quinta-feira, maio 11, 2006

Caso "Mateus"

L.Rodrigues

O Belenenses, que dentro de campo pouco fez para garantir a manutenção na 1ª Liga, surge agora em posição de poder ficar na divisão maior à custa de um erro processual do Gil Vicente, que poderá implicar a sua despromoção.

O avançado Guineense Mateus começou a época na Ovarense, mas logo no início "bateu com a porta" por ordenados em atraso e assinou pelo Lixa, como Amador. Em Janeiro, é contratado pelo Gil Vicente, e em 4 jogos com uma licença provisória marca 2 golos pela equipa Minhota. No entanto, o Gil é notificado pela Liga da irregularidade da inscrição do jogador, e o Gil não mais o utiliza até final da temporada.

Mas este não é o problema, apesar de, ao que parece, o Vitória de Setúbal ter tentado protestar o jogo em que perdeu 5-0 com o Gil com o avançado em causa a marcar 1 golo. A verdade é que o Gil Vicente, não vendo as suas pretensões de utilizar o jogador satisfeitas pelos tribunais desportivos, avançou para uma acção cível.

É aqui que reside o cerne da questão: pelos regulamentos da Liga, UEFA e FIFA, é expressamente probido recorrer a tribunais civis, sendo que a infracção é punida com despromoção para a divisão inferior. Foi isto exactamente o que se passou.

O Vitória de Setúbal terá então colocado tal processo relativo ao jogo entre as equipas, que foi indeferido, pois o jogador tinha uma licença provisória. No entanto, existe um processo da Académica sustentado na mesma teoria do Belenenses, relativa ao apelo ao tribunal civil, e que ainda se encontra a decorrer. Como é óbvio, e uma vez que conquistou dentro de campo a permanência, a Académica não tem interesse nenhum em levantar muitas ondas, mas o facto de "manter de pé" o seu processo poderá ser providencial para o Beleneneses.

Este momento tem de ser de união entre todos os apaniguados azuis. Divulguem a situação e juntem-se por esta causa.

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