segunda-feira, outubro 10, 2005

Entrevista a Sandro Gaúcho

L.Rodrigues

Artigo publicado no Jornal do Belenenses

Nascido em Restinga Seca, Sandro chegou aos 31 anos ao Restelo, depois de já ter representado o Maia e o Beira-Mar em Portugal. No Brasil, chegou a fazer parte do “Time dos Sonhos” do Grémio, num plantel recheado de estrelas do futebol Sul-Americano. Espera ficar alguns anos no Restelo para regressar a casa sabendo que ajudou o clube com o seu trabalho a atingir as metas traçadas.

Tanto pode jogar a médio-defensivo, como a defesa-central. Onde se sente melhor?
Sou um jogador que tem uma boa impulsão, que é o meu ponto mais forte, e boa marcação e agressividade – no bom sentido – e adapto-me bem aos esquemas que os treinadores idealizam. Assimilo bem o que me pedem e trabalho sempre em prol da equipa. Aqui no Belenenses as coisas têm corrido bem, e espero que as pessoas continuem a confiar no meu trabalho e no meu valor, mantendo sempre os pés no chão e a humildade que tenho tido nos clubes por onde passei. Espero que tudo continue a correr bem.

Quais são as suas primeiras impressões sobre o Belenenses?
Já tinha uma boa impressão, porque nós temos amigos que jogam um pouco por todo o país, e alguns deles já aqui tinham estado, e sempre ouvi falar muito bem sobre o clube. É um clube muito grande e organizado e que dá todas as condições a um jogador para desempenhar bem o seu trabalho. Para além disso, a equipa este ano tem objectivos ambiciosos e gosto muito de fazer parte deste projecto que quer devolver o Belenenses aos lugares europeus e que, no final da época, consigamos atingir os objectivos.

Continua

Como analisa o início de campeonato do Belenenses?
O campeonato ainda agora começou, há que pensar em ganhar jogo a jogo para no final termos uma classificação no topo da tabela. Mas até agora está a ser positivo, o grupo de trabalho tem um ambiente óptimo e muita qualidade. A disputa por um lugar é correcta e boa para a equipa, sendo saudável. Espero continuar a jogar todos os jogos e trabalho para isso. Espero que o Belenenses continue com as boas exibições.

A integração no plantel foi fácil?
Sim, até porque já é o sexto ano que estou a jogar na Europa… para além disso já conhecia alguns jogadores. Foi mais fácil do que esperava, apesar de no início ter estranhado um pouco, agora já estou adaptado. Espero continuar no Belenenses, é um orgulho muito grande estar neste clube e agora só quero atingir um lugar europeu.

Qual o melhor e pior momento da sua carreira?
Essa é uma história curiosa. Eu tinha contrato com o Grémio por 3 anos e nos 2 primeiros anos fui emprestado ao XV Piracicaba, e no ano em que o Grémio fez o apelidado “Time dos sonhos”, a equipa mais cara até hoje da história do Grémio – com jogadores como Paulo Nunes, Zinho, Amato, Astrada… acabou por ser para esse grupo que eu fui escolhido. Foi o momento alto da minha carreira, depois de ter estado lesionado durante 8 meses com uma fractura de perónio, cheguei a pensar que não ia voltar a jogar futebol, e de repente integro esse plantel fantástico do Grémio. Portanto, o pior momento e o melhor momento acabam por estar ligados.

Como costuma ocupar os tempos livres?
Tenho uma vida muito calma, faço o meu trabalho e normalmente os tempos livres são passados em casa. Gosto de ver filmes, alugo DVDs… às vezes vou ter com amigos – o Beto do Benfica já conhecia mais coisas aqui de Lisboa que eu – e encontramo-nos muitas vezes. E as minhas refeições são sempre fora de casa… almoço e janto sempre fora (risos).

Peço-lhe então que deixe uma mensagem final aos adeptos azuis…
Um clube como o Belenenses, e este ano com objectivos ambiciosos, tem de ter mais adeptos a assistir aos jogos. Nós sentimos muito a falta de público nas bancadas, porque o apoio do público é importante. Os jogadores têm de fazer a sua parte, mas o público também tem de fazer a sua parte, que é apoiar a equipa.

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