sexta-feira, abril 27, 2007

Lista C - Oportunidade ao Futuro



Jovem, ambicioso, inovador. Fernando Gouveia da Veiga (Lista C) tem 36 anos e pretende dar uma Oportunidade ao Futuro. A forte aposta no plano de marketing, as ideias consolidadas para as camadas jovens e modalidades pautam o seu projecto, aliados ao arrojo de um complexo desportivo que poderá revolucionar o clube.

Gouveia da Veiga pretende colocar o Belenenses no lugar que merece, num clube que nasceu para vencer, o lugar certo é entre os grandes.
Para isso, há que “modernizar, organizar e profissionalizar”.

Complexo Desportivo e Investidores Interessados
Uma das bandeiras do programa é o complexo desportivo que consiste na remodelação do estádio, construção de mais um campo relvado, um novo pavilhão, um Health Club, novos ginásios, um hotel, requalificação dos espaços verdes e criação de uma casa de convívio azul. Este projecto desportivo é encarado por Gouveia da Veiga como um “trunfo da campanha”. A situação financeira delicada que o clube atravessa será uma causa e não necessariamente um entrave à construção, já que para o candidato esta é uma forma de “gerar novas fontes de receita, rentabilizar o património, assegurando a sua sustentabilidade financeira”.

Relativamente a apoios, Gouveia da Veiga apontou o nome da “Delta”, de uma instituição bancária “fortemente interessada por causa da cor azul”, juntando ainda outros investidores “interessados em conseguir explorar o novo complexo desportivo”.

No entanto, o projecto poderá ser condicionado pelas negociações com a Câmara Municipal de Lisboa, apesar de respeitar o protocolo existente. Gouveia da Veiga conclui que “estudos efectuados por especialistas afirmam que o projecto será altamente rentável tendo em conta as áreas comerciais projectadas, as áreas de serviços e de estacionamento e o aumento do número de praticantes desportivos (e sócios) resultantes da sua implementação”.

Sócios
Para a criação de receitas, o aumento de número de sócios é um objectivo claro. Se até 2010 o objectivo é chegar aos 30 mil, aumento de 25% relativamente a 2001, o número sobe a longo prazo: 50 mil sócios até 2017. Para isso, apoia-se num trabalho consistente, permanente e crescente na área. Tornar o estatuto de sócio mais atractivo, apelar ao sócio jovem ou familiar, recuperar ex-sócios sem desvantagens para os mesmos e facilitar o pagamento são algumas das medidas apontadas pelo candidato. No entanto, não deixa de afirmar que facto essencial será “ter a equipa de futebol profissional todos os anos no topo da classificação”. Relativamente aos jovens e praticantes sócios devem ser “sócios de pleno direito com possibilidade de votar em AG”, sendo o valor da quota deduzido à prestação mensal que paga.

É também neste capítulo que o espírito empreendedor de Gouveia da Veiga se faz sentir. A apresentação de várias medidas para aumentar as assistências nos jogos não têm custo, são originais a nível nacional, fáceis de cumprir e um grande trunfo assente na modernização do clube aproveitando o que de bom se faz internacionalmente.

Camadas Jovens
Gouveia da Veiga afirma que “as escolas de futebol têm que ser profundamente reorganizadas e serão uma prioridade absoluta a nível desportivo”. Para isso, entre outras coisas, não permitem que “o Sporting vá buscar jovens ao Armacenenses ou que o Porto queira assinar um protocolo com o Repesenses. Queremos integrar as nossas filiais com formação de futebol na estrutura de formação do clube.”

Aproveitando a saída de Benfica e Sporting da zona de Lisboa, Gouveia da Veiga acredita que estão reunidas as condições para ter a melhor formação de Lisboa, com possibilidade de oferecer aos jovens da formação “uma carreira com maiores possibilidades de competir e singrar nos escalões seniores”.

Modalidades
O futuro das modalidades passará principalmente pela autonomia financeira das mesmas. No entanto, “os patrocinadores nunca poderão descaracterizar a modalidade e os símbolos do clube”.
Gouveia da Veiga não considera que seja exequível a criação de novas modalidades neste momento, excepto se “forem autónomas financeiramente e tiverem objectivos de vitória muito bem estruturados e definidos”.
O candidato sabe que “as modalidades são e serão sempre uma fonte de prestígio, dinamização e dimensão, desde que representem condignamente e assegurem vitórias e conquistas”. Contudo, o modelo de gestão tem que ser “profundamente remodelado”. “Em 2006 as modalidades geraram um prejuízo de mais de um milhão de euros. Isso não é ecletismo, é inconsciência”.

Contas e Cabral Ferreira
Para Gouveia da Veiga, “o clube é insustentável financeiramente e se não se alterar o modelo de gestão corre riscos sérios de sobrevivência porque vive muito acima das suas possibilidades e endivida-se todos os anos”. Face às sucessivas recusas de debate por parte do actual presidente, afirma que “é elucidativo da forma como o clube tem sido gerido. Uma direcção fechada, não dialogante e que não consegue fazer aprovar as suas propostas em AG. A recusa dos debates é o reconhecimento da incapacidade do presidente de gerir o clube e de ter que reconhecer ao vivo as verdades sobre o mal estar do clube. Verdades que são inquestionáveis”.

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