadores com características mais defensivas, era um verdadeiro “passador”. Andersson é um valioso médio-centro, mas a trinco pouca utilidade tem. A seu lado, Marco Paulo, tendo de se desdobrar entre o meio-campo defensivo, o ataque e as coberturas às subidas do lateral, tinha sérias dificuldades. Juninho Petrolina, de facto, teve um início auspicioso que não se confirmou e tem sido uma verdadeira decepção na 2ª metade da época. Quanto a José Pedro, a grande revelação da pré-temporada, foi a grande desilusão desta época: tem todas as potencialidades para ser um grande jogador de futebol, mas a sua pouca entrega ao jogo e a ausência de sentido prático a jogar é capaz de “tirar a paciência a um santo”. Neca, que iniciou a época no banco, foi ganhando cada vez mais ascendente no plantel na 2ª volta e é, de facto, um jogador de futebol a sério. Mesmo em baixo de forma, é precioso quer a defender, quer a atacar. Mas a grande contratação da temporada foi efectuada em Janeiro, e dá pelo nome de Rui Ferreira. Este trinco, proveniente do Vitória de Guimarães, veio trazer ao meio-campo a agressividade e entrega que lhe faltava, conseguindo libertar Marco Paulo de ter de se desdobrar em tantas frentes e ganhando o Belenenses uma enorme consistência defensiva.

No ataque, tem residido o verdadeiro “drama” do Belenenses. O 2º melhor ataque da 1ª volta tem um nome, Henri Antchouet. Com a sua lesão em Fevereiro, intercalada com regressos ainda sem as melhores condições físicas, o Belenenses pura e simplesmente desapareceu do ataque. Lourenço, em mais de 30 jogos oficiais, a maioria no 11 inicial, ainda não logrou marcar um golo de bola corrida (tem 4 golos, todos de penalty) e tem sérias dificuldades em, sequer, segurar a bola. Rodolfo Lima tem sido uma absoluta nulidade, apesar de já ter conseguido marcar um golo. Catanha veio em Janeiro, mostrou excelentes pormenores, mas a equipa não tem extremos e é incapaz de conseguir cruzar bolas para a área adversária, pelo que já foi dispensado. Também em Janeiro veio Paulo Sérgio, emprestado por ano e meio, e este tem mostrado uma enorme garra, apesar de visíveis limitações físicas e técnicas, jogando um futebol muito “juvenil”. No entanto, o ataque do Belenenses nos últimos 3 meses da temporada tem vivido do seu labor. Destaque ainda para Jorge Tavares, um júnior de 18 anos, que é o jogador com o melhor rácio minutos jogados/golos na Superliga, uma vez que precisou de apenas 24 minutos em campo em Coimbra para marcar um golo.

Perspectiva-se, para a próxima época, um Belenenses mais consistente, assente numa espinha dorsal criada nesta temporada e que, com alguns retoques, pode levar o Restelo de volta a dias mais risonhos.

Pulso firme?

Luciano Rodrigues

Notícias recentes dão conta que 5 atletas do Belenenses foram “apanhados” na noite Lisboeta na 4ª feira passada, a 2 dias do jogo com o Nacional. Como tal, foram “chamados à pedra” e, para já, especula-se sobre as consequências desta noite mal dormida. Curioso que este reparo surge quase simultaneamente com a tomada de posse da nova direcção, o que parece apontar para um pulso mais firme no balneário.

Os atletas visados são Renato, Juninho Petrolina, Amaral, Pele e Rolando. Se relativamente a Renato acaba por me ser relativamente indiferente o resultado deste processo (juro que não o reconheço se o vier na rua, e vejam lá que até o entrevistei para o Jornal do Belenenses!), quanto aos outros o caso é completamente diferente.

Juninho Petrolina veio já de Aveiro com má fama, cidade aliás onde granjeou, juntamente com outros colegas brasileiros, muitas inimizades. Quem não se lembra dos jogadores que caíram à ria… Veio para o Belenenses com aura de craque, muito bem pago, e afinal mostrou em 2 ou 3 jogos que poderia ser craque, mas deixou bem claro nos outros todos que é só mais um, e ainda por cima com mau feitio.

Amaral é um caso completamente diferente. Vindo de Leixões, foi um jogador que chegou ao Restelo e começou a impressionar pelas suas capacidades. Tinha fama de ser um homem pacato e, certamente, foram algumas “forças vivas” que o têm lentamente vindo a desviar do caminho a seguir por um profissional de futebol.

Segundo os jornais, estes 3 atletas receberam uma nota de culpa e poderão estar a braços com um processo disciplinar. Seguem-se então outros 2 casos que, sendo apanhados na mesma situação, tiveram um tratamento diferenciado.

Rolando é um “miúdo” com apenas 19 anos e há que compreender que é facilmente influenciável por colegas muito mais velhos nos quais esses são comportamentos usuais. Portanto, concordo inteiramente com a adopção de uma medida profilática.

Relativamente a Pele, foi para mim uma surpresa, pois pelo que dele conheço parece-me ser um jogador com bastante “juízo” e, não nos podemos esquecer, é neste momento um dos nossos melhores jogadores e um dos mais valiosos activos. Mas, tenho de admitir, não o esperava da sua parte.

Há, para finalizar, que fazer uma ressalva: apesar dos códigos de conduta, apesar dos limites de bom senso, eles são homens como todos nós. E há compreender o porquê de terem saído naquela noite e a frequência com que o fazem. Até porque há muitas maneiras de sair à noite, e às vezes os piores são os que “vão para fora cá dentro”.

terça-feira, maio 10, 2005

Estatisticas à 32ªjornada

Luis Vieira

Image Hosted by ImageShack.us


O Belenenses ocupa, à trigésima segunda jornada, o 7º posto, o que acontece pela segunda vez na presente época. Longe de ser uma classificação digna do historial do nosso clube, é uma posição que se pode considerar razoavel se comparada com a época passada. No entanto, ainda com duas jornadas por jogar podemos ainda subir duas posições, estando obviamente sujeitos aos resultados do V.Guimarães (5º com mais 5 pontos) e Boavista (6º com mais quatro pontos). Note-se que estas equipas ainda vão jogar entre si.
[CONTINUA]

O quinto lugar garante a UEFA mas existe outra possibilidade. Se o Belenenses alcançar o 6º posto e o Benfica passar para quarto e ganhar a Taça de Portugal. Ou seja, não é impossivel!! Vamos lá rezar ao S.to Ambrósio do Luis Oliveira.

Image Hosted by ImageShack.us

Neste estudo dividimos as 32 jornadas em 4 grupos de 8 jogos e podemos constatar que o ultimo "conjunto" rendeu 13 pontos, o segundo mais rentavel, mas apenas se marcaram 5 golos, isto é, foi o menos eficaz em termos de ataque por outro lado foi o segundo melhor em termos de defesa. A titulo de curiosidade, nas primeiras 8 jornadas cada golo marcado rendeu 0,8 pontos; no segundo grupo de 8 jogos 0,7 pontos foram conquistados por cada golo marcado; nas jornadas 17 a 23 cada golo rendeu 1,8 pontos e nas ultimas 8 jornadas cada golo rendeu 2,6 pontos.

Image Hosted by ImageShack.us

Este grafico apresenta a azul os golos marcados e a vermelho os golos sofridos.

segunda-feira, maio 09, 2005

A janela da minha avó

Luciano Rodrigues

Era certinho. Vitória do Belenenses implicava bandeira colocada na janela de casa da minha avó, ali na Rua Nova do Calhariz, a caminho das Salésias, a caminho do Restelo… Lembro-me tão bem de sair dos jogos no Restelo e ir com o meu pai a casa da minha avó, e à chegada já ela tinha a bandeira pendurada na janela, anunciando a quem passasse a vitória do nosso clube.

Honestamente, não sei se a minha avó assistiu a algum jogo do Belenenses no Restelo, ou até mesmo nas Salésias. Lembro-me unicamente de uma vez em que a minha avó nos acompanhou ao futebol, já lá vão 16 anos. Foi na final da Taça de Portugal disputada no Jamor, onde a minha avó esteve a meu lado a gritar pelo nosso Belém, tendo-nos depois acompanhado à Praça do Império, onde foram recebidos os “heróis” azuis. E também ela não conseguia conter a emoção do momento.

Do Belenensismo da minha avó, recordo-me perfeitamente das histórias que contava do meu avô, das vezes em que chegava a casa das Salésias e só tinha vontade de rasgar o cartão… imaginem se ele conhecesse este Belenenses! E lembro-me perfeitamente de ela ouvir, na rádio, os relatos do nosso Belém. Curiosamente, as lembranças que tenho dela a ouvir relatos, trazem-me à memória relatos feitos por Jorge Perestrello.

Hoje em dia, cada vez que passo à porta do nº 36, olho sempre para a janela. E ainda hoje, tantos anos volvidos (a vida corre), continuo a ver aquela bandeira.

Carvalhal e o Romantismo

Luciano Rodrigues

Carvalhal foi, na minha opinião, uma boa contratação para liderar a equipa de futebol do Belenenses. Não o escondi e não o escondo. Acreditava que Carvalhal seria capaz de fazer um excelente trabalho, baseando-me naquilo que vira do Leixões da Taça e Europeu. Uma verdadeira equipa, com um plantel extremamente bem construído, com soluções e jogadores que pareciam escolhidos a dedo para a sua função. Quase um ano depois, já não tenho a mesma convicção ao falar de Carvalhal. Mas isso não é suficiente para pedir a sua cabeça.
Tenho criticado, ao longo da época, diversas opções de Carvalhal, a sua dificuldade em “ler o jogo”, os seus discursos politicamente correctos e desportivamente desmoralizadores e a falta de ambição que tem mostrado. No entanto, na minha opinião Carvalhal só por uma vez desceu abaixo do limite da razoabilidade, e foi precisamente na véspera daquele que foi o jogo mais importante da época, na Amadora, para os quartos-de-final da Taça de Portugal, quando afirmou que a Taça não era uma competição importante. Aí, Carvalhal foi demasiado longe, roçando o ridículo. Digo, sinceramente, que tive de me “beliscar” para acreditar que era possível o nosso treinador dizer uma barbaridade daquelas!

De resto, meus amigos, é esta insatisfação permanente que faz com que o futebol seja acompanhado com tanta paixão. E é essa paixão que traz a insatisfação permanente. A verdade é que o Petrolina tão depressa é um génio como um “calão”, o Neca um estratega como um jogador perdido em campo, o Rolando o novo Maldini e no dia seguinte um miúdo que “ainda tem de comer muita papa” ou o Sousa bom ou mau.

Carvalhal é pior que muitos outros treinadores, não tenho dúvidas. Mas, convenhamos, há alguns bem piores que ele, e temos tido ao longo dos anos exemplares fantásticos de treinadores fiasco. Carvalhal, satisfazendo, ou não (até ver, não) as nossas aspirações, está a satisfazer aquilo que lhe pediram. A culpa é, fundamentalmente, de quem estabeleceu limites pouco ambiciosos para esta temporada, e não de quem os está a cumprir com maior ou menor brilhantismo.

Na minha opinião, o maior defeito que Carvalhal tem mostrado é a falta de ambição, pelo menos a que transmite para fora do balneário. Mas é Carvalhal o treinador com quem temos contrato para a próxima temporada, presumo que a está a planificar há já muito tempo (tem obrigação disso) e, na próxima temporada, então sim temos obrigação de colocar a fasquia mais alta e Carvalhal, aí sim, poderá ser chamado à pedra se não cumprir os objectivos…

No entanto, e tenho de fazer a ressalva, não estou muito confiante na próxima temporada. Não me perguntem porquê concretamente, mas acho que não vamos conseguir dar o tal salto que se impõe. Acho que falta, acima de tudo, cultura de vitórias no Belenenses. Não podemos fazer uma festa quando ganhamos fora. Temos é de ficar “chateados” quando o não conseguimos. Precisamos de mais Marcos Aurélios, Sousas, Marcos Paulos, Tucks, Ruis Ferreiras ou Paulos Sérgios. Porque o futebol nos dias de hoje é 90% transpiração e 10% inspiração. O tempo do futebol romântico já lá vai...