quinta-feira, outubro 23, 2008

Quarto de Hora à Belém XI




Amigos Belenenses, já cá canta a primeira vitória da época. Foi um adversário fácil e acessível, para um Belém forte (sobretudo na segunda parte) e a encarar o jogo de uma forma autoritária e batalhadora. Tem que ser assim a abordagem aos jogos, pressão no adversário, para não acontecer surpresas.

O 4x3x3 de Jaime Pacheco começa a “limar-se” e o jogo do Belenenses começa a entrar nos eixos. Para Jaime Pacheco é importante a pressão alta e a atitude da equipa, o seu modelo de jogo, conceitos esses que estruturam o futebol de hoje em dia, o chamado pragmatismo. O nosso mister pretende uma coisa simples – adaptar estes jogadores ao estilo do futebol português, aplicando estes conceitos.

No último jogo, o Belém assumiu-se desde o primeiro minuto, a acarretar com as despesas do jogo, pressionando, rematando logo no primeiro minuto, fazendo “rolar” o seu jogo e portanto, depressa se sentiram as diferenças abissais entre equipas de diferentes escalões. Poderiam ter sido mais os golos, segundo os jornais e a rádio, mas a exibição foi boa e a equipa esteve em bom plano. Destaque para uma excelente exibição de Zé Pedro com duas assistências para golo e para as bolas paradas do Belém, que com Jaime Pacheco voltaram a ser “mortíferas”.

Bom clima este que Jaime Pacheco instalou e que todos esperamos que seja o tal ponto de viragem, para uma época positiva.

Também esta semana, o treinador anunciou a dispensa de cinco jogadores do Belém. Nomes como Vanderlei, Alicio Julião, Evandro Paulista, Edmilson e Júnior Negão não vigorarão mais na história do Belém. Na minha opinião e com toda a franqueza nenhum deles tinha a devida qualidade. Fez bem o nosso treinador, pois em primeiro lugar estávamos a pagar a jogadores que não jogam e em segundo lugar o plantel é extenso e há que saber gerir bem o grupo de trabalho. É melhor transmitir as nossas ideias para um grupo reduzido e com jovens da casa do que para um grupo muito extenso e com jogadores por utilizar. Assim, no lugar destes dispensados, poderá abrir-se uma porta para os mais jovens. É uma medida correcta e eficaz.

Quanto ao jogo com o Guimarães, vai ser muito difícil. O Guimarães tem um grupo consolidado, tem bons jogadores em termos individuais (o caso do Douglas) e em termos tácticos (João Alves e Flávio Meireles). O jogo deverá ser abordado de uma forma positiva, isto é, assumirmos o jogo e pressionarmos alto, para colocar dificuldades aos dois médios centro do Guimarães. Também num 4x3x3, como joga o Belém, os médios ala deverão fazer um trabalho mais ofensivo, sobretudo Wender (que ao que tudo indica irá ser titular no lado esquerdo) para aproveitar as constantes subidas de Andrezinho.

Penso que poderá ser por aí as armas a explorar pelo Belém, pressão alta e alas bem abertos no terreno, podendo esses mesmos alas, desferirem remates a partir das faixas para as zonas centrais (movimento que Silas faz muito bem).

Agora no campo das modalidades, o andebol e o râguebi estão em grande!

No râguebi contínua o espírito de campeão a prevalecer, a equipa joga muito bem, tem grandes jogadores (como é exemplo Hafu) e como disse na rúbrica passada, as coisas tem tudo para dar bem.

No andebol, não tenho palavras para descrever o grande jogo que fizemos. Foi espectacular a nossa exibição, o Hugo Figueira até marcou de baliza a baliza, o Pedro Matias fez uma exibição irrepreensível e o Acácio Rosa esteve em grande, muito bem composto. Jogámos um bom andebol, que é isso que nos define.

À hora que escrevo esta rubrica o jogo do andebol ainda não começou, é difícil com o Horta, mas espero que esta equipa nos orgulhe. Escrevo aqui o que disse às pessoas do Belenenses - este grupo de andebol que já passou por tudo e mais alguma coisa, só falta-lhe o título de campeão nacional. Era muito bem merecido, para uma equipa que deu tudo em prol do clube. Fiquei muito satisfeito ao ver que no final acabámos com toda aquela juventude, com Ruben Pacheco, com António Areia e muitos mais. Há espírito Belenense.

Muitas vezes crítico os sócios do Belém, as suas opções, certas atitudes de certos sócios, às vezes não apoiam e protestam com tudo e por vezes não sabem reconhecer quem fez bem ao clube, mas no jogo de andebol os sócios estavam unidos. Estava um ambiente infernal no Acácio Rosa. Parabéns a todos os que lá estiveram, porque não estavam no pavilhão para passar só uma tarde, fugirem à chuva ou criticar. Estavam lá por paixão. Paixão essa que ninguém nos tira! Nem mesmo resultados ou exibições. A paixão continua e bem viva e isso é muito importante!

Quanto ao basquetebol, deixa-me triste aquela equipa. Tenho pena de não termos ficado com o Diogo Carreira e tenho pena de ver aquela estrutura toda ir “desabar”. Agora o nosso director ao que tudo indica demitiu-se e claro a modalidade encontra-se em risco. Assim mais vale não continuar. O Belém fica mal na foto e a modalidade também. Não existe alegria para continuar, nesta situação.

Agora a finalizar, espero que todos nos juntemos à recepção da equipa no Restelo! Deixem as rivalidades de parte com o Jaime Pacheco ou a “zanga” com as exibições da equipa no tempo do Pior, vamos todos apoiar o clube que ali está. Aquela instituição que apresenta uma idade considerável e que está para durar muitos e largos anos.

Portanto, vamos fazer do Restelo uma festa do futebol, dentro e fora do campo. Vamos vibrar com os passes do Zé Pedro, com a versatilidade do Silas e com os cruzamentos do Wender. No fim o futebol e nós sócios sairemos a ganhar. E claro esperamos uma vitória!

Saudações Azuis!
Nuno Valentim

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